O senador Demóstenes Torres (GO) está neste momento redigindo sua carta de desfiliação do DEM para evitar o desgaste do processo de expulsão do partido que seria aberto nesta terça-feira. O processo seria apenas uma formalidade, já que dirigentes da sigla davam como certa sua expulsão.
O presidente do partido, Agripino Maia (RN), disse que, se não receber o pedido de desfiliação até o meio dia, será aberto o processo de expulsão.
– Até agora não recebi nenhum comunicado oficial do senador Demóstenes – afirmou.
Na segunda-feira, sob pressão, o DEM resolveu abrir processo de expulsão por conta das denúncias de envolvimento de Demóstenes com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro durante operação da Polícia Federal. Depois de anunciada a decisão do partido, o senador fez chegar a informação a companheiros que poderia se antecipar e pedir desfiliação antes mesmo da abertura do processo. Gravações telefônicas feitas pela PFe divulgadas pelo GLOBO mostram que Demóstenes usou cargo de senador para beneficiar Cachoeira. O senador chama o bicheiro de ‘Professor’, que, por sua vez, trata Demóstenes como ‘Doutor’.
Com a saída de Demóstenes, o DEM fica com uma bancada de quatro senadores. Já em caso renúncia de Demóstenes ao seu mandato, assumirá a vaga um de seus suplentes. O primeiro suplente é o atual secretário de Infraestrutura do governo de Goiás, o empresário Wilder Pedro de Morais, que declarou ser fã do senador.
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