Escrito por Renata Cardarelli/ Portal Comunique-se
Aos 61 anos, o jornalista Milton Neves renovou contrato com a Band até dezembro de 2016. Em trâmite desde o fim do ano passado, o novo acordo foi assinado neste mês, mas o comentarista esportivo garante ao Comunique-se que depois desse período vai se aposentar. “Vou encerrar a carreira como apresentador da Band, onde comecei [na televisão] em 1999. Estou querendo parar, porque Deus foi muito exagerado ao me dar o que deu. Eu esperava 1% do que tenho”.
O apresentador conta que na aposentadoria vai alternar a vida entre Guarujá (SP), Guaxupé (MG) e Miami, nos Estados Unidos. “Outra vez, conversei com o Barão Wilson Fittipaldi [radialista e ex-piloto que morreu aos 92 anos em 11 de março deste ano] e ele falou: ‘Pela manhã, eu coço o com a canhota e à tarde, com a direita’ e eu vou dar uma de Barão daqui a pouquinho”.
A opção por anunciar a aposentadoria com três anos de antecedência é consequência de sua popularidade. “O engenheiro, o advogado, o dentista e o médico não têm esse apelo popular. Eles param de repente e tudo bem. Se existe o contato com o público, quando você para, parece que você morreu. Você não pode ser parado, quando você se ‘auto-para’, a dor é muito menor”.
Além da TV, Neves atua em quatro emissoras de rádio do grupo: Bandeirantes, Sulamérica Trânsito, Bradesco Esportes e Bandnews FM. No portal Terceiro Tempo, tem o trabalho feito pela coluna ‘Que fim levou?’, em que grandes nomes do futebol brasileiro são resgatados. Há 41 anos na profissão, ele destaca o programa ‘Terceiro Tempo’ como um divisor de águas na sua carreira. “A minha vida existe antes e depois do ‘Terceiro Tempo’”. Em 1972, o jornalista entrou para a Jovem Pan como repórter de trânsito e considera que ficou “marcando passo” durante dez anos. “Quando entrei na JP eu era o quinto goleiro reserva, passei a ser o centro-avante. O ‘Terceiro Tempo’ me lançou para o ser o primeiro âncora de mídia eletrônica no Brasil”.
Histórias da carreira do jornalista estarão reunidas na obra Mil Contos do Milton, escrita pelo jornalista André Rosemberg e que será lançada ainda neste ano. “São histórias da minha carreira e da minha vida. Só coisa boa. Não quero saber de polêmica”, conclui Milton Neves.
Vai tarde demais.. Sujeito mais mercenário e falador de m* do jornalismo esportivo brasileiro!