Economia

Aécio Neves diz que pretende elevar investimento para 24% do PIB até 2018

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse há pouco a empresários do setor industrial que, caso eleito, pretende elevar, até 2018, a taxa de investimento do país em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), dos atuais 18% para 24%, conforme o candidato. O tucano disse ainda que terá “como obsessão” a recuperação da competitividade da economia e irá propor mudanças na relação com o Mercosul para facilitar a negociação de acordos brasileiros com a União Europeia e outros países.

Durante sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com os três presidenciáveis melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto, Aécio Neves prometeu reduzir e simplificar a carga tributária, “isonomia “no tratamento dos vários setores da economia, além de medidas para criação de um ambiente de negócio “seguro” e “claro”.

“Quero estabelecer aqui o desafio para o próximo governo para que possamos, ao final do ano de 2018, saltar do patamar que estamos amarrados hoje de 18% do PIB, para alavancar 24% do PIB de investimentos, com o setor privado e a criação de um ambiente favorável de negócios”, disse.

Segundo ele, a meta será fiscalizada por uma comissão formada por representantes do setor industrial, da iniciativa privada e do governo.

Para Aécio Neves, o Brasil perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas para a economia, e o pessimismo em relação ao Brasil tem crescido nos últimos meses. Por isso, o futuro presidente precisa trabalhar na recuperação da confiança dos mercados e dos investidores.

“Isso passa por uma nova forma de governança. Não esperem que o nosso governo tenha um Plano A, plano mais isso ou maior. Mas [esperem] regras mais claras e um ambiente seguro, regulação clara dos mercado e, sobretudo, ação do governo que também aumente a produtividade e a qualidade dos serviços”.

O tucano criticou o atual modelo de negociação imposto pelo Mercosul e prometeu trabalhar para mudar regras do bloco. “O Mercosul vem nos amarando. Não é um desprezo, mas uma transição, uma transformação em região aduaneira para que possamos formatar acordos com outras regiões do mundo”, frisou, um dia após reunião de cúpula do bloco, em Caracas.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Os grandes proprietários de títulos públicos (empresas, bancos e especuladores) tem interesse em qualquer política que REDUZA AS DESPESAS DO GOVERNO FEDERAL ou que interfira no crescimento e no emprego que tenha ligação com gastos do governo. Para esses proprietários rentistas, o principal inimigo a vencer (e portanto se combatido) são aqueles que disputam as verbas do orçamento público – e não a inflação, embora a inflação também seja uma ameaça usada como falso discurso (demagogia). E a perspectiva dos proprietários de títulos tem sido tão veementemente propagada (por meio de assessorias de imprensa profissional e agências de propagandas contratadas) pelos meios de comunicação de massa e tão bem assimiladas pela maioria das pessoas, que ficou fácil para os dirigentes políticos (mentindo deslavadamente na nossa cara) convencer a sociedade de que o que é bom para o mercado de títulos é bom para a economia, ainda que isso signifique maior desemprego, arrocho, menos investimentos nas áreas sociais e menor crescimento.
    Assim, Aécio, como liderança identificada com a defensoria da preponderância dada ao capital financeiro no Brasil, se sente confortável para propor políticas de desmonte dos gastos sociais, adornados com os nomes de "choque de gestão", "reformas estruturais", "blindagem da política econômica".
    LAMENTÁVEL!!!

  2. Tentando me lembrar de alguma obra de infra-estrutura feita por FHC/PSDB
    E olhe que dinheiro não faltou com as privatizações.
    Até energia faltava, apagões e racionamento de energia.
    Na UFRN um único tijolo não foi colocado na gestão do PSDB.
    Talvez Aecio esteja se referindo a construção de aeroportos nas faZendas de familiares.

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