Chris Cornell em foto de 2013 – Chris Pizzello / Chris Pizzello/Invision/AP
Um laudo médico apontou que a causa da morte do cantor e compositor Chris Cornell, de bandas como Soundgarden e Audioslave, foi confirmada como suicídio por enforcamento, segundo a agência de notícias The Associated Press.
O músico americano foi encontrado morto, na noite desta quarta-feira, em um hotel de Detroit. A morte foi considerada “súbita e inesperada” pelo agente do músico, Brian Bumbery. Segundo ele, a viúva Vicky e a família de Cornell (ele tinha dois filhos, Toni e Christopher) estão em choque. Os parentes pediram privacidade. Nas últimas horas, a polícia local investigava a morte como suicídio. Um oficial disse à “Variety” que o corpo do cantor foi encontrado no banheiro do quarto de hotel com uma corda em volta do pescoço.
Cornell comandou um show do Soundgarden horas antes de morrer, e aparentava empolgação, além de estar em boa forma. Ele estava no meio de uma turnê pelos Estados Unidos, cujos ingressos estavam esgotados. Faltavam seis apresentações, até a conclusão da tour, em 27 de maio.
Reconhecido como um dos pioneiros — e dono de uma das melhores vozes — da cena grunge de Seattle, nos anos 1990, o americano fundou o grupo Soundgarden. A formação musical ganharia fama pelos troféus no Grammy com as canções “Black Hole Sun” e “Spoonman”. Só nos Estados Unidos, a banda vendeu mais de 10 milhões de discos.
O Soundgarden se desfez em 1997 e voltou a atuar reformada em 2010. A primeira e única apresentação da banda no Brasil foi em 2014, como atração do festival Lollapalooza, em São Paulo.
Cornell esteve no Brasil em dezembro passado, para shows solo no Rio, em São Paulo e em Curitiba.
Em 2001, ele se uniu a três ex-membros do Rage Against the Machine — Tom Morello, Tim Commerford e Brad Wilk — para fundar o Audioslave, supergrupo que alcançou grande sucesso naquela década, lançando três álbuns entre 2002 e 2006 — “Audioslave” (2002), “Out of exile” (2005) e “Revelations” (2006). Em maio de 2005, eles fizeram um show gratuito e histórico em Cuba, para 70 mil pessoas, tornando-se a segunda banda de rock americana a se apresentar no país. A performance acabou virando um DVD, lançado no mesmo ano.
O Globo
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