Na madrugada desta segunda-feira –2h31 no relógio de Brasília— a Nasa pousou numa cratera de Marte um veículo robótico batizado de Curiosity (Curiosidade). Custou US$ 2,5 bilhões. Cruzou 570 milhões de quilômetros no espaço, numa viagem que durou oito meses e meio.
Bem sucedida, a aterrissagem foi celebrada com gritos e abraços pela equipe da agência espacial americana, em Pasadena, na California. A imagem ao lado, divulgada pela Nasa via Twitter, mostra a sombra do jipe-robô no instante em que pousava na cratera batizada de Gale, um megaburaco com 154 quilômetros de diâmetro. O objetivo da missão não-tripulada é o de verificar se já houve vida em Marte.
Chamada de “sete minutos de terror”, a operação de descida envolveu procedimentos inéditos. A nave que conduzia o jipe-robô teve a velocidade reduzida de 20 mil quilômetros por hora para 1 metro por segundo. Pendurado em cordas de náilon e suportado por um guindaste, o Curiosity tocou suas rodas na superfície da cratera suavemente.
A Nasa espera divulgar nos próximos dias fotos coloridas captadas por seu robô. Estima-se que a primeira fase da missão será concluída em 98 semanas. Mas as pesquisas devem durar muito mais do que isso, pelo menos uma década. O jipe-robô está equipado com geradores de plutônio projetados para fornecer-lhe energia por 14 anos.
Carrega, de resto, além do equipamento fotográfico, ferramentas desenvolvidas para perfurar rochas e coletar amostras da superfície de Marte. Estudos anteriores já haviam detectado, por meio de imagens, indícios da existência de água no planeta.
Espera-se agora levar as pesquisas para muito além dos meros indícios. Em declaração divulgada pela Nasa também via Twitter, o presidente Barack Obama manifestou-se com um entusiasmo de candidato à reeleição: “Nessa noite, no planeta Marte, os Eustados Unidos fizeram história.”
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