O conselheiro Fábio Coutinho, integrante da Comissão de Ética da Presidência da República, pediu nesta segunda-feira (12) que a entidade abra investigação formal contra o ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Coutinho é o relator do caso que apura denúncias de enriquecimento ilícito contra o ministro.
A abertura da investigação, porém, não foi confirmada – o conselheiro Roberto Caldas pediu vistas do processo, o que inibe a abertura do inquérito até, no mínimo, 26 de março, quando a Comissão se reunirá novamente.
As investigações contra Pimentel por parte da Comissão de Ética foram iniciadas após requisição do PSDB. Entre 2008 e 2009, ele foi proprietário de uma consultoria que manteve contratos com empresas que ganharam licitações com a prefeitura de Belo Horizonte, chefiada por ele até o final de 2008. A consultoria rendeu a Pimentel cerca de R$ 2 milhões, quantia superior ao patrimônio declarado pelo ministro ao Tribunal Superior Eleitoral em 2008.
“A decisão do relator da Comissão de Ética da Presidência deixa Pimentel em situação ainda mais complicada. Ele, que se nega a dar explicações sobre as consultorias milionárias, agora é cobrado publicamente por um membro do próprio governo. A situação, que já era ruim, ficou insustentável. Ou explica ou deixa a Esplanada. É isso que se espera de uma figura pública”, afirma o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE).
O PSDB questiona a permanência de Pimentel em um governo chefiado por uma administradora cuja marca, ao menos como é vendida para o público externo, é a intolerância com a corrupção. “A inibição de Dilma no caso Pimentel mostra que a tal ‘faxina’ é para inglês ver”, disse Guerra.
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