Economia

Juro médio do crédito chega a 54% ao ano, o maior da história, diz Banco Central

A taxa média de juros do crédito ao consumo ficou em 54,3% ao ano em fevereiro, o maior patamar da história, informou nesta quarta-feira (25) o Banco Central. Em fevereiro do ano passado, a taxa estava em 47,9%.

Os juros cobrados pelos bancos no cartão de crédito chegaram a 342,2% ao ano, na modalidade mais cara, chamada crédito rotativo. Essa modalidade tem origem quando o consumidor deixa de pagar toda a fatura. Em fevereiro de 2014, essa taxa estava em 315,1%.

No cartão de crédito parcelado, os juros chegaram a 112,6% ao ano.

No cheque especial, os juros subiram de forma expressiva. Em fevereiro do ano passado, estavam em 156,7% e saltaram para 214,2% ao ano, a maior taxa de juros dessa modalidade desde março de 1996.

A inadimplência para pessoas físicas com taxas de mercado, que estava em 3,7% em janeiro, subiu para 3,8% em fevereiro.

ESTOQUE

O volume de crédito ofertado pelos bancos avançou 0,5% em fevereiro em relação a janeiro, totalizando R$ 3 trilhões, o equivalente a 58,6% do PIB (Produto Interno Bruto).

As operações com taxa de juros e recursos livres aumentaram 0,1% no mês e cresceram 5,2% em 12 meses, somando R$ 1,5 trilhão.

O crédito com recursos controlados e subsidiados avançou 0,8% no mês, e 18,1% em 12 meses.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Esse cidadão Rodrigo deve está muito eufórico por alguma razão. Nunca vi, nesses meus sessenta anos, alguém se dignar a escrever tanta bobagem por centímetro quadrado. Deve se imaginar um economista de mão cheia, pois, comentarista politico nem que "a vaca tussa". O raciocínio é de uma lógica tal que ofusca os melhores doutores. Tenha santa paciência.

  2. O governo fez aquilo que deveria ter feito, o que era o mais importante: a vida dos mais pobres melhorou muito.
    Os ricos também nunca ganharam tanto dinheiro.
    — Os pobres ganharam. É matemática, é saber fazer contas, usar os índices. O salário nunca subiu tanto, o consumo nunca cresceu dessa maneira.
    E há outro argumento:
    — Os pobres não só ganharam dinheiro, mas ganharam direitos. E passaram a exigir o que têm direito. Ocorreu uma pequena insurgência no país, ao longo de todos esses anos, quando os pobres passaram a exigir o que era deles. Fizeram isso no trabalho, em casa, na rua. Hoje você não pode maltratar uma pessoa porque ela é pobre. Não pode mexer com negros porque vai dar confusão, eles reagem. Está certo. Eles viram o que o Lula fazia no governo, o que enfrentava, e copiavam. Os ricos não gostaram disso. Perderam um pouquinho de dinheiro, um pouquinho só, mas também perderam prestígio, conforto, auto-imagem. Por isso a Danuza escreveu que encontrar o mordomo de férias em Paris tira a graça de Paris. Os ricos estavam perdendo poder, disse, esquecendo de mencionar as eleições presidenciais.
    O Empresário-prodígio Ricardo Semler (PSDB), no final do ano passado, um mês depois da vitória de Dilma, falando sobre a corrupção, disse textualmente:
    "Que fingimento é este?", perguntou Semler. Ele mesmo, tucano assumido, respondeu: "Nunca se roubou tão pouco."
    "Os porcentuais caíram, foi só isso que mudou. Até em Paris sabia-se dos 'cochons des dix pour cent,' os porquinhos que cobravam 10% por fora sobre a totalidade de importação de barris de petróleo em décadas passadas."

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