Economia

Prévia da inflação tem menor variação para dezembro desde o Plano Real

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Influenciada pela queda nos preços dos combustíveis, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – prévia da inflação oficial do país – fechou o mês de dezembro com deflação de 0,16%. É o menor resultado mensal desde julho do ano passado e o menor resultado para dezembro desde a implantação do Plano Real, em 1994.

Os dados foram divulgados hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a taxa ficou 0,35 ponto percentual menor em relação à variação de preços de novembro, quando o IPCA-15 fechou com alta de 0,19%.

O IPCA-15 serve de parâmetro para o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), que baliza a meta de inflação definida pelo governo para o ano. Com o resultado de dezembro, a taxa acumulada no ano alta de 3,86%, abaixo do centro da meta anual estabelecida pelo Banco Central, de 4,50% e também dos 4,39% registrados no fechamento do ano passado.

Agência Brasil

 

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Diversos

Inflação dos mais pobres atinge o nível mais baixo desde o Plano Real

inflação das famílias mais pobres atingiu o nível mais baixo desde a implementação do Plano Real, levada pela queda histórica dos alimentos.

Em 2017, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) subiu 2,07%, segundo divulgou o IBGE na quarta (10).

Desde 1994, o indicador que mede a inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, ficou abaixo de 3% em apenas outras duas ocasiões: em 1998 (+2,49) e em 2006 (+2,81%).

Na comparação com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação das famílias com renda de até 40 salários mínimos, o INPC também levou a melhor. Em 2017, o IPCA avançou 2,95%.

A deflação de 1,9% dos alimentos (a primeira da série, que começa em 1979) teve um papel fundamental na desaceleração dos indicadores.

Na cesta de consumo dos mais pobres, no entanto, a importância é ainda maior. Nesse grupo, o peso dos alimentos chega a 30%, em comparação a 24% no IPCA.

No geral, analistas avaliam que cenário igual ao de 2017 dificilmente se repetirá em razão do clima menos favorável e de projeções de uma leve queda na safra agrícola.

Há, porém, espécie de consenso de que a inflação deve seguir moderada em 2018 alta ao redor de 4%.

“Não teremos outro ano bom como 2017, mas isso não significa que 2018 será ruim”, diz o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale.

Depois do desempenho fora da curva em 2017, diz Vale, o grupo alimentação deve voltar a ser o grande elemento de pressão sobre os preços em 2018, com alta de até 5%.

Além disso, diz Fábio Silveira, sócio da consultoria MacroSector, também devem pressionar os preços ao longo deste ano a expectativa de elevação da massa real salários e um dólar mais forte, influenciado pela alta dos juros americanos.

Mesmo neste cenário, diz Vale, da MB, é possível prever inflação abaixo da meta de 4,5% em 2018, ajudada, entre outros fatores, pela capacidade de produção das indústrias ainda ociosa.

O que talvez seja o único contraponto de um INPC mais baixo e seus efeitos positivos ao orçamento das famílias mais pobres é que o indicador também é usado como base para reajustar salário mínimo e aposentadorias.

O movimento tira mesmo um pedaço da renda futura dos trabalhadores, diz Silveira, mas a perda pode ser mais do que compensada pela melhora dos salários e do emprego ao longo de 2018.

ELEIÇÕES

Dois anos consecutivos de inflação sob controle ajudam, mas não serão suficientes para afetar o ânimo do eleitor a ponto de favorecer um candidato governista, dizem economistas.

Silveira avalia que o cenário econômico deve contribuir para uma relativa melhora da imagem do candidato do governo nas eleições, qualquer que seja ele. Mas isto será insuficiente para garantir sua vitória.

“O atual governo está demasiadamente desgastado. O candidato oficial terá que apresentar propostas e assumir compromissos muito mais sedutores e convincentes para ganhar o pleito”, diz.

Na avaliação de Vale, da MB, regiões mais pobres tenderão a colocar a economia em primeiro lugar, o que justifica a dianteira de Lula da Silva nestes Estados.

“Mas as escolhas dependerão do poder de convencimento do candidato de que será limpo, ajustará a economia e manterá o social. Trabalho árduo para os candidatos hoje presentes”, afirma.

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Energia subiu 55%, Gás subiu 70%, Gasolina 40%, Remédios 120%, Planos de Saúde 16%…
    Sem falar na matrícula e mensalidade escolar, IPTU e IPVA.
    E a inflação é só 3%?
    Quá, quá, quá…

  2. Claro que a inflação ia baixar! O poder de compra vem diminuindo devido ao desemprego e a instabilidade da economia. Estamos respirando mera consequência de recessão econômica, e não milagre econômico do governo federal. E esse índice é temporário, vai subir já: combustível sobe toda semana ou a cada 15 dias, consequentemente, os produtores vão pagar mais caro pelo transporte da produção, logo logo passarão a conta no preço do produto final. Ou seja: alimento vai subir sim!

  3. Tudo manipulado. Os combustíveis são reajustados toda semana e não interferem no cálculo inflacionário. Como é que Pode???

    1. Claro que interfere. Tudo com o seu devido peso. Manipular índices inflacionários levaria a perdas de gente grande que tem contratos indexados à inflação. Afetaria a lucratividade de quem mexe com câmbio, ações, títulos públicos, futuros, derivativos e até no balanço das empresas. Seria um suicídio um governo fazer isso.

    2. Sadu. Você deve estar bem informado. Vou passar uma lista de itens da feira para vc dizer onde está mais barato.

  4. A explicação é muito simples! Demanda de consumo menor = menor inflação. É uma pena ver todos olhando pra essa variável de forma isolada e fazendo de conta que não existe todo um contexto para que isso tenha acontecido, vendem a coisa como um toque de mágica do governo.

    1. Pergunte a quem trabalha com vendas se as coisas hoje estão piores ou melhores do
      que em 2016.

  5. Aumentou gás e gasolina e a inflação foi menor para os mais pobres?
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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Diversos

Salário mínimo sobe 1.019% desde o Plano Real, mas inflação corrói ganho

Em 20 anos, desde o Plano Real, o salário mínimo do trabalhador brasileiro subiu 1.019,2%. Porém, se descontada a inflação do período, a alta se reduz a 146%, segundo pesquisa do Instituto Assaf. De acordo com o estudo, houve aumento real do poder de compra dos salários, mesmo com a inflação corroendo boa parte dos reajustes.

No período, o salário mínimo passou de R$ 64,79 em 1994 para R$ 724 nos dias atuais. O Plano Real completa 20 anos no dia 1º de julho.

“A pesquisa mostrou que o plano trouxe aumento de poder aquisitivo da população como um todo. O aumento médio efetivo foi de 12,18% por reajuste”, calcula o pesquisador do Instituto Assaf, Fabiano Guasti Lima.

Apesar de o plano ter reduzido a inflação para patamares menores, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou em 20 anos, até março, alta de 354,74%. “Ao analisar os números concluímos que o aumento real do salário mínimo, aquele que ficou acima da inflação, foi de 4,6% ao ano”, avalia o professor e diretor do instituto, Alexandre Assaf Neto.

Dentro do IPCA, alguns grupos pesaram mais que outros na alta dos preços, conforme explica o economista da consultoria LCA, Étore Sanchez. “O grupo Habitação, influenciado pelo aluguel residencial, foi o que mais subiu”, afirma Sanchez.

No total, o grupo acumulou alta de 654,87% desde 1994, sendo que o aluguel avançou 868%. O aumento do aluguel foi maior inclusive que os 503% do próprio Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que corrige os contratos de locação. “Atualmente, habitação é o terceiro maior grupo, representando 14% do IPCA. Tem um peso considerável na inflação”, pondera o economista.

Nos dados de inflação, foram considerados apenas seis grupos: alimentação e bebidas, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, artigos de residência e despesas pessoais. Os outros dois grupos da atual composição do IPCA – educação e transporte – não existiam no início da série em 1994, não sendo possível calcular a inflação acumulada no período.

Como se proteger. Para se proteger contra a alta dos preços no longo prazo, especialistas citam pelo menos cinco opções de investimento, que devem ser escolhidas de acordo com o valor disponível, o tempo que o investidor planeja aplicar e até o risco. A primeira delas, a mais comum entre pequenos investidores, é o Tesouro Direto. Após realizar um cadastro em alguma corretora, é possível investir em títulos públicos atrelados ao IPCA – as Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) e Série B Principal (NTN-B Principal). Tais títulos pagam um juro fixo, atualmente entre 5% e 6% ao ano, mais a variação da inflação no período.

O preço dos títulos varia entre R$ 704 e R$ 2.479, segundo a oferta de papéis disponível no site do Tesouro na última sexta-feira. Para aplicar, no entanto, o valor mínimo é menor. O investidor pode comprar frações de 10% do título, sendo necessário assim uma quantia a partir de R$ 70. Se for uma compra programada (operações agendadas nas plataformas de home broker das corretoras), a fração cai para 1%, mas por regra a aplicação mínima deve ser de R$ 30.

Os títulos de inflação são voltados para o longo prazo, sendo indicados inclusive como reserva para a aposentadoria. O mais curto vence em 2019 e o mais longo, em 2050.

Se o investidor não tem necessidade de uma renda extra e quer apenas proteger o patrimônio, a NTN-B Principal é mais indicada, por pagar o juro e o valor principal investido na data do vencimento do papel. A NTN-B paga juros semestralmente, enquanto o valor principal só é recebido pelo investidor no vencimento.

Além das NTN-Bs, especialistas citam como alternativa contra a inflação os títulos privados, como as debêntures, atrelados a algum índice de preços. Nas emissões de menor valor, como as do BNDESPar, foi possível aplicar R$ 1 mil.

“Há ainda os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), títulos de renda fixa de operações de crédito imobiliário que podem ser atrelados à inflação”, afirma o estrategista da Rio Bravo, Beto Domenici. O investimento é voltado para grandes investidores, pois a aplicação inicial começa em R$ 300 mil.

Mais acessíveis, os fundos imobiliários também são lembrados. “Há todo tipo de fundo imobiliário no mercado, mas para proteger o patrimônio é interessante optar por algum atrelado ao pagamento de aluguéis. Se a inflação subir, o IGP-M corrige o aluguel e o investimento fica protegido”, diz Domenici.

Há fundos cujas cotas podem ser compradas na BM&FBovespa, como uma ação, bastando para isso ser cadastrado em uma corretora. Por menos de R$ 100, já existem algumas opções de fundos.

Por último, há o próprio investimento em ações, o mais arriscado dentre as opções citadas. “Não é uma via direta, mas no longo prazo teoricamente as ações funcionam na proteção contra inflação. Se os custos dos produtos e insumos sobem, as boas empresas tendem a corrigir seus preços, o que se reflete na receita, no lucro e na própria cotação da ação”, analisa o estrategista.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Marcílio, eis a frase de Roberto Campos considerado grande um grande economista:
    "O PT é o partido dos trabalhadores que não trabalham, dos estudantes que não estudam e dos intelectuais que não pensam".

  2. Salário mínimo do Plano Real em 1994 era R$ 100,00 ou US$ 100.00.
    Se aumentou 1019,2 %, nós deveríamos estar recebendo R$ 1119,00 e não só R$ 720,00.
    Esses estudiosos. ou empresas, ou são do grupo PTistas que querem ludibriar o povo brasileiro, ou são formados só por analfabetos, para não saber fazer um cálculo simples direto (sem temporizações, que resultariam em bem mais).

  3. BASTA COMPARAR:
    PSDB
    Salário mínimo em 2002 – R$ 200,00 = U$ 86,25
    Inflação em 2001 = 7,67
    Inflação em 2002 = 12,53%

    PT
    Salário mínimo em 2014 – RS 724,00 = U$ 316,20
    Inflação em 2012 = 5,84
    Inflação em 2013 = 5,91

    1. Comparação que por si só não vale de nada. Leia a reportagem novamente e veja que a inflação diminui o poder aquisitivo. Nominalmente o real perdeu poder de compra.

    2. KKKKKKKK
      Para quem nao quer ver o óbvio, qualquer desculpa esfarrapada serve……

      Nunca no Brasil república o salário mínimo teve seu valor aumentado como no governo do PT. Aecin e seus amigos canqueiros já falaram que ele, o mínimo, estava muito alto.

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