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Audiência sobre impactos ambientais das empresas salineiras será terça em Mossoró

O Ministério Público Federal (MPF) promove em Mossoró, na próxima terça-feira (21), a partir das 10h, uma audiência pública sobre a atividade das empresas salineiras que atuam na chamada “Costa Branca” do Rio Grande do Norte. No evento será apresentado um diagnóstico geral produzido pelo Grupo de Trabalho (GT-Sal) formado pelo Ibama e o Idema e que identificou irregularidades ambientais, com foco na ocupação indevida de áreas de preservação permanente (APPs).

A audiência ocorrerá na sede da Procuradoria da República, na avenida Jorge Coelho, bairro Costa e Silva, e é uma iniciativa conjunta das procuradorias da República nos municípios de Mossoró e Assu. O GT-Sal é fruto de uma recomendação expedida pelo MPF em outra audiência pública, realizada em fevereiro de 2014.

Os procuradores da República que atuam em Mossoró (Emanuel Ferreira e Aécio Tarouco) e também em Assu (Victor Queiroga) irão propor às empresas que estejam cometendo ilícitos ambientais a assinatura de termos de ajustamento de conduta (TACs), visando sanar as irregularidades e minimizar o impacto sobre o ecossistema local.

Estão sendo convidados a participar da audiência representantes dos órgãos ambientais e das empresas dos setor. O Sindicato das Indústrias de Extração de Sal do RN terá espaço para expor a posição das salineiras, durante os debates. Também poderão participar quaisquer interessados, respeitando o limite do espaço do auditório e desde que tenha feito a inscrição prévia, através do e-mail [email protected].

Serviço:

Audiência pública sobre impactos ambientais das empresas salineiras
Data: 21 de março
Horário: 10h
Local: Procuradoria da República no Município de Mossoró
Endereço: Avenida Jorge Coelho de Andrade, 960 – Bairro Costa e Silva

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MPF define primeiras medidas após audiência com empresas salineiras do RN

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou os resultados da audiência pública realizada no último dia 4, em Mossoró, a respeito dos impactos ambientais das empresas salineiras no Rio Grande do Norte. A primeira iniciativa decorrente da audiência foi a expedição de uma recomendação para que Idema e Ibama constituam, dentro de 60 dias, um grupo de trabalho com objetivo de elaborar um termo de referência que possa servir de base a futuros Planos de Recuperação de Área Degradada (Prads).

O objetivo do MPF é, de posse do termo de referência, assinar termos de ajustamento de conduta (TACs) prevendo que as empresas venham a desenvolver e executar esses planos de recuperação, minimizando possíveis danos ambientais provocados por suas atividades. De acordo com o relatório da audiência (confira o link para a íntegra desse e dos demais documentos ao final do texto), os representantes de diversas salineiras convidadas “expressamente concordaram em formalizar tal documento”.

Caso não seja mais possível a recuperação da área degradada por determinada empresa, o MPF entende que deverá se “proceder à compensação ambiental, preferencialmente em área da mesma bacia hidrográfica”. Outra opção cogitada, como possível forma de compensação, é a criação de “reservas particulares do patrimônio natural”, unidades de conservação a serem posteriormente doadas ao estado.

Somente a partir do Prad, no entanto, é que será possível definir qual a melhor solução técnica para cada caso. Até lá, e antes mesmo da conclusão do termo de referência, o MPF deverá realizar um levantamento junto às empresas para identificar possíveis TACs já assinados entre essas e o Ministério Público Estadual. Após a elaboração do termo de referência, o Ministério Público Federal irá determinar prazos para assinatura dos TACs e, posteriormente, fiscalizar o cumprimento dos ajustes.

A audiência pública foi promovida pelas Procuradorias da República nos Municípios (PRMs) de Assu e Mossoró e reuniu aproximadamente 70 pessoas no auditório do Centro Tecnológico do Agronegócio (Ctarn), no Campus Leste da Ufersa. Participaram das discussões os procuradores da República Emanuel Ferreira, Fernando Rocha e Victor Mariz, além dos representantes dos órgãos ambientais, da UFRN, de empresas do setor salineiro e da sociedade civil. Ao todo, há 23 procedimentos sobre o tema tramitando nas duas PRMs.

MPF-RN

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