Finanças

Em 10 dias, Lava Jato recupera R$ 1 bi de 3 investigados, diz MPF

(Foto: Reprodução GloboNews)

Em 10 dias, duas empresas investigadas pela Operação Lava Jato e o empreiteiro Marcelo Odebrecht devolveram aos cofres públicos quase R$ 1 bilhão, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Os valores foram restituídos entre 26 de junho e 6 de julho deste ano.

Conforme divulgado pelo Ministério Público Federal nesta sexta-feira (7), Marcelo Odebrecht devolveu R$ 73,4 milhões; a Braskem, que pertence ao Grupo Odebrecht, devolveu R$ 736,5 milhões, e a Andrade Gutierrez R$ 94 milhões.

A restituição faz parte dos acordos de leniência e de colaboração feitos entre a força-tarefa da Operação Lava Jato e os investigados. As empresas e Marcelo Odebrecht foram acusados de envolvimento no esquema de corrupção descoberto na Petrobras para direcionamento de licitações e pagamento de propina para servidores e agentes políticos.

Nos acordos de leniência e de colaboração, as empresas e as pessoas envolvidas assumem a participação em um determinado crime e se comprometem a colaborar com as investigações, além de pagar multas, em troca de redução de punições.

“Além disso, por meio dos acordos de leniência, as empresas colaboradoras assumiram o compromisso de implementar e aperfeiçoar programas de conformidade, em linha com modernos instrumentos de combate e prevenção à corrupção”, diz a força-tarefa da Lava Jato.

O valor depositado por Marcelo Odebrecht corresponde, de acordo com o MPF, a 70% dos rendimentos dele, em 10 anos, período em que participou de fatos criminosos. O montante foi depositado em 26 de junho, e caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) determinar para onde o dinheiro deve ser encaminhado.

Marcelo Odebrecht foi preso na 14ª fase da Operação Lava Jato em junho de 2015. Atualmente, ele está detido na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, com condenações por crimes como corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa em dois processos. Em um deles, foi condenado a mais de 19 anos de prisão, e em outro a 9 anos.

Pelo acordo de colaboração, ele pode deixar a prisão no fim deste ano porque foi estabelecido que a pena seja reduzida para dez anos, sendo que dois anos e meio em regime fechado. Depois, ele deverá cumprir mais dois anos e meio em regime domiciliar.

No caso da Braskem, a empresa terá que devolver mais de R$ 3 bilhões. Os R$ 736 milhões depositados na quinta-feira (6) correspondem à primeira parcela.
Segundo o MPF, a força-tarefa solicitará à Justiça que 95% do dinheiro seja destinado aos entes públicos, órgãos públicos, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista, inclusive à Petrobras, como ressarcimento dos danos materiais e imateriais.

O acordo de leniência firmado pela Andrade Gutierrez Investimentos em Engenharia prevê a devolução de R$ 1 bilhão. Este depósito de R$ 94 milhões, feito na segunda-feira (3), corresponde à segunda parcela.

Até o momento, a empresa ressarciu aos cofres públicos em R$ 177.392.136,24.

MPF critica fim do grupo de trabalho exclusivo da Lava Jato na PF

Após a Polícia Federal (PF) anunciar o fim do grupo de trabalho exclusivo para investigações da Lava Jato em Curitiba, o Ministério Público Federal afirmou que a medida é um “evidente retrocesso”. A PF decidiu deslocar os investigadores para a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor).

Com a medida, os investigadores que atuavam na Lava Jato e na Operação Carne Fraca, passarão a assumir também inquéritos de outras investigações em andamento pela PF no Paraná, relacionados a crimes econômicos.

“A anunciada integração, na Polícia Federal, do Grupo de Trabalho da Lava Jato à Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas, após a redução do número de delegados a menos de metade, prejudica as investigações da Lava Jato e dificulta que prossigam com a eficiência com que se desenvolveram até recentemente”, considerou o MPF.

G1

 

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Diversos

FOTO: Caravana da Liberdade percorre 120 municípios em 10 dias‏

IMG-20140804-WA0047Os candidatos ao Governo do Estado, Robinson Faria (PSD), a vice-governador Fábio Dantas (PCdoB), ao Senado, Fátima Bezerra (PT) e os demais candidatos da coligação Liderados pelo Povo iniciam nesta segunda-feira (4) a Caravana da Liberdade que irá percorrer 120 municípios nos próximos 10 dias. Estão programadas caminhadas, comícios, reuniões políticas, visitas a feiras, mercados e espaços públicos.

O roteiro da caravana nos dois primeiros dias contempla as regiões do Potengi, Central, Seridó, Valeu do Açu e salineira. O primeiro município a ser visitado nesta segunda é Santa Maria, seguido de São Paulo do Potengi e Riachuelo. Na sequencia, a Caravana da Liberdade estará em Caiçara do Rio dos Ventos, Lajes, Fernando Pedrosa, Angicos, São Rafael e finaliza o dia com programação em Jucurutu.

De acordo com o candidato Robinson, a caravana atende a um pedido da população e de seus líderes políticos. “Vamos visitar as cidades, conversar com as pessoas e levar nossas propostas ao povo. Estamos no caminho certo, nas ruas, ouvindo os desafios de cada região”, afirmou.

Na terça, a Caravana da Liberdade continua em Jucurutu e nos municípios de Itajá, Ipanguaçu, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Carnaubais, Porto do Mangue e Areia Branca.

Conheça a programação nesta segunda e terça da Caravana da Liberdade

04 de Agosto (Segunda)

1 Natal
2  Santa Maria
3  São Paulo do Potengi
4  Riachuelo
5  Caiçara do Rio dos Ventos
6  Lajes
7  Fernando pedrosa
8  Angicos
9  São Rafael
10  Jucurutu

05 de agosto (Terça)

1  Jucurutu
2  Itajá
3  Ipanguaçu
4  Alto do Rodrigues
5  Pendências
6  Macau
7   Carnaubais
8   Porto do Mangue
9   Areia Branca

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