A polícia acredita que a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenou o assassinato de todos os participantes da execução de Rogério Jeremias de Simone, de 41 anos, e Fabiano Alves de Souza, de 38. A queima de arquivo já teria atingido três dos executores de Gegê e Paca. Dois outros estariam condenados à morte pelas facção.
O primeiro a ser assassinado foi Wagner Ferreira da Silva, de 32 anos, o Waguininho ou Cabelo Duro. Ele foi morto a tiros de fuzis de calibre 5,56 mm e 7,62 mm por dois homens que vestiam coletes à prova de bala e balaclavas. Cabelo Duro foi alvejado depois de descer de um HB-20 na frente de um hotel na zona leste de São Paulo.
Além dele, a inteligência da polícia obteve informações de que o PCC executou ontem André Oliveira Macedo, o André do Rap. Um dos principais aliados de Cabelo Duro, que era o chefe da facção na Baixada Santista, André do Rap era o operador do embarque de cocaína para a Europa no Porto de Santos. A polícia também recebeu a informação de que o terceiro morto é um bandido conhecido como Nado.
Segundo a inteligência policial, as mortes podem começar uma guerra dentro da facção, pois será difícil o grupo de presos ligados a Gegê e Paca acreditar que Cabelo Duro ou Fuminho deram a ordem para matar os dois sem a anuência de Marcola e de Daniel Vinícius Canônico, o Cego, outro líder do PCC. Para os investigadores, a queima de arquivo impediria ainda que, presos, os acusados da execução fizessem revelações sobre a facção e Marcola.
Decreto
Na tarde de quinta-feira, 22, a 1.ª Vara de Aquiraz, no Ceará, havia decretado a prisão temporária por 30 dias de Cabelo Duro no inquérito que apura as mortes de Gegê e Paca, ocorridas no dia 15, no Ceará. Segundo as investigações, Cabelo Duro era um dos homens que executaram os chefes do PCC.
ESTADÃO CONTEÚDO
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