Diversos

Estilo de vida responde por 63 mil mortes de câncer por ano no Brasil

O fumo contribui para mortes em todo o planeta. Dez por cento da população brasileira é de fumantes (Banco Mundial/ONU)

Um terço das mortes causadas por 20 tipos de câncer no Brasil poderia ser evitado com mudanças no estilo vida. Tabagismo, consumo de álcool, excesso de peso, alimentação não saudável e falta de atividade física são fatores de risco associados a 114 mil casos da doença (27% do total) e 63 mil mortes (34% do total) por ano no Brasil.

Os dados, publicados na revista Cancer Epidemiology, fazem parte de um estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e da Harvard University, nos Estados Unidos, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O levantamento aponta, por exemplo, que a incidência de câncer de pulmão, de laringe, de orofaringe, de esôfago, de colón e de reto poderia ser reduzida pela metade caso esses cinco fatores de risco fossem eliminados. Leandro Rezende, pesquisador da FMUSP e um dos autores do estudo, destaca que não se conhece outra forma de prevenir tantos casos.

“O que nos surpreende é a magnitude de casos e mortes que a gente conseguiria evitar a partir da redução desses fatores de risco. Esse número deve chamar atenção para políticas públicas de redução do risco de câncer no Brasil”, disse à Agência Brasil.

Estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que, em 2025, os casos de câncer cresçam em até 50% no Brasil em decorrência do aumento e do envelhecimento da população. Atualmente, a doença é a segunda causa de morte no país.

O levantamento da FMUSP, contudo, aponta que, além das mudanças na estrutura populacional, o aumento da prevalência desses cinco fatores de risco no estilo de vida do brasileiro pode representar novos desafios para o controle do câncer na população.

Os pesquisadores traçaram estimativas de redução da doença caso esses fatores sejam reduzidos.

“Trabalhamos com algumas metas ou recomendações que são mais plausíveis de serem atingidas em nível populacional e que estão presentes em alguns documentos e recomendações por agências internacionais”, explicou Rezende.

Foi considerado o seguinte cenário: o consumo de álcool com uma redução relativa de 10%, uma diminuição de 1 kg/m2 no índice de massa corporal na média da população, uma dieta de cálcio de 200 mg a 399 mg por dia e a redução de 30% na prevalência do consumo de tabaco.

Essas alterações, do ponto de vista populacional, poderiam evitar 19.731 casos de câncer (4,5% dos casos) e 11.480 mortes (6,1%).

Políticas públicas

Rezende destaca que essas estimativas contribuem para formulação de políticas públicas na área de saúde pública. Ele cita como exemplo o combate ao tabagismo no Brasil que conseguiu reduzir para menos da metade a proporção de fumantes em relação a década de 1990.

“Hoje, aproximadamente 10% da população brasileira fumam [antes, eram mais de 30%]. Quando o Brasil adotou um pacote de medidas, leis e regulamentação do tabaco no Brasil, como a tributação do cigarro, a proibição do consumo em local fechado, a gente teve um impacto bastante positivo na saúde da população”, disse.

O pesquisador aponta que o tabagismo é responsável por 67 mil casos de câncer por ano no Brasil, o equivalente a 15,5% dos casos e 40 mil mortes.

“Tem um debate bastante atual de que se deveria reduzir o imposto dos produtos derivados do tabaco para diminuir o consumo de cigarro contrabandeado. É importante trazer a magnitude do estrago que o cigarro faz na saúde da população quando se estimula o consumo. Hoje, o Brasil é um case de sucesso e a gente, primeiramente, precisa manter isso”, defendeu.

Um grupo de trabalho foi instituído em março deste ano pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para avaliar “a conveniência e oportunidade” da redução da tributação de cigarros fabricados no Brasil.

Para Rezende, o combate ao tabagismo poderia servir de exemplo para a elaboração de outras políticas no campo da alimentação.

“Rotulagem, restrições de marketing e aumento de impostos de produtos da indústria de alimentos para desestimular o consumo são propostas possíveis de serem implementadas pegando emprestado o case de sucesso do tabaco para tentar reduzir o excesso de peso e obesidade da população no Brasil”, sugeriu.

Ele lembra que o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda que sejam consumidos principalmente produtos in natura e que se evitem alimentos processados, especialmente ultraprocessados.

Metodologia

A pesquisa partiu do consenso na literatura científica de que cinco fatores de risco – tabagismo, consumo de álcool, excesso de peso, alimentação não saudável e falta de atividade física – estão associados a 20 tipos de câncer.

O que o novo estudo fez foi calcular a fração atribuível populacional (FAP) da doença relacionado a dados populacionais sobre o índice de massa corporal (IMC) elevado, consumo de cigarro, álcool, prática de atividade física e informações sobre a alimentação.

De acordo com os pesquisadores, a FAP é uma métrica que estima a proporção da doença possível de prevenir na população caso os cinco fatores de risco fossem eliminados, mantendo as demais fatores/causas estáveis.

Os dados sobre a distribuição dos fatores de risco do estilo de vida foram calculados a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, para estimar consumo de álcool, índice de massa corporal (IMC), consumo de frutas e hortaliças, atividade física, tabagismo e fumo passivo entre não fumantes no Brasil.

Foi utilizada também a Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares (POF), realizada entre 2008 e 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para obter o consumo alimentar de fibras, cálcio, carne vermelha e processada.

Agência Brasil

 

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Brasil

Gusttavo Lima e Deolane podem perder passaportes, diz relatora da CPI

Arte: Metrópoles 

Relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) guarda uma carta na manga para conseguir fazer o cantor Gusttavo Lima e a influenciadora Deolane Bezerra comparecerem às audiências no Senado.

A CPI das Bets aprovou as convocações de Gusttavo Lima, Deolane Bezerra e mais influenciadores como Jojo Todynho, Viih Tube e Tirulipa, além do cantor Wesley Safadão.

À coluna, a parlamentar afirmou que, caso a dupla tente driblar a convocação, solicitará à Justiça medidas cautelares como o recolhimento dos seus passaportes. E vai além: caso tentem deixar o país durante as investigações, pedirá a inclusão deles na lista vermelha da Interpol.

O temor de Soraya Thronicke é que os artistas envolvidos com bets supostamente irregulares, além dos donos dessas empresas, deixem o país e fiquem longe do alcance do colegiado, diminuindo o poder até mesmo de eventuais quebras de sigilo. A senadora teria ficado apreensiva ao receber imagens de aviões particulares que pertencem a pessoas investigadas.

Regimentalmente, uma CPI não pode determinar a apreensão de passaportes. A relatora, contudo, pode encaminhar ofícios à Polícia Federal cobrando a medida. Mas ela não desistirá em caso de negativa da corporação. “Se for preciso, vamos à Justiça”, afirmou.

Na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que Deolane decidisse se compareceria ou não à convocação. Ela escolheu não ir ao Senado. Na ocasião, o ministro André Mendonça entendeu que ela teria direito de não se incriminar. Como resposta, o colegiado quebrou o sigilo da influencer.

Gusttavo Lima foi indiciado pela PF por lavagem de dinheiro e organização criminosa. O músico fez campanhas publicitárias financiadas por empresas de apostas e também teria adquirido 25% de participação da VaideBet, empreendimento investigado. Deolane chegou a ser presa preventivamente na mesma operação, em setembro.

A CPI

O colegiado foi instaurado no dia 12/10 e está traçando seu plano de trabalho. O senador Dr. Hiran (PP-RR) foi eleito presidente. Para o cargo de vice-presidente, foi escolhido o senador Alessandro Vieira (MDB-SE). A senadora Soraya Thronicke foi designada relatora do colegiado. O prazo de encerramento da comissão é 30 de abril de 2025.

A CPI é formada por 11 titulares e 7 suplentes. Seu propósito é investigar “a crescente influência dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famílias brasileiras”, além da “possível associação com organizações criminosas envolvidas em práticas de lavagem de dinheiro”, bem como o “uso de influenciadores digitais na promoção e divulgação dessas atividades”.

Metrópoles

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Mundo

‘Não tenho de ser amigo de Lula. Tenho que fazer Argentina e Brasil comercializarem’, diz Milei

Foto: Pablo Porciuncula

Em uma entrevista exclusiva ao Estadão, o presidente da Argentina,Javier Milei, abordou questões sobre sua postura nas relações diplomáticas, especialmente com líderes de países estratégicos como Brasil, Estados Unidos e Espanha.

Questionado sobre os desafios de manter boas relações com o ex-presidente norte-americano Donald Trump, enquanto equilibra interações mais complexas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros líderes progressistas, o mandatário argentino foi direto: sua prioridade é o interesse nacional, e não relações pessoais.

Trecho da Entrevista

Se você acha que boas relações com o Presidente Trump ajudam a Argentina, como discutimos com investimentos, talvez com o FMI, você não se preocupa que más relações, ou relações mais complicadas, por exemplo, com Lula no Brasil ou Sánchez na Espanha, poderiam prejudicar um pouco a Argentina?

“Aconteceu algo agora? Quando eu fui ao G-20 no Brasil? Meu ministro da Economia e o ministro da Economia do Brasil assinaram um acordo para ajudar a Argentina a exportar. Então, quem se importa? Em outras palavras, eu não tenho que ser amigo do Lula. Não. Eu tenho que conseguir que a Argentina e o Brasil comercializem. É ótimo para mim vender gás para o Brasil. Quer dizer, não, eu não vou ser amigo do Lula, mas eu tenho uma responsabilidade institucional. Eu estou encarregado de defender os interesses da Argentina.”

Com informações do Estadão

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Esporte

Atlético-MG x Botafogo: final marcará quebra de recordes da Libertadores

Foto: Isabelle Favieri/Lance

Em busca da “Glória Eterna”, Atlético-MG e Botafogo se enfrentam, neste sábado (30), às 17h (de Brasília), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, pela final da Libertadores 2024. O confronto será recheado de quebras de recordes da competição.

Botafogo é o estreante em finais da Libertadores. Por isso, o Glorioso jamais conquistou um título da competição. As melhores campanhas foram em 1963 e 1973, quando chegou na semifinal. Por outro lado, o Atlético-MG tem mais bagagem histórica, visto que o clube de Minas Gerais, além de já ter conquistado o torneio em 2013, também chegou até à semifinal em outras duas oportunidades: 1978 e 2021.

Confira os recordes

– Será a sétima final da Libertadores entre times do mesmo país (seis entre brasileiros e uma entre argentinos). Além disso, o Brasil ampliará o recorde de campeões consecutivos de uma mesma nação para seis (2019-2024). Será a 24ª Copa vencida por brasileiros, uma atrás do recorde da Argentina (25).

– O Botafogo disputa a primeira final da Libertadores. Das 43 equipes que já disputaram a partida decisiva, 17 foram coroadas campeãs e 26 foram vice-campeãs em estreias na final. As últimas equipes que ergueram a taça na primeira final foram San Lorenzo (2014), Atlético Mineiro (2013) e Corinthians (2012).

– O Atlético Mineiro disputa a segunda final da Libertadores, após o título contra o Olimpia, do Paraguai, em 2013. Se ganhar novamente, o Galo será o segundo time a manter 100% de eficácia em finais da Libertadores, depois de jogar mais de uma partida decisiva, um feito que só foi alcançado pelo Independiente, da Argentina (7 de 7).

– O Botafogo busca se tornar o segundo campeão da Libertadores depois de participar das fases preliminares, feito alcançado pelo Estudiantes de la Plata em 2009. No entanto, o Fogão jogou quatro partidas antes da fase de grupos em 2024 (2V e 2E), enquanto o ‘Pincha’ disputou apenas duas (1V e 1D).

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R7

 

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Brasil

Câncer, paralisia e aids, doenças que ministro quer taxar

Foto: Diogo Zacarias

O pacote de corte de gastos anunciado na última quarta-feira (27) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), restringiu a isenção completa do Imposto de Renda para pessoas enfermas com doenças graves, como a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), doença de Parkinson, cegueira, tuberculose ativa e entre outras.

Com a mudança, pessoas portadoras de tais doenças que tenham uma renda superior a R$ 20 mil por mês irão deixar de ter o direito à isenção completa do IR. Entretanto, ainda será possível para este grupo deduzir do Imposto de Renda gastos com saúde, como plano de saúde e despesas com psicoterapia ou fonoaudiologia.

“Tem algumas distorções que estamos corrigindo com relação à saúde (no Imposto de Renda). Gastos com saúde continuarão dedutíveis na sua integralidade. Mas a isenção do IR por razões de saúde vai estar limitada a quem ganha até R$ 20 mil por mês”, disse Haddad na última quarta-feira (27).

Confira a lista de doenças que perdem direito a isenção total do IR:

moléstia profissional (causada por condições do ambiente de trabalho)
tuberculose ativa
alienação mental
esclerose múltipla
neoplasia maligna (câncer)
cegueira
hanseníase
paralisia irreversível e incapacitante
cardiopatia grave
doença de Parkinson
espondiloartrose anquilosante
nefropatia grave
hepatopatia grave
estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante)
contaminação por radiação
síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), com base em conclusão da medicina especializada

Diário do Poder

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Brasil

Governo libera R$ 1,7 bilhão bloqueados do Orçamento

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A reestimativa de receitas e o adiamento de repasse de recursos da Lei Aldir Blanc fizeram o governo liberar R$ 1,7 bilhão do Orçamento bloqueados na semana passada. O Ministério do Planejamento e Orçamento editou uma nova versão do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas nesta sexta-feira (29) à noite.

Com a liberação, o volume de recursos congelados no Orçamento deste ano caiu de R$ 19,3 bilhões para R$ 17,6 bilhões. O bloqueio foi reduzido porque o Planejamento oficializou o adiamento de R$ 1,71 bilhão da Lei Aldir Blanc. Alegando baixa execução dos projetos culturais pelos estados e municípios, o governo editou, no último dia 22, uma medida provisória que condiciona as transferências de recursos ao andamento dos projetos financiados pela lei.

Déficit primário
Chamado de “extemporâneo” pelo Ministério do Planejamento, o novo relatório também diminuiu a previsão de déficit primário de R$ 65,303 bilhões para R$ 64,426 bilhões. A redução ocorreu porque a Procuradoria-Geral Federal informou que cerca de R$ 2,7 bilhões da versão do Desenrola para agências reguladoras devem entrar no caixa do governo ainda este ano. No relatório publicado na semana passada, a estimativa para essas receitas estava zerada.

Ao considerar apenas as despesas sujeitas ao teto do arcabouço fiscal, a previsão de déficit primário caiu de R$ 28,737 bilhões para R$ 27,747 bilhões. Como a projeção está dentro da margem de tolerância do marco fiscal, que permite déficit de até R$ 28,756 bilhões (0,25% do Produto Interno Bruto), não houve a necessidade de contingenciamento.

O déficit primário representa a diferença entre as receitas e os gastos do governo sem os juros da dívida pública. Entre os gastos fora do teto do arcabouço fiscal, estão os créditos extraordinários para a reconstrução do Rio Grande do Sul, o combate a incêndios florestais e o pagamento de precatórios em atraso.

Tanto o contingenciamento como o bloqueio representam cortes temporários de gastos. O novo arcabouço fiscal, no entanto, estabeleceu motivações diferentes. O bloqueio ocorre quando os gastos do governo crescem mais que o limite de 70% do crescimento da receita acima da inflação. O contingenciamento ocorre quando há falta de receitas que comprometem o cumprimento da meta de resultado primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública).

Detalhamento
Também na noite desta sexta-feira, o Ministério do Planejamento publicou o detalhamento do bloqueio dos R$ 17,6 bilhões por ministério. Em valores absolutos, as pastas mais atingidas são os Ministérios da Saúde (R$ 4,39 bilhões), Educação (R$ 3,04 bilhões) e Cidades (R$ 2,47 bilhões). Em seguida, vêm os Ministérios dos Transportes (R$ 1,94 bilhão) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (R$ 1,04 bilhão).

Pela legislação, o governo precisa editar o decreto presidencial com o detalhamento do bloqueio de gastos até dez dias após a publicação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Nesse caso, o prazo levou em consideração a publicação do relatório original, na sexta-feira da semana passada, mas os números vieram atualizados com a redução do bloqueio em R$ 1,7 bilhão.

Tribuna do Norte

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Polícia

Delação de mafioso italiano revela como PCC envia droga para a Itália

Reprodução 

A delação de um mafioso italiano é vista por autoridades brasileiras como uma rica fonte de informação sobre as estruturas usadas por Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho para enviar cocaína em grandes quantidades para a Europa.

Vicenzo Pasquino, apontado como articulador da máfia ‘Ndrangheta no Brasil, firmou um acordo com a Justiça italiana em que se comprometeu a revelar identidades e codinomes de criminosos brasileiros e a dar detalhes sobre como a máfia atuava em parceria com as redes de tráfico locais.

A decisão de Pasquino em colaborar com as autoridades deu origem a um grupo formado por procuradores italianos e brasileiros para investigar as relações entre PCC e CV com a ‘Ndrangheta. O trabalho conjunto foi uma proposta do procurador nacional antimáfia italiano, Giovanni Melillo.

Em outubro, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi até Roma para se reunir com Melillo e definir o funcionamento da força-tarefa internacional. O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP), principal responsável pelas investigações sobre PCC no Brasil, também esteve presente.

Promotores do Gaeco, ouvidos pelo Metrópoles, afirmam que a expectativa é que a delação de Pasquino traga detalhes importantes sobre o setor do PCC responsável pela exportação de cocaína e pelas relações com organizações criminosas estrangeiras, a chamada Sintonia do Tomate.

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Metrópoles

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Economia

Bitcoin foi o melhor investimento de novembro com alta pós-Trump

Reprodução

O bitcoin teve o melhor desempenho dentre os principais investimentos em novembro. O criptoativo valorizou 38,65% no mês. A alta anual é ainda mais expressiva, de 130,3%.

Em cifras, uma pessoa que investiu R$ 1.000 na moeda digital em janeiro deste ano agora teria R$ 2.303. O montante aplicado mais que dobrou.

O investimento com o menor rendimento no mês foi o Tesouro Renda+ 2035, com queda de 6,46% no período.

O bitcoin teve uma alta expressiva depois da vitória de Donald Trump (republicano) nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Ultrapassou US$ 90.000 pela 1ª vez na história.

Trump buscou o apoio de investidores do setor durante a campanha eleitoral, apresentando-se como favorável às criptomoedas. Ele até anunciou a sua própria plataforma de compra e venda de criptos, a World Liberty Financial. Disse querer fazer do país a “capital criptográfica do mundo”.

INVESTIMENTOS NA BOLSA E NO DÓLAR

O Ibovespa acumulou uma queda mensal de 3,12%, o que sinaliza um enfraquecimento nos investimentos ligados à B3 (Bolsa de Valores de São Paulo). A queda no ano é de 6,35%.

Já o dólar comercial segue com uma alta expressiva. A moeda norte-americana avançou 3,81% em novembro, com variação anual de 23,66%. Fechou aos R$ 6 pela 1ª vez na história na 6ª feira (29.nov.2024).

Ambos os investimentos foram impactados pelo anúncio do pacote fiscal pela equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A maior dúvida é em relação à expectativa de economizar R$ 70 bilhões em 2 anos. Agentes financeiros dizem que o governo inflou a projeção.

Também chamou a atenção a promessa de isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 –medida que prejudica a arrecadação. Deve começar a valer a partir de 2026. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a perda de dinheiro será compensada pelo aumento na cobrança das pessoas com renda superior a R$ 50.000, mas não deu detalhes suficientes.

Haddad também anunciou um teto para o reajuste do salário mínimo. Será de 2,5% acima do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 12 meses até novembro do ano anterior. É a medida mais crível do pacote. Antes, era com base na variação do PIB (Produto Interno Bruto) de 2 anos anteriores.

O objetivo central do pacote é equilibrar as contas públicas e cumprir as metas fiscais. O governo quer os gastos iguais às receitas em 2025 (espera-se um deficit zero). Nos anos seguintes, o alvo é terminar com as contas no azul. Na prática, é necessário aumentar a arrecadação e diminuir as despesas. Pouco foi feito pelo lado da 2ª opção, mesmo com o Lula 3 quase na metade.

Poder 360

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Brasil

Educação é a área mais afetada por novo bloqueio de gastos do governo; veja os números

Reprodução

O governo Lula detalhou nesta sexta-feira o bloqueio de gastos anunciado na semana passada para cumprir as regras fiscais.

O Executivo também anunciou que o bloqueio total será R$ 1,7 bilhão menor porque o governo cortou gastos de repasse a ações culturais via Lei Aldir Blanc.

No total, o novo bloqueio é de R$ 5,5 bilhões. Ao todo,os recursos congelados no ano chegam a R$ R$ 17,5 bilhões.

As áreas mais afetadas pelo novo bloqueio foram:

Ministério da Educação: R$ 1,6 bilhão
Ministério das Cidades: R$ 1 bilhão
Ministério dos Transportes: R$ 956 milhões
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: R$ 367 milhões
Considerando o bloqueio total de gastos, de R$ 17,5 bilhões, as áreas mais atingidas são:

Ministério da Saúde: R$ 4,3 bilhões
Ministério da Educação: R$ 3 bilhões
Ministério das Cidades: R$ 2,4 bilhões
Ministério dos Transportes: R$ 1,9 bilhão
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 1 bilhão
A projeção para o déficit primário este ano é de R$ 28,7 bilhões, contra R$ 28,3 bilhões até setembro. A meta é de resultado zero, com intervalo de tolerância de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 28,8 bilhões. Assim, governo prevê fechar o ano com déficit próximo ao limite previsto no arcabouço fiscal. A diferença é de apenas R$ 18,9 milhões.

Mais uma vez, bloqueio foi necessário para não estourar o limite de gastos devido ao crescimento maior do que o esperado de despesas obrigatórias, como os benefícios previdenciários e assistenciais.

Segundo nota divulgada à imprensa pelo Ministério do Planejamento, houve aumento de R$ 7,7 bilhões na estimativa de gasto com benefícios previdenciários, devido ao comportamento da despesa no bimestre de setembro e outubro.

O relatório destaca ainda que o efeito do pente-fino nos gastos do INSS ficou aquém do esperado. Para este ano, a previsão era de economia de R$ 6,8 bilhões, R$ 3,7 bilhões com o uso do Atestmed – concessão de benefícios de curta duração por análise documental – e o restante, principalmente, com a reavaliação dos benefícios por incapacidade.

A previsão para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) subiu bem menos, R$ 612 milhões. O Planejamento destacou que a expansão foi parcialmente compensada pela redução na projeção para despesas com pessoal, de R$ 1,9 bilhão.

O Globo

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Mundo

Opositores de Maduro vão denunciar fraude a deputados do Brasil

Foto:Marcelo Perez del Carpio/Getty Images

Os principais nome da oposição contra Nicolás Maduro, María Corina Machado e Edmundo González, vão discutir os problemas nas eleições presidenciais da Venezuela em um evento no Brasil, na próxima terça-feira (2/12).

Machado e González vão participar de um debate na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional na Câmara dos Deputados, onde a lisura das eleições na Venezuela será tema de discussão. Ainda não está claro se os dois participarão do evento de forma presencial ou remota.

Exilado na Espanha desde setembro, González disputou a presidência pela coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD), após o primeiro nome da oposição, María Corina Machado, ser impedida de participar do pleito.

Após o fim da votação, a coalizão afirmou que González foi eleito o novo presidente venezuelano. No entanto, autoridades eleitorais do país, ligadas ao chavismo, proclamaram a vitória e reeleição de Maduro no pleito que tem sido contestado internacionalmente.

Ao não reconhecer a vitória do herdeiro político de Hugo Chávez, a comunidade internacional aponta que houve fraude nas eleições. A acusação é sustentada pela não divulgação das atas eleitorais do país, que poderiam atestar ou não a reeleição de Maduro.

Além de não tornar os dados públicos, autoridades chavistas emitiram uma ordem de prisão contra González, forçando o ex-diplomata a deixar o país.

Fonte: Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Perda de tempo. Os Deputados daqui não resolvem os nossos problemas,Avali o de outros países. Estão sendo vilipendiados todos os dias,nem falar mais no púlpito da Câmara eles podem .

  2. Os deputados brasileiros que ouvirem vão se organizar e declarar guerra à venezuela haha

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Gastronomia

O Papo de Fogão desta semana está recheado de sabor e criatividade: um tradicional prato do Maranhão e uma pizza mexicana

O Papo de Fogão desta semana está recheado de sabor e criatividade! O Chef Warwick Trinta, do Alameda Trinta em São Luís/MA, prepara uma irresistível Pescada com Risoto de Batipuru, unindo tradição e sofisticação. Para completar, na Dica Rápida, Natanael Costa, do Holy Pizza em Fortaleza/CE, apresenta uma Pizza Mexicana cheia de personalidade. Duas receitas imperdíveis que vão te inspirar! Vem com a gente e não perca!

SÁBADO
BAND
MARANHÃO, 7h
CEARÁ, 8h
PIAUÍ, 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RECORD
PERNAMBUCO – TV GUARARAPES, 8h30
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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