Lançado no Brasil no dia 9 de outubro, “Anabelle” saiu de exibição em diferentes cinemas nas cidades francesas de Lyon, Marselha, Toulosse, Estrasburgo e Montpellier. Com bilheteria mundial estimada, até semana passada, de U$318 milhões, a trama, que é um spin-off de “A invocação do mal” e conta a origem da boneca possuída por entidades do mal, foi retirada por motivos de segurança: muito além dos tradicionais gritos de pânico, há relatos de poltronas danificadas, brigas, insultos, cuspes e até mesmo urina. Segundo Frédéric Perrin, diretor de um cinema em Marselha, os responsáveis seriam “jovens histéricos e incontroláveis” diante do filme.
“Annabelle”, que contou com uma intensiva campanha de publicidade, pode ser considerado vítima de sucesso. “Os incidentes são causados por um público de 12 a 14 anos que se reúne não só para ver o filme, mas também para promover o tumulto”, explicou ontem a rede de cinemas UGC, que deixou de exibir o longa em diferentes cidades francesas. Através das redes sociais, os jovens combinam o encontro em um cinema e lá dentro fazem a confusão.
Em Estrasburgo, um cartaz anunciava o fim das sessões de “Anabelle”: “Por causa de incidentes, o filme não será exibido no cinema até nova ordem. Obrigada pela compreensão”. Em Marselha, a polícia interveio em diversas sessões para interromper brigas. Diretor do cinema “Les 3 Palmes”, Didier Tarizzo, não lembra de ter visto algo parecido: “Já aconteceram fenômenos similares, mas nada com tamanha amplitude. É fácil pedir para que 10 ou 15 jovens se retirem da sala, mas isso se torna mais difícil quando eles são centenas”.
Tamanha a dimensão do caso que determinados veículos buscaram na psiquiatria um explicação. “Para o adolescente, de natureza inquieta e que vive dentro de um corpo em transformação, filmes de terror funcionam como um espelho. Eles vêem nele suas próprias angústias. E no caso de “Anabelle”, eles acreditam poder expressar suas emoções livrementes, pois estão rodeados de jovem que não os julgam”, explicou a psiquiatra Stéphane Clerget à emissora Europe 1. No passado, outras produções causaram situações semelhantes, como “Atividade paranormal” e “A entidade”, que foi retirado de 40 salas de cinema no país.
As informações são do “El País”, com O Globo
O FIME ANABELLI E LEGAL MAIS NÃO TENHO MEDO FIME MAIS O FIME DE TERROR MAIS LEGAL E INVOCAÇAO DO MAL ANABELLI