Política

Governo espanhol confirma prisão de jornalista que cobria protestos em Cuba contra a ditadura

Foto: Divulgação/Twitter

O ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, confirmou nesta terça-feira (13) a detenção em Cuba da jornalista Camila Acosta, correspondente na ilha do jornal espanhol ABC, e cobrou a libertação da profissional.

O chanceler se manifestou através de uma postagem no Twitter, em que defendeu o direito dos cubanos de se manifestaram “livremente e pacificamente”, cobrando que as autoridades do governo do país da América Central respeitem os atos.

A Federação de Associações de Jornalistas da Espanha (Fape) também exigiu a libertação da profissional do ABC, que foi detida por “informar sobre as manifestações de protesto que estão se desenvolvendo na ilha caribenha”.

A Fape ainda exigiu a retirada de todas as acusações contra Acosa, que pode ser condenada em Cuba por crimes contra a segurança de Estado, e pediu que o Executivo espanhol acompanhe a situação e faça a intervenção necessária para que a jornalista seja libertada.

Além disso, a entidade condenou as agressões e as prisões de outros jornalistas na ilha caribenha, que foi palco de manifestações populares neste domingo.

Um dos que sofreram violência foi o fotojornalista espanhol Ramón Espinosa, que trabalhar para a agência de notícias americana Associated Press, confirmou a Fape.

Acosta, que se define no perfil que mantém no Twitter como “jornalista independente cubana”, foi detida ontem pela polícia política cubana, ao sair de casa.

Foram levados os equipamentos de trabalho, como o computador dela. As autoridades a acusaram de crime contra a segurança do Estado, o que habitualmente é imputado a dissidentes do regime de Cuba, segundo publicou o ABC.

Gazeta do Povo, com EFE

Opinião dos leitores

  1. Kkkkkkkkkkkkk… Jornalismo brasileiro, vejam bem o que vocês estão querendo aqui para o Brasil… Depois não tem conversa, o choro será livre.

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Diversos

FHC, Lula, Maia, Ciro Gomes e Felipe Santa Cruz declaram solidariedade a Dilma, após Bolsonaro questionar tortura relatada na ditadura

Foto: Agência Brasil/Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro colocou em dúvida a tortura sofrida pela ex-presidente Dilma Rousseff durante a ditadura militar (1964-1985). A apoiadores, ele afirmou que aguarda “até hoje” raio-x que comprovaria lesão provocada em Dilma pelos torturadores.

Políticos como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se solidarizaram com Dilma e criticaram Bolsonaro. Leia mais abaixo a repercussão das declarações do presidente.

Dilma integrou organizações de esquerda que combateram a ditadura militar. Ela foi presa e torturada e chegou a receber indenizações dos governos de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, onde as torturas ocorreram.

Em 2001, durante depoimento ao Conselho Estadual de Direitos Humanos do governo de Minas Gerais, ela contou detalhes das sessões de tortura, que incluíram socos, choques elétricos e pau de arara (saiba mais ao final da reportagem).

Bolsonaro fez os comentários na segunda-feira (28), durante conversa com apoiadores em frente do Palácio da Alvorada, em Brasília.

Um dos apoiadores disse ao presidente que era militar da ativa em 1965 e que não viu tortura sendo feita no período. Bolsonaro disse então que “os caras se vitimizam o tempo todo”, citou o caso de Dilma e afirmou que “até hoje” aguarda um raio-x que comprovaria fratura na mandíbula da ex-presidente.

“Os caras se vitimizam o tempo todo: ‘fui perseguido’. Teve um fato aí – esqueci o nome da pessoa, mas é só procurar na internet, vai achar com facilidade – que a Dilma foi torturada e que fraturaram a mandíbula dela. Eu disse: ‘traz o raio-x pra gente ver o calo ósseo’. E isso que eu não sou médico, hein. Até hoje estou aguardando o raio-x”, disse Bolsonaro.

Em nota, a ex-presidente Dilma afirmou que a declaração de Bolsonaro “revela, com a torpeza do deboche e as gargalhadas de escárnio, a índole própria de um torturador.” Para ela, “ao desrespeitar quem foi torturado quando estava sob a custódia do Estado”, Bolsonaro “escolhe ser cúmplice da tortura e da morte.”

“Bolsonaro não insulta apenas a mim, mas a milhares de vítimas da ditadura militar, torturadas e mortas, assim como aos seus parentes, muitos dos quais sequer tiveram o direito de enterrar seus entes queridos. Um sociopata, que não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos, não merece a confiança do povo brasileiro”, afirma Dilma na nota.

Ex-presidentes criticam Bolsonaro

Por meio de uma rede social, Fernando Henrique se solidarizou com Dilma e criticou Bolsonaro.

“Brincar com a tortura dela (Dilma) — ou de qualquer pessoa — é inaceitável. Concorde-de (sic) ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites”, afirmou Fernando Henrique.

Também por meio de uma rede social, o ex-presidente Lula afirmou prestou solidariedade a Dilma.

“O Brasil perde um pouco de sua humanidade a cada vez que Jair Bolsonaro abre a boca. Minha solidariedade a presidenta @dilmabr, mulher detentora de uma coragem que Bolsonaro, um homem sem valor, jamais conhecerá”, disse Lula.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou Bolsonaro.

“Bolsonaro não tem dimensão humana. Tortura é debochar da dor do outro. Falo isso porque sou filho de um ex-exilado e torturado pela ditadura. Minha solidariedade a ex-presidente Dilma. Tenho diferenças com a ex-presidente, mas tenho a dimensão do respeito e da dignidade humana”, afirmou Maia por meio de uma rede social.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, criticou as declarações do presidente.

“Pense em um homem que no meio de uma onda de feminicídios debocha de um mulher presa e torturada. Esse sujeito existe e, pior, preside o Brasil”, disse Santa Cruz.

Também criticou Bolsonaro o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes.

“Bolsonaro ataca Dilma por ser frouxo, corrupto e incapaz. Enquanto ela defende suas convicções, ele vende o país ao estrangeiro e, por sua irresponsabilidade, quase 200 mil brasileiros já perderam suas vidas”, disse Ciro, o se referir aos mortos pelo novo coronavírus.

Militante

Dilma começou a atuar em movimentos de esquerda de oposição à ditatura na Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop), que, na sua origem, era uma espécie de coalizão de dissidentes, com quadros do PCB, do PSB e do trabalhismo, além de trotskistas e outros marxistas.

Mais tarde, ela optou pela luta armada e se juntou ao Comando de Libertação Nacional (Colina).

Em 2001, quando deu o depoimento ao Conselho Estadual de Direitos Humanos do governo de Minas Gerais, Dilma era secretária de Minas e Energia do governo do Rio Grande do Sul e filiada ao PDT. Ela relatou que levou socos dos torturadores em Juiz de Fora (MG), no início dos anos 1970, quando integrava o Colina.

“Minha arcada girou para o lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente se deslocou e apodreceu. […] Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o Albernaz (capitão Alberto Albernaz, do DOI-Codi de São Paulo) completou o serviço com um soco, arrancando o dente”, contou Dilma no depoimento.

Dilma relatou ainda sessões de tortura com choque. “Não se distinguia se era dia ou noite. O interrogatório começava. Geralmente, o básico era choque.”

Em outro trecho do depoimento, ela contou que foi colocada no pau de arara e o uso de palmatória pelos militares.

“Se o interrogatório é de longa duração, com interrogador ‘experiente’, ele te bota no pau de arara alguns momentos e depois leva para o choque, uma dor que não deixa rastro, só te mina. Muitas vezes também usava palmatória; usava em mim muita palmatória. Em São Paulo usaram pouco esse ‘método’. No fim, quando estava para ir embora, começou uma rotina. No início, não tinha hora. Era de dia e de noite. Emagreci muito, pois não me alimentava direito”, relatou.

Em outro momento, ela relata que sofreu hemorragia por conta da tortura.

“Quando eu tinha hemorragia, na primeira vez foi na Oban (…) foi uma hemorragia de útero. Me deram uma injeção e disseram para não bater naquele dia. Em Minas, quando comecei a ter hemorragia, chamaram alguém que me deu comprimido e depois injeção. Mas me davam choque elétrico e depois paravam. Acho que tem registros disso no final da minha prisão, pois fiz um tratamento no Hospital das Clínicas.”

Com G1

Opinião dos leitores

  1. Eu prefiro acreditar na colega de cela de Dilma que escreveu um livro onde afirma que Dilma mentiu, que ela não foi torturada , ela estava lá com ela, foi testemunha, viveu tudo ao seu lado, já em Dilma eu não acredito, vi a m… que ela fez com o Brasil.

  2. Essa ladrona se passou por terrorista de esquerda querendo saquear o patrimônio do trabalhador brasileiro. Vê até onde chega o ser humano, ainda bem que Sérgio Moro recuperou parte do roubo dessa quadrilha pseudo esquerdalha.

  3. Então, para ganhar duas indenizações preciso andar com um fuzil, sequestrar pessoas e explodir bancos. Ahhh…. também Tenho que usar uma camisa com estampa do Che Guevara.

  4. Ótimo que esse assunto volte ao foco da mídia. Que tal se solidarizarem com o jornalista Oswaldo Eustáquio, preso e com sinais de tortura em pleno governo democrático de direita?

  5. Esse Felipe Santa Cruz é brincadeira, o cara faz de tudo para aparecer na mídia. Dilma foi presa pelos militares porque era guerrilheira e assaltava bancos para bancar a guerrilha juntamente com outros comparsas sem futuro, é isso que conta a história.

  6. Quando algum vagabundo agredir a mãe de vcs igual o Mito faz.batam palmas porque eles apenas estão imitando o psicopata que está na presidência.. já que o Mito e mito..!!

  7. Quando Bolsonaro se vê pressionado com algum assunto, ele vomita alguma M…… pq ele tem certeza q vão ficar discutindo. E aí ele continua na sua gestão desastrosa. Ele devia estar se mobilizando p vacinar o povo. Quem defende tortura é doentinho, alguns psiquiatras chamam de psicopatas aqueles q sentem tesão em torturar.

    1. Este nem de longe é o perído de maior pressão.
      O que pode estar pesando é a pessa em iniciar a vacinação. mas parece que
      as pessoas entenderam que tem procedimentos de homologação a serem cumpridos.

  8. Nhonho não falou que ele rasgou a constituição!! Agora tá ao seu lado! Cada vez que vejo essas coisas, vejo que estou do lado certo. Olha as celebridades que estão defendendo essa bandida!!!

  9. De acordo com o assalto que o nosso país sofreu nestes 14 anos de governo dos canhotos legitimamente eleitos, o regime militar fracassou .

  10. Olha o time que presta as suas solidariedades !
    Correu foi muita grana para abastecer as mordomias desse pessoal que se dizem torturados.
    O restante é um moído bem engendrado e mal explicado.

  11. A corja precisa se unir p/enfrentar apenas um???? Vc´s e seus asseclas são ridículos…Bolsonaro cada vez ganha mais pontos com a população de bem…

  12. A podridão da nossa sociedade está bem representada nos comentários aqui em baixo. Empatia, respeito, solidariedade, amor ao próximo e educação passou longe pra essa gente. Por isso q alguns psicólogos/psiquiatras defendem que todos esses defensores ferrenhos do genocida são exatamente como ele: homofóbico, racista, fascista, misógino, protoditador e machista. É o rodapé da sociedade evoluída.
    Muita gente boa foi enganada pelo genocida, mas toda FDP votou nele.

  13. A revista época publicou tudo de bonito que Dilma fez no passado.quem quiser sr aprofundar é só pesquisar tá lá bem direitinho a história dos companheiros

  14. Amigos na ditadura o papel de Dilma era assaltar banco para os companheiros com o nome falso de ESTELA

  15. Afinal quem são FHC, LULA, CIRO GOMES , MAIA E FELIPE SANTA CRUZ?
    O passados deles é tão lindo, são anjos.

  16. Ainda tão dando ouvidos a esse mulher?
    Ela quer seus 5 minutos de fama.
    Dele Damares.
    Mito tem razão

  17. Vamos se juntar esquerdalhada, podem se juntarem pra apanhar de novo em 2022.
    A rigor!
    Quem é Maia hem??

  18. O miliciano, é uma invenção podre da boiada.
    Se adelio tivesse mais força no braço, ele não teria falado essas baboseiras

  19. Só digo uma coisa.
    Bolsonaro sempee tem razão.
    Quanto ao mimimi desses outros, é normal, fazem parte da mesma corja.

    1. É gente como vc, que às vezes se diz cristão e cidadão de bem, que eu acho desprezível.
      Tão covarde quanto seu ídolo.
      Vão passar…

  20. Já aguardando o comentário do Calígula falando da governadora… afinal. só faz isso… kkkkk

    1. Quando Calígula estiver sem poder responder, eu resolvo, o negócio é o seguinte, o Mito tem razão,.
      Chora petralhada!!!!!

    2. Calígula deve estar na mamadeira de piroca!!
      Nesse blog está faltando homem de verdade, para comentar e assinar embaixo com o nome verdadeiro.

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Diversos

Mourão discorda do termo “ditadura” para período e minimiza AI-5: ‘Passam a ideia que todo dia alguém era cassado, e não foi assim’

Foto: Bruno Batista / VPR

O vice-presidente da República, Antônio Hamilton Mourão, minimizou em entrevista ao site Huffpost Brasil o Ato Institucional número 5 (AI-5), considerado pelos historiadores como a medida mais dura da ditadura militar, na qual se constituiu de uma espécie de carta branca para o governo punir como bem entendesse os opositores políticos. Mourão afirmou que é preciso ver quantas vezes o ato, que permitiu fechar o Congresso e cassar parlamentares, foi efetivamente usado.

— O Ato Institucional número 5 surgiu fruto de uma situação que se vivia aqui no País no final dos anos 60. Foi o grande instrumento autoritário que os presidentes militares tiveram à mão. É importante que depois se pesquise quantas vezes ele foi utilizado efetivamente durante os 10 anos que ele vigorou. Porque muitas vezes se passa a ideia que todo dia alguém era cassado, alguém era afastado. E não funcionou dessa forma. É importante ainda que a História venha à luz de forma correta — afirmou Mourão.

Nesta sexta-feira, o AI-5 completa 51 anos. O Ato foi baixado pelo governo do general Arthur da Costa e Silva, em 1968, que ficou conhecido como o “o ano que não acabou”. Uma das medidas previstas pelo Ato Institucional aumentava os poderes do presidente da República, que passava a ter autonomia para decretar, sem intermédio do Judiciário, o fechamento do Congresso Nacional e intervir nos estados e municípios. Era permitida também a cassação de mandatos parlamentares e a suspensão dos direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos.

Questionado se sabia dizer então quantas vezes foi usado, disse desconhecer e citou ele próprio o fato de o ato ter sido usado para fechar o Congresso em dezembro de 1968, quando foi editado, e em 1977 com a criação da figura de senador biônico.

— Nem eu sei. Mas não foi a quantidade que se diz. Por exemplo, o fechamento do Congresso acho que houve duas vezes. Foi logo que ele foi implementado, no final de 68, início de 69, e em 77, quando o presidente [Ernesto] Geisel colocou aquele famoso Pacote de Abril, que colocou a figura do senador biônico. Foram as duas vezes que o Congresso foi fechado com o uso do AI-5 — afirmou o vice-presidente.

Mourão afirmou que o AI-5 foi um “instrumento de exceção”, mas na mesma entrevista refutou o termo “ditadura” para se referir ao período de regime militar.

—Vamos colocar a coisa da seguinte forma: em primeiro lugar eu discordo do termo “ditadura” para o período de presidentes militares. Para mim foi um período autoritário, com uma legislação de exceção, em que se teve que enfrentar uma guerrilha comunista e que terminou por levar que essa legislação vigorasse durante 10 anos – disse.

O vice-presidente disse que Eduardo Bolsonaro e Paulo Guedes “não foram felizes” ao citar o AI-5 e afirmou que hoje o Brasil vive uma “plenitude democrática”.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Comparar a Revolução Democrática de 1964 com o Nazismo é muita canhalice.

  2. Críticar o Regime Militar brasileiro e aplaudir a ditadura sanguinária da China. É falta de coerência, burrice, cegueira ideológica ou o que?

  3. Sobre o regime militar, os jornalistas e as universidades criaram versões dos fatos e venderam o período como se aqui tivesse ocorrido situações que acontecem em Cuba e houve na Argentina.
    Passaram aos alunos que não se dão ao trabalho de ler versões distorcidas sobre o regime militar, como se os militares tivessem combatido contra pessoas inocentes e desarmadas.
    Não falaram aos alunos o que houve sequestro, assaltos, assassinatos, troca de tiros por parte daqueles que se vendiam como "salvadores da pátria" mas queriam apenas tomar o poder e implantar no Brasil um regime totalitário.
    Tanto que os mesmos que foram banidos e depois "perdoados", voltaram e passaram a ocupar cargos e funções públicas, atuando como antes, só que sem arma de fogo, visando tomar o poder e nele permanecer eternamente. A história se repete, só que hoje o povo sabe quem são, como agem e o que querem, só permanece o modus operandi de mentir, enrolar, dissimular para vender o que nunca irão fazer.

  4. deixo uma sugestão: peça a folha seca que faça uma pesquisa em pessoas com mais 50 anos e pergunte se ele se sentia segura durante o regime militar

    1. A população alemã apoiava Hitler. Muitos morreram por ele.

    2. Como também a população se sentia segura antes do golpe militar. A violência absurda teve início a partir de 1988

  5. Ah, como seria bom se não tivessem combatidos os comunistas com as mesmas armas que eles usavam, menos sequestros, assaltos a bancos e terrorismo(nem tanto, teve o caso rio centro e outros menos expressivo), hoje seríamos uma cuba mais arrasada ou mesmo uma Venezuela mais precoce. Era uma maravilha

    1. Ou talvez uma China, aliás esse era o medo do presidente americano John Kenedy.

    2. Essa petralhada sempre sonham com ditaduras assassinas, mau tse Tung e sua carnificina eram sonhos de consumo

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Política

Carlos Bolsonaro chama de “canalhas” jornalistas que “interpretaram” sua frase com defesa de ditadura

Carlos Bolsonaro, nas redes sociais, soltou o verba com matérias na imprensa em que sugeriram defesa de algum movimento fora da democracia. O filho do presidente Jair Bolsonaro esbravejou que a frase ” por vias democráticas as coisas não mudam rapidamente” simplesmente foi uma resposta “aos que cobram mudanças urgentes”.

Chamando os jornalistas que induziram tal interpretação de “canalhas”, Carlos Bolsonaro condenou menção a ditadura.

 

 

Opinião dos leitores

  1. Quem é contra os comentários dele também é contra os comentários de José Dirceu (só pelo voto não se chega ao poder) e Benedita (tem que pegar em armas e ter banho de sangue)?

  2. Esse covardes falam/escrevem coisas e qto a pressão vem eles se peidam. A declaração do Carlos Bolsonaro é repugnante. Um ponto dela, no entanto, me chama mais atenção: é a referência à "transformação que o Brasil quer". Isso reflete um discurso típico da ala camisa de força do Governo: a de que eles conhecem exatamente o que o Brasil quer e deseja.

  3. ERA SEGREDO, AGORA NÃO É MAIS:
    A esquerda domina a quase totalidade das universidades;
    A esquerda domina grande parte do jornalismo;
    A esquerda domina o ensino público;
    A esquerda domina todos os diretórios acadêmicos;
    A esquerda domina os sindicatos;
    A esquerda trabalhou por 20 anos se apropriando dos cargos e funções do Estado;
    O que estamos testemunhando são as forças da esquerda, os remanescentes dominadores nas categorias atuarem de forma dissimulada, invertida, raivosa e irresponsavelmente contra o governo. Quem acha que a direita ter chegado a presidência resolveu tudo, começam a perceber que não, existe muito a ser feito, pois tem muitas instituições tomadas pela ideologia da esquerda.

    1. Pega o doido…
      A esquerda é a responsável pela existência do mal, na sua concepção.
      Um comentário desse é de quem tem muito amor guardado dentro do peito e que não foi retribuído, viu.
      Faça uma terapia pq a esquerda está lhe consumindo.

  4. Concordo integralmente com o Carlos Bolsonaro. A forma como parte da imprensa está a se comportar, não há outra adjetivo para classificar esses jornalistas: CANALHAS.

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Diversos

Ex-delegado mostrou onde incinerou corpo do pai do presidente da OAB na ditadura, noticia Buzz Feed News

Um ex-delegado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) chegou a mostrar para investigadores da Comissão Nacional da Verdade o forno em que incinerou o corpo do militante de esquerda Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, e de mais 11 presos políticos assassinados entre 1974 e 1975 pelo regime militar no Rio de Janeiro.

A incineração foi feita em um forno da usina de açúcar Cambahyba, em Campos dos Goytacazes (RJ), segundo o próprio ex-delegado.

Cláudio Antonio Guerra tem hoje 78 anos e na quinta-feira (1º) foi denunciado pelo Ministério Público Federal por ocultação e destruição de cadáveres, por conta do desaparecimento dos 12 corpos. Ele admitiu os crimes primeiramente no livro “Memórias de uma guerra suja”, dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, em 2012. Dois anos depois, confirmou tudo e mostrou detalhes da operação de incineração para a Comissão Nacional da Verdade. Em todos os seus depoimentos posteriores, ao Ministério Público, Guerra reafirmou os crimes.

Duranta a semana, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que sabia o destino do pai do presidente da OAB e afirmou que ele não teria sido morto pela ditadura.

Ao ser confrontado com os documentos de Estado que tratam da morte e desaparecimento como crimes da ditadura, o presidente afirmou tratar-se de “balela”. Felipe Santa Cruz e outros ex-presidentes da OAB pediram explicações a Bolsonaro, impetrando uma interpelação no Supremo Tribunal Federal — e o ministro do STF Luís Roberto Barroso, em decisão sobre a interpelação judicial, afirmou que o presidente tem 15 dias para responder, em “querendo” fazê-lo.

Nessa sexta (3), Bolsonaro afirmou que não falou “nada de mais” sobre o pai de Felipe Santa Cruz e disse que responderá ao STF. “Mesmo eu não sendo obrigado, eu presto [esclarecimentos]. Não falei nada de mais”, disse.

O ex-delegado prestou pelo menos dois depoimentos à Comissão Nacional da Verdade. Em um deles, em 23 de julho de 2014, identificou os mortos por fotos apresentadas pela comissão. Ele contou que recolhia os mortos em dois centros de tortura: um em Petrópolis, conhecido como Casa da Morte, e outro, um quartel da Polícia do Exército, no Rio.

O BuzzFeed News buscou nos arquivos da comissão as imagens e os vídeos de depoimento do ex-delegado.

“Nesse período, 1974 e 1975, começou uma pressão muito grande sobre o governo por causa do desaparecimento de corpos. Os coronéis que estavam no comando do país queriam um meio de desaparecer mesmo [com os corpos]. Então foi dada essa ideia de ser incinerados os corpos”, disse o ex-delegado em 2014.

Guerra também participou de uma diligência da comissão na antiga usina. Lá, mostrou o forno e contou detalhes de como eram jogados os corpos.

“Eram geralmente duas pessoas. Eu mesmo pegava”, disse ele, explicando como atirava os mortos na fornalha.

A ideia de desaparecer com os corpos por incineração na usina foi dada pelo próprio delegado a um alto comandante da repressão na época, o então coronel Fred Perdigão, já morto. O forno da usina ficava ligado por seis meses sem interrupção. A Comissão Nacional da Verdade confirmou com técnicos que a dimensão dos fornos tinha capacidade para incinerar pessoas.

O delegado disse que viajava até 200 quilômetros para queimar os corpos e que chegou a usar seu carro particular em uma das viagens. Mas, de modo geral, usava carros descaracterizados, com placa fria, da polícia. Disse que nunca foi parado mas que, se fosse, usaria a carteira do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), para o qual trabalhava.

“Nessa época, o poder nosso era muito grande, ninguém parava”, disse ele.

Os corpos eram entregues em sacos plásticos e colocados no porta-malas do carro. Mas o delegado do Dops contou no vídeo que, por curiosidade, abriu todos os sacos para ver os mortos. Em um dos casos, ficou marcado pelo nível de violência usado contra a vítima, a professora da USP Ana Rosa Kucinski, que tinha marca de mordidas e violência sexual.

“[O corpo] Era entregue ensacado. Eu abria, era curiosidade. Embora fosse uma coisa macabra, eu não sentia nada. Hoje, olhar as pessoas ali, o senhor não calcula como estou por dentro”, disse o ex-delegado, que afirma ter feito as confissões por arrependimento.

Ao ser apresentado a fotos dos 12 mortos, o ex-delegado reconheceu a maior parte. Ele disse que, na época, não sabia exatamente de quem se tratava, mas que, ao produzir o livro, foi fazendo o reconhecimento.

Questionado por um dos integrantes da Comissão Nacional da Verdade diante da foto do pai do presidente da OAB, Guerra foi enfático:

“É o Santa Cruz.”

BuzzFeed.News

https://www.buzzfeed.com/br/tatianafarah/delegado-ditadura-incinerou-santa-cruz-oab

Opinião dos leitores

  1. Minha gente, a conversa com comunista tem que ser bem curtinha. Vai dar cabimento a esse povo.

  2. Mas o presidente dos bolsominions diz que isso nunca existiu e que foram os próprios companheiros do Fernando Santa Cruz que o matou. Apenas para debochar e pisotear na família e no presidente da OAB. Coisa de gente ruim.

    1. Presidente DO BRASIL, "cumpanhêro". E homem sério, honesto, patriota, religioso e defensor dos valores éticos e familiares. Valores que gente como vc demonstra desconhecer.

  3. De 1974 a 2014, fez 40 anos, o cara com 78 anos ainda consegue identificar pelas fotos e lembrar a aparência fisica de uma pessoa morta; por si a morte já modifica a aparência fisica e ainda ter sofrido violência pelo corpo acho complicado

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Diversos

Bolsonaro questiona legitimidade da Comissão da Verdade e vê “balela” em documentos sobre mortes na ditadura

Reprodução: Globo

O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta terça-feira (30) a legitimidade da Comissão da Verdade, que apurou crimes cometidos na ditadura militar.

Ele deu a declaração ao ser perguntado por jornalistas sobre a conclusão da comissão para a morte de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

De acordo com a Comissão da Verdade, Fernando foi preso e morto por agentes do Estado brasileiro na ditadura militar.

Na segunda-feira (29), Bolsonaro disse que “um dia” contaria para o presidente da OAB como o pai havia morrido. “Ele não vai querer saber a verdade”, disse Bolsonaro.

Felipe Santa Cruz respondeu que acionaria o Supremo para que o presidente esclarecesse a fala. Santa Cruz afirmou ainda que Bolsonaro agiu como um “amigo do porão da ditadura”.

Mais tarde, Bolsonaro afirmou que o pai do presidente da OAB foi morto pelo “grupo terrorista” Ação Popular do Rio de Janeiro, e não pelos militares.

O atestado de óbito de Fernando, incluído no último dia 24 no sistema da Comissão de Mortos e Desaparecidos, diz que ele foi morto pelo Estado brasileiro.

Nesta terça, na entrada do Palácio da Alvorada, jornalistas questionaram o presidente de que a versão dele contraria a oficial. Bolsonaro respondeu:

“Você acredita em Comissão da Verdade? Qual foi a composição da Comissão da Verdade? Foram sete pessoas indicadas por quem? Pela Dilma [Rousseff, ex-presidente]”, disse o presidente.

Bolsonaro ainda chamou de “balela” documentos sobre mortes na ditadura.

“Nós queremos desvendar crimes. A questão de 64, existem documentos de matou, não matou, isso aí é balela”, afirmou o presidente

Indagado se está disposto a fornecer as informações que dispõe sobre a morte de Fernando para o STF, o presidente disse que não tem registros escritos e que sua versão está baseada em “sentimento”.

“O que eu sei é o que falei para vocês. Não tem nada escrito que foi isso, foi aquilo. Meu sentimento era esse”, disse Bolsonaro.

Perguntado se tem documentos para mostrar que Fernando foi morto por um grupo de esquerda, o presidente ironizou:

“Você quer documento para isso, meu Deus do céu? Documento é quando você casa, você se divorcia. Eles têm documentos dizendo o contrário?”, disse Bolsonaro.

Corpo incinerado

De acordo com a Comissão Nacional da Verdade, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira sumiu em 1974 e foi “preso e morto por agentes do Estado brasileiro”. Ainda segundo a comissão, Santa Cruz “permanece desaparecido, sem que os seus restos mortais tenham sido entregues à sua família”.

O relatório final da comissão diz ainda que Claudio Guerra, ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS-ES), afirmou em depoimento em 2014 que o corpo de Fernando Santa Cruz Oliveira foi incinerado na Usina Cambahyba, em Campos dos Goytacazes (RJ).

Ainda de acordo com a comissão, o ex-sargento do Exército Marival Chaves Dias do Canto também afirmou em depoimento que havia um esquema de transferência de presos entre estados, que envolvia o encaminhamento dos presos para locais clandestinos de repressão, como a Casa da Morte.

Segundo a comissão, Marival disse que os presos Eduardo Collier Filho e Fernando Santa Cruz teriam sido vítimas dessa operação.

Documento da Aeronáutica

A Comissão da Verdade disponibiliza na internet um documento do antigo Ministério da Aeronáutica segundo o qual Fernando Santa Cruz foi preso em 22 de fevereiro de 1974, um dia antes da data em que, segundo o atestado de óbito, ele morreu.

Comissão da Verdade

A Comissão da Verdade foi criada no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff e funcionou entre 2012 e 2014.

O relatório final do grupo apontou 377 pessoas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985.

O relatório consolidou o material apurado em dois anos e sete meses por meio de audiências públicas, depoimentos de militares e civis e coleta de documentos referentes ao regime militar.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Uma comissão elencada pela ex-guerrilheira Dilma para "esquentar" documentalmente as generosas pensões para os "torturados da ditadura". Não há registros ou provas, apenas depoimentos das vítimas interessadas, portanto, palavra por palavra, é a de uma pessoa idônea contra um ex-guerrilheiro. Ou seja, Segundo a "Tiurma" do Luladrão, palavra não é prova, mas na Comissão da Verdade é???? Cada um conta sua versão conforme seus interesses, e agora??? Quem sabe a verdade???

  2. Precisamosde uma nova comissão da verdade para investigar os mandatos do PT na presidência…Pessoas massacradas em filas de hospitáis públicos, jovens sendo alienados nas escolas públicas, bandidos matando pais de familía na rua, desemprego, bilhões desviados…Eu indicaria o Bolsonaro, Dória, Danilo Gentile, Roger, Marco Feliciano e Rogério Marinho…

  3. Esse Sérgio sabe mesmo contar piada estou rindo sem parar ate agorakkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  4. De um lado herois, patriotas, que lutaram e deram a vida pela democracia do Brasil.
    Do outro torturadores covardes, estupradores sádicos que se escondiam dentro de uma farda.
    Agora esse outro fala de sentimento. Só se for pelo Queiroz…

    1. Dos heróis e patriotas, maior parte estão condenados por corrupção, alguns estão presos, resultado da oportunidade dada pelos brasileiros nas últimas eleições, imagina se não tivessem combatido esses canalhas.com certeza estaríamos bem pior do que hoje

    2. De um lado herói e patriotas. Do outro guerrilheiros tentando implantar uma ditadura.

    3. Sérgio, na URSS, que esses heróis que você cita defendiam assim como o regime comunista que lá imperava na época, morreram mais de 20 milhões de pessoas apenas por se oporem ao comunismo implantado por Lenin e Stalin, falar que morreram pouco mais de 400 subversivos comunistas assassinos que queriam implantar o comunismo aqui no Brasil foi pouco, muito pouco comparado ao que o regime que eles defendiam mataram. Imagina a tragédia e carnificina que haveria se esses comunistas que morreram tivessem sucesso em implantar esse regime tirano aqui no Brasil. Demos graças aos militares de 64 que impediram o golpe comunista em nosso país, esses sim foram nossos verdadeiros Heróis com letra maiúscula.

  5. Tem que ser feito uma comissão de verdade pra esclarecer as torturas e os latrocínios praticados pela bandidagem que foram nutridos pelos 16 anos do regime de esquerda no Brasil

  6. O que essa comissão apurou sobre o outro lado, o lado deles, só tinham gente bem intencionada?
    Do outro lado teve gente matando, atacando quartéis, roubando cargas, bancos, o que essa comissão apurou, onde está esse povo, que nos tempos atuais seriam denominados de terroristas.
    Essa cambada hoje que só culpa os militares estão todos ricos, me aponte um que esta pobre.

  7. Interessante que ninguem da imprensa menciona os atos de terrorismo que ceifaram muitas vidas. A maioria dos reporteres nem havia nascido naquela época, mas já contrairam nas faculdades o germe do comunismo.

  8. Nunca confiei nessa comissão, os militares que cumpriam ordens e defendiam o Brasil, passaram a ser os errados,já os guerrilheiros , sequestradores e comunistas, os heróis.

  9. A quem interessar saber quem omite a verdade, é só procurar os depoimentos do ex-guerrilheiro Carlos Eugênio Paz o Clemente. Era companheiro do Sr. Fernando Santa Cruz , sabe e não fez segredo de quem matou o Fernando. É só procurar uma entrevista que o Clemente concedeu a Gênero Moraes.

    1. As forças armadas num ofício encaminhado em setembro de 2014 à Comissão Nacional da Verdade (CNV) reconheceram a ocorrência de desaparecimentos e mortes durante a ditadura militar ("lamentáveis violações de direitos humanos"). Isso é fato. Pesquisem.

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Diversos

DITADURA: Dilma conta como teve dente arrancado a socos por torturador

dilmachoraluciobernardojrcamaradosdeputados“Você vai ficar deformada e ninguém vai te querer. Ninguém sabe que você está aqui. Você vai virar um ‘presunto’ e ninguém vai saber”, era uma das ameaças ouvidas de um agente público no período em que esteve presa

O relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), divulgado na quarta-feira,  detalhou como a tortura era praticada por agentes públicos durante o período militar. As informações contidas nos depoimentos dão uma noção mais clara dos requintes de crueldade que não poupava nem mesmo mulheres e adolescentes, presos de forma clandestina e sem qualquer direito básico de defesa, algo injustificável mesmo por aqueles que pregam a volta dos militares como se vê em algumas manifestações ou se ouve de alguns parlamentares.

Naquela época, a presidente Dilma Rousseff era uma das líderes de uma organização chamada Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Ela foi presa em janeiro de 1970, pela Operação Bandeirante. Assim como outros opositores do regime militar, Dilma foi torturada e até hoje alega sofrer com sequelas físicas e psicológicas.

No relato que fez à Comissão Estadual de indenização às Vítimas de Tortura de Minas Gerais, em 2001, Dilma conta como teve um dente arrancado a socos, sobre as sessões de tortura (algo que parecia ser uma praxe entre os presos interrogados), sobre ser amarrada em um pau de arara e sobre os choques.

“Eu vou esquecer a mão em você. Você vai ficar deformada e ninguém vai te querer. Ninguém sabe que você está aqui. Você vai virar um ‘presunto’ e ninguém vai saber”, era uma das ameaças ouvidas de um agente público no período em que esteve presa. “Tinha muito esquema de tortura psicológica, ameaças (…) Você fica aqui pensando ‘daqui a pouco eu volto e vamos começar uma sessão de tortura’”, contou Dilma.

Dilma foi levada para a Operação Bandeirante no começo de 1970, em Minas Gerais. “Era aquele negócio meio terreno baldio, não tinha nem muro direito. Eu entrei no pátio da Operação Bandeirante e começaram a gritar: ‘Mata!’, ‘Tira a roupa’, ‘Terrorista’,’Filha da puta’, ‘Deve ter matado gente’. E lembro também perfeitamente que me botaram numa cela. Muito estranho. Uma porção de mulheres. Tinha uma menina grávida que perguntou meu nome. Eu dei meu nome verdadeiro. Ela disse: ‘Xi, você está ferrada’. Foi o meu primeiro contato com o ‘esperar’. A pior coisa que tem na tortura é esperar, esperar para apanhar. Eu senti ali que a barra era pesada. E foi. Também estou lembrando muito bem do chão do banheiro, do azulejo branco. Porque vai formando crosta de sangue, sujeira, você fica com um cheiro”, relata.

Oficialmente, a tortura sempre foi negada pelos militares. De acordo com o relatório da CNV, era uma prática instituída dentro do regime militar, inclusive com premiação de torturadores com a Medalha do Pacificador.

No caso de Dilma, o principal responsável pela tortura era o capitão Benoni de Arruda Albernaz. “Quem mandava era o Albernaz, quem interrogava era o Albernaz. O Albernaz batia e dava soco. Ele dava muito soco nas pessoas. Ele começava a te interrogar, se não gostasse das respostas, ele te dava soco. Depois da palmatória, eu fui pro pau de arara”, conta. Albernaz era o chefe da equipe A de interrogatório preliminar da Oban quando Dilma foi presa, em janeiro de 1970.

Dente arrancado a socos

Um dos pontos mais gráficos nos trechos do depoimento de Dilma contidos no relatório fala sobre o episódio no qual teve um dente arrancado a socos, que lhe acarretou sequelas até os dias atuais. “Uma das coisas que me aconteceu naquela época é que meu dente começou a cair e só foi derrubado posteriormente pela Oban. Minha arcada girou para outro lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente deslocou-se e apodreceu. Tomava de vez em quando Novalgina em gotas para passar a dor. Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o Albernaz completou o serviço com um soco arrancando o dente”, conta Dilma.

Mas para estas pessoas, a principal memória dos dias em que foram submetidos a práticas desumanas e quase medievais de tortura, em pleno século 20, são as sequelas que perpetuam até hoje em suas vidas.

“Acho que nenhum de nós consegue explicar a sequela: a gente sempre vai ser diferente. No caso específico da época, acho que ajudou o fato de sermos mais novos, agora, ser mais novo tem uma desvantagem: o impacto é muito grande. Mesmo que a gente consiga suportar a vida melhor quando se é jovem, fisicamente, mas a médio prazo, o efeito na gente é maior por sermos mais jovens. Quando se tem 20 anos o efeito é mais profundo, no entanto, é mais fácil aguentar no imediato.

Fiquei presa três anos. O estresse é feroz, inimaginável. Descobri, pela primeira vez que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente o resto da vida.

Quando eu tinha hemorragia – na primeira vez foi na Oban – pegaram um cara que disseram ser do Corpo de Bombeiros. Foi uma hemorragia de útero. Me deram uma injeção e disseram para não me bater naquele dia. Em Minas Gerais, quando comecei a ter hemorragia, chamaram alguém que me deu comprimido e depois injeção. Mas me davam choque elétrico e depois paravam. Acho que tem registros disso até o final da minha prisão, pois fiz um tratamento no Hospital de Clínicas.

As marcas da tortura sou eu. Fazem parte de mim”, relatou Dilma.

Terra

Opinião dos leitores

  1. Natalense, cabeça de Jabulani, da uma passadinha no Walfredo Gurgel, que vc vai ver o que é tortura, Essa Péle tá querendo comover as pessoas, tentando desviar o foco. O que ela deveria fazer era renunciar, Presidenta incompetente e mentirosa, o que ela mentiu na campanha, um macaco não pula em cem anos. Deixa roubar e diz que não sabe de nada, pois bem se não sabe de nada, o que danado tá fazendo? Já sei, acabando com o País, haja inflação, haja corrupção. O Brasil, tá crescendo feito rabo de cavalo para baixo, só não ver quem não quer, ou se faz de doido devido a paixão por esse partido corrupto."PT"

  2. Fábio, o Aécio tinha 10 anos em 1970. Acho que ele realmente curtia a infância adoidado.
    Antes de comentar, se informe para não falar besteira!
    Esse é aluno do "mestre" Lula!!!

  3. PQP… Como tem gente capaz de tecer comentarios como esses, de sinésio filho e beto?

    era bom que fossem as maes de voces nessa situação, seus animais desprovidos de massa encefálica!

  4. Enquanto isso o Playboy filhinho de papai curtia a vida adoidado e agora quer dar uma de herói. Enquanto isso a Globo babava os generais e a gora quer mandar na mente das pessoas. REVOLTANTE!!!

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Diversos

Comissão liga ao Exército 6 centros clandestinos de tortura na ditadura

Relatório inédito da Comissão Nacional da Verdade, a ser apresentado hoje em São Paulo, aponta a existência de pelo menos seis centros clandestinos onde ocorreram tortura e morte de opositores do regime militar e que atuaram de forma integrada ao aparato de repressão montado pelo Estado, por meio das Forças Armadas. O estudo contradiz versão de que os agentes agiam de forma autônoma nesses locais.

O novo relatório vem a público uma semana após as Forças Armadas anunciarem que vão investigar práticas de tortura e morte em instalações militares oficialmente usadas em interrogatórios e prisões políticas. Segundo a Comissão da Verdade, agentes da repressão levavam para os centros clandestinos militantes de esquerda já marcados para morrer ou que os militares tentavam transformar em agentes infiltrados, os chamados “cachorros”. A comissão tem informações detalhadas sobre seis desses centros e pesquisa outros três.

Na audiência pública de hoje, a historiadora Heloísa Starling, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e assessora da Comissão Nacional, deve apresentar quadros detalhados das estruturas de comando militar, indicando como os oficiais que operavam os centros clandestinos estavam diretamente ligados a seus superiores e ao sistema central de informações. A preocupação é mostrar que eles não operavam de maneira isolada ou à revelia.

No caso do Exército estão sendo investigados seis centros de tortura, três dos quais em São Paulo, que funcionaram entre 1969 e 1977 e faziam parte da estrutura controlada pelo Centro de Informações do Exército (CIE), vinculado ao gabinete do ministro do Exército.

O primeiro foi o chamado Sítio. Segundo informações de agentes do Departamento de Operações de Informações (DOI) do 2.º Exército, lá foram executados dois militantes do Movimento de Libertação Popular (Molipo) – Ayrton Adalberto Mortati e Antonio Benetazzo – e dois da Ação Libertadora Nacional (ALN), Antonio Carlos Bicalho Lana e Sonia Maria de Moraes Angel Jones.

Em 1974, depois que a Casa da Morte de Petrópolis foi fechada, os militares passaram a usar outros dois centros em São Paulo. Um deles, a Boate, funcionava em uma casa em Itapevi, na região metropolitana. O apelido vinha do fato de o local ter abrigado a Boate Querosene.

Ali foram torturados e mortos seis integrantes do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB). A exemplo de Petrópolis, os corpos foram retalhados, amarrados em blocos de cimento e jogados em um rio, na região de Avaré. As informações sobre a Boate foram reveladas pelo ex-sargento Marival Chaves, que trabalhou no DOI, e confirmadas por outros dois agentes.

Sangue. “Vi muito sangue da esquerda correr”, disse o ex-sargento, que fazia relatórios com o conteúdo dos interrogatórios dos presos mantidos clandestinamente em Itapevi. Foi ali que os militares conseguiram um de seus maiores trunfos contra o PCB: transformar um militante no agente infiltrado Vinícius, que atuou entre 1974 e 1982.

O Exército também usou as instalações de uma chácara em Araçariguama (SP). Ali teriam sido mortos José Montenegro de Lima e Orlando da Silva Rosa Bonfim Junior, filiados ao PCB.

Entre os poucos sobreviventes aparecem Aristeu Nogueira e Renato de Oliveira Mota. Após terem sido torturados em centros clandestinos, eles foram levados para a sede do DOI, que ficava na zona sul da capital, apontada como um dos maiores centros de tortura do País, onde morreram ao menos 51 pessoas.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. As atuais gerações estão pouco se lixando para fatos ocorridos há cinquenta anos,pois, com a continuação da mesma bandalheira,já se sabe que o país continua e continuará sendo o mesmo.

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Diversos

Justiça argentina condena à prisão perpétua 5 agentes da ditadura

A Justiça argentina condenou nesta terça-feira o último presidente da ditadura militar (1976-1983), Reynaldo Bignone, e o ex-comandante Santiago Omar Riveros à prisão perpétua por delitos cometidos contra 23 vítimas, entre elas sete mulheres grávidas que tiveram seus filhos em maternidades clandestinas.

O julgamento de 25 acusados de crimes realizados pela Operação Condor começou no último dia 5. É a primeira vez que repressores são julgados em conjunto por cooperarem na perseguição e assassinato de opositores nas décadas de 1970 e 1980. Segundo cálculo dos magistrados do tribunal, o julgamento terá a duração de pelo menos dois anos; serão ouvidas cerca de 500 testemunhas.

As figuras mais importantes do último governo militar, entre elas o ex-ditador Jorge Rafael Videla, estão presas e condenadas. Os processos também continuam avançando em tribunais do interior da Argentina. Recentemente, a Justiça de La Rioja confirmou a cumplicidade da Igreja Católica com os militares durante os anos de chumbo. (mais…)

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Diversos

OAB cobra que se investigue tortura de crianças na ditadura

O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, cobrou que os atos de tortura envolvendo crianças, durante a ditadura militar, sejam investigados.

— Aos poucos, vão se revelando novos fatos que mostram que as barbaridades cometidas à época da ditadura tiveram requintes de crueldade, cuja dimensão não se sabia ou se pensava. Estamos descobrindo que nem as crianças escaparam da sanha assassina dos torturadores — avaliou Damous.

De acordo com o advogado, indicado para presidir a Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, ainda não instalada, o conhecimento sobre esses episódios é didático.

— Tais episódios agora revelados ensinam que a atitude de considerar fatos ocorridos na ditadura como página virada, condenados ao esquecimento, é equivocada. Todos devemos conhecer as circunstâncias e os autores desses atos e saber a mando de quem os praticaram para que nunca mais aconteçam. Essa é uma exigência da democracia brasileira — completou.

Hoje completa uma semana da morte de Carlos Alexandre Azevedo, o Cacá, filho do jornalista potiguar Dermi Azevedo, torturado quando tinha apenas 1 ano e 8 meses, na sede do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Dops), onde estavam presos os seus pais, em janeiro de 1974. Ele se suicidou com uma overdose de remédios, após anos de sofrimento com uma fobia social herdada da época. A morte dele foi uma das motivações para a investigação de casos de tortura feitos com crianças na ditadura.

O GLOBO

 

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Economia

Documentos do SNI mostram como a ditadura militar vigiava funcionários da Petrobras

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) recebeu da Petrobras mais de 400 rolos de microfilmes, além de microfichas e documentos textuais. De acordo com a CNV, o material produzido por uma divisão do Serviço Nacional de Informações (SNI), que funcionava dentro da empresa, ajudará a entender como o regime militar monitorava os trabalhadores da empresa.

O acervo reúne informações que abrangem o período de 1964 a 1985. A CNV determinou o recolhimento dos documentos. Parte do material foi transportada para o Arquivo Nacional onde se concentra toda a documentação recebida pela comissão. De acordo com a CNV, em um primeiro lote de documentos, composto por 53 rolos de microfilme, encontram-se fichas de controle de investigação político-social produzidas pela extinta Divisão de Informações do SNI, conhecida como ASI/Petrobras.

Ainda segundo a CNV, a atividade da ASI/Petrobras se concentrava no monitoramento das atividades e movimentações de funcionários da estatal. Aparentemente essas informações eram usadas para impedir promoções de trabalhadores considerados subversivos.

Uma equipe da CNV vai analisar o restante do acervo: mais 373 rolos de microfilmes, uma quantidade de microfichas ainda não quantificada e grande documentação textual em papel.

Agência Brasil

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Política

Foto inédita mostra Dilma num interrogatório de 1970

A foto acima exibe Dilma Rousseff no frescor da juventude. Foi clicada em novembro de 1970, na sede da Auditoria Militar do Rio de Janeiro.

Presa pela ditadura, a então guerrilheira Dilma –ou Estela ou Vanda ou Luíza, seus codinomes na clandestinidade— tinha escassos 22 anos.

No momento em que a máquina fotográfica foi acionada, ela estava sendo interrogada. Repare num detalhe: os inquisidores escondem o rosto com a mão.

Deve-se a veiculação da imagem ao repórter Ricardo Amaral. Içou-a das páginas do processo contra Dilma na Justiça Militar. E  acomodou-a num livro que chega às prateleiras no próximos dias.

Chama-se ‘A vida quer Coragem’. Foi impresso pela Editora Primeiro Plano. Contém uma reportagem de fôlego de Amaral. Relata os passos de Dilma da guerrilha até o Planalto.

A foto e trechos da obra foram publicados pela revista ‘Época’, um dos veículos para os quais Amaral já trabalhou.

Os pedaços do livro que tratam de 2010 trazem o relato de olhos que perscrutaram os subterrâneos da campanha petista.

Amaral foi assessor da Casa Civil da Presidência e também da campanha de Dilma.

Josias de Souza

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Denúncia

Ditadura na Base Aérea de Natal

blog Balaio do Kotscho

Uma gravíssima denúncia foi feita na edição desta semana da revista Carta Capital que acabo de ler. Em sua coluna “Rosa dos Ventos”, o colega Maurício Dias revela o que ainda acontece no Rio Grande do Norte: “A ditadura continua _ A terrificante história da defensora pública federal barrada na Base Aérea de Natal ao recusar-se à humilhação”.

Aos fatos: oficiais da unidade militar queriam obrigar a defensora pública federal Lorena Costa, do 2º Ofício Criminal, a tirar a roupa para poder entrar no quartel e prestar assistência jurídica a um preso, alegando “norma da casa”.

Lorena estava acompanhando a esposa do assistido, que em suas visitas anteriores havia sido humilhada pelos militares, “obrigada a tirar a roupa, se agachar e fazer força, por três vezes seguidas, a fim de verificar se carrega consigo algo suspeito”.

O principal responsável por tamanha barbaridade, um quarto de século após o sepultamento oficial da ditadura militar (1964-1985), é o coronel Lima Filho, que até a tarde desta segunda-feira ainda não havia sido afastado do posto.

“Nunca tinha visitado um estabelecimento pertencente às Forças Armadas, mas senti que a ditadura por lá ainda não acabou e não se teve notícia da Constituição Federal de 1988”, desabafou a defensora pública.

Opinião dos leitores

  1. Isso é o reflexo do que acontece no Planalto Central. Quem está na Planície, civis e militares, sabedores que a corrupção, o desmando e o desrespeito as leis campeiam no Governo Federal há oito anos e seis meses e que não acontece nada em termos de punição, seja do Governo, seja da Justiça, sem acham no direito de ditar suas próprias "regras", vigentes interna e externa corporis. O pior de tudo é que essas "regras" afrontam e rasgam a Constituição, a Lei de Licitações, os mais variados Códigos, as normas de conduta dos servidores públicos… Assim, além da viúva ser assaltada, é achincalhada. Esse é o Brasil dos petralhas!

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