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A relação entre a bancada do PT na Câmara dos Deputados e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrenta mais uma fase de tensão após a apresentação do pacote de corte de gastos pelo governo.
O motivo da insatisfação está no projeto que prevê alteração nas regras do BPC, o Benefício de Prestação Continuada, programa social que atende pessoas com renda de até um quarto do salário mínimo, o equivalente a R$ 353.
Sob reserva, deputados ouvidos pela CNN reclamam que Haddad não detalhou aos parlamentares, previamente, de que forma os beneficiários do BPC seriam atingidos pelas mudanças.
Haddad se reuniu com alguns congressistas do partido no dia 29 de novembro, pouco antes do anúncio oficial das medidas em rede nacional.
A reclamação chegou ao secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, na segunda-feira (9), como antecipado pela CNN, em reunião fechada entre técnicos e deputados do PT.
Segundo relatos, deputados reclamaram que já tem sido cobrados pela base eleitoral sobre a mudança nas regras do benefício.
Apesar das explicações dos técnicos, deputados rebateram que não existe uma “mensagem” pronta para explicar ao eleitor que a medida será benéfica.
Anteriormente, o Diretório Nacional do PT já havia aprovado uma resolução que sugeria debate sobre esse ponto do pacote.
Atualmente, deputados admitem a possibilidade de o partido apresentar emendas ao texto com sugestões adversas às medidas da Fazenda.
Para reduzir resistências, Durigan disse que o governo pode rever as mudanças previstas no BPC.
Além do PT, o União Brasil, sigla aliada ao governo, fechou questão contra as mudanças previstas pela Fazenda ao BPC.
A maioria das críticas recai sobre o trecho da proposta que considera a renda de cônjuge ou companheiro que mora separado do beneficiário para autorizar o recurso.
A Fazenda também propõe que a renda de irmãos, filhos e enteados que morem na mesma casa também seja levada em conta.
CNN
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