Diversos

Juiz da ‘cura gay’ diz que nunca considerou homossexualidade como doença, e fala em “interpretação e propagação equivocada”

Foto: Thiago Freitas/15-11-2015

O juiz Waldermar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília, que permitiu que psicólogos tratassem a homossexualidade, divulgou uma nota na tarde desta quinta-feira afirmando que “em nenhum momento” considerou que a homossexualidade é uma “doença ou qualquer “transtorno psíquico passível de tratamento”.

Para o magistrado, houve uma “interpretação e a propagação equivocada” de sua decisão. Waldemar divulgou a nota para negar convites pedidos de entrevista, por parte de veículos de imprensa, para comentar sua decisão.

O juiz lembrou que magistrados não podem manifestar sua opinião sobre processos que ainda vão ser julgados, e ressaltou que há meios processos para pedir esclarecimentos de sua decisão.

Em sua decisão, em caráter liminar, Waldermar impediu que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) proíba os psicólogos do país de prestar atendimento referente a orientação sexual,. Segundo ele, o objetivo seria não privar o psicólogo de estudar ou atender a pessoas que “voluntariamente venham em busca de orientação acerca de sua sexualidade”.

Leia na íntegra a nota divulgada nesta quinta-feira:

“Considerando a interpretação e a propagação equivocada acerca da decisão proferida por este Magistrado nos autos do Processo n. 1011189-79.2017.4.01.3400;

Considerando que em nenhum momento este Magistrado considerou ser a homossexualidade uma doença ou qualquer tipo de transtorno psíquico passível de tratamento;

Considerando ser vedado ao Magistrado manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento (art. 36, III, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional);

Considerando existir meio processual adequado à disposição das partes para pedir o esclarecimento de eventuais obscuridades ou contradições em qualquer decisão judicial (art. 1.022, I, do novo Código de Processo Civil);

Este Magistrado vem a público declinar dos convites a ele formulados por diversos meios de comunicação no intuito de debater ou esclarecer seu posicionamento acerca da questão. Espera-se a compreensão do público em geral, em especial daqueles que não tiveram a oportunidade de ler, em sua integralidade, a referida decisão, que se encontra disponível no sítio do TRF1 (http://portal.trf1.jus.br/sjdf/), em Notícias.”

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. BG
    Uma chatice sem limites essa conversa de cura gay. Existem coisas muitíssimo mais importantes para ser debatido tipo por exemplo DESEMPREGO. Ora bolas.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *