Política

PSDB, DEM e PPS avaliam eleição indireta como ‘inevitável’ em eventual sucessão de Temer

BRASIL – Brasília – BSB – PA – 01/03/2017 – PA – Fachada do Palácio do Planalto. Foto de Jorge William / Agência O Globo – Jorge William / Agência O Globo

Principais partidos da base, PSDB, DEM e PPS começaram a discutir uma atuação conjunta nas eleições indiretas para presidente, já consideradas inevitáveis para as cúpulas das três legendas. Os líderes tucanos conseguiram nesta quarta-feira conter, momentaneamente, o movimento de desembarque de seus deputados da base governista, com o objetivo de aguardar até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgue o processo de cassação da chapa presidencial no próximo dia 6 de junho.

A reunião dessa quarta decidiu que qualquer movimento dos tucanos será de forma partidária, unindo senadores, deputados, governadores e ministros.

Imediatamente após as informações sobre a delação da JBS serem reveladas pelo GLOBO, setores do DEM emitiram sinais de abandono do governo. O PPS fez o mesmo movimento, deixando o Ministério da Cultura, mas mantendo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, no cargo.

A bancada do PSDB na Câmara pressionava o partido por uma decisão rápida de desembarque, na defesa de que a legenda não deveria sofrer o desgaste de apoiar Temer até o final. Há uma avaliação majoritária de que a situação é insustentável. Mas os “cabeças brancas”, ou seja, os senadores mais experientes, comandados pelo presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE), conseguiram convencer os deputados de que é melhor para o partido e para o país permanecer como fiel da governabilidade por enquanto. Assim, o Congresso não ficaria parado.

Há ainda a impressão de que, permanecendo na base, o PSDB pode ganhar apoio de Temer e de seu entorno no caso de sucessão presidencial feita pelo Congresso, hipótese vista hoje como a mais provável. Internamente, o PSDB já tem conversas avançadas sobre os potenciais candidatos para presidente. Citam o próprio Tasso, que domina as apostas no partido, o ex-ministro Nelson Jobim, visto como capaz de fazer uma ponte entre PSDB, PT e PMDB, e o ex-presidente Fernando Henrique, lembrado pelos tucanos como alguém que foi capaz de fazer uma transição tranquila.

SEM NOME DE CONSENSO

Integrantes da base não encontraram ainda um nome que possa viabilizar a saída de Temer e as eleições indiretas. Fernando Henrique admitiu nesta quarta a aliados que ainda não há consenso. E, enquanto não houver um fechamento de questão, Temer vai permanecendo.

Os nomes ainda não estão sendo discutidos com o DEM, que tem entre seus quadros o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), considerado um eleitor de peso, mas que sofreria fortes resistências no PSDB como presidenciável. O consenso entre PSDB e DEM é que será preciso apresentar alguém que una os dois partidos e tenha estatura para administrar o país. Juntos, PSDB e DEM teriam cerca de 75 votos na Câmara, por isto o cuidado em agir unidos em torno de uma candidatura.

— Não estamos discutindo nomes, mas postura. A defesa de Temer está nas mãos dele e isso deve ser resolvido pelo TSE. Enquanto isso, não se fala em nome — pontua o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).

Nesta quarta, após a reunião com deputados, Tasso Jereissati afirmou que o partido permanece no governo, mas que acompanha os desdobramentos “hora a hora” e negou que exista uma discussão sobre nomes para assumir a presidência.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Tudo tem de ser conforme a legislação vigente e a CF diz que tem de ser eleição pelo Congresso. Bom ou mal, todos que estão lá chegaram pelo voto, mediante eleições, da mesma forma que Dilma, Temer, etc. Muito me admira que os militontos sejam a favor do impeachment do Temer se afirmam, ainda hoje, que o da Dilma foi "gópi". Agora não é mais?

  2. E o PSDB, o DEM, o PMDB, o PSD, o PP não possuem nenhum nome sequer para concorrer e derrotar Lula não?????????????????? Que vergonha para a Direita. Vão morrer tudinho se borrando de medo de Lula?????????????? Por que será esse medo?????????????????

  3. Falando francamente: Mas a esquerda vai deixar? Eles querem mais uma vez modificar a constituição as suas ambições, apagando o rito legal existente no artigo 81 que prevê eleição INdireta, cuja situação eles não vão conseguir colocar Lula, para eleição Direta, querendo viabilizar uma candidatura de Lula.
    Estou errado??

    1. Tá lindo de ver o pessoal preferindo um Congresso manchado por corrupção indicar o nome do próximo presidente ao invés de permitir que o povo escolha, DEMOCRATICAMENTE, seu representante, e tudo isso pelo simples medo de Lula ser eleito! Pra mim, Lula já deu o que tinha que dar! Mas não dá pra dizer que a melhor solução pra essa crise é colocar nosso destino nas mãos desse Congresso Nacional!

    2. Keila
      Acho melhor vc se informar melhor o Luladrao não ganha nem parabser gari no governo uma que não sabe nem trabalhar kkkkk
      Rejeição de Luladrao e de 68% vc sabe o que é isso

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