Um estudo feito pelo Vebra Covid-19, que reúne cientistas de instituições nacionais e internacionais, mostrou que a Coronavac se mostrou 42% efetiva em prevenir adoecimento por Covid-19 em pessoas maiores de 70 anos depois de 14 dias da segunda dose. É uma efetividade menor do que a eficácia global encontrada nos estudos clínicos realizados pelo Instituto Butantan no Brasil, de 50,7%.
Quando dividido por faixa etária dentro do grupo, a efetividade foi ainda menor entre os que têm mais de 80 anos, 28% depois da aplicação da segunda dose.
Entre os que têm de 75 a 79 anos, ela foi de 49%. E entre os que têm de 70 a 74 anos, de 62% depois da segunda dose –um índice superior ao da eficácia global do estudo divulgado pelo Butantan.
A efetividade estudada agora pelo Vebra Covid-19 mostra o impacto real da vacinação na redução de casos de infecção pelo novo coronavírus. Ou seja, ela revela como a vacina funciona quando aplicada na população geral.
Para chegar aos resultados e verificar o impacto real da vacinação na redução de casos (ou seja, a efetividade do imunizante), os cientistas pesquisaram os resultados de testes para a Covid-19 de todos os bancos de dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.
O estudo envolveu 15.900 pessoas suspeitas de Covid-19 com mais de 70 anos que moram em São Paulo, onde a variante P.1 é predominante.
Os exames foram feitos em pessoas com sintomas da doença e que buscaram as unidades para fazer o teste e confirmar se estavam ou não infectadas. “Com o aumento da idade, houve uma redução da efetividade da Coronavac. Esse fenômeno ocorre na vacina influenza e é esperado que ocorra em outras vacinas”, diz a nota de divulgação do estudo. A informação de que isso ocorria, de acordo com dados iniciais do estudo, foi antecipada pela coluna.
O Vebra Covid-19 é formado por pesquisadores da Fiocruz, das universidades norte-americanas de Stanford, Yale e Flórida, da Universidade de Brasília (UnB), do Instituto de Saúde Global de Barcelona e da Secretaria de Saúde de SP.
É importante considerar que a pesquisa não revela o que aconteceu depois que as pessoas fizeram o teste, se seguiram com sintomas leves ou se a doença agravou.
Dados de outros trabalhos indicam que a Coronavac pode estar ajudando a prevenir hospitalizações e mortes.
A proporção de mortos por Covid-19 entre os maiores de 80 anos, faixa etária com a vacinação contra a doença em etapa avançada, caiu quase 60% entre janeiro e abril no Brasil. Os dados são de levantamento feito pela Folha no Sistema de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde.
O Instituto Butantan enviou uma nota à coluna afirmando que a Coronavac é segura e eficaz para a população adulta, incluindo idosos, e citou dados de estudo da prefeitura de São Paulo que mostram que, em abril, houve queda de 90% no número de mortes por Covid-19 entre pessoas com idade acima de 90 anos.
Leia a íntegra da nota:
“Sobre a matéria “Coronavac tem menor efetividade entre idosos de mais de 80 anos do que mostrou estudo clínico do Butantan, diz pesquisa” (Mônica Bergamo, 18/5), o Instituto Butantan esclarece que a Coronavac é segura e eficaz para a população adulta, incluindo os idosos. Estudo da prefeitura de São Paulo, por exemplo, mostrou que houve em abril queda de 90% no número de mortes de pessoas com idade acima de 90 anos, a grande maioria delas imunizada com a vacina do Butantan.
A vacina, portanto, é importante para evitar complicações causadas pela infecção pelo vírus Sars-Cov-2 nos idosos e nas demais faixas etárias da população acima de 18 anos.
O conjunto de dados obtidos nos testes clínicos de fase 3 realizados no Brasil com 12,5 mil voluntários, sob coordenação do Butantan, confirmam que a resposta imunológica e a segurança da vacina no grupo de maiores de 60 anos é análoga à do grupo de 18-59 anos, o que sustenta a extensão de indicação de uso do imunizante em idosos, previsto em bula e aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Não se deve confundir a resposta à vacina com o curso clínico da infecção por Sars-CoV-2. Os idosos correm maior risco de agravamento pela infecção e, por isso, a vacina é fundamental.
É importante que as pessoas sigam tomando a vacina, conforme os esquemas adotados pelos gestores de saúde, de modo a se prevenirem contra as complicações do novo coronavírus.”
FOLHAPRESS
A pessoa defende uma porcaria como essa (não deveria ser chamada de vacina) e se diz (mas toma escondido) contra o uso de remédios alternativos baratos, antigos e seguros, que têm mostrado bons resultados. Nunca foi pela saúde. É só politicagem.
Né isso! Mas como temos um presidente inepto e negacionista, não compramos a vacina da pfizer ano passado e estamos dependendo da “vachina” pra imunizar 80% da população vacinada até aqui… Se tivéssemos um presidente de verdade, que trabalhasse em prol do país e da população, não estaríamos entrando na terceira onda !
Realmente “Direita Honesta”, é só politicagem. Bolsonaro fica defendendo a cloroquina ao invés de acreditar na ciência e comprar vacinas. Veja o exemplo dos EUA, tiraram um presidente negacionista e colocaram um que acredita nas vacinas, o resultado está aí, estão vacinando até turistas.
Manoel F acho que vc quer ter um filho com Bolsonaro. Quem desdenha quer comprar.
Na reunião de 5a. feira dessa CPI dos corruptos, o senador Marcos Rogério exibiu vídeos onde os governadores Doria, Fábio Dino, Wellington Dias e Renan Filho defendem e dizem aplicar a cloroquina em seus estados. Eles também são “genocidas”? Vcs não postam com honestidade. Militância paga diz o que seus donos mandam.