Os servidores administrativos da Polícia Federal aderiram à greve. Nesta quarta (15), cruzarão os braços em todo país por tempo indeterminado. Juntam-se aos policiais e aos delegados do órgão, já paralisados.
Reivindicam aumento salarial, reestruturação da carreira e realização de concurso para reforçar os quadros. Reunidos em assembléia na última sexta-feira (10), os funcionários da PF haviam aprovado um “indicativo de greve”.
Nesta terça (14), o SinpecPF, sindicato que representa a corporação, divulgou nota anunciando o início da paralisação. O movimento deve impor novos dissabores à clientela que recorre aos serviços públicos da PF.
Além de dar suporte às atividades policiais, os funcionários administrativos cuidam diretamente da emissão de passaportes, do registro de estrangeiros e do controle de entrada no país de produtos químicos importados.
Presidente do SinpecPF, Leilane Ribeiro de Oliveira queixa-se do “descaso” do governo com a carreira administrativa do Departamento de Polícia Federal. “A reestruturação de nossa carreira é um pleito antigo. Empunhamos essa bandeira desde 2004, com o apoio da direção da PF. Porém, o governo sempre deixa o problema para depois”, diz.
Hoje, pelas contas do sindicato, os servidores de setores administrativos representam 18% dos quadros da PF. Seria o menor efetivo dos últimos 30 anos. A escasses de mão de obra força a direção do órgão a deslocar policiais, mais bem remunerados que os servidores dedicados à burocracia, das ruas para os gabinetes.
“Se o governo quer economizar, deve começar reestruturando nossa carreira, pois o desvio de função de policiais constitui desperdício de dinheiro público”, critica Leilane Ribeiro. A greve dos administrativos começa na semana em que o Ministério do Planejamanento reabriu os dutos de negociação com os grevistas.
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