Saúde

Vacina contra HIV será testada no Brasil

Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil

Em conjunto com centros de pesquisa de diversos países, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aderiu ao estudo para testar a eficácia de vacina contra o vírus HIV, que interfere na capacidade do organismo de combater infecções. Trata-se do estudo Mosaico, que vai avaliar dois imunizantes projetados para fornecer proteção contra diferentes variedades do vírus em todo o mundo.

O professor da Faculdade de Medicina Jorge Andrade Pinto, coordenador do Grupo de Pesquisa em HIV/Aids em Crianças, Adolescentes e Gestantes e responsável pelos testes em Minas Gerais, explicou em vídeo para a UFMG as características da vacina e das etapas da pesquisa.

“O estudo Mosaico é um estudo de fase três de eficácia, que busca responder às seguintes perguntas: a vacina nessa população é segura? Há algum desconforto ou reação adversa? A vacina é capaz de produzir uma resposta imune, efetiva e protetora contra o HIV? E por último se essa vacina é, portanto, capaz de prevenir infecção na população vacinada?”.

O coordenador do estudo explicou ainda qual é o tipo de imunizante. “São duas vacinas, uma vacina é de vetor viral contendo um vetor que é o adenovírus, em que são inseridos os componente imunogênicos do HIV, e uma vacina de proteína – de sequências proteicas do HIV”.

Segundo Pinto, o estudo de fase três é um estudo duplo cego. “Nem a pessoa que está recebendo, nem a pessoa que aplica a vacina sabe qual está recebendo. Um grupo será vacinado e outro recebe um placebo, que é uma substância inerte que serve como grupo de comparação”.

No Brasil, a pesquisa vai recrutar participantes em cinco capitais. Além de Belo Horizonte, por meio da Faculdade de Medicina da UFMG, o ensaio clínico será realizado em São Paulo (Hospital das Clínicas da USP), no Rio de Janeiro (Fiocruz e Hospital Geral de Nova Iguaçu), em Manaus (Fundação Medicina Tropical) e Curitiba (Centro Médico São Francisco).

O estudo é parte de iniciativa desenvolvida pela HIV Vaccine Trials Network (HVTN) – financiada pela farmacêutica Janssen – e pelo National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos. Serão 3,8 mil recrutados homens gays ou bissexuais e pessoas transgênero entre 18 e 60 anos, HIV negativo, não usuários de profilaxia pré-exposição (PrEP) e que não apresentem comorbidades que contraindiquem o uso da substância a ser testada.

“Este é um estudo de longa duração, de cerca de 3 anos de acompanhamento, então é necessário que os voluntários que estejam interessados estejam dispostos também a permanecer neste segmento por esse período. O estudo mosaico será realizado no Brasil e também nos Estados Unidos, na América Latina, na Europa e busca, com isso, refletir a diversidade geográfica do vírus HIV”, finalizou o coordenador do estudo no Brasil.

Os interessados em participar do ensaio e obter outras informações podem entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones/WhatsApp (31) 99216-0407 e (31) 99331-3658.

Agência Brasil

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Clima

Governo Biden ‘enfatiza’ questão climática e quer ser “bom parceiro” do Brasil, diz embaixador americano

Foto:  Divulgação/Expedição Jari-Paru 

O embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, disse nesta sexta-feira (5) que a administração do presidente Joe Biden tem enfatizado questões relacionadas às mudanças climáticas e quer ser “bom parceiro” do Brasil na área.

Chapman falou com jornalistas após encontro com o vice-presidente, Hamilton Mourão, nesta sexta-feira (5). Segundo ele, o governo Biden tem mantido “muita atenção” sobre temas ligados à área ambiental e quer aumentar a cooperação com o Brasil.

Biden colocou questão climática e a preservação ambiental entre os prioridades de seu governo, iniciado em 20 de janeiro. O presidente, por exemplo, recolocou o país no Acordo de Paris, na contramão da política adotada pelo antecessor Donald Trump.

Neste contexto, a preservação da Amazônia é um dos temas de interesse do governo americano. Na época em que era candidato, Biden disse que buscaria “organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões para a Amazônia”.

Ele afirmou também que o Brasil pode enfrentar “consequências econômicas significativas” se não parasse de “destruir” a floresta.

“Falamos sobre muitos temas, mas claro, muitos temas relacionados ao meio ambiente. Realmente a administração do meu novo presidente Biden está enfatizando muito a importância da mudança climática. Queremos ser bons parceiros com o Brasil nisso, como já estamos trabalhando muito”, afirmou o embaixador.

“O que é evidente é que vamos aumentar até o nosso interesse em trabalhar com o Brasil na área de mudança climática. Temos um novo representante presidencial, o secretário John Kerry, e temos muita atenção sobre esse tema e queremos trabalhar em conjunto com o Brasil sobre isso”, disse Chapman.

Amazônia

Mourão disse que, no encontro, tratou de questões sobre a Amazônia e afirmou que o governo brasileiro tem condições de prestar as informações necessárias sobre o tema aos americanos.

“A gente quer mostrar o que estamos fazendo, abrindo esse diálogo via embaixada, e deixar claro que as informações todas necessárias temos condição de prestar, para ouvir a realidade do que está acontecendo lá”, comentou Mourão.

Com G1

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Saúde

Brasil deve receber 1,6 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 pela Covax no primeiro trimestre de 2021, totalizando 10,6 milhões até julho

Foto: Fotoarena / Agência O Globo

A aliança global Covax anunciou nesta quarta-feira (3) que o Brasil deve receber 1,6 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford no primeiro trimestre de 2021, por meio do consórcio, e mais cerca de 6 milhões no segundo trimestre. Outros 3 milhões devem ser entregues no segundo semestre, totalizando 10,6 milhões de doses nesta primeira fase.

A entrega está estimada para começar no final de fevereiro. A quantidade prevista está abaixo da anunciada anteriormente pelo Ministério da Saúde. No sábado (30), a pasta informou que o Brasil receberia de 10 a 14 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca por meio da Covax em meados de fevereiro. No entanto, após o Valor Econômico revelar que o país não receberia as doses de uma só vez este mês, o Ministério informou ao GLOBO na terça-feira (2) que a entrega das doses se daria “ao longo do período entre fevereiro e julho”, sem informar mais detalhes sobre o processo.

A iniciativa Covax, coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com a Aliança Mundial para Vacinação Gavi e a Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), visa acelerar o desenvolvimento e universalizar o acesso aos imunizantes contra a Covid-19.

O consórcio destaca que os valores divulgados são indicativos de distribuição, mas estão sujeitos a possíveis alterações por questões como a capacidade de produção dos imunizantes, financiamento e disponibilidade dos países.

Além disso, o imunizante de Oxford/AstraZeneca ainda não foi autorizado pelo departamento de vacinas da OMS, embora a avaliação esteja em andamento. A aprovação é necessária para que seja distribuído pela Covax.

Ao aderir à iniciativa, o governo brasileiro optou por contratar doses de vacinas para o equivalente a 10% da população brasileira, no total de 42,5 milhões de doses, considerando duas por pessoa. De acordo com a previsão de distribuição, o país vai receber apenas um quarto desse total na primeira fase.

Distribuição entre os países

O plano de distribuição da aliança global divulgado nesta quarta-feira (3) considera a alocação de 240 milhões de doses do imunizante de Oxford/AstraZeneca via Instituto Serum, na Índia, e mais 96 milhões de doses adicionais de um acordo com a AstraZeneca para o primeiro semestre de 2021. Além disso, também prevê a distribuição dos primeiros 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer/BioNTech para o primeiro trimestre.

Segundo os organizadores, as doses totais cobrem, em média, 3,3% da população total dos 145 participantes que devem recebê-las neste primeiro momento.

Bangladesh, Índia, Indonésia, Nigéria e Paquistão devem receber uma quantidade de doses maior do que o Brasil na primeira fase, segundo o plano de distribuição.

Em coletiva nesta quarta-feira (4), Frederik Kristensen, executivo da CEPI, destacou que com novas variantes do coronavírus se espalhando “é mais importante do que nunca” garantir que as vacinas sejam desenvolvidas e distribuídas globalmente. Ele disse que a coalizão está trabalhando com os laboratórios adaptações necessárias nos imunizantes para lidar com elas.

Covax firma novo acordo

A diretora-executiva da UNICEF Henrietta Fore anunciou um novo acordo com o Instituto Serum, na Índia, pelo qual fornecerá 1,1 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela AstraZeneca e pela Novavax para cerca de 100 países de baixa e média renda, ao custo de aproximadamente 3 dólares cada.

Segundo Fore, as doses serão produzidas pelo Instituto Serum sob um acordo de transferência de tecnologia, e fazem parte de um contrato de fornecimento de longo prazo.

O Globo

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Política

‘Clima é o melhor possível’, diz Bolsonaro ao lado de Lira e Pacheco

Foto: Reprodução/CNN

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (3) que o clima para trabalhar com os novos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é o melhor possível.

Em breve declaração ao lado dos dois no Palácio do Planalto, o presidente afirmou ainda que o governo federal apresentou uma série de sugestões de pautas o Congresso Nacional.

“O clima é o melhor possível e imperará harmonia entre nós. Na sugestão, [estão] assuntos voltados obviamente para a pandemia, a saúde, a economia e as reformas de estado”, afirmou Bolsonaro.

[É um] momento importante nessa linha que gostamos de pregar de pacificação, de boa relação, de harmonia entre os poderes, resguardando sempre a independência”, afirmou Pacheco, sobre o encontro.

“É fundamental esse diálogo, sermos recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro, recebemos de suas mãos sugestões de pauta que submetemos aos nossos colégios de líderes para apreciar a viabilidade de cada um desses projetos.”

Já Lira destacou que o encontro dos líderes do Legislativo e do Executivo mostram que o país entrou em um novo momento no aspecto político.

“Nossa vinda aqui configura um novo momento para o Brasil em 2021, com nossa preocupação 100% voltada para o combate à pandemia”, disse.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Vamos aguardar!
    Vai ter que desemboldar muito, pq o centrão é assim: se não desembolsa, dança!
    Veja Dilma…
    Logo chegará a vez do Messias…

  2. Se comprou e tá dando certo beleza. Compra de vacinas e auxílio emergencial é só um detalhe mínimo

  3. Ainda bem que deu certo. Nosso Mito e sua turma já não corre perigo de cair. VIVA AO CENTRÃO!!!

    1. O centrão é que veio pra nosso lado, se não muitos desses aí roda em 2022.
      O PR Bolsonaro, não vota mais na Câmara.
      Kkkkjkkkkk
      Era muito fácil de ficar com vcs.
      Bastava o presidente nhonho ter arrumado os votos suficientes pra o Piaba Rossi.
      Simples assim.
      Agora aguenta!!

  4. Ótimo, já organiza a votação da principal promessa de campanha, a prisão em 2a instância. Agora o Brasil vai

    1. Kkk vc vive no mundo da lua 99,9% do centrao tem condenacoes como eles vao prender eles mesmos.

    2. Você tá com problema de memória.
      A principal promessa foi acabar com a reeleição.
      Depois acabar com a imunidade parlamentar
      Em seguida isenção do Imposto de Renda pra quem recebe até R$ 5 mil/mês.
      Depois o fim do Cartão Corporativo.
      Sim, e continuar com a Lava-Jato.

    3. Sérgio, somente aos seus eleitores Bolsonaro deve satisfações sobre as promessas de campanha.

    4. MGil, votei nesse idiota e espero satisfações sobre sua atitude de estelionatário. Bozó deve sim explicações não só a mim, mas a todos que acreditaram em suas mentiras.

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Saúde

UFMG: Taxa de mortalidade de pacientes com Covid-19 em UTIs é de 50% no Brasil

Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio

Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que metade dos pacientes com Covid-19 internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) acabam morrendo no Brasil. O levantamento foi feito em hospitais de cinco estados.

Além disso, de acordo com o estudo, 60% dos pacientes que precisaram utilizar o respirador acabaram morrendo por conta da doença. Mais detalhes em reportagem em vídeo AQUI.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

    1. Foi o que disse Dr Dráuzio na Globo.
      Mas essa pesquisa tem erro claro.
      Se temos 220 mil mortos e 8 milhões e 100 mil curados, não tem como metade das pessoas que passam pela UTI terminarem mortos.
      Até o leigo se procurar ver de cada 10 que vão para UTI 1 ou 2 no máximo chegam a óbito.
      Hoje a taxa de curados cresce diariamente e isso leva a entender que essa pesquisa tem erro.

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Saúde

Vacina contra a Covid-19 aquece o mercado de clínicas particulares no Brasil

Foto: Amit Dave/Reuters/Arquivo

A possível chegada de vacinas contra a Covid-19 à rede particular aqueceu o mercado de clínicas privadas no Brasil. É que o dizem especialistas e consultores da área ouvidos pelo G1.

Ainda que a campanha de vacinação esteja restrita à rede pública, eles relatam que:

a rede privada passou a negociar a compra de vacinas;

clínicas já estabelecidas buscam agregar serviço de imunização, e há quem esteja começando o negócio do zero;

para os novatos, compra de vacinas é um desafio (quase 100% dos imunizantes disponíveis na rede privada são importados);

e a venda de refrigeradores subiu (com registro de até 30% entre 2019 e 2020).

Trata-se de um mercado que demanda alto investimento inicial, importação de vacinas e conhecimento de normas e regulamentações. Por exemplo: toda dose de vacina aplicada na rede particular deve ser reportada ao Ministério da Saúde, assim como eventuais efeitos adversos.

O presidente da Associação Brasileira de Clínica de Vacinas (ABCVac), Geraldo Barbosa, disse que a possibilidade real da chegada da vacina contra a Covid- 19 desencadeou nos últimos meses um aumento “significativo e expressivo” da procura de profissionais de saúde por informações sobre como abrir a própria clínica.

Fenômeno semelhante ocorreu em 2016, depois de um surto da gripe H1N1, quando filas enormes se formaram em clínicas particulares de vacinação.

Segundo Barbosa, de 2016 para 2017, o número de clínicas cresceu 60% no país. Mas, entre os estabelecimentos que abriram no período, apenas metade conseguiu manter as operações. “Houve uma expectativa de que era um serviço fácil de executar – e não é”, afirma ele.

No início de janeiro de 2021, a ABCVac informou que estava negociando a compra de 5 milhões de doses da vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech. A iniciativa despertou o interesse de clínicas particulares brasileiras.

No dia 12 de janeiro, a Bharat disse que assinou um acordo de fornecimento para a companhia brasileira Precisa Medicamentos. Nesta segunda-feira (1º), a Precisa anunciou que vai pedir autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar os testes clínicos da fase 3 da Covaxin no Brasil. Caberá a um hospital coordenar os estudos com os voluntários.

A possibilidade da chegada da vacina na rede privada – enquanto a vacinação na rede pública ainda é incipiente – gerou críticas de especialistas.

“As vacinas são bens públicos nesse momento”, disse no início de janeiro à GloboNews Mariângela Simão, diretora-adjunta para acesso a medicamentos da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Não deveria ter discriminação no acesso à vacina para quem paga e não paga.”

Toda a produção do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é destinada à rede pública.

Há duas iniciativas da rede privada para a tentativa de compras de vacina:

a da ABCVac com a indiana Bharat Biotech;

e outra frente formada por empresas brasileiras que buscam doses do imunizante de Oxford/AstraZeneca.

Novo negócio

Dono de uma empresa de tricô em Imbituva, no interior do Paraná, Leandro de Andrade, de 42 anos, viu a renda minguar em 2020. Com a chegada da Covid-19, ele e a esposa, que é dentista, resolveram abrir uma clínica particular de vacinação.

“É duro a gente falar isso, mas infelizmente foi por causa da pandemia”, disse Leandro.

Os dois começaram a concretizar o plano em setembro de 2020, e a previsão é inaugurar em março de 2021. Eles buscam ocupar um espaço ainda pouco explorado no pequeno município em que moram. “Será a primeira clínica na cidade. É nisso que a gente está apostando também”, afirma ele.

Hoje, no Brasil, em teoria, qualquer pessoa pode abrir uma clínica de vacinação, desde que o espaço tenha um responsável técnico (médico, enfermeiro, farmacêutico ou biomédico, filiado ao conselho da sua categoria).

No caso do estabelecimento de Leandro, uma enfermeira foi contratada para desempenhar a função.

Aumento de demanda

O consultor Marcos Tendler, que atua há 20 anos na área de abertura de clínicas de vacinação, viu aumentar a demanda por seus serviços nos últimos meses, principalmente na virada do ano.

Ao longo de dezembro de 2020, 28 pessoas solicitaram à empresa dele informações sobre o tema. Considerados só os primeiros 15 dias de janeiro, foram 74 interessados.

O consultor disse que uma clínica padrão, de 30 m², é um “pequeno bom negócio” para um profissional de saúde: “Em vez de fazer dois ou três plantões para complementar a renda, ele tem uma clínica”.

Segundo os especialistas, a maioria das pessoas que abrem uma clínica de vacinação é formada por profissionais de saúde que já têm alguma estrutura – um consultório, por exemplo – e querem passar a prestar o serviço de imunização.

É o caso da imunologista Nathalia Simis, de 36 anos, que pretende abrir uma clínica de vacinação em Sorocaba, no interior de São Paulo, em fevereiro. O sogro dela tem laboratórios e consultórios, e a família irá aproveitar a infraestrutura, já pronta, para também aplicar vacinas. Simis e o marido, também médico, irão continuar atendendo seus pacientes, e o empreendimento trará uma renda complementar.

Para quem quiser sair do zero, o investimento é alto. “Vai precisar de uns R$ 200 mil para começar, até ter um faturamento positivo, o que deve acontecer na virada do primeiro para o segundo ano [após a abertura do negócio]”, disse Tendler.

A enfermeira e consultora Meire Branco, do Mato Grosso, também recebe ligações de todo o país em busca de orientações para a abertura de clínicas particulares. Ela diz já ter rejeitado clientes ao perceber eles tinham uma visão oportunista.

“Eu já dispensei muitos treinamentos, muitas aberturas de clínica, porque a pessoa liga para mim e fala: ‘Ai, eu quero um treinamento, porque quero abrir uma clínica e bombar com essa vacina da Covid’.”

Para a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), é importante ressaltar que “vacinar não é aplicar uma injeção”.

O profissional de saúde que irá trabalhar com imunização tem de atender a uma série de exigências e padrões técnicos da Anvisa, além de reportar cada dose aplicada e possíveis eventos adversos ao Ministério da Saúde.

Aumento de venda de refrigeradores

As empresas que vendem refrigeradores específicos para o armazenamento de vacinas já sentem o aquecimento do mercado. A Indrel Scientific, uma das líderes do segmento, informou que em 2020 as vendas foram 30% maiores que em 2019.

“Sentimos um aumento grande na procura do meio de 2020 até o momento. As clínicas estão se preparando para uma possível abertura da vacina do Covid na rede particular”, disse ao G1 o CEO da empresa, João Rapcham.

Ele afirma que também já recebeu demanda de países da América Latina, como Paraguai, Bolívia, Peru e República Dominicana.

A Biotecno, também líder de mercado, disse que em 2020 o aumento de faturamento foi de 35%.

Comparando a primeira quinzena de janeiro de 2020 ao mesmo período neste ano, o aumento chega a 800%. “Isso é algo nunca experimentado antes por nós, algo novo, e [é] uma demanda que estamos preocupados em atender”, disse Lídia Linck Lagemann, sócia-diretora da Biotecno.

As duas empresas vendem tanto para a rede privada como para governos e não revelam os números absolutos das vendas.

Vacinas da rede particular são importadas

Para além das normas obrigatórias do setor, o profissional que abrir uma clínica terá de entrar na disputa pela compra de vacinas.

Hoje, na rede particular do Brasil, quase todas as vacinas são importadas, a maior parte vinda dos Estados Unidos e da Europa, segundo a ABCVac. A única produzida no Brasil que vai para a rede privada é a BCG, fabricada na Fundação Ataulpho de Paiva.

Ou seja: o país disputa a compra de vacinas com outros mercados do mundo. “Quem tem vacina é quem tem contrato de longo prazo com o fornecedor, os novos estão sofrendo muito”, disse Geraldo Barbosa, presidente da Associação Brasileira de Clínica de Vacinas (ABCVAC).

Segundo Barbosa, hoje várias vacinas estão em falta na rede particular, como febre amarela, BCG e algumas de meningite.

“O cara vai cair de paraquedas no mercado, não vai conseguir comprar vacina de Covid e vai se frustrar”, alerta o consultor Marcos Tendler.

Pela dificuldade em se conseguir vacinas, o presidente da ABCVac afirma que há anos o mercado atua em 70% da sua capacidade de operação. A quantidade de imunizantes que chega ao Brasil já vem dentro do consumo médio estabelecido.

Por isso, quando há algum tipo de crise, muitas vezes não é possível atender a demanda e se formam as longas filas, como quando foi disseminada a informação de que o neto do ex-presidente Lula, de 7 anos, teria morrido de meningite.

“Você não tem noção do que viraram as clínicas de vacinação. Em um mês consumiram 90% do estoque das vacinas de meningite”, contou Marcos Tendler.

“Então, não basta você abrir uma clínica, você tem que ter certeza que terá acesso ao imunizante”, afirma Barbosa.

Compra de vacinas pelo setor privado

A vacina indiana Covaxin recebeu autorização emergencial da agência reguladora de medicamentos da Índia no início de janeiro. No entanto, ainda não foram divulgados os resultados da fase 3 de testes, o que deve ser feito até o final deste mês.

A expectativa é que a Bharat faça a solicitação de registro na Anvisa em fevereiro. “A gente não está com essa pressa de fazer com que a Anvisa corra. A gente quer que o processo seja feito dentro dos trâmites normais para garantir a vacina”, disse o presidente da ABCVac.

Já a iniciativa de grandes empresas brasileiras que tentam adquirir 33 milhões de doses da vacina de Oxford ainda não tem data prevista. O presidente Jair Bolsonaro falou que aprova a compra pela rede privada.

No entanto, em nota, a AstraZeneca informou que, por ora, não tem condições de vender doses para o setor privado.

“No momento, todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, incluindo o Covax Facility [consórcio coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)], não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado”, disse a farmacêutica.

G1

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Saúde

Insumos para 8,6 milhões de doses da vacina coronavac chegam quarta

Foto: Prefeitura de Macapá/Divulgação

Os 5,4 mil litros de insumo para produção da vacina CoronaVac devem chegar a São Paulo na noite de quarta-feira (3).

Segundo o governo de São Paulo, a chegada do lote está prevista para as 23h30, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

O Instituto Butantan afirma que, com a matéria-prima, produzirá, em 20 dias, cerca de 8,6 milhões de doses do imunizante.

Em coletiva de imprensa na semana passada, o diretor do Instituto disse que outros outros 5,6 mil litros estão em processo “avançado de liberação” pelo governo chinês.

A expectativa do Instituto Butantan é a de receber, até abril, o total de insumo para produção das 40 milhões de doses contratadas.

O acordo feito entre o Instituto e o laboratório chinês Sinovac prevê o recebimento total de 46 milhões de doses. Desse montante, 6 milhões foram importadas prontas da China.

Aporte adicional

Nos próximos dias, o governo federal deve firmar um novo contrato com o Instituto Butantan para compra de um lote adicional de 54 milhões de doses da CoronaVac.

Em coletiva de imprensa na última sexta (29), o diretor do Instituto Dimas Covas, confirmou ter recebido manifestação de interesse do Ministério da Saúde, e revelou que o acordo seria assinado nesta terça (2).

A sinalização do governo federal ocorreu após o Instituto ameaçar negociar as doses com estados e municípios brasileiros, além de exportar a países interessados no imunizante, caso o acordo com o Ministério da Saúde não fosse concluído.

Doses da CoronaVac

A CoronaVac é uma vacina contra Covid-19 baseada em vírus inativado e desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Butantan.

Parte das doses foi entregue pela Sinovac já pronta para uso, enquanto outra parte é formulada pelo instituto em São Paulo.

O Instituto Butantan necessita dos insumos para retomar o processo de envase da CoronaVac em São Paulo.

No dia 17 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial dos 6 milhões de doses importadas prontas da China.

Um cronograma firmado entre o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde prevê a entrega de 8,7 milhões de doses da vacina até 31 de janeiro. Desse total, 6 milhões foram entregues ao longo das últimas semanas.

No dia 18, o Butantan fez um pedido de uso emergencial para 4,8 milhões de doses da CoronaVac envasadas no instituto, que foi aprovado.

No entanto, de acordo com o Butantan, após processo de envase e conferência do lote, o total de doses envasadas foi de 4,1 milhões de doses. Desses 4,1 milhões de doses, 900 mil foram liberadas no dia 22 de janeiro.

G1

Opinião dos leitores

  1. Se fosse pra depender do presidente da república estaríamos ferrados. Homem não acredita na ciência.

    1. A China chantageando o Brasil.
      Cria a doença e tenta se beneficiar.
      Por que a China não liberou os insumos da vacina de Oxford?
      Quer vender vacina de Doria, 3 x mais cara?
      Doria tentando se promover em cima do vírus ?
      Que país sério usa vacina da China?

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Saúde

Brasil sobe para 8º no ranking de vacinação contra a Covid-19

Foto: Bruna Prado/AP

Mais de 94 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 já foram aplicadas em todo o mundo e o Brasil subiu para oitavo no ranking de países, aponta levantamento desta segunda-feira (1º) do projeto “Our World in Data”, ligado à Universidade de Oxford.

O Brasil tem pouco mais de 2 milhões de vacinas aplicadas até o momento (na quinta, o país ocupava a 12ª posição do ranking, com 1,13 milhão de vacinados). Os Estados Unidos seguem na liderança, com 31,12 milhões de doses administradas.

Completam o top dez: China (22,77 milhões), Reino Unido (9,47 milhões), Israel (4,74 milhões), Índia (3,74 milhões), Emirados Árabes Unidos (3,33 milhões), Alemanha (2,32 milhões), Brasil (2,07 milhões), Turquia (1,99 milhão) e Itália (1,96 milhão).

Entre a 11ª e 15ª posições estão: França (1,53 milhão), Espanha (1,47 milhão), Polônia (1,16 milhão), Rússia (1 milhão) e Canadá (937 mil).

Ranking proporcional

Já Israel lidera os rankings proporcionais à população. Mais de um terço da população já recebeu ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19 e um quinto já foi completamente imunizada.

Os países com mais pessoas que receberam ao menos uma dose são: Israel (34,74%), Emirados Árabes Unidos (31,18%), Reino Unido (13,22%) e Bahrein (10,02%).

O Brasil aparece em 34º neste levantamento (0,96% da população vacinada com ao menos uma dose), atrás da Croácia (1,41%) e à frente da Costa Rica (0,90%).

Os países que têm mais habitantes completamente imunizados são: Israel (19,98%), Emirados Árabes Unidos (2,53%), EUA (1,71%), Islândia (1,41%) e Dinamarca (1,25%).

Consórcio da imprensa

O número de vacinados no Brasil contabilizados pelo “Our World in Data” (2,07 milhões) é um pouco diferente do levantamento do consórcio de veículos de imprensa (2,05 milhão).

O consórcio coleta informações diariamente com Secretarias de Saúde estaduais e do Distrito Federal, enquanto o “Our World in Data” usa dados de uma plataforma colaborativa.

Ele é um projeto colaborativo de pesquisadores da Universidade de Oxford e da ONG Global Change Data Lab que acompanha dados públicos sobre a pandemia e outros assuntos de repercussão mundial.

G1

Opinião dos leitores

  1. O mundo inteiro está atrasado na vacina, ninguém tem 100%, as contaminações continuam e ponto.
    Vamos dar parabéns a quem completar 100%, vamos parar de ficar de mimimi vacinou mais mil, vacinou mais por milhão, vacinou mais em quantidade.
    Em todo mundo a disputa é grande e vocês acham que o Brasil é a maior potencia do mundo para vacinar todos primeiro .
    Em breve esta baboseira de quem vacinou mais e quem vacinou menos acaba o Brasil vai começar a fabricar os insumos.
    Igual ao auxílio emergencial que atendeu a todos em um espaço curto de tempo.

  2. O Brasil aparece em 34º neste levantamento (0,96% da população vacinada com ao menos uma dose), atrás da Croácia (1,41%) e à frente da Costa Rica (0,90%).

    1. Afinal, o que importa eh o ranking proporcional né! Como a população do Brasil eh muito grande, a eficiência da vacinação não se mede por números absolutos de vacinados e sim pela proporção da população imunizada.

    2. Verdade, Manoel. Só acho bem sintomático que vocês esquecem os números proporcionais quando vêm falar no total de mortes no Brasil. Vacinas ainda são um recruso escasso. Países estão trocando tapa atrás delas.

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Diversos

Pelo menos 106 concursos públicos no país estão com inscrições abertas e reúnem 12.095 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade

Foto: Ilustrativa

Pelo menos 106 concursos públicos no país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (1º) e reúnem 12.095 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 33.689,10 no Tribunal de Contas do Distrito Federal.

Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.

Nesta segunda-feira, pelo menos 16 órgãos abrem o prazo de inscrições para 409 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Só a Prefeitura de Rialma (GO) oferece 118 vagas. Os salários chegam a R$ 16.427,94 na Prefeitura de Curvelo (MG).

Veja AQUI as informações de cada concurso via G1.

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Diversos

Heineken anuncia trabalho remoto permanente para áreas corporativas no Brasil

Foto: Edna Marcelino

O Grupo Heineken decidiu adotar regime de teletrabalho definitivo a 1,3 mil colaboradores de áreas corporativas da empresa no Brasil.

A mudança, que passou a valer na prática nesta semana, está conectada a outras decisões de transformação da cervejaria, que percebe na mudança uma forma de acelerar a internalização da cultura digital, além do ganho com a redução de custos operacionais nas unidades de São Paulo e Itu.

“Depois de nove meses trabalhando de forma remota, entendemos que este modelo oferece aos nossos colaboradores uma série de benefícios, como a autonomia e a flexibilidade. Para a empresa, a mudança acelera a transformação de nossa cultura rumo a um mindset cada vez mais digital”, comenta Raquel Zagui, vice-presidente de Recursos Humanos do Grupo. A empresa adequou sua política de benefícios e o contrato de trabalho de acordo com a regulamentação vigente para o teletrabalho.

O modelo é diferente do home office, com regulamentação e práticas distintas, pois os colaboradores precisam trabalhar no mínimo 3 vezes por semana fora das dependências da companhia. Já o home office continua sendo uma possibilidade para as áreas administrativas das cervejarias, que não entrarão no modelo de teletrabalho e, portanto, poderão trabalhar remotamente no máximo duas vezes por semana. O grupo tem mais 15 unidades produtivas no país, sendo 12 cervejarias, e gera 13 mil empregos no território nacional.

Para as demais áreas administrativas das 15 unidades produtivas, os colaboradores continuarão no modelo home office até o fim da pandemia. Superado esse período, a prática se manterá como uma opção, com trabalho remoto a até duas vezes por semana fora das dependências da Companhia, conforme a regulamentação vigente.

Hubs de conexão e saúde mental

Sobre as estruturas físicas que eram ocupadas antes da pandemia nas unidades de São Paulo e Itu, a companhia está transformando os escritórios em hubs de acomodação, encontros e conexão, que poderão ser utilizados quando for mais seguro para todos.

O mesmo conceito está sendo adotado nos Centros de Distribuição localizados no bairro do Sacomã e na cidade de Sumaré (SP), unidades estrategicamente instaladas para facilitar o acesso dos colaboradores corporativos. A empresa acredita que desta maneira conseguirá garantir conexões entre as pessoas.

Além disso, foi inaugurada neste ano a plataforma Heineken Cuida, que oferece suporte mental, emocional e físico 24h por dia, sete dias por semana. O espaço traz conteúdos e informações para todos os colaboradores. Também capacita a liderança a identificar questões referentes ao time, bem como promover ajustes estruturais sempre que necessário.

“Sabemos que, em grandes movimentações como essa, podemos encontrar desafios pelo caminho, mas estamos dispostos a aprender e ouvir os nossos públicos a cada etapa da transição, por isso, estamos bastante otimistas com o que está por vir”, complementa Raquel.

CNN Brasil

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Tecnologia

Pluto TV acirra guerra dos streamings grátis e traz novos canais ao Brasil

Pluto TV: serviço da empresa americana ViacomCBS, conta com 27 canais disponíveis gratuitamente. Foto: (Pluto TV/Reprodução)

A plataforma de streaming Pluto TV, que chegou ao Brasil em novembro, terá sua biblioteca ampliada com a estreia de três canais com conteúdos de cinema, curiosidades e séries. O serviço da empresa americana ViacomCBS, que conta com 27 canais disponíveis gratuitamente, já havia sido lançado em outros países da América Latina, e conta com conteúdos dos estúdios Comedy Central, Nickelodeon, MTV, Paramount e outros canais para acesso pela TV ou smartphone.

O canal Pluto TV Filmes Suspense contará com as produções O Caçador (2011), Obsessão Perigosa (2018), Rostos na Multidão (2011) e Sangue no Gelo (2013). O canal Pluto TV Vida Real traz os destaques Anjos da Guarda, Colecionadores, O Mundo Sem Ninguém, Série Saúde e Socorro Imediato, que abordam mistérios médicos, resgates críticos e casos de segurança de fronteira.

Para os amantes de gastronomia, o canal Tastemade fará uma tour mundial por programas de culinária como Alô, Bebeta, Chapa Comigo, Receitas Incríveis e Tastemakers: A Competição.

O anúncio acontece um dia após o aplicativo de streaming gratuito da Samsung, exclusivo para TVs da marca, ganhar três novos canais: Record News, Runtime e Qwest TV Jazz & Beyond. O serviço já tinha 20 canais gratuitos, incluindo o da emissora Bloomberg, com notícias internacionais em inglês.

Nesse contexto, a Roku, empresa americana voltada para o streaming, também tenta ganhar espaço agregando diversos streamings em seu sistema operacional, que disponibiliza mais de 100.000 filmes em 5.000 canais. A plataforma, que atingiu a marca de 51,2 milhões de usuários ativos mensalmente, funciona tanto em um dispositivo análogo ao Chromecast, quanto em TVs da Philips recém-lançadas no Brasil.

Segundo a consultoria alemã Statista, o mercado de streaming de vídeo atingiu faturamento global de 59,1 bilhões de dólares, ante 44,9 bilhões em 2019. Para 2021, a expectativa da consultoria é que o setor atinja faturamento de 71,2 bilhões de dólares, o que representa um aumento de 20,4% em relação ao ano passado.

Em faturamento, os principais mercados do setor de streaming de vídeo são Estados Unidos, China, Reino Unido, Japão e Alemanha. Neste ano, só nos EUA, o faturamento será de 32 bilhões de dólares.

O número de usuários de aplicativos de streaming também está em expansão global. Em 2021, a consultoria prevê que o número de usuários desses serviços digitais chegará a 1 bilhão de pessoas pela primeira vez, registrando um crescimento de 12,1% no ano.

A plataforma está disponível na web e nos sistemas iOS e Android. O Pluto TV, adquirido pela Viacom no início de 2019 em um acordo de 340 milhões de dólares, tem cerca de 36 milhões de usuários ativos por mês.

Com Exame

Opinião dos leitores

  1. O bom é que no computador não precisa instalar nada.
    Só no naveegador mesmo. O catálago ainda não é muito interessante.

    1. Baixei o aplicativo no celular, excelente, filme, séries e muito mais.

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Economia

Guedes celebra criação de 142 mil empregos no país no acumulado de 2020 mesmo com pandemia, e diz que prioridades para 2021 são saúde, emprego e renda

Foto: Adriano Machado/Reuters

Depois do país criar mais de 142 mil empregos em 2020, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que além de manter o compromisso com a geração de emprego, a prioridade do Brasil em 2021 será com a saúde e a renda.

“Voltando o Congresso (após as eleições da Câmera dos Deputados e do Senado), temos condições então de atacar saúde, emprego e renda, que são nossas prioridades para o ano de 2021”, afirmou o ministro, nesta quinta-feira (28), em coletiva de imprensa para comentar o resultado do Caged de 2020.

Na ocasião, Guedes comemorou o resultado acumulado de 2020. “A grande notícia para nós é que em um ano terrível, em que o PIB caiu 4,5%, criamos 142 mil novos empregos”, disse.

Segundo o ministro, o resultado positivo só foi possível por causa das medidas emergenciais, em especial pelo programa do BEM, que permite a redução da jornada e salário ou suspensão de contrato em comum acordo entre empregado e empregador.

“Fechamos o ano com 30 milhões de empregos com carteira assinada sendo que 11 milhões foram preservados pelo BEM”, disse ao lembrar também do programa do auxílio emergencial, que serviu de renda ou complemento para 64 milhões de brasileiros no ano passado.

Além disso, Guedes afirmou que os dados de desemprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados também nesta quinta confirmam o avanço e recuperação da economia brasileira no formato de “V”, como previa a equipe econômica.

“A população ocupada brasileira subiu 4 milhões quando se compara o trimestre de setembro, outubro e novembro com o anterior. Desses 4 milhões de novas posições, quase 1 milhão foi de carteira assinada. Isso confirma os dados que já tinham saído pelo Caged quando dissemos que após aquela queda inicial forte, estávamos recuperando e criando empregos”, argumentou.

Enquanto o Caged tem uma base de dados que identifica as informações dadas pelas instituições empregadoras de contratações e demissões, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, traz um termômetro também das pessoas que estão buscando emprego.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Esse governo é f… conseguiu na PANDEMIA aumentar o número de empregados mesmo com fechamento quase que total das cidades em alguns momentos PELOS GOVERNADORES.
    Parabéns Paulo Guedes e equipe.!!!!!!
    Os esquerdopatas ficam doidos com a capacidade do governo federal em superar as dificuldades.

  2. 142.000/14.100,000= 0.01
    0.01 x 100=1%
    Ou seja, o Brasil inteiro gerou 1% de emprego pra massa de mais 14,1 milhão de desempregados em 2020.
    As novas regras trabalhistas comparada as anteriores fazem os números melhorar, pois tem gente com carteira assinada, mas não tem emprego certo nem garantia de renda e por aí vai.
    As narrativas não mudam a realidade que é triste e cruel.
    Só podemos pedir misericórdia de Deus do que está por vir daqui pra frente.

  3. Um réu em ações penais e improbidade administrativa à frente da câmara dos deputados. Agora o negócio vai ter andamento. Chefe do centrão, o bloco menos confiável que já orbitou pela presidência da república. Agora o Brasil sai do prego! Aguardem os próximos escândalos!

    1. Nunca vi você reclamando do centrão quando dava sustentação política a esquerda.
      Nunca vi você reclamar das ações imorais do botafogo que engavetou todos os projetos que beneficiava o povo e combatia a corrupção e o foro privilegiado.
      Aí já julga e quer adivinhar o futuro?
      Que tal olhar o passado de corrupção incontrolável ao qual o país estava submetido? Isso não conta?

    2. Já admitiu a derrota da esquerda, amigo? Cadê a frente parlamentar? MST, Boulos, nhonho, Ciro, FHC, Calça colada, frouxo, e CIA. Não vão conseguir derrubar o réu cheio de ações?

    1. ainda que bolsonaro tivesse cagando ouro, só por causa de Paulo Guedes, eu votaria contra!!
      em 2022

    2. Deixe de conversar besteira. No mínimo vc é um frustrado que fez concurso e não passou. Por isso não pensa em milhares de pais e mães de família que se esforçaram para passar em um concurso público e correm o risco de ficarem desempregados , caso haja a privatização.

    3. Ôxe, e o banco vai precisar de empregados não???? Pq iria demitir??? E o país precisa manter estatais apenas p/segurar empregos públicos??? Responde aí Mpj…

    1. Kkkkkkkkkkk. Veremos! Torço mesmo pra que o MINTOmaníaco cumprisse pelo menos 10% do que prometeu quanto às privatizações, ajuste fiscal, reforma tributária e administrativa… Mas acho que a única coisa que vai acontecer depois que Lira (mais um corrupto do centrao ganhar a presidência da camara) vai ser continuar aprovando leis que prejudicam o combate a corrupção, não vai mover um dedo pra aprovar a prisão em segunda instância, e não vão aprovar reforma nenhuma! Aguardem!

    2. Sim, Mané.. tem esse risco. Melhor isso do que o continuísmo a Rodrigo Maia.
      Adoraria que fosse Van Hatten.
      Prefiro esperar (sentado mesmo).
      Chegou a hora das coias ficarem mais claras.

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Saúde

Covid-19: Mandetta diz que Brasil pode ter ‘megaepidemia’ caso variante do Amazonas se espalhe pelo país

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta alertou para o risco da variante brasileira do novo coronavírus, identificada em Manaus, provocar um agravamento do quadro epidemiologico no Brasil que, na sua avaliação, está “em progressão”. Mandetta também comentou o inquérito contra o atual ministro da pasta, Eduardo Pazuello, no Supremo Tribunal Federal (STF) e avaliou que o presidente Jair Bolsonaro poderá sofrer impeachment pela condução da pandemia da Covid. As declarações foram feitas em entrevista ao programa Manhattan Connection, da TV Cultura.

O ex-ministro, que deixou o governo em abril de 2020 após divergências públicas com o Bolsonaro acerca das medidas de prevenção contra a Covid-19, disse que a transferência de pacientes manauaras em razão do colapso hospitalar no Amazonas sem os devidos cuidados poderá fazer com que a variante se espalhe.

— O mundo inteiro está fechando os voos para o Brasil, e o país não só está aberto normalmente, como está retirando pacientes de Manaus e mandando para Goiás, Bahia, outros lugares, sem fazer os bloqueios de biossegurança. Provavelmente vamos plantar essa cepa em todos os territórios da federação, e daqui a 60 dias podemos ter uma megaepidemia — afirmou Mandetta.

A mutação brasileira, batizada E484, foi identificada no Rio de Janeiro e em variantes em Manaus, como a B.1.1.28, detectada em japoneses que estiveram no Amazonas. Ela altera o RDB, o ponto da proteína S em que o Sars-CoV-2 se liga às células humanas. As mudanças genéticas podem causar o chamado mecanismo de escape, ou seja, quando os anticorpos desenvolvidos contra o Sars-CoV-2, que atacam o RDB, perdem sua especificidade. Esse processo pode influenciar a eficácia de vacinas.

A variante já foi detectada em diferentes países, como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, e em vários estados brasileiros. No Brasil, no entanto, o sequenciamento genético necessário para monitorar mutações do Sars-CoV-2 é um desafio, como mostrou reportagem do GLOBO neste mês.

Responsabilidade de Pazuello e Bolsonaro

Na entrevista, Mandetta também comparou sua gestão no início da epidemia brasileira com a do atual dirigente da Saúde, Eduardo Pazuello. O ex-ministro afirmou que o presidente Bolsonaro “minou completamente” os esforços de conscientizar a população acerca da necessidade de prevenir o contágio, na ausência de um tratamento comprovadamente eficaz contra a Covid-19, em boa parte alinhado com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Ao mencionar erros da gestão Pazuello, Mandetta avalia que o general da ativa e atual ministro dificilmente escapará de punições no Judiciário.

— Vimos uma intervenção militar burra (no ministério) que culminou nessa burrice, no inquérito no STF, TCU, por conta de todos esses erros. Tomaram medidas não técnicas e pagarão um preço por isso — disse o ex-ministro.

Indagado sobre possíveis implicações para Bolsonaro, Mandetta declarou que o presidente dificilmente superará o passivo da pandemia:

— Acho que ele terá que ser julgado pelos órgãos competentes. Impeachment é no Congresso, (não se sabe) se eles terão maioria para isso, é um processo político. E chegará a hora em que ele terá que se entender com as consequências dos atos dele. Se não (for) pelo Juidiciário, a História reserva para ele um lugar infelizmente nada confortável na luta mundial pela vida. Ele ficou do lado do vírus. Ele fez parte da doença.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Este não deu uma dentro, falhou em todas as suas previsões e ele próprio descumpriu todas as suas próprias recomendações. Infelizmente é um grande falastrão mais preocupado em colher dividendos políticos.

  2. Incrível um FDP desses ainda ter voz! É, sem sombra de dúvida, o responsável direto por milhares de mortes em nosso país! O pior disso tudo é que não foi por incompetência e sim por pura má fé! Esse, certamente, não dorme em
    Paz!

  3. Esse é o pior político que já vi, nunca vou esquecer esse cara " fique em casa e só vá para o hospital só quando tiver falta de ar, isso matou muita gente.

  4. Bambeta é uma resenha… antes que era o ministro falava e fazia tudo errado, hoje que estamos colocando as coisas no eixo, ele volta e com sua lorota tenta a atenção dos bocòs…

  5. Olha quen deu holofotes pra ele! O Globo, é claro! Por isso que tá fechando as portas. Não adianta remar contra maré. Um desqualificado desses, não era nem pra ser lembrado. Mas como as organizações Globo não têm mais pra quem apelar, bora colocar assuntos de gente que é contrário ao governo.

  6. Quem é esse rapaz mesmo hein ???????????????????.Poderia ter ficado caladinho onde estava,ninguém sentiu sua falta.

  7. Esse Mandeta Mutreta, matou muitas vidas , mentindo e dizendo fique em casa, só procure um posto médico qdo estiver sentindo falta de ar. Sabe o enredo do samba? O cara qdo procurava um hospital, era em estágio avançada, era entubado e morria. Aí agora vem com esse papo querendo aparecer. Só no Brasil mesmo pra dá holofotes a um criminoso e bandido dessa espécie. Pior espécie que já vi na minha vida, cara de pilantra, enquanto esbravejava pra popilação ficar em casa, ele estava sem máscaras, tomando sol em uma praia, como foi noticiados nos jornais, esse tipo de gente é que pediam pra nós ficarmos em casa, veja outro exemplo é Luaciano Hulk, passeando com a família toda como senão existisse pandemia….. gosto tanto de quem mente.

  8. Estaríamos no pior de dois mundo: mortes por milhão, na hipótese mais favorável, equivalente ao número atual E uma devastação social, econômica e psicológica maior. Sim, e gente esperando sufocar para ser atendida.

  9. Grande Brasileiro , se o alesado da cloroquina tivesse houvemos duas orientações não estaríamos nessa situação .

  10. Nao, não é. Ele apenas sabe mais que todos do governo. Esse alerta foi ligado desde quando era ministro. Mas pagaram pra ver

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Economia

Com pandemia, Brasil tem desemprego de 14,1% no trimestre até novembro, pior resultado desde 2012

Foto: © REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos Reservados

A taxa de desemprego alcançou 14,1% no trimestre entre setembro e novembro de 2020. É o mais alto percentual para esse trimestre móvel desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. O total de desempregados no país foi estimado em 14 milhões.

O número é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (28), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Na comparação com o trimestre encerrado em agosto, quando registrou 14,4%, o cenário é de estabilidade. Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o aumento é de 2,9 pontos percentuais.

O número de pessoas ocupadas aumentou 4,8% entre setembro e novembro e chegou a 85,6 milhões. Esse resultado representa 3,9 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho se comparado ao trimestre anterior. Com isso, o nível de ocupação subiu para 48,6%.

Argumentação

Adriana Beringuy, analista da pesquisa, disse que o crescimento da ocupação é explicado pelo retorno das pessoas ao mercado de trabalho após a flexibilização de medidas restritivas adotadas para o combate da pandemia da covid-19. A sazonalidade de fim de ano, especialmente no comércio, também contribuiu para o resultado.

“O crescimento da população ocupada é o maior de toda a série histórica. Isso mostra um avanço da ocupação após vários meses em que essa população esteve em queda. Essa expansão está ligada à volta das pessoas ao mercado [de trabalho] que estavam fora por causa do isolamento social e aumento do processo de contratação do próprio período do ano, quando há uma tendência natural de crescimento da ocupação”, explicou.

Segundo a pesquisa, o aumento na ocupação atingiu nove dos dez grupos de atividades. No entanto, foi mais intenso no comércio, em que mais 854 mil pessoas passaram a trabalhar no setor no trimestre encerrado em novembro.

“O comércio, nesse trimestre, assim como no mesmo período do ano anterior, foi o setor que mais absorveu as pessoas na ocupação, causando reflexos positivos para o trabalho com carteira no setor privado que, após vários meses de queda, mostra uma reação”, disse a coordenadora.

No aumento da população ocupada houve destaques também para a indústria geral, com alta de 4,4%, ou mais 465 mil pessoas; e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais com avanço de 2,6%, ou mais 427 mil pessoas.

Trabalho

Para a coordenadora do estudo, os números mostram que a absorção de trabalhadores foi notada em vários setores. “Além do comércio, outras oito atividades econômicas investigadas pela pesquisa cresceram significativamente na ocupação, mostrando que esse processo de absorção de trabalhadores também avançou em outros setores, como construção (8,4%, ou mais 457 mil pessoas), transporte, armazenagem e correio (5,9%, ou mais 238 mil pessoas) e alojamento e alimentação (10,8%, ou mais 400 mil pessoas)”, afirmou.

Segundo a pesquisa, a maior parte da alta na ocupação mais uma vez partiu do mercado informal. O número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, que cresceu 11,2%, somando agora 9,7 milhões, pode explicar o movimento. A Pnad Contínua do trimestre encerrado em novembro indicou, ainda, que a taxa de informalidade chegou a 39,1% da população ocupada, o que representa 33,5 milhões de trabalhadores informais no país. No período anterior, a taxa ficou em 38%.

Adriana Beringuy lembrou que, no começo da pandemia, os mais afetados foram os trabalhadores informais e também os que mais cedo retornaram a esse mercado. Para ela, os resultados evidenciam também a reação dos contratados com carteira de trabalho assinada.

“A população informal neste mês de novembro corresponde a cerca de 62% do crescimento da ocupação total e, no trimestre encerrado em outubro, respondia por quase 89% da reação da ocupação. Então, a informalidade passa a ter uma participação menor em função da reação da carteira de trabalho assinada”, explicou.

Carteira assinada

O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada subiu 3,1% ou 895 mil pessoas a mais. Com isso, tem-se 30 milhões de pessoas. Ainda no trimestre, a categoria dos trabalhadores domésticos subiu 5,1%, alcançando 4,8 milhões de pessoas. O contingente de trabalhadores por conta própria também cresceu 1,4 milhão e atingiu 22,9 milhões de pessoas. Apesar disso, na comparação com o mesmo período de 2019, a categoria perdeu 1,7 milhão de pessoas.

“Embora haja esse crescimento na ocupação nesse trimestre, quando a gente confronta a realidade de novembro de 2020 com o mercado de trabalho de novembro de 2019, as perdas na ocupação ainda são muito significativas”, disse, acrescentando, que atividades como alojamento e alimentação, serviços domésticos e o próprio comércio ainda acumulam perdas anuais relevantes.

Pessoas ocupadas

Na comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2019, o total de pessoas ocupadas no país recuou 9,4%. Isso significa redução de 8,8 milhões de pessoas. Adriana destacou que o avanço da ocupação é significativo, tanto em aspectos quantitativos quanto qualitativos, comprovada pelo crescimento da população com carteira assinada e a disseminação por diversas atividades, mas ainda está bem distante de um cenário pré-pandemia.

Fora da força de trabalho

Ainda conforme a pesquisa do IBGE, a população fora da força de trabalho registrou queda de 3,4%, o que representa uma diminuição de 2,7 milhões de pessoas, se comparada com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2019, o contingente cresceu 17,3%, ou 11,3 milhões de pessoas a mais.

A força de trabalho potencial, que inclui pessoas que não estavam nem ocupadas nem desocupadas, mas que possuíam potencial para se transformar em força de trabalho, também caiu. O grupo apresentou retração de 15,8% frente ao trimestre anterior. Isso significa uma redução de 2,1 milhões de pessoas.

Os desalentados, que são um subgrupo de pessoas da força de trabalho potencial, foram estimados em 5,7 milhões. O número é estável se comparado ao último trimestre, mas em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve um crescimento de 22,9%. Lá, havia no país 4,7 milhões de pessoas desalentadas.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Todos do "fique em casa" são da esquerdalha e tem seu salário ou rendimentos religiosamente em dia. Aí ficam querendo quebrar a economia, sonhando com à volta do PT ao comando da Nação e o retorno da roubalheira.

  2. Ficar no saldo anual positivo, em um ano de queda de PIB, de umm desastre mundial que botou de joelhos países ricos e estruturados, é surpreendente. Muita gente vai odiar isso… Esse ódio de vcs enche a minha alma. Odeiem mais que tá pouco.

    1. Amai-vos uns aos outros, meu irmãozinho. Lembra dessas palavras? Ou nunca levaste a sério?

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Economia

SALDO DO ANO POSITIVO: Brasil fecha 2020 com criação de mais de 142 mil vagas formais de trabalho

Foto: Pixabay

O Ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira (28) os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Apesar de ter ocorrido em dezembro o fechamento de 67.906 vagas de trabalho formal no país, o saldo do ano é positivo em 142.690 postos, mesmo durante a pandemia de covid-19.

O último mês do ano apresenta tradicionalmente corte de vagas com carteira assinada, explica o ministério. Em dezembro de 2019, como comparação, foram fechados 307.311 postos.

O anúncio ocorre no mesmo dia em que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga que o desemprego no país se manteve alto e atinge 14 milhões de brasileiros. A explicação para a diferença, aparentemente contraditória, é a de que o dado da Ministério da Economia se refere apenas às vagas formais, com carteira assinada, enquanto o do IBGE fala de todos os tipos de trabalho.

Em relação apenas às vagas formais, o resultado de dezembro de 2020 veio após 1.239.280 admissões e 1.307.186 desligamentos em todo o país.

De janeiro a dezembro foram 15.166.221 contratações e 15.023.531 demissões. O estoque de empregos com carteira assinada chegou a 38.952.313 vínculos.

Em novembro, o Brasil havia aberto 414.556 vagas formais de trabalho, o melhor resultado para todos os meses desde o início da série histórica, iniciada em 1992, superando o recorde anterior, de outubro (394.989).

R7

Opinião dos leitores

  1. Olha a notícia de onde veio, da Record de Edir Macedo. Não tem nenhuma credibilidade, basta ver as mentiras que é pregada por ele na igreja.

  2. Notícia excelente! No início da pandemia a expectativa era a de que o desemprego explodiria. Apesar de todo negativismo da imprensa contra o governo, a economia se manteve estável, em que pese toda politicagem que se fez com a doença.

  3. O desemprego está no recorde histórico!!
    O governo Bolsonaro é um desastre p o povo brasileiro.

    1. Sim ô esquerdopata, não aconteceu nada p/ colocar nessa conta não é? O pior é ter que aguentar o choro dessa turma por mais 6 anos KKKKK. Haja saco.

    2. Os que usam argola na venta não entendem de economia…não adianta tentar ensinar um burro a ler, muito menos a interpretar….mummmmmmmmm

    3. Deixa de conversa. Como iria recuperar emprego na pandemia? Fica em casa!!!

    1. Tá ruim, mas tá bom.
      Esse come ovo e arrota carne.

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Saúde

Brasil supera a marca de 1 milhão de pessoas vacinadas contra a Covid-19

Foto: Tony Winston – 19.jan.2021/Ministério da Saúde

Até as 15h desta quarta-feira (27), pelo menos 1.069.213 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19 no Brasil. O levantamento da CNN se baseia em informações de prefeituras e governos estaduais que divulgaram o balanço preliminar da vacinação.

A vacinação foi iniciada em 17 de janeiro, assim que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deu o aval para o uso emergencial das vacinas do Butantan e da Fiocruz/AstraZeneca. É necessária a aplicação de duas doses dos imunizantes para que as pessoas sejam consideradas imunizadas.

Por enquanto, apenas profissionais de saúde, indígenas, quilombolas e idosos em instituições de longa permanência estão recebendo as doses. O Ministério da Saúde ainda não divulgou um cronograma para as próximas fases da campanha.

As prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro ampliaram a vacinação nesta quarta, após o recebimento das doses da vacina da AstraZeneca.

Como nem todos os estados e municípios divulgaram informações sobre a campanha de imunização, o levantamento é preliminar e o número real pode ser maior. Alguns estados aguardarão a concentração dos dados por parte do Ministério da Saúde, que prometeu divulgar uma plataforma até o final desta semana.

Até o momento, os estados que não divulgaram os dados (nem por meio do Governo do Estado, nem por meio da prefeitura da capital) são: AP, PA, e TO.

Os dados do Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Sergipe e Goiás foram fornecidos pelas prefeituras das respectivas capitais. Com relação aos outros estados, os dados foram compilados pelas secretarias estaduais de saúde.

Total de vacinados de acordo com governos estaduais

Acre – 3.985

Alagoas – 33.450

Bahia – 103.087

Ceará – 48.821

Distrito Federal – 23.227

Espírito Santo – 21.744

Maranhão – 31.953

Mato Grosso do Sul – 11.400

Paraná – 57.200

Pernambuco – 51.118

Piauí – 18.915

Rio de Janeiro – 109.659

Rio Grande do Norte – 26.941

Rio Grande do Sul – 109.579

São Paulo – 212.073

Roraima – 4.449

Paraíba – 10.132

Santa Catarina – 48.733

Minas Gerais – 115.219

Total de vacinados de acordo com as prefeituras

Goiânia (GO) – 7.611

Cuiabá (MT) – 4.134

Aracaju (SE) – 6.627

Porto Velho (RO) – 1.602

Manaus (AM) – 7554

ERRATA: Diferentemente do que este texto informava, Roraima e Minas Gerais não deixaram de divulgar os dados e as informações do Amazonas foram fornecidas pela prefeitura de Manaus. A notícia foi corrigida.

CNN Brasil

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