Com o tempo, tudo se ajeita. E na polêmica em torno da Via Costeira está sendo assim. O superintendente do Ibama local, Alvamar Queiroz , já não mantém aquela mesma postura rígida em relação ao veto de novos empreendimentos na área. Ao Novo Jornal, em matéria veiculada hoje, ele afirmou que é sim possível ocupar a Via Costeira de maneira sustentável mesmo com a construção dos hoteis, desde que os quatro pilares do desenvolvimento sustentável fossem respeitados: o capital humano, social, ambiental e natural. “São quatro pilares que precisam estar em consonância para existir o desenvolvimento sustentável”, declarou
O tão esperado “sim” de Alvamar foi dado durante um encontro realizado ontem com empresário da Via Costeira e o arquiteto Orlando Bussarelo, um dos projetistas da concepção inicial da Via Costeira elaborada em 1978. Agora, um dos objetivos é, pensar em um novo projeto de adequação da Via, solucionando problemas de infraestrutura que não foram devidamente realizados pela gestão estadual há 34 anos.
O projeto inicial previa um anel viário que jamais foi construído, além de uma ciclovia, acessos à praia, mirantes para convivência, urbanização de Mãe Luiza, arborização ao longo da pista e arborização em áreas de dunas para conter a erosão.
O importante é que o diálogo está estabelecido. “Não dá mais para ficar nesse impasse por tanto tempo”, ressaltou Alvamar. Elali também se mostrou favorável à discussão. “Não dá para ficar mandando recado pelo jornal. O que a gente precisa é conversar e chegar a um entendimento”, disse.
Este impasse sobre a Via Costeira, que tem seis empreendimentos embargados pelo Ibama, tramita também no Ministério do Meio Ambiente, de onde partir definições muito em breve.
Erro ecológico
Mas em uma coisa, Alvamar não voltou atrás. Ele continua afirmando que a Via Costeira foi um erro ecológico. “Acho que foi um erro e continua sendo porque fizeram um paredão de concreto ali. Continuo achando que da forma como foi feito, foi um erro. Que viés ambiental foi seguido na época? As normas foram cumpridas? É isso que precisamos saber”, destacou na entrevista ao Novo Jornal.
Tomamos no __ mais uma vez…