Em serviço, chegando ou saindo de casa e até mesmo trabalhando em outra função, o chamado bico, policiais militares são mortos no Rio Grande do Norte. A cada ano o número vem crescendo e nenhuma providência é tomada pelo poder público. Em 2011 foram 15 policiais mortos, em 2010 e 2009 foram seis e em 2008 apenas quatro. Em quatro anos os homicídios contra policiais cresceram mais de 350%.
“Esse é um número alarmante que é reflexo do aumento da violência contra cada cidadão e contra cada policial que trabalha para combater essa mesma violência e proteger a população. Em cada caso desses a polícia perde a guerra para os bandidos”, afirma o Cabo Jeoás Santos, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM/RN.
Na maioria dos casos os policiais foram assassinados a tiros estando em serviço ou a paisana. A deficiência de efetivo, de equipamentos, de viaturas em bom estado, de munição e armamento suficientes e adequados e de um treinamento continuado são alguns dos motivos que tornam a vida do policial tão frágil.
“Temos que mostrar a sociedade às dificuldades pelas quais passam os policiais militares potiguares quando estão em serviço e a necessidade do poder público dar mais atenção aos operadores de segurança pública. Diariamente saímos à rua para defender a vida e para resguardar os direitos da população. Como um policial militar vai fazer bem seu serviço se os seus próprios direitos não estão garantidos? É preciso que Estado saia do discurso de que segurança é prioridade e coloque isso em prática”, explica o Cabo Jeoás.
O presidente da ACS ainda cobra mais valorização para esses profissionais. “A violência contra o policial militar não é um fato existente apenas no Rio Grande do Norte, mas que ocorre em todo o país. Temos que unir toda a sociedade para buscar a valorização desses profissionais e a garantia de uma segurança pública eficaz para toda a população”, disse.
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