“Na Câmara [Municipal do Rio], antes da gente entrar, foram dez anos antes com a Jurema [Batista]. E dez anos antes da Jurema, a Benedita [da Silva]. A gente não pode esperar mais dez anos ou achar que eu estarei ali por dez anos”, afirmou Marielle Franco no último debate do qual participou, poucas horas antes de ser assassinada com quatro tiros, no dia 15, no Rio.
Naquela fala, Marielle lembrava que, antes dela, 5ª vereadora mais votada no Rio em 2016, pelo PSOL, apenas outras duas mulheres negras e vindas da favela haviam conseguido ocupar uma cadeira na Câmara da cidade ao longo dos últimos 35 anos.
A primeira delas, em 1982, foi a hoje deputada federal, ex-senadora, ex-governadora do Rio e ex-secretária especial da Assistência e Promoção Social do governo Lula, Benedita da Silva, de 75 anos, do PT. Benedita foi criada no morro Chapéu da Mangueira e trabalhou como camelô, doméstica e vendedora de doces e de pastel, entre outras coisas.
A segunda foi a professora de português criada no morro do Andaraí Jurema Batista, também do PT. Jurema elegeu-se vereadora três vezes e também foi deputada estadual.
“Se ainda é difícil para uma mulher negra, favelada, ocupar esses espaços, você não sabe como foi naquela época. Para começar, eu era a única dos 33 vereadores que não tinha carro oficial, porque diziam que o carro não podia subir a favela, e eu morava no Chapéu da Mangueira”, lembra.
“Depois, eu, casada, era objeto de certo tipo de violência sexual dos colegas, que ficavam apostando para ver quem sairia primeiro comigo. Você passa quatro anos tentando provar que é inteligente, que é capaz, que não é um objeto sexual.”
Para a deputada, mesmo com tantas dificuldades e preconceitos que mulheres negras enfrentam, não será preciso esperar mais uma década para que outra Marielle conquiste esse espaço político.
Marielle, segundo levantamento feito pela BBC Brasil, era uma das 32 vereadoras negras entre 811 eleitos para esse cargo nas capitais do Brasil em 2016.
“Estamos trabalhando para não ter isso, para não ficar contando nos dedos quantas negras e negros têm representatividade. Não quero fazer parte da estatística dessa forma”, diz por telefone à BBC Brasil. A deputada integra a comissão parlamentar que acompanha a investigação da morte de Marielle.
“Não podemos conviver com 3 parlamentares negras num universo de 500 deputados. Temos que ter nosso lugar de fala, não queremos que falem por nós. Queremos ter mais mulheres negras ocupando espaços em evidência.”
Em 2015, a deputada foi acusada pelo Ministério Público do Rio num processo de improbidade administrativa enquanto era secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos no governo de Sérgio Cabral, por supostas fraudes em convênios entre a Fundação Darcy Ribeiro (FUNDAR) e ONGs com o Ministério da Justiça. O processo ainda não foi julgado e Benedita, que afirma ser inocente e ter todas as provas que comprovam isso, segue com seus bens bloqueados.
Evidentemente Marielle foi para o céu e do jeito que a coisa está, Deus que se cuide, a Globo e a esqueda juntas vão terminar derrubando o Homem para coloca-la em seu lugar.
Essa Benedita faz parte da tropa do PT fiel ao velho ladrão. Defender quem não presta é a regra. Se um dia tivermos um Presidente do PSOL o Brasil entrará em colapso…
Onde essas sujeito ta consumindo essas drogas.
Onde essas sujeita ta consumindo essas drogas.
BG.
Calma Bené não é assim não.
Hum!
Essa diz até q lula nunca roubou, um governo q a lava-jato já recuperou 12 bilhões Reais, e isso é só uma pequena parte do que foi descoberto, ela tem uma coerência nos comentários. Kkkkkkkk
Mariellle presidente do Brasil!!! Me poupe. Era dessa vez que o Brasil acabava de vez.