Judiciário

Precatórios do TJ: Novas pessoas podem estar envolvidas nos desvios

Desvendar os detalhes da operacionalização dessa conta judicial (nº 2200103677644 – Banco do Brasil) e do processo fantasma a ela vinculado (proc. 2011.050117-3) está sendo considerado, por alguns dos responsáveis pela investigação do caso, como “a chave principal” para entender todo o mecanismo das fraudes no setor de precatórios do TJRN. Além disso, as investigações a partir desse ponto poderão fornecer nomes que poderão testemunhar sobre o modus operandi e, possivelmente, ampliar o rol dos envolvidos. Há suspeitas sobre outros funcionários do TJRN que, de forma direta ou por omissão, tenham colaborado para as fraudes. Os números, valores e conclusões citadas contam de documentação sobre a investigação as quais a TRIBUNA DO NORTE teve acesso.

A conta judicial em questão foi cadastrada no Banco do Brasil e teve o primeiro depósito em 02 de fevereiro de 2011, no valor de R$ 1.686.911,80. O detalhe denunciador é que o único processo de precatórios vinculado a ela é o de nº  2011.050117-3, que só teve a distribuição registrada no SAJ em 29 de março, ou seja, mais de um mês após a abertura e o depósito bancário. O processo, que tem como requerente o Tribunal Pleno do TJRN e como requerido o Estado do Rio Grande do Norte, está com o extrato disponível no site do Judiciário, mas só existe de forma virtual. Os “autos físicos parecem nunca haver existido”.

O extrato do processo está disponível no site do Judiciário. Os únicos registros de movimentos são depósitos judiciais. Segundo o levantamento preliminar das investigações, entre a data de abertura , em fevereiro do ano passado, e o início de janeiro último foram dezenas de depósitos, somando mais de R$ 13,3 milhões. O saldo na conta, em 19 de janeiro – nove dias após o afastamento administrativo de Carla Ubarana da chefia do Setor de Precatórios do TJRN – era de R$ 2.004,692,87 (dois milhões, quatro mil, seiscentos e noventa e dois reais, oitenta e sete centavos).

Através do extrato do processo vinculado a conta é possível identificar nove credores. Já é possível afirmar que alguns dos credores relacionados são titulares de processos reais e que tinham valores a receber. A TRIBUNA DO NORTE confirmou, por exemplo,  que o advogado Valério Djalma Cavalcanti Marinho realmente recebeu no ano passado, como advogado, o valor dos precatórios que lhe eram devidos.

O entendimento preliminar é que a conta era usada pelos operadores das fraudes como uma espécie de “câmara de compensação”, para pagamentos das guias judiciais duplicadas.

É o caso de um credor do processo 2000.001921-6, um dos quatro processos com fraudes já comprovadas pela sindicância interna do TJRN, cuja guia no valor de R$ 140.405,23,  foi duplicada e novamente paga a laranja do esquema através do processo fantasma.  Dessa forma, os valores no processo/conta de origem eram tanto debitados como efetivamente pagos e alimentavam o esquema. Da conta  nº 2200103677644 sacavam também credores laranjas. As investigações preliminares constataram que dela sacaram os três acusados apontados como “laranjas” no esquema das fraudes.

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Caro blogueiro. A delegação de poderes é uma chaga desgraçada no judiciário nacional, em todas as esferas, em face do acúmulo de serviço e falta de estrutura. Quem milita na área sabe que tem assessor (que é quem prepara tudo) mais importante e inacessível do que o próprio juiz a quem ele serve. A Des. Judite Nunes é um exemplo ímpar de honestidade, seriedade, correção. Se ela não tivesse delegado estes poderes (como ocorre em vários tribunais, aonde SOMENTE o Presidente ou o Vice é quem assina a ordem de pagamento), jamais esse casal maracatú do bico roxo teria cometido tais crimes contra o nosso patrimônio (sim, o dinheiro é meu, seu, do seu leitor, nosso). Sabe por quê ? Porque mesmo assinando muita coisa sem ter tempo de examinar detalhadamente (e todo juiz convive com esse problema), somente o medo, o pavor reverencial que a Dra. Judite "mete" em quem dela se aproxima, justamente pelo seu histórico impecável de retidão, rigor e seriedade, inibiria totalmente qualquer desvio ou fraude por parte de qualquer funcionária (o). Finalmente, quero dizer o óbvio: em termos de pagamento de precatório, esta função, diferentemente de muitas outras no funcionamento de um Tribunal, é indelegável, salvo ao Vice-Presidente, como acontece nos casos de exame de admissibilidade de Recursos Especiais ou Recursos Extradordinários.

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Judiciário

Precatórios do TJ: a ação era de "quadrilha"

A existência, a operação e a combinação da conta real com o processo fantasmas também evidenciam a falta de controle sobre os processos e os pagamentos dos precatórios dentro Tribunal de Justiça. E ampliam as consequências e as possíveis responsabilidades pela ocorrência das fraudes. Para o juiz José Armando Ponte Dias Junior, da 5ª Vara Criminal de Natal, que concedeu o pedido de prisão, busca e apreensões contra os suspeitos de envolvimento nas fraudes, o esquema todo caracteriza a formação de “uma quadrilha”.

Ao deferir o pedido feito pelo Ministério Público Estadual, o juiz acrescenta uma observação significativa: “a atuação dessa quadrilha dentro do TJRN era facilitada, não se sabendo até o presente momento se por dolo, por incompetência administrativa, por mera desorganização, por excesso de confiança nos subordinados ou mesmo pela falta de estrutura do serviço público (muito serviço, poucos funcionários) pela conduta indevida da Secretaria Geral do TJRN.”

A secretaria geral é ocupada pela servidora Wilza Dantas Targino que, em depoimento prestado aos promotores do Ministério Público Estadual, disse saber que Carla Ubarana tinha guias de pagamento em branco, assinadas por ela. Em vários dos pagamentos fraudados foram constatadas as assinaturas de Carla Ubarana e Wilza Dantas nas guias. No mesmo depoimento, a secretária geral do TJRN disse que a ex-chefe do setor de precatórios costuma levar para ela “uma grande quantidade de guias” e, por esse fato, “não conseguia conferir o nome de todos” em relação a lista de credores reais.

Relato feito por um funcionário do TJRN à comissão de sindicância interna presidida pelo desembargador Caio Alencar parece contradizer parte das declarações feitas pela secretária geral. O funcionário assegurou que Carla Ubarana “apresentava guias em branco” para Wilza Dantas assinar e que “essas guias ficavam exclusivamente em poder da ex-chefe do setor dos precatórios. Para o juiz José Armando, “a ausência de conferências das guias e as assinaturas de guias em branco” por Wilza Dantas “facilitava o caminho para as fraudes”.

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. NAO TENHO DUVIDAS QUE A JUSTICA SERA FEITA NESSE CASO,PRINCIPALMENTE EM RELACAO A PESSOAS DE OTIMA INDOLE E CLARO COMPROMETIMENTO COM O TRABALHO, COMO A SECRETARIA GERAL DO NOSSO TRIBUNAL DE JUSTICA!

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Jornalismo

Só na conta de um dos acusados passaram R$ 4 milhões desviados dos Precatórios do TJ

Foto: Paulo de Souza

O delegado Marcos Dayan, da Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Contra a Ordem Tributária (Ceicot) disse ontem que, pelo menos R$ 4 milhões desviados dos precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte foram movimentados pela conta do empresário Carlos Alberto Fasanaro Júnior, último detido na Operação Judas. Apontado como um dos “laranjas” no esquema de desvio de precatórios do TJRN, o empresário se apresentou à unidade policial ontem pela manhã. Em um interrogatório que durou cerca de uma hora, o empresário revelou que possuía uma conta bancária que servia como “passagem” para o dinheiro desviado do TJRN por Carla e George Leal.

“Nos quatro processos judiciais fraudados que são alvos da nossa investigação, ele revelou que uma média de R$ 4 milhões circulou por essa conta. O dinheiro era depositado na conta dele e ele repassava para George. Sobre o motivo para fazer isso, ele disse que foi por simples amizade”.

Marcos Dayan contou que Carlos Fasanaro se apresentou com um advogado. “Ele disse que não tinha nada para esconder e por isso veio. Assim que se apresentou, dei a ele o mandado de prisão temporária para que assinasse”.

Após o depoimento, Carlos Fasanaro foi levado ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) para fazer exame de corpo de delito, procedimento feito em todas as prisões. Em seguida, foi encaminhado ao Presídio Provisório Raimundo Nonato, na Zona Norte de Natal, onde deve ficar até acabar o prazo de cinco dias de detenção dado pelo mandado de prisão temporária. Os demais presos também estão sendo custodiados nessa unidade prisional.

Fonte: Diário de Natal

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Polícia

Dilma: Corrupção e incompetência

O tempo está sendo implacável com a imagem que arduamente a presidente Dilma Rousseff tenta construir para si – como fez durante a campanha eleitoral de 2010, com a inestimável colaboração de seu patrono político, o ex-presidente Lula -, de administradora capaz, tecnicamente competente e defensora da lisura e da moralidade dos atos públicos. É cada vez mais claro que tudo não passa da construção de uma personagem de feitio exclusivamente eleitoral.

As trocas de ministros no primeiro ano de mandato por suspeitas de irregularidades são a face mais visível dos malefícios de um governo baseado não na competência de seus integrantes – como seria de esperar da equipe de uma gestora eficiente dos recursos públicos -, mas em acordos de conveniência político-partidárias que levaram ao loteamento dos principais postos da administração federal. O resultado não poderia ser diferente do que revelam os fatos que vão chegando ao conhecimento do público.

A amostra mais recente dos prejuízos que essa forma de montar equipes e administrar a coisa pública pode causar ao erário é o contrato assinado em 2010 pelo Ministério do Esporte com a Fundação Instituto de Administração (FIA) para a criação de uma estatal natimorta. O caso, relatado pelos repórteres do Estado Fábio Fabrini e Iuri Dantas (30/1), espanta pelo valor gasto para que rigorosamente nada fosse feito de prático e porque o contrato não tinha nenhuma utilidade.

A FIA foi contratada para ajudar na constituição da Empresa Brasileira de Legado Esportivo Brasil 2016, legalmente constituída em agosto de 2010 para executar projetos ligados à Olimpíada de 2016. De acordo com o contrato, a FIA deveria “apoiar a modelagem de gestão da fase inicial de atividade da estatal”. A empresa não chegou a ser constituída formalmente – não foi inscrita no CNPJ nem teve sede, diretoria ou empregados -, pois, em agosto do ano passado, foi incluída no Programa Nacional de Desestatização, para ser liquidada. E por que, apenas um ano depois de a constituir, o governo decidiu extingui-la? Porque ela não tinha nenhuma função. Mesmo assim, a fundação contratada recebeu quase R$ 5 milhões – uma parte, aliás, paga depois de o governo ter decidido extinguir a empresa, cuja criação fora objeto do contrato com a FIA.

Em sua defesa, o Ministério do Esporte afirma que a contratação se baseou na legislação. É risível, no entanto, a alegação de que “os estudos subsidiaram decisões, sugeriram alternativas para contribuir com os debates que ocorreram nos governos federal, estadual e municipal e deram apoio aos gestores dos três entes para a tomada de decisões mais adequadas”.

Mas tem mais. Pela leitura da mesma edição do Estado em que saiu a história acima, o público fica sabendo que, de 10 contratos na área de habitação popular firmados pela União com Estados e municípios, 7 não saíram do papel. Pode-se alegar, como fez a responsável pela área de habitação do Ministério das Cidades, que alguns Estados e prefeituras não estavam tecnicamente capacitados para executar as obras ou realizar as licitações previstas nos contratos de repasse de verbas federais. Isso significa que o governo federal se comprometeu, por contrato, a transferir recursos a quem não estava em condições de utilizá-los adequadamente, o que mostra no mínimo falta de critério.

Além disso, o programa que assegurou boa parte dos votos da candidata do PT em 2010, o Minha Casa, Minha Vida, sobre o qual Dilma falou maravilhas, na Bahia, antes de partir para Cuba, praticamente não saiu do papel no ano passado, e continuará parado em 2012, se não for mudado em alguns aspectos essenciais, alertam empresários do setor de construção civil.

E muitos outros programas considerados prioritários pelo governo Dilma se arrastam. Os investimentos efetivos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), outra grande fonte de votos para Dilma em 2010, são bem inferiores aos programados, e boa parte se refere a contratos assinados em exercícios passados.

O problema não é novo. A má qualidade da gestão é marca da administração do PT. E Dilma tem tudo a ver com isso, pois desempenha papel central nessa administração desde 2003.

Editorial do Estadão

Opinião dos leitores

  1. Realmente o tempo está sendo implacável com a presidenta Dilma: recorde de aprovação no primeiro ano de governo.

  2. Ah tá… Estadão né? Normal. Anormal era se tivesse falando bem de um governo que tem mais de 70% de aprovação popular. Aí sim era estranho. Como é normal também um filiado ao PSDB tomar para sí um editorial de um jornal de "direita".

    A propósito, como anda o Tucano João Faustino? Ninguém mais ouviu falar… Será que batu asas para São Paulo, aonde tem cargo no governo Tucano?

  3. Como o próprio texto fala, o problema com a FIA é de 2010, ano no qual Dilma não era presidenta.
    Quanto a demitir ministros com acusações sob si, não vejo onde isso é um defeito.
    Já sobre o Minha casa Minha vida, pode-se falar que não atingiu números esperados, mas dai a criticar o programa e falar que ele quase não saiu do papel é no mínimo falta de informação.
    O PAC realmente enfrenta problemas de execução, com inúmeros atrasos, mas considerando nossa legislação, além de problemas de corrupção de funcionários, empresas que fraldam licitações e etc, isso não chega a ser uma novidade.

  4. Só poderia vir do Estadão um editorial reacionário e fascista com este, o Estadão como quase tudo que são paulo produz e esteticamente retrogrado, patrulheiro e revenchista, não é a toa que amarga um terceiro lugar na preferencia da ciade governada por um Opus Dei assessorado por uma boneca enrustida louca por holofotes, neo nazista por Natureza, dá pra entender, mas os numeros provam outra coisa, a aprovação da presidente so faz subir, esse mesmo estadão foi derrotado juntamente com o PIG inteiro, são velhos perdedores, os blogs de direita tambem são facilmente percepciveis de acordo com o que reproduzem, foram derrotados tambem, tanto em nivel nacional, como estadual e municipal.

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Judiciário

Precatórios TJ: Presidente classifica como crise institucional jamais vivida pelos servidores do TJ/RN

A Tribuna do Norte através do repórter Ricardo Araújo fez até agora a melhor reportagem sobre os desvios e irregularidades no setor de Precatórios do TJ/RN. A situação é tão grave que a própria Presidente classifica na reportagem como “uma crise institucional jamais vivida pelos servidores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte”. Nos bastidores do Tribunal comenta-se que o rombo pode passar dos R$ 40 milhões de Reais: Segue reportagem da Tribuna do Norte:

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN) não tem ideia de quanto foi desviado em recursos através das supostas fraudes aplicadas na Divisão do Setor de Precatórios. O Poder Judiciário irá aguardar o relatório final da  auditoria que será realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da análise dos processos no âmbito administrativo, que será conduzida pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Além disso, a Comissão de Sindicância nomeada pela presidenta do TJ,  desembargadora Judite Nunes, está realizando um levantamento interno para só então dimensionar os valores relacionados às irregularidades.

Frankie MarconeCúpula do Tribunal de Justiça concedeu entrevista exclusiva ontem à TRIBUNA DO NORTE

Os desembargadores diretamente envolvidos na investigação, consideram que o desvio de recursos era o foco da atuação irregular da servidora que chefiava a Divisão do Setor de Precatórios e, praticamente, descartam problemas com  a ordem cronológica dos pagamentos, como chegou a ser comentado nos meios advocatícios no final da semana passada. Ontem, em entrevista exclusiva à TRIBUNA DO NORTE, a presidenta do Tribunal de Justiça, Judite Nunes, acompanhada dos desembargadores Caio Alencar, Cláudio Santos, Saraiva Sobrinho e do juiz auxiliar da Presidência do TJ, Guilherme Pinto, julgaram como “levianas e inverídicas”, as denúncias de participação dos magistrados em supostos crimes de desvios de erário público dentro do Setor de Precatórios.

Conforme explicação de Judite Nunes, o processo de investigação  no Setor iniciou em setembro do ano passado, quando, costumeiramente, a magistrada analisava a documentação do Setor. “Foi um problema assim: eu pedia o processo, ela (Carla Ubarana) dizia: levo depois.  Um dia, começou a gerar uma certa desconfiança”, disse a magistrada. Após análises mais aprofundadas em determinados documentos relativos ao pagamento dos débitos municipais, estaduais e da União que foram judicializados, Judite Nunes decidiu exonerar a então chefe do Setor, Carla Ubarana.

Além disso, no mesmo dia, ela nomeou uma Comissão de Sindicância, presidida pelo desembargador Caio Alencar, para investigar possíveis irregularidades que vinham sendo aplicadas no Setor de Precatórios. “Quando eu exonerei a funcionária de um cargo de livre nomeação e exoneração, eu poderia fazê-lo independente de qualquer coisa. E mais: se ela estava sendo acusada, se haviam dúvidas quanto à integridade dela no cargo que ela exercia, eu não poderia apurar um fato com a servidora exercendo um cargo de absoluta confiança. Isso não seria compatível”, justificou a desembargadora.

O total movimentado em recebimento de depósitos através dos entes municipais, estaduais e federais, só deverá ser conhecido com o progresso das investigações que poderão se estender por até cinco meses. Ao final de cada período analisado, porém, um relatório da Comissão será remetido à presidência da Corte potiguar. Questionada sobre a especificidade da conta bancária na qual são depositados os recursos relacionados aos precatórios, a desembargadora Judite Nunes, e a atual chefe do Setor, Adamyres França, afirmaram que todas as entradas e saídas referentes ao Setor de Precatórios, sejam elas recebimentos ou pagamentos de processos, ocorrem numa conta independente daquela que fomenta o funcionamento do Tribunal de Justiça Estadual.

Indagados sobre uma possível quebra na ordem cronológica do pagamento dos precatórios, os magistrados afirmaram, em uníssono, que todos os fatos serão analisados. Ressaltaram, entretanto, que as suspeitas de fraudes se sobrepõem, neste momento, à possibilidade da ruptura da sequência da listagem. “Iremos investigar os fatos, já que isto é inerente à nossa postura. Mas não vamos deixar de investigar inicialmente o que é mais importante, que é a suspeita muito mais grave de que alguém desviou recursos públicos para investigar a suposta e improvável inobservância da ordem cronológica de pagamento”, ressaltou Judite Nunes. Ela comentou, ainda, que esta é uma crise institucional jamais vivida pelos servidores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.

 

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Judiciário

Procuradoria Geral do Estado vai entrar no caso dos Precatórios

A repercussão do caso dos Precatórios do TJ-RN está sendo tão grande que a Procuradoria Geral do Estado vai disponibilizar sua estrutura administrativa e jurídica á Justiça do RN para resolver a questão e elucidar a natureza das irregularidades.

Segundo o Procurador Geral do Estado, Miguel Josino, a ajuda deve começar essa semana e se justifica pelo fato da Procuradoria ser a representante oficial dos três poderes, sem a qual o TJ não pode tomar nenhuma decisão ou medida sem a devida comunicação.

O clima está tão tenso dentro do Tribunal de Justiça, que a crise de nervos está atingindo todos os níveis da instituição, de funcionários a  desembargador.

Os precatórios são o dinheiro que o Estado repassa para Justiça do RN para o pagamento de dívidas. O repasse mensal, supera os R$ 2 milhões. Por ano, o montante é superior a R$ 48. O tamanho das irregularidades ainda não é conhecido oficialmente, mas a “boca pequena” diz que o rombo é grande!

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Polícia

2011 bateu recorde de desvio de recursos públicos em 2011

Operações da Polícia Federal flagraram o desvio de R$ 3,2 bilhões de recursos públicos em 2011, dinheiro que teria alimentado, por exemplo, o pagamentos de propina a funcionários públicos, empresários e políticos.

A informação é da reportagem de Fernando Mello, publicada na Folha deste domingo.

O valor é mais do que o dobro do apurado pela polícia em 2010 (R$ 1,5 bilhão) e 15 vezes o apontado em 2009 (R$ 219 milhões).

Os números inéditos estão em um relatório produzido a partir apenas das operações. Segundo a Polícia Federal, trata-se do valor provado nas investigações, que são repassadas para o Ministério Público mover ações na Justiça e tentar reaver o dinheiro.

Leia mais na “[edição]”: desta segunda-feira, que já está nas bancas.

Editoria de Arte/Folhapress

Opinião dos leitores

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Política

Ministro interino do Esporte também está envolvido em desvios

Seis por meia dúzia.

É como se pode encarar a interinidade de Waldemar Souza no Ministério do Esporte.

De acordo com matéria da revista Veja, Souza também está envolvido na maracutaia que ontem resultou na saída do ministro Orlando Silva.

A assinatura de Waldemar, revelou a publicação da Abril, consta num convênio assinado com um sindicato de cartolas do futebol para um projeto da Copa do Mundo de 2014 e que nunca saiu do papel.

Sem licitação, o Ministério do Esporte contratou o Sindicato das Associações de Futebol para fazer o cadastramento das torcidas organizadas dentro dos preparativos para o Mundial.

O projeto já consumiu R$ 6,2 milhões sem nunca ter sido posto em prática. O nome de Souza foi citado ainda em gravações às quais os jornal o Estado de São Paulo teve acesso.

No áudio, o ministro interino é apontado como o responsável pela prorrogação de um convênio do Programa Segundo Tempo com uma entidade de fachada. O contrato, de R$ 911 mil, foi cancelado após a revelação da fraude.

Novo ministro

O PC do B decidiu por unanimidade indicar o nome do deputado federal Aldo Rebelo para assumir o Ministério do Transporte. A palavra final é da presidente, que pode optar pela ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos, também deputada federal pelo Partido Comunista.

Luciana foi o primeiro nome pensado por Dilma para assumir Esporte, mas o PT, Lula e o PC do B a pressionaram para que o nome de Orlando fosse mantido na pasta. Além da simpatia da presidente, a comunista conta com o apoio do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos.

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Jornalismo

Ministro tem que pegar o BECO

Por sua extrema gravidade, não basta que se investigue a fundo a denúncia de que o ministro do Esporte, Orlando Silva, do PC do B, se beneficiou pessoalmente do desvio de recursos do programa Segundo Tempo, criado para promover atividades esportivas com crianças e adolescentes pobres. O programa foi terceirizado para organizações não governamentais (ONGs) conveniadas com a pasta – e, claro, dirigidas por gente do partido do ministro. A acusação, divulgada no fim da semana pela revista Veja, deixou Orlando Silva sem condições de continuar no cargo. Ele pediu à Polícia Federal que investigue o caso, que certamente acabará nos tribunais. Mas, no âmbito da política, o princípio da presunção de inocência não se aplica nem se pode esperar que sentenças transitem em julgado. O ministro precisa sair não apenas para não ter a sua autoridade cada vez mais desgastada, que é o que costuma acontecer nessas circunstâncias, mas sobretudo para poupar a presidente Dilma Rousseff de novas atribulações no campo minado da corrupção – bem agora que o Esporte ganhou uma projeção sem precedentes, com os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 no País e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, dois anos depois.

Em fevereiro último uma série de reportagens deste jornal revelou que o Segundo Tempo era uma mina de ouro para o PC do B, graças justamente aos convênios da pasta com entidades ligadas à sigla, realizados sem licitação. Somente em 2010 o aparelhado Ministério desembolsou R$ 30 milhões em transferências – em mais de um sentido – do gênero. Ao que tudo indica, o contubérnio começou com o antecessor de Orlando Silva, Agnelo Queiroz, que se elegeu governador do Distrito Federal (DF) depois de trocar o PC do B pelo PT. Comissões de 20% que teriam sido pagas ao partido da foice podem ter somado ao longo da era Lula cerca de R$ 40 milhões. Mas os “comunistas” não guardavam tudo para si. Teriam ajudado a cobrir gastos da campanha do presidente, em 2006, diz o policial militar (PM) e ex-militante do PC do B João Dias Ferreira. Em abril do ano passado, ele foi preso na Operação Shaolin, da Polícia Civil do DF, por suspeita de participação no desvio de R$ 1,99 milhão repassado pelo Ministério dos Esportes, mediante dois convênios, à Associação João Dias de Kung Fu.

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Opinião dos leitores

  1. Não sabia que a presunção de inocência, princípio constitucional, não se aplicava ao cidadão simplesmente por ele ser político. Esse Jornal já mostrou no ano passado qual o seu papel na mídia nacional.

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Jornalismo

Roubalheira recorde

Os deputados estaduais do Amapá estão recebendo uma verba indenizatória, paga além do salário, de R$ 100 mil por mês. Mas quem se impressiona com mais esse absurdo? Para qualquer lado que se olhe neste país, em qualquer direção que se procure, lá se encontram marginais travestidos de homens públicos que não hesitam em meter a mão no dinheiro que é de todos, locupletando-se à custa dos brasileiros que, vergados sob o peso de uma das mais onerosas cargas tributárias do mundo, assistem impotentes ao espetáculo da corrupção e da ineficiência no trato da coisa pública. Não há faxina que possa dar conta deles. As evidências que diariamente vêm à tona demonstram que em todos os níveis, em todos os poderes, em todos os partidos, em todos os Estados e municípios, a corrupção se alastra. Basta procurar, que se encontra.

O escândalo da vez vem do Estado amazônico que José Sarney escolheu para representar no Senado. Lá, a Polícia Federal levou a cabo a Operação Mãos Limpas, cujo relatório final o Estado divulgou no domingo passado. O inquérito foi feito com a colaboração de técnicos da Controladoria-Geral da União (CGU) e revela o envolvimento de membros dos Três Poderes estaduais, do Tribunal de Contas e da prefeitura da capital, Macapá, em desvios de recursos públicos que somaram, ao longo de dez anos, cerca de R$ 1 bilhão.

Mesmo diante dessa enormidade a trampolinagem praticada pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa amapaense pode ser considerada de primeira grandeza. Em junho, na maior moita, a verba indenizatória dos 24 deputados estaduais foi elevada para inacreditáveis R$ 100 mil por mês. Essa verba indenizatória é quase três vezes maior do que a paga pela Assembleia de Alagoas – de R$ 39 mil -, considerada recordista em generosidades no trato de seus deputados, até que se conheceram os hábitos amapaenses. E corresponde a sete vezes o que os deputados federais recebem para cobrir as mesmas despesas gerais de aluguel, transporte e consultoria. Os responsáveis pela decisão são o presidente da Assembleia, Moisés Souza (PSC), e o primeiro-secretário da Mesa, Edinho Duarte (PP). Ambos integram com destaque a lista dos indiciados pela Operação Mãos Limpas, acusados de participar de um esquema de emissão de notas frias destinadas a mascarar o desvio de verbas públicas.

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Opinião dos leitores

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Jornalismo

Maluf vira réu no STF por lavagem de US$ 1 bilhão

Por 7 votos a 1, o STF aceitou denúncia da Procuradoria da República contra Paulo Maluf e outras dez pessas. Entre elas a mulher e filhos do deputado.

Com essa decisão, Maluf tornou-se réu em ação penal que apura a prática de crime de lavagem de dinheiro.

Relator do processo, o ministro Ricardo Lewandowski traduziu o crime em cifras: “Nessa ação, o prejuízo ao erário chega a quase US$ 1 bilhão”, disse.

“A família Maluf movimentou no exterior quantia superior a US$ 900 milhões. Esse valor é superior ao PIB de alguns países…”

Países “como Guiné-Bissau, Granada, Comores, Dominica e São Tomé e Príncipe.”

Ao fazer a defesa oral de Maluf, o advogado Roberto Leal de Carvalho fez uma espécie de desabafo:

“É muito difícil defender Paulo Maluf. Ele carrega um carisma de ódio desde a Copa de 1970. Começa o calvário dele lá.”

No julgamento, a maioria dos ministros do Supremo preferiu levar em conta o calvário dos contribuintes.

Josias de Souza

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Judiciário

Rychardson, o irmão e mais 7 pessoas passam a ser réus por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro

A denúncia contra os nove  acusados da Operação Pecado Capital foi acatada pelo juiz da 7a. Vara Criminal, José Armando Pontes. O Ministério Público Estadual havia enviado a denúncia na última quinta-feira. A partir de agora, Rychardson de Macedo Bernardo, Rhandson Rosário de Macedo Bernardo, José Bernardo, Maria das Graças de Macedo Bernardo, Adriano Flávio Cardoso Nogueira, Daniel Vale Bezerra, Aecio Aluizio Fernandes de Faria, Acácio Allan Fernandes Fortes e Jeferson Witame Gomes são réus do processo, que versa sobre formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Como o processo está sob segredo de justiça, o juiz José Armando Pontes não deu detalhes sobre em quais crimes cada acusado foi enquadrado. De acordo com a Assessoria de Imprensa do TJ, a denúncia foi aceita parcialmente em relação a alguns dos crimes listados pelo Ministério Público, mas aceita totalmente para os nove denunciados.

O Ministério Público Estadual denunciou os envolvidos na Operação Pecado Capital somente por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Os demais crimes citados na petição do MPE que pediu a prisão dos acusados continuam a ser investigados. São eles: peculato, corrupção ativa e passiva, fraudes à licitação, falsidade documental e ideológica e supressão de documento publico. Na nota à imprensa distribuída na última semana, o MPE não explicou porque os demais crimes não foram incluídos. “O processo corre sob segredo de justiça, razão pela qual não podem ser fornecidas mais informações”, diz a nota.

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Denúncia

Vejam como era a farra no Ipem

Reportagem excelente do repórter Isaac Lira para a Tribuna do Norte, mostra um orgão que era a verdadeira casa da mãe Joana. Tem muito mais coisa para aparecer, muitas conversas em OFF mostram que não era só o Ipem que estava “contagiado”. Seria muito bom e a sociedade precisa que o MP não pare essa investigação no Ipem, que siga por outras autarquias e repartições. Segue

Antes de se tornar alvo de  uma operação com nome de música famosa e atrair a atenção de toda a cidade, o Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte teve seus dias marcados pela precariedade. Os fatos hoje estão tipificados como crimes: lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, segundo denúncia do MPE. Antes das visitas da polícia e do Ministério Público, o Ipem teve de conviver com o completo descaso, denominado pelo órgão mantenedor, o Inmentro, de “situação precária” por conta das irregularidades.

A análise conta de sucessivos relatórios de auditoria do Inmetro em 2009 e 2010. Os relatórios são a base da investigação realizada pela Polícia Civil e pelo MPE. Sob posse do MPE e da Justiça, os relatórios não foram divulgados na íntegra em razão do segredo de justiça, mas a reportagem da TRIBUNA DO NORTE teve acesso ao mais recente. Ele narra como a falta de controle no Ipem impediu a aprovação das contas pelo Inmetro, a inexistência de relatório contábil, o misterioso sumiço de processos e documentos e a ausência das informações mais básicas.

Quantas pessoas trabalhavam no Ipem/RN entre 2008 e março de 2010? Quanto o órgão tinha para receber em multas? Quanto foi gasto? O que resta para pagar? Dois anos de auditoria e não foi possível estabelecer os valores reais, pela falta de informações e o desrespeito aos procedimentos legais. Seis processos foram completamente extraviados. É impossível saber em que termos os contratos dessas seis empresas foram assinados, restando unicamente o registro das ordens bancárias de pagamentos. Se os serviços foram ou não prestados, é algo que somente o ex-diretor do Ipem, Rychardson de Macedo pode responder.

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Opinião dos leitores

  1. É o fiel retrato do Rio "Gangue" do Norte, um Estado em que dois ou três grupos políticos incapazes de se fazer sobressair pela honra, pelo trabalho e pelo estudo, e que transformam em um "pequeno Maranhão" esse terreno situado na esquina do Brasil.

     Peço a todos que continuem votando nos mesmo canalhas, familiares dos envolvidos, ou meros parceiros de partido e de pilhagens.  Só assim talvez um diz o rico Brasil sinta verdadeiramente o peso de um país corrupto.

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Denúncia

Rombo no Ministério do Turismo soma R$ 80 Milhões

Está no Congresso Em Foco: Em seu discurso de posse, o novo ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB), disse ter “noção do tamanho da missão” que abraçava. Além de intensificar as políticas públicas e apagar a imagem negativa deixada por seu antecessor – o correligionário e conterrâneo Pedro Novais –, Gastão terá o desafio de tapar um rombo milionário deixado na pasta por seus antecessores. Uma força-tarefa do ministério cobra a devolução aos cofres públicos de R$ 80 milhões referentes a quase 500 convênios irregulares firmados pela pasta entre 2003 e 2009. Esses recursos foram repassados a prefeituras, órgãos estaduais e, principalmente, entidades do terceiro setor que não conseguiram comprovar o serviço ou prestar contas como deveriam.

A verba foi repassada para a realização de eventos populares, como festas juninas, carnaval, micaretas, feiras agropecuárias, rodeios, shows de música, competições esportivas, congressos e cursos de treinamento que tinham como objetivo promover o turismo. Mas os responsáveis por esses contratos não cumpriram as exigências do ministério na hora de comprovar os gastos. Devido à gravidade das irregularidades constatadas, em muitos casos a pasta quer receber de volta todo o dinheiro repassado.

A maior parte das cobranças recai sobre as organizações não governamentais, sindicatos e associações de classe. O governo tenta retomar R$ 52 milhões de 300 convênios firmados por essas entidades com o Turismo. Outros R$ 20 milhões são cobrados de 145 prefeituras. Mais de R$ 5 milhões são reivindicados de órgãos estaduais. Além de serem cobradas, essas instituições estão proibidas de receber novos recursos do ministério enquanto não regularizarem sua situação.

Irregularidades frequentes

Ao todo, nove motivos levaram as instituições a serem incluídas na “lista de devedores” do ministério. Entre as causas mais comuns, estão a falta de prestações de contas ou de comprovação de que o evento foi realizado e o descumprimento da Lei de Licitações. Os convênios foram fechados nas gestões dos ministros Walfrido dos Mares Guia (PTB), Marta Suplicy (PT) e Luiz Barretto, também indicado pelo PT.

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Jornalismo

Gilson Moura admite indicações suas para o IPEM e trata o ex-sócio advogado como "senhor Rychardson Bernardo"

O Deputado Gilson Moura concedeu entrevista ao Repórter Allan Darlyson do Diário de Natal. Chama a atenção quando o deputado trata o ex-sócio no escritório de advocacia que ambos faziam parte, amigo e indicado político como “senhor Rychardson Bernardo”. O BG reproduz a entrevista:

Citado nas interceptações telefônicas do Ministério Público (MP) entre os envolvidos no escândalo de corrupção desvendado pela Operação Pecado Capital, o deputado estadual Gilson Moura (PV) declarou, em entrevista exclusiva ao Diário de Natal, que desconhece qualquer esquema montado no Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem) para desviar recursos públicos. No entanto, ele admitiu ter indicado o advogado Rychardson Macedo Bernardo, preso acusado de comandar o esquema, para presidir o instituto, em 2007, durante a gestão da ex-governadora Wilma de Faria (PSB). Gilson disse que vai torcer para que o amigo prove sua inocência. O pevista negou qualquer envolvimento nos negócios de Rychardson, que são usados, de acordo com o MP, para lavar dinheiro desviado do Ipem, apesar de admitir ter recebido doação de Bernardo para sua campanha eleitoral. Embora também admita que indicou mais de 50 funcionários para o Ipem, naquele período, o deputado negou que existissem comissionados fantasmas indicados por ele. O pevista disse também desconhecer a nomeação de seus familiares que estiveram lotados no órgão durante o período que Rychardson era presidente.

O que o senhor tem a dizer sobre a citação do seu nome entre os envolvidos no esquema de corrupção desvendado pela Operação Pecado Capital?

Em primeiro lugar, eu respeito o trabalho institucional do Ministério Público. A citação do meu nome se deu pelo fato de eu ter indicado, na época, o advogado Rychardson Bernardo, que trabalhou comigo, para o Ipem (Instituto de Pesos e Medidas). Quando trabalhou comigo, ele sempre demonstrou muito profissionalismo, tanto é que foi o nome lembrado e indicado para a então governadora Wilma de Faria (PSB), que analisou o currículo e fez a nomeação dele para o cargo.

De acordo com o Ministério Público (MP), dois parentes do senhor tinham cargos fantasmas no Ipem. Como funcionavam essas indicações?

Eu desconheço. Desconheço inclusive que tinham pessoas da minha família com cargos fantasmas. Eu desconheço isso.

Nas interceptações telefônicas feitas pelo Ministério Público, envolvidos no esquema dizem que o senhor possuíamais de 50 cargos no Ipem. Todos eram cargos fantasmas?

Eu tinha minhas indicações, como outras pessoas também tinham suas indicações lá no órgão. Pelo que eu sei, todos os funcionários indicados por mim trabalhavam e eram indicados justamente para trabalhar, para dar expediente normal, lá no órgão.

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Opinião dos leitores

  1. Quem não te conhece q te compre…andava d ônibus e ainda pedia tickets emprestado pq não tinha $$$ nem p isso…hj o carro mais fraquinho é uma land hover…deputado, ninguém passa de "pobre" p rico como o sr passou assim tão rápido não…estamos d olho…

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Jornalismo

Após ser exonerado do IPEM, ex-presidente voltou para o gabinete do Dep. Gilson Moura

Está no Portal Nominuto.com

Depois de ser exonerado do Ipem-RN (Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte), no final de fevereiro de 2010, o advogado e ex-diretor do órgão, Rychardson de Macedo Bernardo, voltou a ocupar o cargo de assessor parlamentar do deputado estadual Gilson Moura (PV) na Assembleia Legislativa (AL).

De acordo com a assessoria de imprensa da AL, Rychardson desempenhou a função em duas oportunidades. Em fevereiro e março de 2007, ele teria recebido, em valores brutos, R$ 11.096,40 (R$ 8.648,42 líquidos). Ele assumiu novamente o mesmo cargo em 20 de julho de 2010, tendo permanecido até 11 de dezembro do mesmo ano. No período, recebeu um total bruto de R$ 29.355,51 (incluído o 13º salário) e, em valores líquidos, R$ 23.320,36.

Os números não batem com a Declaração de Imposto de Renda de Rychardson, constante na petição da Operação “Pecado Capital”, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Polícia Militar (PM). De acordo com os dados enviados pela Assembleia Legislativa à Receita Federal, o acusado recebeu R$ 33.871,75 daquela Casa Legislativa em 2010.

Desse valor, Rychardson doou R$ 30.194 para a campanha do deputado federal Paulo Wagner e R$ 5,6 mil para a campanha de Gilson Moura, ambos do Partido Verde. Os dados constam na Prestação de Contas Eleitorais de 2010, na página na internet do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Foto: Reprodução
Extrato do TSE com doações de Rychardson a Gilson Moura.

 

Na verdade, ele fez quatro doações para Gilson Moura, mas todas no mesmo dia (03/09/2010). Duas foram de R$ 2.500 e as outras duas foram de R$ 300. Já para Paulo Wagner, Rychardson fez uma doação única, no dia 1º de agosto de 2010, no valor de R$ 30.194.

TRE autorizou quebra de sigilo fiscal de Rychardson

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