Diante da confusão, o blog foi atrás dos porquês das diferenças na grafia do nome do ditador da Líbia, morto hoje.
É Muammar Kadhafi, Muamar Gaddafi ou Mu’ammar al-Qadhdhafi?
Na verdade estão todos corretos…
Uma matéria publicada no site G1 explica que a grafia ocidental do nome do ditador da Líbia encontra 112 variações diferentes em jornais, livros e documentos. A Library of Congress, órgão do governo dos Estados Unidos, por exemplo, lista 72 variações do nome do político.
A especialista de estudos de cultura e literatura árabe Muna Omran, professora do departamento de Letras da Universidade Plínio Leite, do Rio, e editora da revista acadêmica Litteris, diz que “esta polêmica existe por conta da transliteração e dos fonemas árabes que não existem no nosso alfabeto”, explica Muna Omran.
Segundo ela, a transliteração mais correta seria Mu’amar Al Kadhafi, assim, com apóstrofo no prenome e mais um “dh” e um “f” no sobrenome.
“É importante salientar que existe uma variação da oralidade da língua árabe de acordo com as diversas regiões”, explica Muna. “Em países do Norte da África se pronuncia o K como G, por isso há registros do nome Gaddafi. “Já a oralidade da Siria, Jordãnia, Líbano e Arábia Saudita se aproxima do árabe clássico, com outras variações.”
Veja como alguns veículos grafam o nome do ditador morto hoje:
BBC, Reino Unido – Gaddafi
Clarín, Argentina – Kadafi
El Pais, Espanha – Gadafi
Folha de S. Paulo, Brasil – Gaddafi
La Repubblica, Itália – Gheddafi
Le Monde, França – Kadhafi
New York Times, EUA – Qaddafi
Público, Portugal – Khadafi
O Globo, Brasil – Kadafi
Comente aqui