O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), condenado na Lava Jato, reagiu, nesta segunda-feira, 25, à delação do doleiro Lúcio Funaro, a quem ‘desmente’ e ‘desafia a provar’ suas acusações. O peemedebista diz que a delação premiada chegou ao ‘máximo’ de sua ‘desmoralização’, ‘onde basta concordar com qualquer coisa que a acusação encomendar para obter infinitos benefícios’.
O peemedebista está preso em Curitiba desde 19 de outubro de 2016, acusado de obstruir a Lava Jato enquanto permanecia livre. O ex-presidente da Câmara foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por propinas de U$S 1,5 milhão na compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobrás, em 2011.
“Repudio com veemência o conteúdo e se trata de mais uma delação sem provas que visa a corroborar outras delações também sem provas, onde o delator relata fatos que inclusive não participou, não tinha qualquer possibilidade de acesso a informações, salvo por interesse da acusação em dar credibilidade a outros delatores”, afirma.
Cunha ainda afirma que ‘as atividades criminosas confessadas pelo Sr. Lucio Funaro foram feitas por sua conta e risco, não cabendo agora para buscar benefícios atribuir a outros sem provas a participação e cumplicidade com os seus ilícitos’. “Desminto e desafio a provar as supostas referências sobre terceiros a mim atribuídas, incluindo ao presidente Michel Temer, onde tudo que ele atribui declara que ouviu dizer de mim, o que é uma absoluta mentira”.
“Chegamos ao ponto máximo da desmoralização do instituto da delação premiada, onde basta concordar com qualquer coisa que a acusação encomendar para obter infinitos benefícios, a exemplo do que ocorreu com Joesley Batista, que somente após vazamento dos áudios que teve a delação contestada”, sustenta o ex-parlamentar preso.
O peemedebista ainda afirma ser necessário ‘apurar as delações conduzidas pelo Sr. Marcelo Miller, bem como as delações conduzidas pelo advogado do Sr. Funaro, que consegue advogar para um delator e na sequência conduzir as delações dos delatados pelos seus clientes’.
ESTADÃO CONTEÚDO
São todos anjos, estou com tanta dó que não consigo dormir.
Teoricamente, o preso não tem acesso a tv, celular nem internet, como ele teve acesso a essas informações.
Quando as delações eram ou ainda são contra o Lula, vale tudo. Mas quando as delações atingem "outros", aí a coisa muda de figura e não valem nada.
Como dizia um velho ditado popular: "PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É REFRESCO!"