Finanças

TCU investiga consultoria que empregou Moro e fala em bloquear pagamentos

Foto: Sérgio Lima/Poder360

O ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União), publicou um despacho (íntegra – 522 KB) em que questiona a legalidade de contrato firmado entre a consultoria Alvarez & Marsal e o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.

O documento, assinado na última 4ª feira (24.fev.2021), requisita à empresa e ao juiz da 1ª Vara de Falências de São Paulo que esclareçam se “o contrato celebrado com o ex-juiz se trataria, na verdade, da ‘compra’ de informações privilegiadas obtidas pelo então magistrado” para que seja avaliado o bloqueio de pagamentos à consultoria.

Dantas solicita que a Alvarez & Marsal informe o valor da remuneração paga a Moro. Ele levanta a possibilidade de o ex-juiz ter tido acesso a informações sigilosas do funcionamento da Odebrecht e se beneficiar por “ter contribuído para a situação de insolvência da empresa”.

“Soa deveras conflitante que, após ser investida na condição de administradora judicial das empresas do grupo Odebrecht, em 17.jun.2019, a Alvarez & Marsal tenha incorporado ao seu quadro societário, em 30.nov.2020, o ex-juiz Sergio Moro”, escreveu o ministro.

“Além de possuir informações privilegiadas sobre o funcionamento das empresas do grupo Odebrecht, o então juiz teria tomado decisões judiciais e orientado as condições de celebração de acordos de leniência, o que naturalmente contribuiu para a situação econômico-financeira da empresa da qual resultou o processo de recuperação judicial”, afirmou Dantas.

O ministro do TCU também citou as supostas mensagens reveladas pela operação Spoofing em que Moro teria orientado a forma de atuação de procuradores do MPF (Ministério Público Federal) com a Odebrecht.

“Mensagens tornadas públicas recentemente apontam para o fato de que o ex-juiz teria orientado a forma de atuação de procuradores do MPF nas denúncias e ações contra a empresa”, disse.

Moro foi contratado pela consultoria norte-americana em dezembro, para atuar na área de “disputas e investigações”. A empresa tem quase R$ 26 milhões a receber de alvos da operação Lava Jato, como a Odebrecht.

O ofício assinado pelo ministro do TCU responde a um pedido do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do MPTCU (Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União), que solicitou ao Tribunal (íntegra – 87 KB) que determine a suspensão de qualquer pagamento à empresa Alvarez & Marsal referente à recuperação judicial da Odebrecht, até que o tribunal avalie o papel de Moro no agravamento da situação econômica da empreiteira.

Duas decisões judiciais estabelecem os montantes destinados ao escritório que Moro presta consultoria. Num dos despachos (íntegra – 68 KB), de 2019, o juiz João de Oliveira Rodrigues Filho determina que a Atvos, produtora de etanol pertencente ao grupo Odebrecht, pague o valor de R$ 10,8 milhões, em 30 parcelas de R$ 360.000.

A outra decisão (íntegra – 60 KB), de 2015, estipula à OAS o valor de R$ 15 milhões, divididos em 30 parcelas mensais, sendo as 10 primeiras no valor de R$ 400.000, as 10 seguintes no valor de R$ 500.000 e as 10 últimas no valor de R$ 600.000. Esse contrato, segundo o escritório informou ao Poder360, foi firmado em 2015.

Ao pedir a suspensão de pagamentos para a Alvarez & Marsal, Furtado diz ser necessário considerar o “risco de conflito de interesses que pode surgir” quando Moro, em um primeiro momento, “atua em processo judicial que interfere no desempenho econômico e financeiro da empresa e, em em um segundo momento, aufere renda, ainda que indiretamente, com o processo de recuperação judicial para o qual seus atos podem ser contribuído”.

O QUE DIZ A ALVAREZ & MARSAL

Em 1º de dezembro, ao Poder360, a assessoria da Alvarez & Marsal negou que o contrato assinado por Moro possa gerar conflitos de interesse.

“Sergio Moro foi contratado para atuar na área de ‘Disputes and Investigation’, liderado por Marcos Ganut no Brasil. Existe uma alta demanda do setor privado para o desenvolvimento e criação de sistemas de integridade, conformidade e compliance. A A&M atua na busca pelo aprimoramento, reestruturação e adoção de políticas efetivas de conformidade das empresas, e não na defesa delas”, diz a nota.

“Foi estabelecido uma cláusula contratual em que Moro não atuará em projetos que possam gerar conflitos de interesse. Mais do que isso, a A&M não advoga em defesa das companhias, mas como advisor para reestruturações e transformações corporativas, esta última prática onde se encontra a área de ‘Disputes and Investigations’”, acrescenta o escritório.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Vixe ZeGado, sua fama de fazendeiro, rico, está caindo por terra, essa sua mania de defender o meliante está gerando fumaça e vc sabe, onde tem fumaça tem fogo.

  2. Tcu interferindo em iniciativa privada, enquanto o estado é saqueado livremente. É o fim do mundo!

    1. Quem deveria estar na Papuda era o ladrão de 9 dedos! Aquele cujos "eggs" você não tem vergonha de lamber diariamente!

    2. Canalha, te desejo sempre perto de indivíduos do caráter de luladrã, e distante de homens da estirpe de Moro, é só o que mereces.

  3. Os criminosos não se conformam. Querem, de todo jeito, cancelar o Digno e Corajoso Dr. Sérgio Moro. Quando será que irão entender o papel que este cidadão representou na tentativa de moralizar o Brasil?

    1. Acho que você está trocando as bolas. Quem quer desqualificar e tornar Moro envolvido é a esquerda em relação as condenações do ex presidente. O resto são versões e mais versões para enganar os zumbis e manter a torcida por seus corruptos de estimação.

    2. Isso é um traíra. Fez um favorzinho pra o Brasil, prendendo alguns ladrões, inclusive, usando meios ilícitos. Mas a intenção dele era outra. Vai parar na cadeia. #Moro 2022, na cadeia.

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Diversos

Quanto vale o Brasil? 764 bilhões de dólares, diz consultoria de marcas

Centro de distribuição do Mercado Livre: queda menor do PIB ajudou o Brasil a melhorar sua posição no ranking de marcas das nações; Estados Unidos e China encabeçam a lista. Foto: (Divulgação/Divulgação)

A pandemia da covid-19 provocou um impacto negativo não somente nas marcas empresariais — ela corroeu também o valor das marcas das nações. É o que revela um estudo da consultoria inglesa Brand Finance, especializada em avaliação de marcas. Segundo o levantamento, os 100 países com marcas nacionais mais valiosas do mundo perderam, em conjunto, 13,1 trilhões de dólares em valor neste ano em consequência da crise do novo coronavírus.

O Brasil ficou em 16º lugar no ranking de 2020, com sua marca nacional avaliada em 764 bilhões de dólares, uma queda de 15% em relação ao estudo realizado em 2019. Mesmo com essa redução de valor, o Brasil subiu uma posição em relação ao ranking do ano passado. “Isso ocorreu basicamente porque o PIB do Brasil caiu neste ano menos que o de outros países que estavam à sua frente”, diz Eduardo Chaves, diretor-geral da Brand Finance no Brasil.

De acordo com a consultoria inglesa, em um mercado globalizado, a marca nacional é um dos ativos mais importantes de qualquer país, pois estimula investimentos, agrega valor às exportações e ajuda a atrair turistas e trabalhadores estrangeiros mais qualificados.

Para calcular o valor das marcas das nações, a Brand Finance aplica o mesmo método que utiliza para avaliar as marcas empresariais. Ela estima a “força da marca” nacional com base em uma série de métricas, como os indicadores de PIB, os investimentos diretos estrangeiros, os gastos com turismo, a facilidade de fazer negócios, a reputação do país e o seu soft power (capacidade de influenciar outras nações por meio da cultura e da diplomacia).

Os Estados Unidos continuam sendo a marca nacional mais valiosa do mundo, com 23,7 trilhões de dólares. Esse valor, no entanto, é 14,5% inferior ao do ranking de 2019. Com isso, os Estados Unidos veem cada vez mais perto no retrovisor a segunda colocada, a China, cuja marca nacional é avaliada em 18,8 trilhões de dólares, uma queda relativamente modesta de 4% em relação ao levantamento anterior.

“Estamos testemunhando a China chegar cada vez mais perto dos Estados Unidos em nossa classificação das marcas nacionais mais valiosas do mundo”, comentou David Haigh, CEO of Brand Finance. “A China mostrou sua capacidade de se recuperar em um ritmo meteórico, fornecendo um farol de esperança de que a recuperação também pode acontecer no cenário global.” Entre os países do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, a China deve ser a única a crescer em 2020.

O estudo da Brand Finance mostra que poucos países conseguiram aumentar o valor de sua marca em ano de pandemia. Na lista das 100 marcas nacionais mais valiosas, o Vietnã foi o país que registrou maior aumento de valor em 2020. A marca da nação do Sudeste Asiático está avaliada agora em 319 bilhões de dólares, 29% a mais do que no levantamento anterior. Com quase 98 milhões de habitantes, o Vietnã teve até agora apenas 35 mortes por covid-19. Tem sido um dos destinos mais procurados por multinacionais que estão transferindo suas operações da China para se proteger dos efeitos da guerra comercial entre chineses e americanos.

No outro extremo, a Argentina foi o país cuja marca mais perdeu valor de um ano para outro, com redução de 57%. A pandemia agravou a situação do país, que vive em recessão desde meados de 2018 e, ao que tudo indica, não terá um caminho curto até conseguir recuperar sua economia. A marca nacional argentina está avaliada agora em 175 bilhões de dólares, o equivalente a 23% do valor da marca nacional brasileira. Com isso, de acordo com a avaliação da Brand Finance, a marca nacional da Argentina vale hoje menos que as do Chile e da Colômbia.

Exame

Opinião dos leitores

  1. Meu povo, me dar mais um mandato que compro pra nós! Do jeito que tá os mínios, eu volto fassim.

  2. Pelascaridade! Deve ser piada, né? País barato da p…! Se fatiar, quanto vai valer o meu pobre Rio Grande do Norte? E a minha sofrida Ceará Mirim?

    1. Doria quer vender o Brasil para os chineses.
      Lula quer entregar o Brasil nas mãos de Cuba, Maduro, maconheiros, etc.
      Xô comunismo!!!

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Finanças

VAI DAR O QUE FALAR: Rosalba quer gastar R$ 122 milhões do empréstimo somente em consultorias

Sem maisAlex Viana – Jornal de Hoje

Foi manchete principal na edição dessa quinta-feira(27), no Jornal de Hoje. Confira matéria na íntegra: O governo do Estado está destinando R$ 122 milhões para contratação de consultorias dentro do programa “RN Sustentável”. A informação foi confirmada pela coordenadora do programa, Ana Cristina. Ao todo, serão R$ 122 milhões gastos com consultorias. A verba faz parte do primeiro pacote de recursos liberados do empréstimo de US$ 540 milhões que o governo Rosalba Ciarlini (DEM) conseguiu tomar junto ao Banco Mundial ano passado. Os recursos deverão ser empregados em projetos regionais durante os próximos cinco anos.

Cerca de 20 consultorias do RN Sustentável já estão sendo contratadas. As contratações estão na fase de manifestação de interesse, segundo explica a coordenadora do programa “RN Sustentável”, Ana Cristina Guedes, da Secretaria de Planejamento e Finanças do Estado (SEPLAN). Ela foi designada para falar sobre as consultorias pelo secretário de Planejamento, Obery Rodrigues.

Segundo Ana Cristina, as consultorias são parte legal do empréstimo e foram aprovadas pelo Banco Mundial em 16 de novembro de 2013″, diz a coordenadora do programa. No decorrer dos cinco anos de perduração do programa deverão ser contratadas 72 consultorias, sendo 52 de pessoa jurídica e 20 pessoa física. No caso de pessoa física, a exigência do Banco Mundial é no sentido de estruturação do projeto, em áreas onde o estado tem fragilidade. “Estamos na fase inicial, mas já teve 20 publicações que estão sendo contratadas nesse momento, mas ainda estão na fase de manifestação”, informa Ana Cristina.

REPUBLICAÇÃO

No último dia 24, foi encerrada a fase de manifestação de interesse das empresas. Entretanto, a Unidade Gestora do RN Sustentável deverá ser obrigada a republicar os editais. A nova publicação poderá ser necessária em função da baixa participação de empresas internacionais na manifestação de interesses. Por se tratar de licitação aberta a participação de empresas de outros países, o Banco Mundial obriga que, para cada licitação, ao menos duas empresas estrangeiras participem.

“Se tivermos encerrado essa fase e não houver duas empresas internacionais, seremos obrigados a republicar. Daí recorrermos às embaixadas e ao Ministério do Comércio Exterior. Nas licitações internacionais é preciso que haja empresa estrangeira concorrendo. Estamos dentro do prazo de postagem, aguardando eventuais postagens do exterior. Estamos levantando se há empresas internacionais. Até ontem havia apenas duas contratações com empresas internacionais concorrendo”.

NÚCLEO

A coordenadora do RN Sustentável, Ana Cristina, explica ainda que, ao citar o nome licitação, em verdade, não está se referindo a certame licitatório, mas a licitação futura. Quem realizará as licitações será a SEPLAN. Para tanto, a Secretara criou uma Unidade de Gerenciamento para o Projeto, além de um setor financeiro específico para o acordo do empréstimo. Um terceiro setor cuida especificamente das licitações internacionais. “Tudo acompanhado e monitorado pelo Banco Mundial, através de um especialista da própria instituição”, afirma Ana Cristina.

Consultorias para todos os gostos e bolsos

Ao todo, 21 contratações de consultorias do RN Sustentável estão deflagradas, a um custo estimado de R$ 31 milhões – segundo informações não oficiais – pela SEPLAN. A SEPLAN não está autorizada divulgar o valor individual das concorrências, por exigência do Banco Mundial.

São consultorias para os mais diversos trabalhos, vários deles recorrentes em também em outros governos. Vão desde “Plano Estratégico de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte”, passando por “Estudo de Viabilidade e Plano de Negócios do 1º Parque Tecnológico do Rio Grande do Norte”, estagiando em “Elaboração de Diagnóstico e Planejamento Estratégico para o Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais agrícolas no Estado do Rio Grande do Norte”, e chegando a “Elaboração de Planos de Desenvolvimento Integrado de Turismo Sustentável dos Polos Serrano e Agreste/Trairi”, dentre várias outras.

Constam ainda da primeira leva de consultorias em fase de contratação pelo governo do Estado: “Diagnóstico e Ajustamento da Estrutura Organizacional do Governo do Estado do Rio Grande do Norte”, “Modelagem de Processos para Resultados”, “Elaboração de projetos básicos, executivos e complementares das obras hospitalares”, “Elaboração de projetos básicos, executivos e complementares das obras de edificações e urbanização”, “Plano Estratégico do Turismo Rural Potiguar para os Polos Turísticos do Rio Grande do Norte”, além de “Consultoria especializada em procedimentos em aquisições e contratações”, dentre outras.

Contratações adicionais de consultorias versam ainda sobre temas como “Auditoria na Folha de Pagamento”. E ainda: “Edital de Pré-Qualificação de Instituições para Apoio a Execução das Ações de Fortalecimento da Governança”, “Mapeamento e caracterização das organizações sociais e de produtores familiares do Rio Grande do Norte”, “Elaboração do Perfil de Entrada do Turismo do RN e Consultoria Ah Doc para elaboração de TdR do Mapa Eólico e Solar do RN”, dentre outras.

Consultorias voltadas para a qualificação também são comuns no projeto do “RN Sustentável”. Estão sendo contratadas por exemplo, consultorias para: “Qualificação de profissionais de saúde para implantação de protocolos de atendimento”, “Qualificação de profissionais de saúde em ações de diagnóstico e controle oncológico”, “Qualificação de profissionais de saúde em assistência pré-natal”, Qualificação de profissionais de saúde em cuidados intensivo”.

Também constam consultorias para Sistema de Apoio à gestão para Resultados”, “Aquisição de Data Center Container (SEARH)” e “Desenvolvimento de melhorias e manutenção do Sistema Monitoramento e Informação – SMI”.

Deputado questiona consultorias e afirma que são “falcatruas”

O deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB) lança um alerta aos órgãos de fiscalização, como o Ministério Público, e à própria sociedade potiguar para o que ele chama de possibilidade de falcatruas na contratação das consultorias do “RN Sustentável”. Segundo ele, são preocupantes as informações de que várias empresas de fora estão sendo contratadas, em detrimento do corpo técnico qualificado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte ou mesmo da Universidade Estadual.

“Estou sabendo que está rolando muita malandragem para contratar 12 consultorias, na área de turismo, interior e zona rural. Só o que estou sabendo é que há um volume de mais de R$ 31 milhões. Chamo atenção para repercussão à sociedade, deputados, órgãos fiscalizadores para que recomende rever esses valores, que acho que deveriam ser bem mais baratos se fossem contratados técnicos da UFRN, que são competentes, FUNPEC, UERN”, diz Nélter.

O parlamentar afirmou ainda que, em processos semelhantes, envolvendo valores exorbitantes, existe possibilidade de haver falcatruas. “Soube que está rolando possibilidade de contratar empresas de fora, o que é muito preocupante. Quando tem isso em governo com valores exorbitantes, tem falcatruas. Precisamos ficar atentos a isso”, afirmou.

Opinião dos leitores

  1. Consultoria em inicio de mandato pode até indicar uma tentativa de se buscar diagnosticar problemas e buscar caminhos para projetos de modernização e ajustes na máquina administrativa de um governo que se inicia.
    Porem, CONSULTORIA em fim de mandato, depois de três anos de fracasso sobre fracasso, só pode indicar uma única coisa: INCOMPETÊNCIA DA GESTÃO e INCAPACIDADE TÉCNICA DA EQUIPE DE GOVERNO escolhida para dar suporte a gestão.
    Tenho dito!
    Túlio Lemos no Jornal de Hoje de hoje, diz:
    Diante do caos em que se transformou o Governo Rosalba Ciarlini, Agripino preferiu se aliar com seu outrora adversário e desafeto, Henrique Alves, o homem que defendeu sem ressalvas o Governo Dilma, recebe todo o respaldo de quem critica essa mesma gestão. Alías, não é só respaldo. Agripino hoje assume uma condição inimaginável para um político de sua estatura: é liderado de Henrique Alves. Ambos se toleram por conveniência, mas o real pensamento mútuo é impublicável.

  2. Aí tem! é muita contradição.
    Todos os políticos que davam apoio ao governo caíram fora por que NÃO HÁ DIÁLOGO, o Governo não escuta ninguém, eles são autossuficientes, senhores da razão, donos do conhecimento e das coisas. Pra quê vão servir as consultorias? Isso tá cheirando a peixe podre, não cola, não justifica. Agora? No último ano de Governo?

  3. DUVIDO?
    Até agora tudo que o governo disse e vez contrário ficou por isso mesmo.
    Tem recurso e atrasa o pagamento dos salários, qual o problema?
    Quem é governo manda e desmanda da forma que acha melhor, estão aí fatos e mais fatos na administração pública para provar isso, não sou eu!
    A própria governadora diz que vai eleger a candidata 10 vezes cassada Cláudia Regina em Mossoró? Esperar o quê? Só as cassações em si deveriam ser motivo moral suficiente para o político ser afastado, porém acontece exatamente o oposto.
    Que país é esse? Virou uma bagunça generalizada

  4. Quando o gestor quer assumir sua inapetência administrativa, quando quer assumir que sua equipe não passa de recebedores de salários e diárias, que juntos eles não conseguem fazer o básico, eles contratam uma consultoria que diga, ou ainda melhor, desenhe quais as áreas mais necessitadas e quais ações são mais urgentes.
    Pobre RN, igualado a uma simples cidade de interior onde administrar significa trocar piso de calçada, botar banco de cimento na praça, ir a procissão e terminar numa fantasiosa estória de balas.

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Finanças

Consultoria simulada levou R$ 52 mi de cartel, diz Polícia Federal

Empresas acusadas de fraude em licitações de trens no Estado de São Paulo pagaram R$ 52 milhões a firmas de consultoria investigadas pela Polícia Federal sob a suspeita de repassar propina a políticos e funcionários públicos desde o fim da década de 1990.

Algumas dessas consultorias foram identificadas pela primeira vez em inquérito aberto pela PF em 2008 para investigar negócios da multinacional francesa Alstom com empresas do setor elétrico e de transporte, controladas pelo governo estadual.

Neste ano, a PF ampliou o foco das investigações para empresas denunciadas pela alemã Siemens ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) como participantes de um cartel que combinou o resultado de várias concorrências do Metrô e da CPTM entre 1998 e 2008.

De acordo com a PF, que examinou a movimentação financeira de quatro consultorias sob suspeita, elas receberam repasses da Alstom e de duas outras empresas acusadas de participar do cartel, a canadense Bombardier e a brasileira Tejofran.

PROPINA

A polícia trabalha com a hipótese de que essas consultorias simulavam a prestação de serviços e eram usadas para distribuir propina a políticos e funcionários ligados ao PSDB, que governa o Estado de São Paulo desde 1995.

A Siemens também é alvo de investigações da polícia. Em 2008, um executivo da empresa apresentou anonimamente uma denúncia à direção da companhia na Alemanha e afirmou que ela também usou consultorias brasileiras para repassar propina a políticos e funcionários.

Segundo a PF, a Alstom pagou R$ 45,7 milhões à consultoria MCA, do empresário Romeu Pinto Jr. na época dos repasses.

O dinheiro foi depositado em contas controladas por ele no Brasil e na Suíça.

Em depoimentos à PF e ao Ministério Público, em 2009 e 2012, o consultor disse que não prestou os serviços indicados nos recibos entregues à Alstom e que foi usado para distribuir propina. Pinto Júnior afirmou que entregava o dinheiro a motoboys de doleiros e não sabe a quem ele foi repassado depois.

De acordo com os relatórios da PF sobre a movimentação financeira dessas empresas, a Alstom também transferiu R$ 4,8 milhões à ENV, pertencente ao consultor Geraldo Villas Boas, e à Acqua-Lux, controlada por Sabino Indelicato, ligado a Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Marinho foi chefe da Casa Civil no governo de Mário Covas, entre 1995 e 1997, e é investigado em outro inquérito por ter foro privilegiado.

A atual diretoria da Alstom diz desconhecer as investigações da PF. Em depoimento à polícia, Villas Boas e Indelicato negaram que o dinheiro fosse destinado a políticos.

A Bombardier e a Tejofran pagaram R$ 1,5 milhão entre 2005 e 2009 à consultoria BJG, controlada pelo ex-secretário estadual de Transportes Metropolitanos José Fagali Neto, que começou a ser investigado pela PF em 2008, quando foram descobertos depósitos da Alstom em seu nome na Suíça.

A Justiça da Suíça bloqueou US$ 6,5 milhões depositados no exterior após encontrar o nome de Fagali Neto em papéis da Alstom que faziam referência ao pagamento de propina no Brasil.

A Bombardier diz que contratou a BJG para assessorá-la em concorrências, fazendo pagamentos “absolutamente lícitos”. A Tejofran diz que os valores pagos são compatíveis com as consultorias.

Como a Folha revelou no último dia 23, Fagali Neto recebia informações sobre planos do governo estadual de um alto funcionário da Secretaria de Transportes Metropolitanos, Pedro Benvenuto, que pediu demissão após a revelação.

O delegado Milton Fornazari, responsável pelas investigações da PF, indiciou Fagali Neto e os outros três consultores por suspeita de corrupção ativa. Fagali Neto diz que pode provar que suas consultorias existiram.

A PF entregou relatório sobre os negócios da Alstom em São Paulo em agosto de 2012, mas o procurador Rodrigo de Grandis considerou que a investigação era insuficiente para levar o caso à Justiça e pediu novas apurações. Ele demorou mais de um ano para chegar a essa conclusão.

OUTRO LADO

As empresas investigadas pela Polícia Federal sob a suspeita de terem usado consultorias para repassar propina negam ter pago suborno.

Em nota, a Bombardier diz que Jorge Fagali Neto prestou consultoria para projetos que incluíam a sinalização de uma estrada de ferro na Colômbia, sinalização de transporte ferroviário urbano no Brasil e modelagem para a reforma de trens da CPTM.

A companhia afirma ter todas as notas e contratos e que os pagamentos à BJG foram feitos “pelos meios oficiais, tanto que foram identificados no relatório da PF”.

A Bombardier diz que “repudia qualquer conduta que fuja aos altos padrões éticos”.

A Tejofran diz que não conseguiu checar se o valor dos contratos com a BJG foi de R$ 978 mil por se tratar de registros contábeis antigos. Nega ter pago propinas e diz que o valor é compatível com suas atividades na época.

A Alstom diz que “desconhece o teor das investigações” da PF. Nesse inquérito são acusados ex-executivos da Alstom e a atual diretoria não foi chamada pela PF.

Os consultores Romeu Pinto Jr. e Sabino Indelicato não quiseram se manifestar.

O advogado Belisário dos Santos Jr., que defende Jorge Fagali Neto, diz que ele “pode demonstrar que prestou todos os serviços de consultoria”. Em depoimento ao Ministério Público, Fagali Neto afirmou que não tinha contas no exterior e não cometeu crimes. Na casa de Geraldo Villas Boas, a informação é de que ele estava viajando.

Folha

Opinião dos leitores

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Política

Empresa não sabe que pagou consutoria que o Ministro afirma que recebeu

Chama-se ETA Bebidas do Nordeste uma das empresas às quais Fernando Pimentel diz ter prestado consultoria antes de virar ministro de Dilma Rousseff.

Dos R$ 2 milhões amealhados por Pimentel em dois anos, a ETA responderia por R$ 130 mil. O ministro alega ter feito um “estudo de mercado para a empresa.”

Nessa versão, a cifra foi à caixa registradora P-21 Consultoria, a firma de Pimentel, em duas parcelas. Ambas em 2009: R$ 70 mil em maio; R$ 60 mil em julho.

Os repórteres Thiago Herdy, Fabio Fabrini, Leticia Lins e Cassio Bruno foram ouvir os sócios da ETA. Deu-se o inusitado: eles negam ter feito pagamentos a Pimentel.

Ouça-se Roberto Ribeiro Dias, um dos donos da ETA no ano de 2009:

“Ih, rapaz, esse negócio é muito estranho. É valor muito alto para o trabalho que a gente tinha. Tem alguma escusa, tentaram esconder alguma coisa.”

A ETA está sediada na cidade pernambucana de Paulista, na região metropolitana de Recife. Produz um refresco de guaraná batizado de Guaraeta.

Roberto Ribeiro acrescentou:

“Esses valores não são compatíveis para o nosso negócio. O que a gente fazia de vez em quando era contrato de R$ 10 mil, R$ 15 mil…”

“…Para meninas fazerem propaganda em jogo do Sport com o Santa Cruz. A gente não tinha condições de fazer nada muito diferente disso.”

Outro sócio da empresa de bebidas, Eduardo Luis Bueno, reagiu assim ao ser inquirido sobre a consultoria do ministro: “P-21? Fernando Pimentel?”

Informado sobre o valor que Pimentel diz ter recebido da Eta (R$ 130 mil), Eduardo foi suscinto: “Difícil”.

Alcançado pelo telefone, um terceiro integrante do quadro societário da ETA na epoca, Adriano Magalhães da Silva, disse:

“Olha, não sei de nada disso, quem respondia pelas ações da empresa era o administrador, o Leonardo. Só ele pode responder sobre essa história.”

Adriano Silva forneceu o número do telefone de Leonardo. Ouvido, o administrador mostrou-se supreso:

“Não sei disso, mas foi o Adriano que pediu para você me ligar? Vou ver com ele essa história e te ligo em seguida”. Não ligou nem atendeu mais às ligações.

No início de 2011, a estrutura da ETA foi adquirida por Ricardo Pontes. Procurado, disse que os antigos donos jamais mencionaram a consultoria de Pimentel.

“Eles pretendiam vender chá aqui, mas o negócio não deu certo e eu não fiquei com a empresa deles, que é outra figura jurídica. Só posso responder pela minha parte.”

Os serviços de Pimentel, se prestados, não produziram resultados. Hoje, a empresa está inoperante.

Ricardo Pontes planeja usar a estrutura da ETA para fabricar sucos de frutas.

Por meio de uma nota da assessoria, Pimentel confirmou ter recebido os pagamentos da ETA. Desmentido pelos sócios, foi procurado novamente. Não disse palavra.

Nesta quarta (7), sob orientação do Planalto, o consórcio partidário do governo moveu-se para derrubar na Câmara requerimento de convocação do ministro.

Nesta quinta (8), Pimentel será recebido em audiência por Dilma, sua amiga dos tempos de guerrilha. O ministro é aguardado as 16h30, informa a agenda oficial.

Josias de Souza

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Esporte

Rodrigo Cintra: "Podemos dizer que Natal hoje é reconhecida como uma das capitais mais preparadas estruturalmente para a Copa"

O secretário municipal de Juventude, Esporte, Lazer e Copa do Mundo da Fifa, Rodrigo Martins Cintra, respondeu ontem aos pedidos de entrevistas feitos pela TRIBUNA DO NORTE tentando desclassificar as reportagens publicadas nas versões online e impressa do jornal, entre os dias 11 de novembro e 4 de dezembro deste ano, sobre os gastos dele com viagens e as censuras da Controladoria Geral ao contrato da pasta com a Oscip “De Peito Aberto”. Para Rodrigo Cintra, as reportagens foram “sensacionalistas e baseadas em documentos fraudulentos”.

As reportagens abordam, principalmente, o quantitativo gasto pelo erário municipal quanto ao pagamento de passagens aéreas e hospedagens do secretário (R$ 17.704,00 entre setembro e outubro deste ano), além do cancelamento de um convênio de aproximadamente R$ 1 milhão firmado entre o Município e a “De Peito Aberto”. As despesas com viagens e diárias estão sendo analisadas pelo TCE, como informou a TN de ontem. As irregularidades no contrato foram denunciadas na CEI da Câmara Municipal. Posteriormente, o contrato foi cancelado pela prefeitura.

O secretário Rodrigo Cintra marcou e desmarcou várias entrevistas, pedida pela TN, no período de publicação das reportagens. Ontem, após ser abordado em um evento público pelo repórter do jornal, disse ter enviado carta à direção de redação, o que não foi confirmado pela assessoria jurídica dele. O ofício  nº 796/2011 – GS – Secopa chegou, via email à TRIBUNA DO NORTE às 12h59min, após a entrevista do secretário (veja texto abaixo).

Cintra destacou, no documento, que “informações distorcidas ou denúncias plantadas feitas através de factóides, dados incompatíveis com a verdade e documentos que não condizem com a realidade dos fatos, tem chegado a este bravo jornal, visando macular a grandeza do trabalho a que nos propomos realizar”.

Sobre o convênio firmado com a Oscip “De Peito Aberto”, o secretário disse que reitera não possuir “qualquer vínculo com a renomada Organização da Sociedade Civil de Interesse Público “De Peito Aberto”. O alegado convênio, motivo de dúvidas ou suspeição, não teve sequer início, nem qualquer tipo de repasse de recursos financeiros foi realizado, o que torna inócua qualquer arguição de suspeição”.

Não é feito qualquer comentário sobre as irregularidades, apontadas pela controladoria municipal nem sobre o posterior cancelamento do contrato por determinação do gabinete da prefeita Micarla de Sousa. O secretário Rodrigo Cintra ocupa espaço considerável da carta para destacar os avanços pelos quais Natal vem passando no quesito Copa do Mundo. “Podemos dizer que a cidade de Natal hoje é reconhecida como uma das capitais mais preparadas estruturalmente, tanto na questão turística como de logística, já que tem as soluções de mobilidade urbana mais simples para a organização do Mundial”.

Ressaltou, ainda, que as viagens citadas pelas reportagens veiculadas na TRIBUNA DO NORTE servirão para angariar recursos para a pasta da qual é titular e expandir os investimentos em melhorias na área do esporte e lazer. Reafirma que viaja sempre em missão de representação oficial da cidade, em eventos relacionados à Copa 2014, e finaliza de forma poética.

“Não fosse o refúgio da brisa amena nosso foco, seria muito mais cômodo, passar, burocraticamente, todos os meus dias enquanto gestor público à frente da Secopa, em Natal, executando o possível com o limitado orçamento da pasta, indiferente aos anseios, acima de tudo, dos segmentos mais carentes da nossa sociedade, e ter a oportunidade de contemplar, todos os dias, no fima da tarde, o pôr do sol no magnífico Rio Potengi”.

Na carta enviada à redação, o secretário afirmou que fez as viagens “em busca de novas alternativas de melhorias na política pública do Estado”. Ele  disse que conseguiu atrair R$ 9 milhões, o que representaria um aumento de 100% no orçamento da Secretaria. “São vários projetos e programas federais, dentre eles: os jogos escolares (R$ 1,9 milhões), Programa 2º Tempo (R$ 2,2 milhões), praças de esporte e cultura (R$ 4,4 milhões), seminários (R$ 260 mil) e reforma do Palácio dos Esportes (R$ 870  mil)”, apontou Rodrigo Cintra.

Do Blog: Pelo tom usado nas declarações da para notar que o Secretário Rodrigo Cintra criou um ranço grande com a Jornalista Ana Ruth Dantas, mas a blogueira fez apenas noticiar as questões mal explicadas na pasta que o mesmo comanda. Agora o secretário afimar que Natal hoje é reconhecida como uma das capitais mais preparadas para receber a Copa é demais, juro que deu vontade de eu rir….

Opinião dos leitores

  1. VEJAM QUEM É O SECRETÁRIO:
    http://efogo.wordpress.com/tag/rodrigo-cintra/
    A atuação comprometedora do árbitro Rodrigo Martins Cintra, no empate do Botafogo com o Grêmio em 3 a 3, gerou muitos protestos dos alvinegros. Torcida, jogadores e diretoria reclamara muito de dois lances: no lance do segundo gol dos visitantes, a bola saiu pela linha de fundo e, num toque de Alessandro, dentro da área adversária, o zagueiro gremista colocou a mãe na bola.
    O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, foi um dos que mais reclamaram. Durante a entrevista coletiva, ele fez questão de desmentir os boatos de que o árbitro Rodrigo Cintra teria sido agredido após sair do campo.
    “Não aguento mais. É um absurdo o que a arbitragem tem feito com o Botafogo. O nome disso é pilantragem. Não ficaremos mais calados. Não levarão o Botafogo para a Segunda Divisão. Não permitiremos. Mas ninguém foi agredido”, afirmou Assumpção

  2. Eu pensei que era mais uma das imperdíveis e sensacionais sátiras de Bruno Giovanni. Depois me assustei quando percebi que o Secretário disse isso mesmo. Como ele se locomove por Natal, by helicopter ???!!! Ou será que ele mora em Copenhague, Dubai, ou Portland ???!!!

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Jornalismo

Sarney usa dinheiro público para pagar consultoria que avaliou sua imagem

Ciente de que sua imagem nos últimos anos despencou ladeira abaixo, José Sarney resolveu se mexer. Contratou em julho uma consultoria, a carioca Prole, para fazer um diagnóstico e sugerir como agir para seu filme ficar menos queimado.

Entre as ideias propostas estava a criação de um site para recontar sua trajetória política e literária. O conteúdo é 100% chapa-branca — mas ninguém esperaria outra coisa. A reciclagem de um passado tão movimentado só esbarrou num detalhe: como é de praxe, Sarney não coçou o bolso.

Os 24 000 reais pagos pela pesquisa foram pendurados na conta do Senado — repetindo o que ocorreu em 2009, quando uma empresa recebeu 8 600 reais para organizar o acervo pessoal de livros e documentos de Sarney.

Ao usar dinheiro público para fins particulares, fica mais difícil ainda para Sarney conseguir ficar bem na foto.

As informações são de Lauro Jardim.

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Jornalismo

Dirigentes do PCdoB receberam do Ministério do Esporte através consultoria

Dois dirigentes do PCdoB receberam recursos públicos por meio de uma empresa de consultoria, a Casa de Taipa Comunicação Integrada, criada para atuar em projetos ligados ao Ministério do Esporte, comandado pelo partido.

Um dos donos da empresa é Júlio César Filgueira, ex-secretário do ministério e filiado ao PCdoB. Seu sócio, Oswaldo Napoleão Alves, é também do partido e coordenador do núcleo de ensino e pesquisa da Escola Nacional da legenda comunista.

Em agosto, a empresa deles recebeu 825.000 reais da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) para cuidar da promoção da candidatura de Brasília aos Jogos Mundiais Universitários – conhecidos como “Universíade” – de 2017, dentro de um projeto financiado pelo governo do DF e apoiado oficialmente pelo Esporte.

A engenharia dos repasses e as relações entre os envolvidos indicam a formação de um circuito fechado que começa nos gabinetes apoderados pelo PCdoB na Esplanada e acaba na empresa dirigida pelo quadros do partido.

Em 2009, quando ainda estava no ministério, Filgueira assinou dois convênios que somam pelo menos 1,1 milhão de reais com a mesma CBDU, que viria a contratá-lo dois anos depois, agora com dinheiro do governo do DF, como “consultor” por valor semelhante. Ele abriu a empresa de consultoria em dezembro de 2009, dois meses depois de deixar o ministério, onde era responsável pelo programa Segundo Tempo.

Delegação – Em agosto, o governador do DF, Agnelo Queiroz, e o secretário nacional de Esporte Educacional do Ministério do Esporte, Wadson Ribeiro, estiveram nos Jogos Mundiais Universitários de 2011, na China, para defender a candidatura de Brasília para 2017. O ministério foi quem bancou a participação da delegação CBDU no evento da China com 2 milhões de reais. Desde 2005, pelo menos 13,5 milhões de reais do ministério foram parar na conta da entidade desportiva.

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Esporte

Sindicato de Cartolas recebe mais de R$ 6 milhões para projeto da copa que nunca saiu do Papel

Eu sinceramente espero que o Brasil sobreviva depois da copa, não tem cidadão nesse Pais que vai dar contra de fiscalizar tantas irregularidades, o dinheiro sai com uma facilidade muito grande. Segue matéria do Estadão:

O governo federal repassou R$ 6,2 milhões a um sindicato de cartolas do futebol para um projeto da Copa do Mundo de 2014 que nunca saiu do papel. Sem licitação, o Ministério do Esporte contratou o Sindicato das Associações de Futebol (Sindafebol), presidido pelo ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi, para fazer o cadastramento das torcidas organizadas dentro dos preparativos para a Copa. O contrato foi assinado no dia 31 de dezembro de 2010 e todo o dinheiro liberado, de uma vez só, em 11 de abril deste ano. O projeto, porém, jamais andou.

O Ministério do Esporte foi célere em aprovar o convênio, entre novembro e dezembro de 2010, com base em orçamentos e atestados de capacidade técnica apresentados pelo sindicato. O Estado obteve os documentos. O negócio rápido e milionário teve um empurrão oficial de Alcino Reis, assessor especial de futebol do ministério e homem de confiança do ministro Orlando Silva (PC do B) – de quem é correligionário no PC do B.

O convênio, que faz parte do projeto Torcida Legal, foi assinado por Reis e pelo secretário executivo do ministério, Waldemar Manoel Silva de Souza.

As empresas que aparecem como responsáveis pelos serviços do projeto nunca foram contratadas pela entidade dos cartolas, dirigentes de clubes, que leva o nome oficial de Sindicato Nacional das Associações de Futebol Profissional e suas Entidades Estaduais de Administração e Ligas (Sindafebol). Os atestados de capacidade técnica entregues ao governo, por exemplo, foram feitos pelo próprio sindicato.

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Denúncia

Empresa contratada pelo Governo do RN para consultoria da Arena das Dunas pertence a ex-sócio de um dos fiscais do Comitê Organizador

Do Blog de Ana Ruth

A empresa contratada pelo Governo do Rio Grande do Norte para dar consultoria ao projeto do estádio Arena das Dunas pertence ao ex-sócio de um dos fiscais do Comitê Organizador. A informação foi publicada hoje no jornal Folha de São Paulo.

A Stadia pertence a Danilo Carvalho ex-sócio de Carlos de La Corte, consultor do COL (Comitê Organizador Local) e responsável pela fiscalização dos projetos das arenas do Mundial. Além de Natal, a Stadia firmou contrato também sem licitação para os projetos de Manaus, Belo Horizonte e Cuiabá.

Segundo o jornal, foi o próprio COL quem sugeriu a contratação da Stadia para os Governos sedes da Copa. Em Natal, junto com a Populous Arquitetura Ltda, a Stadia firmou contrato no valor de R$ 10 milhões.

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Judiciário

Cesare Battisti: talvez o mais novo consultor no mercado

Uma ironia fina do Blogueiro Reianldo Azevedo,

Cesare Battisti já sabe o que vai fazer assim que deixar a cadeia. Seguindo exemplo consagrado no Brasil, deve criar uma consultoria. O lema pode ser este: “Como ser um homicida e influenciar pessoas”.

Imagino a repercussão no meio jurídico mundo afora. “Vejam! O Brasil é aquele país em que a Justiça decidiu que o refúgio concedido ao assassino era impróprio. Mas aí o tribunal deixou para o presidente decidir segundo o tratado de extradição. O presidente jogou o dito-cujo no lixo, e o tribunal, que considerou ilegal o refúgio, soltou aquele que ele próprio, na prática, considera um assassino. Que país engraçado, né?”

Nem digam!

Battisti! O mais novo consultor da República Federativa do Brasil!

Do Blog: Ontem mesmo Battisti já foi liberado, a namorada do “ativista” deu uma declaração aos jornalista fora do STF dizendo que “É como diz a canção: a vida é bela”. Na Itália o pensamento é outro, esse caso mostra mais uma vez a imprudência do ex-presidente LULA, em cumprir os tratados existentes, achando que ele mesmo podia fazer as coisas ao seu bel-prazer.

O governo da Itália anunciou, na madrugada desta quinta-feira, que entrará com recurso na Corte de Justiça de Haia, na Holanda, para tentar reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). No futuro isso pode custar muito caro ao Brasil.

Opinião dos leitores

  1. Peço desculpas ao povo italiano por tão lamentável, embora não surpreendente, decisão brasileira.

    Me envergonho de um presidente Lula, amigo de ditaduras da Venezuela, Cuba e Irã, que se portou de uma maneira leviana no caso da advogada brasileira que mentiu afirmando que havia sido agredida por neonazistas na Suiça, um sujeito que chamou o líbio Kadafi de "meu amigo, meu irmão".

    Democracia é algo que brasileiros de bem ainda não respiraram. Só criminoso que consegue isso por aqui.

  2. Esse é o legado do presidente Lula. Quero ver agora se na Europa e nos EUA acham nosso Ex presidente "O cara".

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Geral

Charge do Dia – Palocci dinheiro fácil

Opinião dos leitores

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