Geral

Cartórios já permitem reconhecer firma pela internet; veja como fazer

Foto: Unsplash / Scott Graham

Desde a última segunda-feira (18), já é possível reconhecer firma por autenticidade pela internet. O procedimento, que antes necessitava da presença em um cartório, agora pode ser feito a distância, por meio de uma videochamada com o tabelião.

A novidade está disponível para a maioria dos cartórios do país, na plataforma e-Notariado, desenvolvida pelo Colégio Notarial do Brasil. Para utilizar a função, o consumidor precisa ter firma aberta no cartório escolhido e uma assinatura digital emitida pelo mesmo tabelionato, sem custo.

O reconhecimento de firma é um procedimento previsto na legislação que credita fé pública a documentos, com base na autenticidade de uma assinatura. Normalmente, ele é exigido em atos jurídicos, como transferência de veículos, autorização de viagem de menor, contratos imobiliários, entre outros documentos oficiais.

Além de digitalizar o trâmite de autenticidade, o novo método facilita o encontro de pessoas que estejam em lugares diferentes. Ele já é utilizado para outros atos, como divórcio, união estável e até testamento. Por enquanto, o reconhecimento de firma por semelhança não pode ser feito pela internet.

Para Giselle Oliveira de Barros, presidente do Colégio Notarial do Brasil, esta nova funcionalidade foi criada para atender uma demanda de alta complexidade, exigida para dar segurança aos atos jurídicos. “Este novo ato revoluciona um dos serviços mais tradicionais feitos nos cartórios de notas de todo o Brasil”, comenta.

O reconhecimento de firma pela internet tem o mesmo preço do serviço presencial, que muda conforme o estado. Segundo informa a CNB, a emissão do certificado digital é gratuita, e o consumidor só precisa arcar com os custos de envio e recebimento do documento, se optar por esta modalidade.

Como é feito o reconhecimento de firma pela internet

No processo virtual, as partes assinam o documento original e o enviam ao cartório pelo correio ou entregam presencialmente na unidade. Posteriormente, o tabelião agenda uma videochamada para confirmar a autenticidade da documentação e os envolvidos assinam um termo de validação usando um certificado digital.

Feito isso, o mesmo tabelião atesta a autenticidade das assinaturas, em um sistema de blockchain, e disponibiliza o documento para ser retirado ou enviado pelos correios ao solicitante, conforme a escolha dos consumidores.

Todo esse processo é feito através do aplicativo e-Notariado, disponível na loja de aplicativos do smartphone, onde fica armazenado o certificado digital. No site da plataforma também é possível validar a documentação e verificar se ela foi, de fato, certificada digitalmente.

CNN Brasil

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Nacional

Cartórios de todo o País passam a registrar denúncias de violência doméstica

Foto: Divulgação / Depositphotos

A partir desta segunda-feira, 25, os cartórios do País passam a receber denúncias de violência doméstica. A ação faz parte da campanha nacional Sinal Vermelho, que conta com mais de 13 mil cartórios e pretende prestar auxílio ‘discreto e sigiloso’ às mulheres em situação de vulnerabilidade.

A campanha tem como objetivo incentivar e facilitar o processo de denúncia de abusos em ambientes domésticos. Por meio do símbolo “X” desenhado na palma da mão, a mulher poderá sinalizar ao colaborador do cartório que está em situação de vulnerabilidade e, assim, ele poderá acionar a polícia de forma discreta.

A ação é permanente e inclui a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR), entidade que representa todos os Cartórios do País, à iniciativa nacional da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de enfrentamento da violência doméstica contra a mulher.

“Os cartórios foram considerados serviços essenciais durante todo esse período de pandemia, seja pelos atos de cidadania que praticam, seja pela segurança jurídica que emprestam aos atos pessoais e patrimoniais das pessoas, de forma que usar sua presença em todo o território nacional como forma de atuar na proteção das mulheres, ainda mais fragilizadas neste momento, é um papel que não devemos nos furtar”, analisa o presidente da Anoreg/BR Claudio Marçal Freire, em nota.

A entidade que reúne os cartórios disponibilizou materiais, entre eles vídeos, cartilha, cartazes e postagens para as redes sociais, aos cartórios a fim de preparar os colaboradores para oferecer auxílio às mulheres e acionar a polícia. A instrução inicial é que recebam a mulher em uma sala da unidade e, caso a vítima não queira ou não possa ter auxílio no momento, seus dados pessoais devem ser anotados e comunicados posteriormente às autoridades.

Correio Braziliense

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Geral

Cartórios no país registram 1º semestre com mais óbitos e menos nascimentos da história

Nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como em 2021. Diferença entre nascimentos e óbitos é a menor já registrada desde o início da série histórica.

A pandemia da Covid-19 vem causando um profundo impacto nas estatísticas vitais da população brasileira. Além das mais de 525 mil vítimas fatais atingidas pela doença, o novo coronavírus vem alterando a demografia de uma forma nunca vista desde o início da série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de Registro Civil no Brasil, em 2003: nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como neste ano de 2021, resultando na menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos nos primeiros seis meses do ano.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

Em números absolutos os Cartórios brasileiros registraram 956.534 óbitos até o final do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 67,7% maior que a média histórica de óbitos no País, e 37,3% maior que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro meses no País. Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 52,8%.

Com relação aos nascimentos, o Brasil registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde o início da série histórica em 2003. Até o final do mês de junho foram registrados 1.325.394 nascimentos, número 10% menor que a média de nascidos no País desde 2003, e 0,09% menor que no ano passado. Com relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos caiu 8,6% no Brasil.

O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no País, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 901.594 mil nascimentos a mais, caiu para apenas 368.860 mil em 2021, uma redução de 59,1% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 41,4%, e em relação a 2019 foi de 55,2%.

“O Portal da Transparência vem sendo usado por toda a sociedade para ter um retrato fiel do que tem acontecido no País neste momento de pandemia”, explica Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil. “Os números mostram claramente os impactos da doença em nossa sociedade e possibilitam que os gestores públicos possam planejar as diversas políticas sociais com base nos dados compilados pelos Cartórios”, completa.

Natalidade e Casamentos

Embora não seja a regra, a série histórica do Registro Civil demonstra que o aumento no número de casamentos está diretamente ligado ao aumento da taxa de natalidade no Brasil, o que deve fazer com que os nascimentos ainda demorem um pouco a serem retomados, já que no primeiro semestre de 2021 o País registrou o quinto menor número de casamentos desde o início da série histórica.

Embora 12,8% menor que a média histórica de casamentos no primeiro semestre no Brasil, o número de matrimônios em 2021 mostra uma pequena recuperação em relação às celebrações do ano passado, fortemente impactadas pela chegada da pandemia que adiou cerimônias civis em virtude dos protocolos de higiene necessários à contenção da doença. Até junho deste ano os Cartórios celebraram 372.077 casamentos civis, número 28,9% maior que os 288.750 matrimônios realizados no ano passado, mas ainda 18,6% menor que os 457.139 casamentos celebrados em 2019.

Sobre a Arpen-Brasil

Fundada em setembro de 1993, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) representa a classe dos Oficiais de Registro Civil de todo o País, que atendem a população em todos os estados brasileiros, realizando os principais atos da vida civil de uma pessoa: o registro de nascimento, o casamento e o óbito.

Com informações da assessoria de Imprensa da Arpen-Brasil

Opinião dos leitores

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Judiciário

Cartórios: TJRN institui comissão examinadora para 2º concurso público de notários e registradores

A Presidência do Tribunal de Justiça do RN instituiu uma comissão examinadora para a realização de concurso público de provas e títulos para a outorga de delegações de cartórios no Rio Grande do Norte. Este será o segundo concurso público da história da Justiça Estadual potiguar para notários e registradores. Atendendo a uma determinação do Conselho Nacional de Justiça, o primeiro concurso foi lançado em 2012 e previa a outorga para delegações de atividades em 119 serventias vagas, sendo finalizado em 2015.

No dia 13 de janeiro deste ano, o corregedor geral de Justiça, desembargador Dilermando Mota, publicou o Edital de Vacância nº 1/2021, listando 75 serventias extrajudiciais consideradas vagas no Rio Grande do Norte, seja por falecimento do antigo titular, renúncia após o último concurso, remoção ou porque o cartório não havia sido ocupado na última seleção.

De acordo com a Portaria nº 541/2021, assinada pelo presidente Vivaldo Pinheiro, a comissão examinadora terá como componentes o desembargador Ibanez Monteiro, os juízes Diego Cabral e Bruno Lacerda, a juíza Alba Paulo de Azevedo, a advogada Gabrielle Trindade de Azevedo, o tabelião Francisco Araújo Fernandes, e a tabeliã e registradora Edineusa Maria de Araújo Figueiredo.

Vacância

Uma serventia extrajudicial é considerada vaga quando não há um tabelião titular nomeado. Para permitir a continuidade do serviço público, nesses casos, pode ser designado um tabelião interino para administrar o funcionamento do cartório ou pode haver anexação da serventia vaga a outro cartório. Também é possível que um cartório vago seja extinto se for constatada inviabilidade econômica para seu funcionamento.

Conforme a Lei 8.935/1994, a vacância decorre da extinção da delegação, o que acontece em virtude da renúncia do atual tabelião titular, do seu falecimento, da sua aposentadoria, da sua remoção, por concurso, para outra serventia extrajudicial no estado ou da perda da delegação após devido processo administrativo ou judicial.

Para preencher a vaga de tabelião titular de um cartório é preciso concurso público, segundo a Lei 8.935/1994. A depender da ordem de vacância, deve ser realizado concurso de provas e títulos para ingresso de novos tabeliães titulares ou concurso interno de remoção, pelo qual os tabeliães titulares em exercício podem renunciar sua atual serventia extrajudicial a assumir a titularidade de outro cartório dentro do estado. Portanto, é preciso que a lista com a data de vacância das serventias extrajudiciais seja atualizada periodicamente.

TJRN

Opinião dos leitores

  1. Os valores cobrados pelos cartórios no RN são uma vergonha. Uma afronta à população. E o pior é que é tudo regulamentado…

    1. Ministério público aqui no RN não existe , esse ano o TJ concedeu um reajuste de 14,40% 🤮🤮🤮🤮🤮🤮

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Finanças

Cartórios de todo o país terão que comunicar Coaf sobre movimentações suspeitas

A corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) finaliza uma resolução para obrigar os cartórios de todo o país a comunicar o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) sobre movimentações suspeitas. A exigência é norma legal desde 2012, mas aguardava a regulamentação do CNJ. O tema faz parte da lei que trata sobre crimes de lavagem e ocultação de bens.

A inclusão dos cartórios no rol das entidades que precisam prestar informações ao Coaf faz parte de uma série de exigências do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi) para que o Brasil suba de patamar na avaliação mundial do órgão, que será feita em 2020.

Segundo o presidente do Coaf, Roberto Leonel, a expectativa é que, com as novas comunicações, aumente em 20% o fluxo de informações que chegam ao órgão, o que vai trazer novos elementos para o combate à corrupção e lavagem de dinheiro.

“A partir da publicação do provimento pelo CNJ, haverá um universo de 8 mil cartórios no Brasil que vão observar operações feitas, procurações esquisitas, escrituras e comunicar tudo isso para nós”, disse.

De acordo com o corregedor Nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, a resolução está em fase conclusão e deve ser divulgada no início do segundo semestre. Após a publicação, os cartórios terão um prazo de aproximadamente 120 dias para começar a enviar ao Coaf as informações sobre operações que possam caracterizar lavagem de dinheiro.

“Com a inclusão dos notários e registradores brasileiros, o sistema de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro terá um reforço significativo, já que passará a contar com informações cruciais dessa atividade”, afirmou Martins.

Para o corregedor, a perspectiva em relação à nova norma é positiva e ajudará no combate à corrupção, já que o Coaf passará a receber “informações preciosas”, tanto em relação a transações suspeitas quanto à utilização de “laranjas” para a conclusão desse tipo de negócios.

“Não tenho dúvidas de que a sociedade brasileira será a grande beneficiada, já que contará com mais uma ferramenta para que recursos públicos não sejam utilizados para outros fins senão atender aos interesses e reclamos da população”, afirmou.

A presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo (Anoreg-SP), Giselle Oliveira de Barros, também considera a medida como positiva. “Nós somos 100% favoráveis a colaborar. A gente não conseguia prestar as informações, porque ainda não tinha essa regulamentação [do CNJ]. Mas nós já estamos preparados para isso”, disse.

Criado em 1998, o Coaf é um órgão de inteligência financeira, responsável por receber todas as comunicações relacionadas às operações que possam configurar a prática de corrupção e lavagem de dinheiro.

O órgão, atualmente, está vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado pelo ex-juiz da Operação Lava-Jato Sergio Moro, mas há uma articulação em curso no Congresso para devolvê-lo ao Ministério da Economia, no âmbito da votação da medida provisória que tratou da reforma administrativa.

Os relatórios preparados pelo órgão têm servido de base para investigações de diversos escândalos de corrupção, como o mensalão. Recentemente, o Coaf foi responsável por identificar movimentações atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Valor

 

Opinião dos leitores

  1. O tabelião não vai informar nunca um amigo, "cliente" ou parceiro, isso eu tenho certeza.

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Política

Anoreg garante não haver candidato a vereador com apoio dos cartórios

A pré-candidatura a vereador de João Rafael não é consenso entre os cartórios de Natal como anunciado. O nome do jovem foi levantado por alguns donos de cartórios há pouco dias em conversa com esse blogueiro, mas, hoje o blog recebeu a informação de que nem os cartórios de Natal e nem a Associação dos Notários e Registradores (Anoreg) possuem candidatos a vereador. A nota encaminhada ao blog foi emitida a pedido do tabelião Jairo Procópio.

João Rafael é filiado ao PPS e estava despontando como um  bom nome para receber o apoio dos tabeliões, segundo o blog foi informado, mas a nota foi enfática ao dizer “a informação não procede. Nem os cartórios de Natal, nem a Anoreg tem interesse em candidatura a vereador de Natal”.

 

Opinião dos leitores

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Política

Cartórios de Natal podem ter candidato a vereador em 2016

Com o espaço político aberto entre os cartórios após a eleição de Carlos Augusto Maia pra deputado estadual, os cartoriais e tabeliões estão se articulando em torno do nome do jovem João Rafael, do PPS, para lançá-lo candidato a vereador de Natal nas eleições do próximo ano.

O blog foi informado por pessoas da área que a categoria quer um representante na Câmara Municipal de Natal e que João Rafael é um nome de consenso entre os grandes cartórios com boa projeção de votos.

Filiado ao PPS, ele deve enfrentar uma grande disputa interna já que o PPS possui outros grandes nomes como o secretário municipal de Esporte, Dudu Machado, e a suplente de deputada Laura Helena, filha do presidente estadual da legenda Wober Júnior.

Opinião dos leitores

  1. O carro na frente dos bois, os políticos escolhe os políticos a serem eleitos, e o dono do voto como é que fica, que pena que maioria da população não abriu os olhos prá isso, que o importante na eleição é ele e não quem monta maracutaia.

  2. Mais gente que nao faz nada na politica, país miseravel!!!!seria tao bom se o povo estudasse mais um pouco, pra dar um basta nesses aproveitadores….!!!!!

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Judiciário

Cartórios: Presidência do TJRN homologa resultado final do concurso

A Presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte homologou o resultado final do Concurso Público para a outorga de delegação de serviços notariais e registrais, pelo Poder Judiciário do Estado de Rio Grande do Norte. A homologação ocorreu por meio do Edital nº 003/2015, publicado na edição do Diário da Justiça Eletrônico (DJe) do dia 24 de abril. O documento traz as relações dos candidatos aprovados e as respectivas ordens de classificação. Veja o resultado final AQUI.

O concurso foi lançado em 2012, quando o atual presidente do TJRN, desembargador Claudio Santos, ocupava o cargo de corregedor geral de Justiça. O certame veio para atender a uma determinação do Conselho Nacional de Justiça e prevê o preenchimento de 119 vagas por profissionais que irão atuar na área de serviços notariais.

Segundo o Edital, foram aprovados 239 candidatos para ingresso em vagas regulares, cinco por remoção e dois para pessoas com deficiência.

Convocação

Por meio do Edital, a Presidência do TJRN também realiza a convocação dos candidatos aprovados para participarem da audiência de escolha, prevista para o dia 11 de maio de 2015, com início às 10h, no auditório do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, localizado na Praça 7 de Setembro, Cidade Alta.

Os candidatos deverão se apresentar no local com antecedência mínima de uma hora, para identificação. Impossibilitado de comparecer, o candidato aprovado poderá ser representado por mandatário, que deverá apresentar o instrumento de procuração com poderes específicos e com firma reconhecida, para o exercício do direito de escolha.

O não comparecimento do candidato classificado ou de mandatário habilitado será considerado desistência, não se admitindo pedido que importe em adiamento da opção.

A publicação também enfatiza que a escolha da serventia, obrigatoriamente manifestada nessa oportunidade, terá caráter definitivo, e será vedada a possibilidade de permuta ou de qualquer modificação de local onde será instalado o serviço de Notas.

TJRN

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Diversos

Cartórios faturam R$ 1 bilhão por mês no Brasil

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam que, em apenas um semestre, 13.233 cartórios brasileiros arrecadaram R$ 6 bilhões. O levantamento exclui 570 cartórios, que não informaram seus rendimentos ao CNJ. Em média, no período informado, os cofres de cada estabelecimento engordaram R$ 444 mil. O cartório mais rentável do país é o 9º Ofício de Registro de Imóveis do Rio. Em seis meses, ele recebeu R$ 48,5 milhões.

Em segundo lugar está o 11º Ofício de Registro de Imóveis de São Paulo, com R$ 44,1 milhões em um semestre. O terceiro colocado é o Serviço Registral de Imóveis e Títulos de Primavera do Leste, em Mato Grosso. O rendimento em seis meses foi de R$ 33 milhões.

Os números mostram a arrecadação dos cartórios com base nas últimas informações enviadas ao CNJ pelos estabelecimentos. Há números referentes ao segundo semestre de 2013, mas também, em alguns casos, de períodos anteriores. A projeção dos ganhos dos cartórios em um ano (R$ 12 bilhões) corresponde à metade do gasto anual com o Bolsa Família. O dinheiro amealhado pelos cartórios anualmente é também maior que os US$ 4,5 bilhões (R$ 10,5 bilhões) que o governo federal pagará pelos caças suecos. Para comparação, o orçamento do Supremo Tribunal Federal para 2014 é de R$ 564 milhões.

Titulares em situação ilegal

O levantamento também revela que, dos 13.803 cartórios do país, 4.967 têm titulares que não foram aprovados por concurso público. A situação é considerada ilegal pelo CNJ. Em junho de 2009, o plenário do conselho determinou por resolução a obrigatoriedade de titulares de cartórios serem escolhidos por concurso público — um dispositivo da Constituição Federal de 1988 que encontra resistência para ser cumprido. Antes de 1988, os titulares dos cartórios eram escolhidos e nomeados pelo Poder Executivo.

Os cartórios em situação regular somam 7.823. Os 1.013 restantes não têm situação definida no banco de dados do CNJ. É possível constatar que os cartórios em situação regular são mais rentáveis: em média, R$ 620 mil por estabelecimento por semestre, contra R$ 183 mil dos irregulares.

Dos cartórios em situação ilegal, 1.491 tiveram rendimento semestral entre R$ 10 mil e R$ 50 mil; 818 tiveram rendimento entre R$ 100 mil e R$ 500 mil; e 323 receberam mais de R$ 500 mil. Nesse grupo, o de maior rendimento é o 1º Tabelionato de Protesto e Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos e Documentos de Goiânia, com R$ 29,9 milhões em seis meses. É o quarto no ranking nacional.

A decisão do CNJ de divulgar os números foi tomada em resposta a um pedido feito por um candidato aprovado em concurso para cartórios do Tribunal de Justiça de Goiás. O candidato argumentou que todos os aprovados precisam de informações, inclusive as relativas à arrecadação, para escolher a serventia que desejam ocupar.

Em 2009, o então corregedor do CNJ, ministro Gilson Dipp, apresentou ao plenário duas resoluções para disciplinar o serviço notarial. Ambas foram aprovadas. A primeira declarou vagos todos os cargos ocupados sem concurso público. A resolução dava aos Tribunais de Justiça 45 dias para providenciar o concurso. A outra resolução ditava as regras dos concursos.

Mas titulares de cartórios entraram na Justiça com pedidos de liminares para continuar nos cargos, alegando terem adquirido direito ao posto. Muitos conseguiram. Por isso, o quadro hoje é indefinido. Tramita na Câmara dos Deputados uma Proposta de Emenda à Constituição determinando que os tabeliães que ocupam o cargo sem concurso público há pelo menos cinco anos podem permanecer na atividade. A proposta ainda não foi aprovada.

A Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg) informou que os dados do CNJ não demonstram toda a movimentação financeira dos cartórios. “Do mesmo modo que os cartórios enviam mensalmente seus balanços aos órgãos fiscalizadores, conferindo transparência às operações, enviam também as despesas, impostos e taxas que são recolhidos, que representam quase 60 ou 70% da arrecadação”, diz nota assinada pelo presidente da entidade, Rogério Portugal Bacellar.

Ainda segundo a Anoreg, a forma como o conselho divulgou os dados “levam à compreensão equivocada do faturamento”. A nota explica que, da arrecadação bruta, é preciso subtrair gastos com folha de pagamento, implantação de novas tecnologias, infraestrutura e “investimentos necessários para a contínua prestação de um serviço de qualidade à população”. Além disso, é necessário destinar parte do faturamento ao Poder Judiciário, além de impostos para o poder público.

“Em São Paulo, por exemplo, 37,5% do valor de cada ato pago ao cartório é imediatamente recolhido ao Estado. Somado aos 27,5% de Imposto de Renda, encargos sociais e tributários, esse índice ultrapassa facilmente os 60%. Há, ainda, as despesas de funcionamento do cartório”, diz a nota da Anoreg.

Nascimento e morte

O brasileiro já nasce dependendo de cartório. A primeira necessidade é emitir uma certidão de nascimento. A partir daí, começam as dezenas de demandas — que só terminam com a morte e a consequente expedição da certidão de óbito.

Antes de entrar na maioridade, se alguém quiser se casar, precisa ter a emancipação outorgada pelos pais ou por sentença judicial. Depois, para se casar, outra vez o cartório.

O contrário da emancipação também é possível. Chama-se interdição por incapacidade absoluta ou relativa. Essa declaração serve para menores de 16 anos, pessoas doentes ou deficientes mentais incapazes.

Pelo cartório também passam as principais conquistas materiais do cidadão. A casa comprada necessita de escritura. Também a compra de carro tem de ser registrada. Contratos comuns, como o de aluguel, também precisam de selo. É lá também onde se firmam sociedades, uniões estáveis e outros contratos.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Acho essa situação(privatização dos cartórios e monopólio de serviço público com exploração de valores) um verdadeiro absurdo, principalmente os cartórios de Registro de Imóveis. Exemplo da exploração do cidadão: se você vai vender um imóvel financiado o agente financeiro exige uma Certidão de Inteiro Teor; valor R$ 296.00 validade 30 dias, tem processo na caixa que demora 6 meses, a cada análise a caixa solicita nova Certidão, então vejam o prejuízo dos contribuintes.
    Isso tem que acabar no Brasil. Esse serviço tem que ser público e não privado.
    Agora, o judiciário é conivente com essa exploração, tanto é que recebem um percentual de todos valores recebidos pelos cartórios.

  2. Coisas que só existem no Brasil!!!!

    Quando veremos esta mamata desses cartórios chegar ao fim!!!!

  3. É uma verdadeira máquina de fazer dinheiro, ainda tratam mal o cliente e são cheio de "queixos".
    O Brasil é um dos únicos países do mundo, onde um "terceiro" é quem afirma que você é você, dá uma carimbada e ainda cobra R$ 3,00.

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Política

Marina Silva culpa falta de estrutura de cartórios pela indefinição de registro da Rede

 11_15_37_50_fileA ex-senadora Marina Silva, em entrevista à rádio CBN nesta segunda-feira (30), disse que a falta de estrutura dos cartórios do País é a responsável pela indefinição da criação de seu partido, a Rede Sustentabilidade.

Nesta semana, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve decidir se aprova ou não o pedido criação do partido após a recontagem das assinaturas coletadas necessárias para criação de uma legenda. O resultado deve sair até a a próxima quinta-feira (3).

— A dificuldade está na falta de estrutura dos cartórios. Mesmo com poucos recursos conseguimos mobilizar mais de 12 mil pessoas que coletaram 910 mil assinaturas em menos de 7 meses, que foram enviadas no prazo para os 1.800 cartórios. Mesmo depois da triagem, enviamos mais de 668 mil assinaturas.

Segundo a lei eleitoral, são necessárias 492 mil assinaturas validadas para a criação de um partido. De acordo com Marina, as assinaturas necessárias foram enviadas aos cartórios pela Rede, mas 53% dos cartórios perderam o prazo de 15 dias para se manifestar. Além disso, a ex-senadora argumenta que 95 mil assinaturas foram invalidadas injustamente.

— Nos encaminhamos 668 mil assinaturas com 550 mil certidões. O problema é que houve invalidação injusta de 95 mil assinaturas que aguardamos pronunciamento do TSE.

Em relação a algum motivo político para a invalidação das assinaturas e, consequentemente a dificuldade com o registro, Marina desconversa.

— Não tenho como provar, mas tenho certeza que os ministros vão fazer o certo […] Não podemos pagar o preço.

Enquanto aguarda a decisão, Marina se diz confiante no trabalho da Rede e diz que não existe plano B para ela, e nem a possibilidade de lançar a candidatura por outro partido.

— Não tenho plano B. Depois de um trabalho tão rigoroso, tão criterioso, só ficaremos sem o nosso registro por culpa dos cartórios.

Em nota, Marina Silva negou que vá se filiar a outro partido, caso a Rede não seja aprovada pela Justiça e saia efetivamente do papel.

— A ex-senadora Marina Silva e a Rede Sustentabilidade reafirmam que não está agendada nenhuma reunião com o Partido Ecológico Nacional, ao contrário do que tem declarado o presidente do PEN, Adilson Barroso. […] Marina Silva reafirma que não discute um plano B e está confiante que a Justiça Eleitoral concederá o registro ao partido antes de 5 de outubro.

R7

Opinião dos leitores

  1. Marina deixou para criar o partido aos 45 mimutos do segundo tempo e agora tenta passar a imagem de perseguida e injustiçada, culpa cartórios, justiça eleitoral e acha que está havendo um complô contra sua candidatura.

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Política

Cartórios eleitorais atenderão em horário diferenciado no período final de alistamento

Em razão da proximidade do prazo de fechamento do cadastro eleitoral, que ocorrerá no próximo dia 09 de maio, os postos de atendimento da Justiça Eleitoral do Estado do Rio Grande do Norte funcionarão com horário diferenciado nos próximos dias.

Até 4 de maio próximo, os Cartórios Eleitorais do interior do Estado estarão funcionando no horário de 08 às 15h.

Os postos de atendimento, tais como Cartórios Eleitorais, postos de atendimento criados pelo Juiz Eleitoral das Zonas e os boxes da Justiça Eleitoral nas Centrais do Cidadão, entre os dias 07 e 09 de maio, dias que antecedem o fechamento do cadastro eleitoral, funcionarão no horário de 08 às 15h, com distribuição de senhas aos eleitores presentes no final do expediente.

Os postos de atendimento do localizados nas Centrais do Cidadão de Natal, exceto o da Zona Norte, estarão fechados no período de 02 a 09 de maio deste ano. Os eleitores que necessitarem de serviços como alistamento, revisão e transferência eleitoral deverão se dirigir aos Cartórios Eleitorais da capital, localizados no Fórum Eleitoral da Capital, na Avenida Rui Barbosa, S/N, Tirol, por trás do IFRN – Lagoa Nova, que funcionarão, durante o período, de 08h às 18h, abrindo também no sábado (05) no mesmo horário.

No dia 10 de maio, o expediente dos Cartórios Eleitorais será cumprido internamente, não havendo atendimento ao público externo.

RESUMO DO QUADRO DE HORÁRIOS

Cartórios Eleitorais da Capital – de 02 a 09 de maio, inclusive sábado (05) – 08 às 18h
Cartórios Eleitorais do Interior – de 30/04 a 09/05 – 08 às 15h
Centrais do Cidadão da Capital, exceto Zona Norte – Boxes fechados no período de 02 a 09/05
Central do Cidadão da Zona Norte – Funcionamento normal
Centrais do Cidadão do Interior – de 07 a 09 de maio – 08 às 15h

 

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Jornalismo

Cartórios: Casamento e Separação vão cair de R$ 518 para R$ 250,00

As custas cartoriais para registro de imóveis, escritura ou contrato de pacto nupcial, emancipação, separação e divórcio sem bens, poderão sofrer redução de até 60% no seu valor atual. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte apresentará à Câmara de desembargadores da Corte, um projeto de lei que tem como objetivo primordial alterar as custas jurisdicionais para baixo. Na gama de serviços que poderão sofrer reduções de valor cobrados pelos cartórios, incluem-se o setor de registro de  títulos e documentos, protestos e ações judiciais. A proposta, porém, precisa ser aprovada pelo Pleno do Tribunal de Justiça para depois ser remetida à Assembleia Legislativa. A expectativa da presidenta do TJ, desembargadora Judite Nunes, é que a lei entre em vigor ainda neste primeiro semestre. “O nosso interesse é o público, queremos uma lei mais equânime e justa para a população do RN”, ressaltou Judite Nunes.

Frankie MarconeA presidente do TJ, Judite Nunes apresentou projeto ontem

De acordo com o corregedor-geral do Tribunal de Justiça, desembargador Cláudio Santos, “o importante é dizer que haverá uma significativa diminuição nos custos dos serviços prestados pelos cartórios à população”. Conforme explicou o magistrado durante coletiva de imprensa realizada ontem, o projeto de lei tem como principal intuito regularizar a situação de milhares de imóveis que são financiados e não possuem registros nos cartórios de imóveis, o que reflete na sensibilidade jurídica da transação. Conforme levantamento da Corregedoria do Tribunal de Justiça, cerca de 90% dos contratos de compra e venda não são registrados.

“Estamos preocupados com quem compra imóveis financiados e não os registra em cartório, por exemplo”, resumiu o corregedor. Um dos benefícios com o registro, conforme argumentação de Cláudio Santos, é a ausência de pagamento do Imposto de Transmissão Inter-Virus (Itiv), que consiste num tributo que incide sobre a aquisição de imóveis. “Estamos revendo uma lei e a iniciativa é um processo de autocrítica, de reformulação de valores”, enfatizou Cláudio Santos. Ele destacou que nenhum outro órgão municipal, estadual ou federal tenha trabalhado para a aprovação de uma lei que reduza o valor de impostos.

A coletiva de imprensa contou com a participação do presidente da Associação dos Notários e Registradores do Rio Grande do Norte (Anoreg/RN), Francisco Fernandes, além do presidente regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Paulo Eduardo Teixeira. “Nós recebemos reclamações dos próprios representantes do cartórios sobre os valores de alguns serviços e foi isso que nos levou a concordar com o projeto. Acredito que com a redução desses valores mais pessoas passarão a ter acesso aos cartórios e serviços como promessa de compra e venda de imóveis serão mais procurados”, comentou Fernandes.

Para que o Tribunal de Justiça formulasse este projeto de lei, os desembargadores se reuniram com representantes dos cerca de 170 cartórios em operação no estado. Alguns deles foram contra a redação da lei. Em contrapartida, a grande maioria reconheceu que determinadas custas são abusivas e se posicionaram favoráveis ao projeto de redução de valores.

“É preciso que sejam cobrados valores justos. O objetivo dos cartórios não deve ser o lucro e sim o pagamento justo pela prestação do serviço. Não tem sentido um cartório ter uma arrecadação anual milionária”, afirmou o presidente da OAB, Paulo Eduardo Teixeira. Segundo ele, a OAB identificou distorções nos preços cobrados pelos cartórios e se posicionou favorável à aprovação da lei proposta pelo Tribunal de Justiça. As custas cartoriais para registros diversos são determinadas via lei estadual.

Redução

Veja abaixo alguns exemplos dos serviços prestados pelos cartórios que sofrerão redução com a aprovação da lei.

– Casamento civil ou religioso, com efeito civil – De R$ 291,38 para R$ 196,00

– Escrituras com valor declarado (R$ 10.000,01 a R$ 20.000,00) – De R$ 323,75 para R$ 247,50.

Escrituras com valor declarado (R$ 200.000,01 a R$ 250.000,00) – De R$ 4.586,25 para R$ 3.712,50.

– Escritura ou contrato de pacto antenupcial; emancipação; separação e divórcio sem bens; inventário negativo e conhecimento de paternidade; dote; servidão – De R$ 518,00 para R$ 250,80.

– Escritura ou contrato de promessa de venda e compra de imóveis (de R$ 10.000,01 a R$ 20.000,00) – R$ 174,83 para R$ 84,63.

– Escritura ou contrato de promessa de venda e compra de imóveis (de R$ 100.000,01 a R$ 200.000,00) – De R$ 1.311,19 para R$ 412,50.

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Comportamento

Cartórios enganam índios analfabetos e os batizam como 'Xixi', 'Tarzã' e 'Cabeção

Leio no Estadão que durante décadas, funcionários públicos colombianos enganaram centenas de índios analfabetos da tribo Wayúu e lhes deram cédulas de identidade com nomes como “Ferrari”, “Xixi”, “Marilyn Monroe” e “Cabeção”. Tem também “Alka-Seltzer”, “Land Rover”, “Tarzã”, “Coito” e “Telefone”, além de “Palhaço” e “Gorila”.

O caso pode parecer engraçado, mas não é. Trata-se de óbvia violação de um dos mais básicos direitos humanos. O nome da pessoa representa o aspecto imediato da identidade do indivíduo, é o modo pelo qual ele se faz representar ante a sociedade e, por outro lado, é a maneira pela qual esse mesmo indivíduo começa a formar uma ideia sobre si.

O nome, em resumo, é o que singulariza a pessoa – é o direito de ser ela mesma. Não é por outra razão que, ao ser privado de liberdade, a primeira coisa que um prisioneiro perde é seu nome, trocado por um número. Sua existência como indivíduo é anulada, ficando à mercê dos algozes.

O requinte de crueldade dos burocratas colombianos foi ter registrado todos os índios com data de nascimento em 31 de dezembro. Um documentário com o sugestivo título “Nascemos em 31 de dezembro”, que relata o drama da tribo, foi lançado recentemente na Colômbia. Algumas cenas podem ser vistas neste vídeo.

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