Diversos

Dilma também acionou militares contra protestos, em 2013

A exemplo do que faz agora o governo de Michel Temer, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) recorreu aos militares em 2013 para proteger o Palácio do Planalto e ministérios, em meio à onda de de manifestações que tomou o país. A segurança foi reforçada após violentos protestos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em 20 de junho daquele ano.

Em 19 de dezembro de 2013, o então ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou a portaria 3.461, que regulamenta o dispositivo de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que trata do emprego das Forças Armadas em situações de manutenção da segurança pública.

Desde então, a GLO já foi evocada em operações no Rio de Janeiro e durante a fase aguda das crises no Rio Grande Norte e no Espírito Santo. Segundo o Ministério da Defesa, isso acontece “devido ao esgotamento dos meios de segurança pública, para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.

A GLO também foi usada em grandes eventos, como a Copa do Mundo (2014) e a Olimpíada de 2016.

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Dando uma passeada pelo senhor Google, não encontro nada que diga que Dilma acionou as forças armadas contra quem fez protestos contra ela. Apagaram? por que não houve nenhuma reação da própria mídia na época? não seria bom dar uma confirmada antes do control C, control V?

    1. Houve sim, meu caro. Acontece que, na época, isso foi tratado como algo absolutamente normal. Hoje, a turma da esquerda fica atrás de qualquer coisa prá desqualificar seus adversários. E essa utilização das FFAA é um prato cheio prá eles. Associam logo a ditadura e por ai vai.

  2. A senadora petista sabe desse dado??? Ou sua visão continua da política sendo monocromática (só vê duas cores, dois 'lados')?

    1. A senadora do "gópi"? Aquela que se diz ex professora mas que ninguém conhece um aluno seu? Que passou a vida pendurada no sindicato da categoria, "politicando"? Algo me faz crer que ela talvez tenha que concorrer a outro cargo. Talvez deputada federal. E vai ter que ralar muito prá se eleger.

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Diversos

Entrada do zika no Brasil pode ter sido na Copa das Confederações, em 2013

O primeiro doente com vírus da zika no Brasil foi identificado oficialmente em maio de 2015, mas um pioneiro estudo, feito por mais de meia centena de pesquisadores -a maioria brasileiros-, demonstrou que, na verdade, o primeiro caso no país surgiu bem antes, entre maio e dezembro de 2013.

O estudo com o resultado foi divulgado nesta quinta-feira (24) pela prestigiada revista científica americana “Science”.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o material genético de vírus retirado de sete diferentes pacientes. As sete amostras de vírus que tiveram seus genomas decifrados vieram de um recém-nascido com vários problemas de formação -incluindo a microcefalia; de um adulto morto; de um caso de um doador de sangue contaminado pelo ZIKV; e de quatro casos sem complicações.

O trabalho foi realizado por uma equipe internacional, liderada por pessoal do Instituto Evandro Chagas, de Ananindeua (PA) -Nuno Rodrigues Faria, Marcio R. T. Nunes e Pedro Fernando da Costa Vasconcelos- e Oliver G. Pyvus, da Universidade Oxford, Reino Unido. Também participaram cientistas de outras instituições brasileiras, dos EUA e Canadá.

A rápida difusão do vírus no país foi uma surpresa, segundo Pedro Vasconcelos. “Nós pensávamos que o vírus teria entrado no Brasil em 2014 possivelmente durante a Copa do Mundo. Mas as análises evolutivas e filogeográficas mostraram que o vírus foi introduzido em até um ano antes e mais de uma ano antes de ter sido reconhecido”, diz o pesquisador.

“Esse fato deveu-se às epidemias simultâneas de dengue e chikungunya no Brasil, arboviroses que têm quadro clínico muito parecido com o zika. Além disso, cerca de 80% das infecções são assintomáticas. Esses dois fatores contribuíram muito para a dispersão silenciosa do zika no Brasil”, afirma Vasconcelos.

Os autores também afirmam que o vírus que circula no país foi importado da Polinésia Francesa, onde fica a paradisíaca ilha de Taiti, após compararem seus resultados com amostras de vírus de outras regiões do planeta infectadas.

COPA DAS CONFEDERAÇÕES?

Além da semelhança dos genomas dos diferentes vírus, há um dado adicional apoiando a conexão com a Polinésia Francesa: o período teve um número significativamente maior de viajantes entre o Brasil e essas ilhas no oceano Pacífico.

A origem via Pacífico é particularmente curiosa, pois haveria uma opção Atlântica igualmente viável ou até mesmo mais provável. O vírus da zika foi primeiro identificado em 1947 na floresta de Zika, em Uganda, África.

Depois de 1947 o vírus depois foi introduzido na Ásia e Oceania. Faria mais sentido que chegasse ao Brasil via África, de onde chegam bem mais viajantes do que da Polinésia.

Mas eventos recentes, notadamente esportivos, aumentaram a vinda de viajantes no Brasil, incluindo bom número adicional do Pacífico, que devem ter introduzido aqui sua versão do vírus da zika. O tráfego aéreo com a Polinésia, e outros locais com epidemias de zika desde 2012, cresceu 50%.

Um artigo científico assinado no ano passado por pesquisadores da Polinésia Francesa sugeria que o zika teria aportado no Rio de Janeiro com participantes do Va’a World Sprint, campeonato mundial de canoagem realizado em agosto de 2014.

Mas a data da entrada do vírus agora é de 2013, e os autores do novo artigo afirmam que uma das hipóteses é que o vírus tenha chegado via Copa das Confederações, que incluiu uma seleção do Taiti, na Polinésia Francesa. A seleção taitiana jogou no Recife, perto do epicentro da epidemia brasileira. Mas não há como provar isso conclusivamente.

Foram encontradas algumas diferenças encontradas entre os vírus de diferentes regiões do país, como São Paulo, Pará ou Maranhão. “Há uma probabilidade alta que vírus isolados de dois pacientes distintos apresentem diferenças entre si. As diferenças entre os vírus estão relacionadas com o fato de que o vírus da zika, tal como todos os outros vírus da mesma família, evolui rapidamente. A velocidade de mutação do zika no Brasil é portanto típica e semelhante a velocidade de mutação, por exemplo, do vírus da dengue”, diz Nuno Rodrigues Faria.

Justamente pela urgência em lidar com a epidemia que o esforço de pesquisa envolveu mais de cinquenta cientistas de quatro países. “Quando estamos perante uma epidemia ‘explosiva’ -nas palavras da diretora da OMS-, precisamos de um conjunto de pesquisadores que trabalhem com objetivos bem definidos para entregar resultados o mais rapidamente possível. Importante também ressaltar que o trabalho é multidisciplinar e inclui várias especialistas em áreas distintas, como médicos, especialistas em genética, cartografia e modelagem de proteínas”, acrescenta Faria.

O genoma do vírus da zika parece bem pequeno -três genes para proteínas estruturais, e sete não-estruturais-, mas isso basta para causar estrago.

Folha Press

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Diversos

CONCURSO – (FOTO): Candidato que gerou polêmica ao concorrer como cotista, em 2013, volta a se declarar negro

20150723114157985945aA discussão sobre o sistema de cotas raciais para ingresso no funcionalismo está longe do fim. A Lei nº 12.990/14, que reserva 20% das vagas para cargos e empregos em órgão da União, tem lacunas que não ajudam a reduzir a disparidade entre negros e brancos na administração pública. Como a legislação estabelece a autodeclaração da raça na hora de se inscrever, muitos candidatos se aproveitam da brecha para tentar entrar no serviço público. É o caso de Mathias de Souza Lima Abramovic, que, após ter sido alvo de denúncias por disputar uma vaga para diplomata pelo sistema, em 2013, voltou a se autodeclarar negro no processo seletivo para o mesmo cargo.

Como as inscrições para as vagas de cota costuma ser em menor número, os interessados encontram menos concorrência do que enfrentariam no sistema amplo. No processo seletivo para diplomata, há uma média de 200 candidatos para cada vaga oferecida na ampla concorrência. Esse número cai para 111 no sistema para negros e pardos. A presença de Abramovic como cotista provocou revolta entre os inscritos.

Em 2013, ele passou por todas as etapas, mas não teve o nome divulgado no resultado final porque não atingiu média suficiente para ser aprovado no concurso. O candidato, no entanto, pode não ser o único a se aproveitar da lacuna na lei. Para tentar evitar a irregularidade, os candidatos recorrem às redes sociais para mapear os que se autodeclararam negros. Alguns cogitam entrar com um recurso na Justiça contra o Itamaraty, por, segundo eles, fazer “vista grossa” ao não prever mecanismos de verificação da autodeclaração. “As pessoas estão procurando uma solução mais drástica, uma vez que nossas comunicações administrativas com o Itamaraty não têm surtido efeito”, afirmou o estudante Luter de Souza, 34 anos.

A primeira etapa do certame ocorrerá em 2 de agosto, mas o processo seletivo já está na mira do Ministério Público Federal (MPF). A procuradora Luciana Oliveira, da Procuradoria Regional dos Direitos dos Cidadãos do Distrito Federal, despachou ontem representação à Procuradoria da República do Distrito Federal (PR-DF). O caso ainda será avaliado, mas a abertura de uma ação civil pública não está descartada, garantiu uma fonte ouvida pelo Correio.

O advogado Max Kolbe, do escritório Kolbe Advogados Associados, alerta que a criação de mecanismos para verificar se a pessoa é ou não negra é ilegal. A metodologia usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) leva em consideração a cor que o entrevistado diz ter. “Como as leis beneficiam quem se autodeclara preto ou pardo, não há como ir contra a legislação e estabelecer cláusulas de barreira ao sistema de cotas”, explicou.

O Correio não conseguiu contato com Mathias Abramovic. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) comunicou que não previu mecanismo de verificação prévia de autodeclaração por não estar previsto em lei, ressaltando que “procederam do mesmo modo diversos outros órgãos de administração federal em seus concursos lançados após a entrada em vigor da Lei.”

CorreioWeb

Opinião dos leitores

  1. Se a autodeclaração não serve então vão fazer o que? Trazer uma paleta de tons de pele e comparar com a do candidato na hora da inscrição? Daí vai ter gente indo pegar um bronze antes dos concursos. Outra "solução" é um exame de DNA. Nesse caso vão acabar descobrindo que algumas pessoas de pele escura tem mais DNA europeu do que africano e vice-versa.

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