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Desembargadores decidem manter em liberdade ativistas no Rio

Os desembargadores Siro Darlan, Maria Angélica Guedes e Márcia Bodart decidiram na tarde desta terça-feira (12) manter em liberdade os 21 ativistas presos sob acusação de formação de quadrilha armada e participação em protestos violentos no dia 12 de julho, na véspera da final da Copa do Mundo, no Rio.

Os três desembargadores votaram a favor da liberdade dos manifestantes, mas estabeleceram três medidas cautelares: a de que os ativistas não participem, de que não saiam da cidade do Rio sem autorização judicial e que compareçam periodicamente em juízo para comprovar endereço de residência e atividade regular (as duas últimas medidas já haviam sido proferidas na decisão anterior). Os passaportes dos réus também continuam retidos na Justiça.

Os desembargadores não falaram com a imprensa, que acompanhou o julgamento, porque eles tinham outras sessões a julgar. Pelo menos três manifestantes, amigos dos réus, acompanharam o julgamento. A defesa dos ativistas comemorou a decisão.

“Estou muito feliz porque de alguma maneira se fez Justiça já que estão provadas todas as condições para isso. Mesmo assim vamos recorrer ao Superior Tribunal de Justiça porque nós queremos que essa liberdade de habeas corpus seja declarada de forma plena – sem restrições”, disse Marino D’Icarahy, advogado dos ativistas.

Os 21 ativistas acusados foram libertados no dia 23 por decisão de Darlan, mas o procurador do Ministério Público Riscalla Abdnur entrou com recurso na Justiça, no dia 29, pedindo ao desembargador que reconsiderasse a decisão de manter em liberdade os ativistas ou a submeta, em 48 horas, a apreciação do colegiado da 7ª Câmara Criminal do Tribunal do Rio. Além dele, que neste caso atua como relator, dois dos cinco desembargadores integrantes do colegiado tiveram que analisar a decisão.

Entre os ativistas acusados estão Eliza Quadros Sanzi, a Sininho, Igor D’Icarahy e a professora de filosofia Camila Jordain. Continuam presos Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, acusados da morte do repórter cinematográfico Santiago Andrade, durante confronto entre manifestantes e policiais na Central do Brasil.

Folha Press

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