Saúde

Maioria dos casos no RN de dengue, chikungunya e Zika acometem mulheres; veja dados dados das arboviroses

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou, nesta quarta-feira (22), o Informe Epidemiológico das Arboviroses (dengue, chikungunya e Zika), referente ao período compreendido entre a 1ª e 34ª semana de 2021, ou seja, até 28 de agosto deste ano.

De acordo com o Informe, em relação à dengue, 5.104 casos foram notificados, dos quais 2.803 descartados e 3.021 prováveis; 896 casos confirmados, com o registro de 1 (um) óbito motivado pela doença. A maioria dos casos se deu em mulheres, na faixa etária compreendida dos 20 aos 34 anos.

Para a chikungunya, entre a 1ª e a 34ª semana, 4.530 casos foram notificados, sendo 737 casos descartados e 3.793 prováveis; 1.140 casos confirmados e, até o momento, não houve o registro de óbito para a doença. A maior parte dos casos acometeu mulheres com idade entre 35 e 49 anos.

No que diz respeito à Zika, 555 casos foram notificados, dos quais 244 descartados e 311 prováveis; 137 casos confirmados e sem registros de óbitos motivados pela doença. Além disso, nas gestantes, 64 64 foram notificados e 10 casos confirmados. A maior incidência de Zika é em mulheres de 20 a 34 anos.

Cuidados

A Sesap alerta a população para os cuidados a serem adotados para evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti, transmissor das arboviroses. São eles:

• Mantenham os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;

• Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;

• Não coloquem lixo em terrenos baldios;

• Mantenham as caixas d´água sempre tampadas;

• Observem vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;

• Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;

• Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;

• Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.

Clique aqui e confira o Informe Epidemiológico das Arboviroses:
http://www.adcon.rn.gov.br/ACERVO/sesap/DOC/DOC000000000270049.PDF

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Saúde

Sesap alerta para os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti; veja casos de dengue, chikungunya e zika no RN

Foto: Reprodução

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou nesta sexta-feira (03), o mais recente informe epidemiológico das arboviroses no Rio Grande do Norte, referente ao período compreendido entre a Semana Epidemiológica 1 até a 32, encerrada em 14 de agosto de 2021. Segundo o informe, foram notificados 4.730 casos suspeitos de dengue no RN, dos quais 808 foram confirmados, 2.898 casos considerados prováveis, 1.832 descartados e 1 caso de óbito confirmado.

Com relação à chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 32, 4.328 casos suspeitos da doença, sendo confirmados 960 casos, 3.679 casos considerados prováveis e 649 descartados e nenhum óbito confirmado.

Já no que diz respeito à Zika, entre a semana epidemiológica 1 a 32 de 2021 no RN foram notificados 512 casos suspeitos da doença, sendo confirmados 115 casos, 340 casos considerados prováveis, 172 descartados e nenhum óbito confirmado.

Prevenção

A Sesap alerta para os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissores das arboviroses, já que a população desempenha um papel primordial no controle vetorial. São eles:

• Mantenham os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;

• Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;

• Não coloquem lixo em terrenos baldios;

• Mantenham as caixas d´água sempre tampadas;

• Observem vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;

• Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;

• Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;

• Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.

 

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Saúde

Embora números menores em comparação a 2020, casos de dengue, chikungunya e Zika vírus exigem alerta, especialmente, no interior do RN, mostra boletim da Sesap

Foto: Reprodução

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou nesta segunda-feira (16), o mais recente boletim epidemiológico das arboviroses no Rio Grande do Norte, referente ao período compreendido entre a Semana Epidemiológica (SE) 1 até a 30, encerrada em 31 de julho de 2021.

Dengue

Segundo o boletim, foram notificados 4.344 casos suspeitos de dengue no RN, dos quais foram confirmados 709 casos, 1.553 descartados e considerados casos prováveis 2.791. Nesse período, foi observada uma incidência de 79,59 casos prováveis por 100.000 habitantes. Em 2020, no mesmo período epidemiológico, foram notificados 9.948 casos, sendo 2.420 confirmados, 4.477 descartados , considerados casos prováveis 5.471, com uma incidência de 156,01 casos prováveis por 100.000 habitantes. Houve, então, uma redução nos números da dengue de 2020 para 2021, comparando-se os mesmos períodos epidemiológicos.

Quanto à distribuição no estado, foi constatada a incidência de dengue em todas as regiões do RN, estando as maiores taxas na V Região de Saúde, especialmente nos municípios de Coronel Ezequiel, Santa Cruz e São Bento do Trairí. A comparação dos casos prováveis de dengue, considerado a faixa etária, no período da Semana Epidemiológica 1 a 30 dos anos de 2020 e 2021, mostra que a maioria deles se concentra em adultos a partir dos 20 anos de idade.

Com relação à comparação dos casos prováveis de dengue, considerando o sexo, no período da SE 1 a 30 dos anos 2020 e 2021, o boletim aponta que o sexo feminino apresentou um diferencial a mais na concentração dos casos, principalmente no ano 2021. No que diz respeitos aos óbitos, nesse período epidemiológico, foi confirmado 1 óbito por dengue em 2021, enquanto que em 2020, 4 óbitos foram confirmados.

Chikungunya

Quanto à chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 30, 4.116 casos da doença, sendo 733 confirmados, 564 descartados, sendo considerados casos prováveis 3.552. Nesse período, o RN apresentou uma incidência de 101,59 casos prováveis por 100.000 habitantes. Em 2020, no mesmo período epidemiológico, foram notificados 5.637 casos, sendo 2.553 confirmados, 1.634 descartados, 4.003 casos prováveis, com uma incidência de 114,48 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Assim como ocorreu com a dengue, foi observada uma grande concentração da incidência de chikungunya na V Região de Saúde. A comparação dos casos prováveis de chikungunya, considerado a faixa etária e o sexo, nas semanas epidemiológicas de 1 a 30 dos anos de 2020 e 2021, mostra um panorama epidemiológico semelhante nos dois anos, estando o maior número de casos nas faixas etárias entre 20 a 64 anos e entre indivíduos do sexo feminino.

Quanto aos óbitos, nesse período epidemiológico, não foi confirmado nenhum óbito por chikungunya em 2021, enquanto que em 2020, 3 óbitos foram confirmados.

Zika vírus

No Rio Grande do Norte, em 2021 da semana epidemiológica 01 a 30, foram notificados 372 casos de Zika, sendo 95 confirmados, 140 descartados e considerados casos prováveis 232. Nesse período a incidência foi de 6,62 casos prováveis por 100.000 habitantes. Em 2020, no mesmo período epidemiológico, foram notificados 1102 casos, sendo 98 confirmados, 724 descartados, 378 casos prováveis, apresentando uma incidência de 4,25 casos prováveis por 100.000 habitantes.

A distribuição espacial da incidência de Zika por município de residência e Região de Saúde, no período analisado, ocorreu de forma heterogênea, no entanto, o município de Santa Cruz na V Região de Saúde concentra a mais alta incidência do RN.

A comparação dos casos prováveis de Zika, considerado a faixa etária, nas semanas epidemiológicas de 1 a 30 dos anos 2020 e 2021 mostra que a faixa etária de adultos entre 20 a 34 anos apresenta uma maior concentração de doentes com Zika, acometendo, com maior prevalência, as pessoas do sexo feminino.

O quantitativo de casos de Zika em mulheres em idade fértil é fator de preocupação, principalmente se ocorrer em gestantes, devido à capacidade do Zika Vírus provocar microcefalia ou alterações no sistema nervoso central do feto gestado. No RN, até a SE 30 de 2021, foram notificados 58 casos de gestantes com Zika, dos quais 7 foram confirmados.

Prevenção

A Sesap alerta para os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissores das arboviroses, já que a população desempenha um papel primordial no controle vetorial. São eles:

Mantenham os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;

Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;

Não coloquem lixo em terrenos baldios;

Mantenham as caixas d´água sempre tampadas;

Observem vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;

Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;

Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;

Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.

Acesse aqui o último boletim epidemiológico das arboviroses no RN.

 

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Saúde

RN liga sinal de alerta contra dengue, zika, chikungunya e faz plano de combate

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) realizou entrevista coletiva nesta quinta-feira, 17, na Escola de Governo para falar do plano de combate às arboviroses (dengue, zika, chikungunya, entre outras.

A coordenadora de vigilância em saúde da Sesap, Kelly Maia, apresentou o Plano Estadual de Saúde do RN. O documento será pactuado com os municípios e inclui um plano de contingência de arboviroses (dengue, zika, chikungunya, febre amarela), como detalhou a subcoordenadora de vigilância em saúde da Sesap, Diana Rego.

Ela destacou a 3ª região de saúde, que chama atenção pelo aumento no número de casos. “O plano caracteriza os municípios em quatro níveis e contém estratégias de atuação de acordo com o nível, por isso precisamos que, após pactuado, os municípios elaborem seus planos de acordo com o estadual”, disse Diana.

A coordenadora do núcleo de arboviroses da Sesap, Débora Mayara, destacou a importância das medidas de prevenção e orientou a população a procurar as unidades de saúde caso tenham sintomas das arboviroses, além de ressaltar que os gestores precisam estar sensíveis ao cenário epidemiológico de seus municípios.

VEJA MAIS:  Casos de dengue preocupam Sesap, principalmente, em municípios que fazem limite com Santa Cruz; Zika em mulheres em idade fértil é fator de preocupação no RN

 

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Saúde

Introdução de bactéria no Aedes aegypti reduz em 77% transmissão de dengue na Indonésia

Foto: frank600/Getty Images

Cientistas que estudam uma abordagem promissora contra a propagação do vírus da dengue acabam de obter resultados animadores. No teste mais completo realizado até agora, a transmissão da doença foi reduzida em 77% em uma cidade da Indonésia após a introdução de mosquitos infectados com uma bactéria do gênero Wolbachia.

A dengue chega a nós a bordo de fêmeas do mosquito Aedes aegypti e infecta de 100 a 400 milhões de pessoas a cada ano, principalmente em regiões tropicais e subtropicais do planeta (como o Brasil). A doença não tem um tratamento específico, e a vacina é recomendada apenas para quem já foi infectado antes.

Uma iniciativa que tenta combater o problema é o projeto australiano World Mosquito Program (WMP). Eles desenvolveram uma abordagem experimental para combater a propagação da dengue, que consiste na introdução da bactéria Wolbachia em mosquitos Aedes aegypti.

A bactéria retarda a reprodução do vírus da dengue no organismo do mosquito. Melhor ainda é que ela é passada de geração em geração: uma vez introduzida na população, todos os Aedes nascerão com ela. Assim, é menos provável que o inseto se transforme em um vetor da doença e a transmita para nós.

Os cientistas infectam os mosquitos e os liberam em locais de teste. Eles já realizaram esse experimento em vários lugares – como aqui no Brasil e em Queensland, na Austrália (onde a dengue foi basicamente erradicada). Mas o sucesso na Indonésia foi inédito.

“Este resultado demonstra como a Wolbachia pode ser uma descoberta empolgante – uma nova classe de produto segura, durável e eficaz para o controle da dengue é exatamente o que a comunidade global precisa”, disse o pesquisador Cameron Simmons, diretor do Centro da Oceania no WMP.

A cidade de Yogyakarta, de 26 km2, foi dividida em 24 regiões pelos pesquisadores. Entre março e dezembro de 2017, eles introduziram mosquitos infectados com a Wolbachia em 12 desses grupos – chamados de grupos de intervenção. Os outros 12 grupos não receberam os Aedes aegypti infectados e se tornaram grupos de controle – que servem para fins de comparação com os grupos de intervenção.

A Indonésia registra cerca de 8 milhões de casos de dengue por ano – por lá, a doença é endêmica. Em todos os grupos de estudo, as medidas locais de controle de mosquitos não foram interrompidas durante a pesquisa.

Ao longo de 27 meses após a liberação dos mosquitos infectados, os pesquisadores recrutaram pessoas com idades entre 3 e 45 anos que apareceram com sintomas suspeitos nas unidades básicas de saúde da cidade. Então, eles testavam essas pessoas para identificar se estavam ou não com a doença. Foram 8.144 pessoas testadas no total.

Os resultados mostraram que apenas 67 pessoas nos grupos de intervenção foram diagnosticadas com dengue – 2,3% da população desses locais. Já nos grupos de controle, 318 casos da doença foram identificados – o que representa 9,4% da população.

No geral, a introdução dos Aedes aegypti infectados com a Wolbachia reduziu a propagação da dengue em 77,1% e não apresentou resultados muito diferentes entre os quatro subtipos de dengue existentes.

Os pesquisadores também notaram que, entre os grupos de intervenção, 86% menos pessoas acabaram no hospital por complicações da doença. Foram registradas 13 hospitalizações nessas áreas, enquanto os grupos de controle tiveram um total de 102.

“Este é um grande sucesso para o povo de Yogyakarta”, afirma Adi Utarini, pesquisadora do WMP. “O sucesso do teste nos permite expandir nosso trabalho por toda a cidade de Yogyakarta e pelas áreas urbanas vizinhas. Acreditamos que há um futuro possível em que os residentes das cidades indonésias possam viver livres da dengue.”

Super Interessante

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Denúncia

DENÚNCIA – FOTO: Moradores em rua de Petrópolis reclamam de ambiente favorável para proliferação da dengue em condomínio

Foto: Cedida

Moradores na rua Cláudio Machado, no bairro de Petrópolis, na Zona Leste de Natal, enviaram ao Blog imagem de um ambiente em que consideram favorável a proliferação de mosquitos, como a dengue.  Risco de foco fica localizado no edifício Ruy Marinho, praticamente na frente da maternidade Januário Cicco.

Moradores reclamam que já alertaram algumas vezes ao condomínio a atenção ao ambiente, mas nada teria sido resolvido. Agora, já relatam presença de mosquitos na rua.

Opinião dos leitores

  1. No clube da Telern na Amintas Barros com a avenida 7, nós moradores do condomínio Amintas Barros, fizemos inúmeras denúncias, passando em vários canais sem obtenção de nenhum resultado efetivo. Nota-se que o tema Dengue ficou em segundo plano por parte dos gestores desta cidade.

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Geral

Acordo prevê “fábrica de mosquitos” para combater dengue em Brumadinho

Foto: © Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados

Um acordo entre o governo de Minas Gerais e a mineradora Vale prevê a implementação de um projeto voltado para o combate às doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti nos municípios atingidos pelo rompimento da barragem ocorrido em Brumadinho (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, em janeiro de 2019. A iniciativa consiste no uso da bactéria Wolbachia. Introduzida nos mosquitos, é capaz de evitar que os vírus da dengue, da zika e da febre chikungunya sejam transmitidos aos seres humanos durante uma picada.

Conforme termo de compromisso assinado na semana passada, uma biofábrica será instalada em Belo Horizonte, em um terreno cedido pelo governo estadual. O local será usado para a reprodução controlada dos mosquitos, que posteriormente serão liberados já com a bactéria em seu organismo. Eles serão soltos nos diversos municípios atingidos.

A construção da biofábrica deve levar 15 meses. O custo da obra está estimado em R$ 10,7 milhões e o investimento previsto no projeto é de R$ 57,1 milhões, valor que assegura a cobertura do custeio operacional por cinco anos. Esses valores serão extraídos dos R$ 37,68 bilhões reservados para a reparação dos danos causados na tragédia conforme o acordo global firmado há pouco mais de dois meses.

O rompimento da barragem ocorreu em 25 de janeiro de 2019. Após o episódio, foram contabilizadas 270 mortes, das quais 11 corpos ainda estão desaparecidos. O vazamento de aproximadamente 12 milhões de metros cúbicos de rejeito também causou destruição de comunidades, devastação ambiental, impactos socioeconômicos em diversos municípios e poluição no Rio Paraopeba.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas, os dados de notificação da dengue nas cidades atingidas não demonstraram alterações atípicas. Em 2019, ano da tragédia, Brumadinho registrou 2,1 mil casos da doença. O número é bem superior ao de 2018 (apenas 25 ocorrências foram notificadas) e ao de 2020 (174 ocorrências). O governo, porém, não vê associação entre a explosão de casos e o rompimento da barragem, pois a região não viveu uma situação isolada. O crescimento significativo se deu em todo o estado: foram 29,9 mil registros em 2018, 480,6 mil em 2019 e 84 mil em 2020. Nesse sentido, a construção da biofábrica é considerada medida de caráter compensatório, isto é, trata-se de uma medida voltada para melhorar a qualidade de vida na região, compensando assim eventuais danos ambientais considerados irreparáveis.

O uso da bactéria Wolbachia no controle das arboviroses como dengue, zika e febre chikungunya começou na Austrália e já é adotado em 11 países a partir do World Mosquito Program (WMP), uma articulação internacional de diversas instituições científicas. No Brasil, ele é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o apoio do Ministério da Saúde. Os trabalhos começaram em 2015 em duas áreas pequenas: em Jurujuba, bairro de Niterói, e em Tubiacanga, bairro do Rio de Janeiro. Com os bons resultados, tem sido realizada uma expansão para outras cidades, inclusive em Minas Gerais, a partir da parceria entre a Fiocruz e a Secretaria de Saúde.

O projeto tem demonstrado sustentabilidade: a fêmea do Aedes que possui a Wolbachia em seu organismo é capaz de transmiti-la a todos os seus descendentes, mesmo que se acasale com machos sem a bactéria. Além disso, quando apenas o macho tem a Wolbachia, os óvulos fertilizados morrem. Dessa forma, a bactéria é transmitida naturalmente para as novas gerações de mosquitos.

A Wolbachia, segundo a Fiocruz, está presente naturalmente em 60% dos insetos, mas não no Aedes aegypti. O que o projeto faz é uma introdução artificial em seu organismo. Os pesquisadores envolvidos ressaltam que a iniciativa não envolve nenhuma modificação genética, nem no mosquito e nem na bactéria. Além disso, o objetivo não é eliminar o Aedes aegypti do meio ambiente, apenas substituir uma população capaz de transmitir doenças por outra incapaz.

Os resultados não são obtidos em curto prazo. Por essa razão, a população deve continuar se esforçando para impedir o acúmulo de água parada, que serve de criadouro para os mosquitos. Da mesma forma, o poder público não deve afrouxar as demais medidas de prevenção às arboviroses, entre elas a aplicação de produtos químicos e biológicos quando recomendado, como fumacê e larvicidas.

Conforme o acordo, caberá a Vale construir, equipar e mobiliar a estrutura da biofábrica, que será propriedade do estado de Minas Gerais. Uma vez concluída a obra, o projeto será operacionalizado pela Fiocruz e pelo WMP.  A expectativa é que a liberação de mosquitos no meio ambiente comece cerca de quatro meses após a entrega. A iniciativa será voltada inicialmente para a região atingida na tragédia, mas poderá alcançar outros municípios mineiros caso haja disponibilidade financeira.

Acordo global

O acordo global que fixou o valor de R$ 37,68 bilhões, nomeado como termo de medidas de reparação, foi firmado entre a Vale, o governo mineiro, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública do estado. Ele se refere aos danos coletivos causados na tragédia e estabelece medidas de caráter reparatório e compensatório. As indenizações individuais e trabalhistas que deverão ser pagas aos atingidos estão sendo discutidas em outros processos judiciais e extrajudiciais.

Diversos tipos de despesas ficaram acertadas no acordo, como transferência de renda e atendimento de demandas das comunidades atingidas; investimentos socioeconômicos na Bacia do Paraopeba; ações para garantia da segurança hídrica; recuperação socioambiental; obras de mobilidade urbana e melhorias dos serviços públicos, entre outras. Uma das principais medidas compensatórias será o financiamento do início da construção do Rodoanel Metropolitano, que deverá contornar a Região Metropolitana de Belo Horizonte e ligar as rodovias federais BR-040, BR-381 e BR-262.

São dezenas de projetos, sendo que alguns serão executados diretamente pela Vale. Em outros, caberá a ela apenas disponibilizar os recursos para ações do governo estadual e para definição dos atingidos em conjunto com o MPMG, o MPF e a Defensoria Pública do estado.

Há três semanas, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebeu projeto de lei, de autoria do governador Romeu Zema, para que o estado seja autorizado a utilizar a parte dos recursos que se refere a iniciativas de sua responsabilidade, até o valor de R$ 11,06 bilhões. Sem o aval dos deputados mineiros, o dinheiro não pode ser movimentado em função da Lei 23.751/2020, que estima as receitas e fixa as despesas do estado. Aprovada no ano passado, ela determina em seu Artigo 17º que o uso de recursos provenientes de acordos relativos à tragédia de Brumadinho necessita de autorização do Legislativo estadual.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Que dengue? Depois que começou o corona a dengue foi extinta, ninguém nem ouve mais falar sobre os casos de outras doenças.

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Saúde

Sesap alerta para proximidade do período sazonal de aumento dos casos de dengue, chikungunya e zica no RN; veja números até o momento

Fotos: Ilustrativa

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou nesta sexta-feira (05), o mais recente informe epidemiológico das arboviroses no Rio Grande do Norte, referente ao período compreendido entre a Semana Epidemiológica 1 até a 7, encerrada em 03 de março de 2021. Segundo o informe, foram notificados 639 casos suspeitos de dengue no RN, dos quais foram confirmados 77 casos e 254 descartados, com uma incidência de 18,08 casos por 100.000 habitantes

Com relação à chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 7, 162 casos suspeitos da doença, sendo confirmados 32 casos e 28 descartados, o que corresponde a uma taxa de incidência de 4,58 casos por 100.000 habitantes.

Já no que diz respeito à Zika, entre a semana epidemiológica 01 a 7 de 2021 no RN foram notificados 25 casos suspeitos da doença, sendo 4 confirmados casos e 6 descartados, apresentando uma taxa de incidência de 0,71 casos por 100.000 habitantes.

O boletim informativo mostra que a V Região de Saúde é a que apresenta maior incidência de casos de arboviroses no RN, com a presença dos três agravos no momento. Segundo a coordenadora do Programa Estadual das Arboviroses Urbanas da Sesap, Flávia Moreira, “embora no momento os dados mostrem taxas de baixa incidência, estamos próximos ao período sazonal de aumento dos casos de dengue, Zika e chikungunya. Então a população deve estar atenta à limpeza dos quintais, lixos e armazenamento de água. As medidas de controle do Aedes aegypti possibilitam minimizar os efeitos maléficos das arboviroses”.

Opinião dos leitores

  1. Isso ainda existe? Tudo não virou covid?
    Se alguém da mídia tiver o cuidado de comparar os tipos de mortes nos anos de 2018, 2019 e 2020 vai ver que houve uma significativa redução dos tipos e quantitativos das mortes, tudo virou covid.

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Saúde

Por causa de pandemia, levantamento para checar índice de infestação de Aedes Aegypti é prejudicado em residências, e casos de dengue, chikungunya e zika no país podem aumentar

Foto: Estadão Conteúdo

“Neste ano atípico, agentes de saúde de milhares de cidades espalhadas pelo país não conseguiram realizar as vistorias periódicas em residências para checar o índice de infestação de Aedes, dado fundamental para subsidiar a definição de estratégias de políticas públicas para o enfrentamento das arboviroses”, explica Denise Valle, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Entre 29 de dezembro de 2019 e 12 de dezembro do ano passado (2020), foram notificados 979.764 casos prováveis de dengue no país. Nesse período, a região Centro-Oeste apresentou a maior incidência com 1.200 casos/100 mil habitantes, seguida das regiões Sul (934,1 casos/100 mil habitantes) e Sudeste (376,4 casos/100 mil habitantes). No período de janeiro a junho (SE 1 a SE 26), ocorreram 90,6% dos casos de dengue (887.767) no país.

A Fiocruz reforça, ainda, que às altas temperaturas do verão, aliadas à rapidez no desenvolvimento do mosquito, podem aumentar a propagação das doenças. Do ovo à fase adulta, o ciclo completo leva de 7 a 10 dias.

“Cada fêmea pode colocar até 1.500 ovos. É importante olhar a casa com ‘olhos de mosquito’, procurando todo e qualquer local que acumule água e possa ser usado para reprodução do vetor”, conclui a especialista, que destaca, também, a importância dos 10 minutos por semana, recomendados pelo Ministério da Saúde no combate ao vetor do Aedes, como recipientes e qualquer local que acumule água.

Também é necessário ficar atento a criadouros menos convencionais como calhas de chuva, ralos externos, vasilhas de animais, bandeiras de ar-condicionado e de geladeiras, vasos sanitários desativados ou pouco utilizados, entre outros.

CNN Brasil

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Diversos

Com febre alta e dores no corpo, Leonardo faz exame de Covid e é surpreendido com diagnóstico de dengue

Foto: Reprodução

Sabe quando você procura uma coisa e encontra outra? Foi o que aconteceu com o cantor Leonardo.

Com febre alta e dores no corpo, sintomas do coronavírus, o sertanejo foi para o hospital no sábado (28) para saber se estava com a doença. No entanto, Leonardo descobriu outra coisa.

O cantor Leonardo foi diagnosticado com dengue neste sábado (28), em Goiânia.

“Testei positivo para a dengue hoje cedo [sábado]. Muita dor no corpo, as juntas ‘dando pontadas’, febre – é o que estou sentindo nesse momento”, disse ele nas redes sociais.

Segundo a mulher de Leonardo, Poliana, o sertanejo começou a apresentar sintomas de Covid-19, como febre alta e dor no corpo, na terça-feira (24), mas o exame RT-PCR deu negativo para coronavírus.

Leonardo agora tem de ficar de repouso absoluto.

Keila Jimenez – R7

Opinião dos leitores

  1. Se tudo e covid-19, porque deu dengue? Era pra ter dado covid-19 segundo seu inraciocinio.

  2. O problema é que tudo hoje é covid
    Pressao alta, covid
    Dengue , covid
    Gripe, covid
    Tropecei na Rua, covid
    Dor de barriga, covid
    E por aí vai

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Saúde

Dengue pode fornecer imunidade contra a covid-19, diz estudo liderado por Miguel Nicolelis

Foto: Phil Noble/Reuters

A exposição à dengue pode fornecer algum nível de imunidade contra a covid-19, de acordo com um estudo liderado por Miguel Nicolelis, cientista brasileiro e professor da Duke Univerdity, nos Estados Unidos.

A pesquisa, publicada na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares, comparou a distribuição geográfica dos casos de covid-19 com a disseminação da dengue em 2019 e 2020 no Brasil.

Locais com taxas mais baixas de infecção por coronavírus e crescimento mais lento de casos foram os mesmos que sofreram intensos surtos de dengue neste ano ou no último, descobriu Nicolelis.

“Esta descoberta surpreendente levanta a possibilidade intrigante de uma reatividade imunológica cruzada entre os sorotipos de Flavivirus da dengue e o SARS-CoV-2”, afirma o estudo, referindo-se aos anticorpos do vírus da dengue e ao novo coronavírus.

“Se comprovada como correta, essa hipótese pode significar que a infecção por dengue ou a imunização com uma vacina eficaz e segura contra a dengue poderia produzir algum nível de proteção imunológica” contra o coronavírus.

De acordo com Nicolelis, os resultados são particularmente interessantes porque estudos anteriores mostraram que pessoas com anticorpos da dengue no sangue podem apresentar resultados falsamente positivos para anticorpos de covid-19, mesmo que nunca tenham sido infectadas pelo coronavírus.

“Isso indica que há uma interação imunológica entre dois vírus que ninguém poderia esperar, porque os dois vírus são de famílias completamente diferentes”, disse Nicolelis, acrescentando que mais estudos são necessários para comprovar a conexão.

Ele destaca uma correlação significativa entre menor incidência, mortalidade e taxa de crescimento de covid-19 em populações no Brasil onde os níveis de anticorpos para dengue eram mais elevados.

O Brasil tem o terceiro maior número de infecções por coronavírus no mundo, com mais de 4,4 milhões de casos – atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia.

Em estados como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, com alta incidência de dengue no ano passado e no início deste ano, o coronavírus demorou muito mais para atingir um nível de alta transmissão na comunidade em comparação com estados como Amapá, Maranhão e Pará, que tiveram menos casos de dengue.

Os pesquisadores também encontraram uma relação semelhante entre surtos de dengue e uma propagação mais lenta do vírus em outras partes da América Latina, na Ásia e nas ilhas dos oceanos Pacífico e Índico.

Nicolelis contou que sua equipe se deparou com essa descoberta por acidente, durante um estudo sobre a disseminação do coronavírus no Brasil, no qual constatou que as rodovias tiveram um papel importante na distribuição dos casos pelo país.

Depois de identificar alguns pontos sem casos no mapa, a equipe foi em busca de possíveis explicações. Um grande avanço ocorreu ao comparar a disseminação da dengue com a do coronavírus.

“Foi um choque. Foi um acidente total ”, disse Nicolelis. “Na ciência, isso acontece, você está atirando em uma coisa e acerta um alvo que nunca imaginou que acertaria.”

Reuters

Opinião dos leitores

  1. Se brinca a ivernequitina , matou a dengue e a Chico cunha, ninguém ñ ver falar mais nelas, kkkk

  2. Então pode abrir tudo. Quem não teve dengue nesse cabaré chamado Brasil? Fala sério!

  3. nicolelis, ai é que mora o perigo. Lembram da abertura da copa?? lembram que o TCU esta no rastro dele?

  4. Não é cientificamente comprovado, necessita de estudos rodomizados, duplo cego, com contraprova e publicação em revistas científicas sujeita a aprovação dos pares, em nível cinco, conforme o procedimento cobrado à hidroxocloroquina. Senao é coisa de fascista.

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Saúde

Mesmo com diminuição de casos, boletim epidemiológico da Sesap alerta registros de dengue e chikungunya no RN

Foto: Ilustrativa

O Rio Grande do Norte registrou diminuição do número de casos de arboviroses. Segundo a Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a queda dos números pode ser decorrente do cenário epidemiológico causado pela pandemia da covid-19 nos serviços de saúde.

“As pessoas devem respeitar o isolamento social recomendado pelo Governo do Estado, mas em casos de sintomas graves e sinais de alarme, como dor abdominal intensa, contínua e vômitos persistentes, por exemplo, devem procurar os serviços de saúde”, explica a coordenadora do programa Estadual das Arboviroses Urbanas da Sesap, Flávia Emanuelle.

No cenário atual de pandemia da covid-19, a Sesap continua o trabalho de orientação e apoio aos municípios e orienta que os gestores não suspendam as ações de prevenção às arboviroses. “As ações de combate ao Aedes aegypti não podem ser esquecidas”, reforça a coordenadora.

A Suvige está realizando operações de UBV pesado, conhecido como carro fumacê, em alguns municípios que estão confirmando co-transmissão de epidemias de dengue, Chikungunya e zika.

Dados epidemiológicos

O boletim epidemiológico com dados atualizados até 9 de junho de 2020 registra 6.597 notificações por dengue, número inferior ao registrado no mesmo período de 2019, quando foram notificados 18.324 casos.

Os casos confirmados também registraram diminuição. Em 2020, até o momento foram 1.345 pessoas com diagnóstico confirmado por dengue. No mesmo período de 2019 esse número foi de 4.505.

O mesmo ocorre com a chikungunya, que no boletim registrou a notificação de 2.398 casos suspeitos e 640 confirmados, e no mesmo período de 2019 havia registrado 4.316 notificações e 1.578 confirmações de diagnóstico.

Em relação às ocorrências de zika, foram notificados 317 casos no RN até 9 de junho de 2020, sendo 17 confirmados. No mesmo período do ano de 2019, foram notificados 531 casos de zika, com 37 confirmações.

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Saúde

Aos 55, Dinho Ouro Preto já pegou coronavírus, gripe suína e dengue

Foto: Reprodução/Instagram

Dinho Ouro Preto pode ser considerado um verdadeiro sobrevivente da cena punk de Brasília. Aos 55 anos, o líder do Capital Inicial tem um prontuário médico bastante longo e variado.

Ao anunciar que contraiu o novo coronavírus na última quarta-feira (25), o cantor virou alvo de brincadeiras quando fãs recordaram que o músico também sofreu com outras doenças no passado.

Em 2016, Dinho precisou se afastar do palco após ter dengue. À época, ele comentou: “Que roubada”.

Já em 2009 ele foi vítima do surto que assolou o mundo naquele período: a gripe suína.

No mesmo ano, o artista caiu do palco em um show realizado na cidade de Patos de Minas (MG), teve traumatismo craniano e precisou se afastar dos palcos por quase um ano.

Devido a esse histórico de infelicidades, a web não perdoou e começou a comentar que Dinho “estava em todas” as doenças, surtos, epidemias e pandemias que surgem pelo mundo.

R7

Opinião dos leitores

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Saúde

ALERTA LIGADO: Neste ano já foram confirmados no RN 511 casos de dengue e 92 de chikungunya

Sesap divulga dados sobre arboviroses em 2020. Foto: Pixabay/Divulgação

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige), acaba de lançar o boletim das arboviroses no RN. Da semana epidemiológica 1 a 8 (encerrada em 22 de fevereiro) foram notificados 1.928 casos suspeitos de dengue, sendo confirmados 511, o que representa uma incidência de 55,42 casos por 100.000 habitantes. Em 2019, considerando o mesmo período, foram 1.688 casos notificados e 490 confirmados, gerando uma incidência de 48,52 casos por 100.000 habitantes.

A distribuição da incidência por município de residência mostra que as maiores incidências, até o momento, se concentram nos municípios da 3ª Região de Saúde e na Região Metropolitana.

Chikungunya e Zika

Quanto à chikungunya, em 2020 a Sesap confirmou 92 casos de um total de 347 notificações de casos suspeitos. Em 2019, nesse mesmo período, foram confirmados 68 casos de um total de 209 notificados.

A distribuição da incidência de Chikungunya por município de residência mostra que as maiores incidências no ano 2020 se concentram nos municípios da 5ª Região de Saúde e na Região Metropolitana.

Em relação à Zika, em 2020 da semana epidemiológica 1 a 8 foram registrados 39 casos prováveis. No mesmo período de 2019, foram registrados 48 casos prováveis.

Previna-se conta o aedes aegypt

É importante lembrar que o período chuvoso continua, e a alternância com os dias de sol e calor formam o ambiente ideal para a proliferação do aedes aegypti. Os ovos do mosquito, quando entram em contato com a água, dão origem a novos mosquitos, e os ambientes quente e úmidos são ideais para que as fêmeas depositem seus ovos. Por isso, é importante adotar atitudes que evitem a proliferação do aedes:

Tampe os tonéis e caixas d’água;

Mantenha as calhas sempre limpas;

Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;

Mantenha lixeiras bem tampadas;

Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;

Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;

Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;

Denuncie focos do Aedes aegypt

Quando o foco do mosquito é detectado e não pode ser eliminado pelos moradores, como em terrenos baldios ou lixo acumulado na rua, acione a Secretaria Municipal de Saúde de sua cidade para remover os possíveis criadouros.

Opinião dos leitores

  1. E o Sr. Bos… Só se preocupa com o visitante que alarma e puf. Não é de nada se comparando aos nossos do mosquito. Queremos o mesmo cuidado com os locais.

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Saúde

Ministério da Saúde diz que RN e mais 10 estados poderão ter surto de dengue em 2020

Foto: Fernanda Garrafiel/G1

Todos os estados do Nordeste, assim como Espírito Santo e Rio de Janeiro, poderão ter um surto de dengue a partir de março de 2020, afirma o Ministério da Saúde.

“A dengue é uma doença sazonal e o quadro é dinâmico e pode mudar em pouco tempo, mas, no momento, os nove estados do Nordeste e as regiões do Sudeste com grande contingente populacional pouco afetadas em 2019 estão no nosso alerta”, afirmou ao G1 o porta-voz do Ministério da Saúde, Roberto Said.

O Brasil registrou 1.544.987 casos de dengue no ano passado, com 782 mortes, segundo dados da pasta, um aumento de 488% em relação a 2018, um ano considerado atípico pelo Ministério.

Infográfico mostra os casos registrados de dengue e estados com maior número de registros — Foto: Fernanda Garrafiel/G1

Variações de ano a ano

Segundo Said, 2017 e 2018 foram anos com poucos casos de dengue quando comparados a 2015 e 2016.

“Isso aconteceu porque circulou, em todos esses anos, o mesmo sorotipo do vírus da dengue. E quando uma pessoa é infectada pela dengue, ela estará imune aquele determinado sorotipo pra sempre, mas não aos outros sorotipos da doença”, afirma.

A dengue é transmitida por quatro sorotipos do vírus: o sorotipo 1, 2, 3 e 4, todos em circulação no Brasil.

A intensidade de circulação desses sorotipos se alterna pelo país de tempos em tempos. Os surtos de dengue costumam ocorrer, segundo Said, quando há mudança na circulação do tipo de vírus.

Foi o que ocorreu no final de 2018, quando começou a circular no Sudeste e Centro Oeste um tipo diferente dos anos anteriores, o sorotipo 2. “As pessoas não estavam imunes ao sorotipo 2, que não circulava no país desde 2008. Por isso ele veio tão forte, porque encontrou novas pessoas para infectar”, explica o porta-voz.

A recente circulação do sorotipo 2 aconteceu somente em algumas partes do Sudeste e Centro Oeste, o que ajuda a entender porque 77% de todos os registros de dengue no país, assim 67% dos óbitos, ocorreram em apenas três estados em 2019: São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

“O sorotipo 2, que já é um tipo mais virulento que os outros, foi ganhando força conforme foi infectando novos pacientes nesses estados. Agora, ele está circulando por mais áreas. Por isso, para 2020, é esperado aumento dos casos de dengue justamente nos estados que não foram tão afetados pelo sorotipo em 2019, como o Rio de Janeiro e Espírito Santo”, explica o porta-voz do ministério.

Além da dinâmica de circulação dos sorotipos do vírus da dengue, ele alerta que o surto da doença também está relacionado a fatores ambientais. “Estamos em um momento propício para a proliferação do mosquito transmissor da dengue [Aedes aegypti]: altas temperaturas e chuvas intensas”.

Zika e chikungunya

Os dados de registro de zika ainda estão baixos no Brasil. “Mas temos a confirmação laboratorial de que o vírus do zika está em circulação por todos os estados do país, menos o Acre. Por isso, ainda há alerta de infecção para as gestantes”, informa Said.

A zika é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela dengue. Em gestantes, a infecção por zika pode causar microcefalia nos bebês. Em 2016, o Brasil foi apontado como um dos países mais afetados pelo zika.

Foto: Fernanda Garrafiel/G1

G1

Opinião dos leitores

  1. Mesmo assim, ninguém investe em telas nas janelas. Que atraso. O mundo inteiro usa telas nas casas. Algo bem simples e barato de ter.

    1. Esse risco é no RN, cuja governadora petralha, como é características deles, não sabem fazer o dever de casa. Portanto cobre a irresponsabilidade ao governo do RN, a omissão do governo potiguar é de fácil constatação. Não existe um programa em andamento pra combater o mosquito, está totalmente omisso esse RN. Descalabro total

  2. E o governo Bolsonaro omisso em relação às necessidades do Nordeste, mais uma vez… eita raiva grande de nordestino q ele tem

    1. Não é culpa do presidente.
      O recado foi dado
      Os governos estaduais deixaram de fazer seu dever de casa.
      E você já deu sua contribuição verificando se não tem água empossada em sua casa.?

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Saúde

Boletim da Sesap informa 9.736 casos confirmados de dengue e 5.753 de chikungunya no RN neste ano

Sesap divulga novos números das arboviroses. Foto: Ilustrativa

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige), divulgou nesta terça-feira (22), o novo boletim das arboviroses no RN, referente ao período da semana epidemiológica 01 a 45, encerrada em 09 de novembro de 2019, foram notificados 37.660 casos suspeitos de dengue, sendo confirmados 9.736 casos, o que representa uma incidência de 1.082.49 casos por 100.000 habitantes.

Em 2018, considerando o mesmo período, foram 28.734 casos notificados e 12.176 confirmados, gerando uma incidência de 825,92 casos por 100.000 habitantes.

Chikungunya

Quanto à Chikungunya, da semana epidemiológica 01 a 45 de 2019, foram notificados no estado 14.755 casos suspeitos, sendo confirmados 5.753, representando uma incidência de 424,11 casos por 100.000 habitantes. Em 2018, no mesmo período, foram notificados 3.428 casos, com 1.240 confirmações, o que significa uma incidência de 98,53 casos por 100.000 habitantes.

Zika Vírus

Com relação ao Zika vírus, da semana epidemiológica 01 a 45 de 2019, foram registrados 1.206 casos prováveis, o que corresponde a uma incidência de 34,67 casos por 100.000 habitantes. No mesmo período de 2018, foram 525 notificações, gerando uma incidência de 15,09 casos por 100.000 habitantes. Tanto em 2019, quanto em 2018, foram confirmados, nesse mesmo período epidemiológico 61 casos.

Prevenção

A Sesap orienta a realização das ações de prevenção e educação em saúde executadas pelos municípios, bem como orienta e supervisiona o trabalho realizado pelos agentes de endemias para controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti. Além disso, são realizadas as operações de aplicação do inseticida por meio dos carros fumacê, que devem ocorrer apenas quando houver necessidade do controle de surtos e epidemias por arboviroses.

A subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap, Alessandra Lucchesi, destaca que municípios e a população têm um papel essencial na prevenção dessas doenças. “É necessário que todos tomem as medidas de prevenção à proliferação do mosquito: receber o agente de combate às endemias em suas residências, eliminar água de vasos de flores, tampar tonéis e tanques, não deixar água acumulada, lavar semanalmente depósitos de água, manter caixas de água e tanques devidamente fechados e colocar o lixo em sacos plásticos, mantendo a lixeira fechada, entre outras”.

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