Saúde

Ministério da Saúde lança estudo para entender comportamento da Covid-19 em 274 cidades do país, e Queiroga diz que ‘negacionismo é negar o que o governo federal tem feito no investimento na pesquisa’

Foto: Agência O Globo

Em evento de lançamento da pesquisa PrevCOV, sobre a prevalência de infecção pela Covid-19 no Brasil, realizado nesta quarta-feira, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que “negacionismo é negar o que o governo federal tem feito no investimento na pesquisa, na ciência e na tecnologia”.

As declarações foram percebidas como respostas às críticas feitas ao governo federal durante a CPI da Covid no Senado, que investiga possíveis ações e omissões do governo Bolsonaro no combate à pandemia. A CPI começou a ouvir nesta terça-feira ex-ministros da Saúde antecessores de Queiroga durante a atual gestão.

O novo estudo, que deve começar em junho, é, informou a Saúde, um dos maiores do mundo sobre a soroprevalência do coronavírus. A pasta quer estimar a prevalência da infecção pelo coronavírus nas capitais, nos estados e nas regiões metropolitanas.

Entre os principais objetivos está mapear a extensão da transmissão do vírus e compreender o comportamento da doença no país e seus determinantes, como características demográficas e epidemiológicas dos participantes.

A amostra utilizada será semelhante à aplicada pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE. Ao todo, serão coletados dados em 274 cidades, com abrangência de 62 mil domicílios nestes locais e público alvo de 211.129 indivíduos. O investimento é, de acordo com o ministro, de R$ 200 milhões.

— (Este) é um governo que tem investido fortemente na pesquisa. Não só em relação a inquéritos epidemiológicos como esse, mas em pesquisa de fármacos inovadores, em fomento ao complexo industrial da saúde. Negacionismo é negar o que o governo federal tem feito no investimento na pesquisa, na ciência e na tecnologia — afirmou o ministro.

A PrevCov quer estimar a exata magnitude da infecção nas capitais e regiões metropolitanas para assim ter cálculos mais precisos da morbidade e letalidade da doença. O objetivo, diz a Saúde, é aperfeiçoar estratégias de enfrentamento à pandemia no Brasil e direcionar políticas de prevenção.

Em 14 meses de pandemia, o Brasil já perdeu, de acordo com os números do consórcio dos veículos de imprensa, 411.854 pessoas pela Covid-19.

Serão parceiras da PrevCov a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Vacinação e banco de dados

Segundo o Ministério da Saúde, os moradores das residências selecionadas para participar da pesquisa serão cntactados por SMS ou WhatsApp, e depois receberão uma ligação telefônica para confirmar os dados e fazer o agendamento. No dia da visita, um profissional de saúde identificado irá coletar uma amostra de sangue dos participantes.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, destacou que o estudo possibilitará a coleta de dados sobre a vacinação contra a Covid-19 no país.

Além disso, parte das amostras será armazenada na Fiocruz para compor um biorrepositório — reservatório de amostras — nacional da infecção pelo Sars-Cov-2. Ele poderá ser usado para estudos complementares posteriores.

Ministério diz estar ‘empenhado’ em ampliar testagem

Queiroga também destacou ser necessário “pôr fim” à circulação do vírus para que “possamos ter nossa vida de volta como era antes” e defendeu a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia.

Queiroga afirmou que o governo “não mediu esforços para ter vacinas suficientes” e destacou que a maioria das doses de imunizantes contra a Covid-19 usadas no país serão produzidas em território nacional, em duas instituições públicas.

— O Brasil não pode persistir com complexo de vira-lata. Temos a capacidade de produzir vacinas para responder às epidemias e endemias que porventura assolem nossa sociedade — afirmou.

Queiroga também destacou a necessidade de continuar com medidas não farmacológicas e afirmou que o Ministério “está empenhado” em ampliar a testagem da população.

— Entendemos que com testagem adequada poderemos promover uma abertura segura da economia. Não podemos ficar na história de não fazer nada ou querer fazer tudo, e às vezes fazer de forma desarranjada que não traz os efeitos desejados pela sociedade e pelo governo. Bolsonaro tem de maneira clara externando sua preocupação em relação à saúde e à economia — disse o ministro.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Se fez estudo e pesquisas científica, e continua disseminando que aglomerar, ainda mais desprotegido pode, aí sim está tipificado o dolo, e é irrefutável essa constatação. Só resta impeachment e cadeia.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Covid-19: Telespectadora vai à Justiça contra a Globo por entender que emissora gera pânico

Foto: Reprodução

A Globo ganhou muitos “haters”, pessoas que criticam o trabalho do Jornalismo da emissora, durante a pandemia do coronavírus –como o caso da mulher que invadiu uma transmissão para dizer que a emissora mentia. Mas uma telespectadora foi além. Ela entrou com liminar contra a emissora por ser contra a maneira com que os telejornais divulgam os números da Covid-19 e por achar que isso causa pânico na população.

Em São João de Meriti, na região metropolitana do Rio de Janeiro, uma mulher chamada Rosemary Matias de Lima entrou com a ação judicial em junho para solicitar que a Globo mudasse a forma de divulgar as estatísticas sobre os casos confirmados e óbitos pelo novo coronavírus.

Rosemary considerou que a emissora deveria divulgar somente os números diários sobre a doença, e não os dados acumulados desde o início da pandemia (os telejornais da Globo oferecem ambos os tipos de informação). A telespectadora alegou que, por divulgar os números acumulados de casos e mortos, a Globo faltaria com dignidade às pessoas; que os dados divulgados seriam contraditórios e não dariam a exata dimensão da doença; que a emissora passaria a ideia de que a pandemia torna-se mais intensa a cada dia e que, consequentemente, essa forma de divulgação geraria pânico na população.

Diário do Centro do Mundo – via Notícias da TV – UOL

Opinião dos leitores

  1. Desligue a televisão e vá ler um livro. Por pior que seja a obra, ainda pode ajudar no vocabulário…

  2. Se todo problema do Brasil fosse esse, seria ótimo, porque era só mudar o canal! A questão é que se fala da globo isso, globo aquilo, mas pergunte que sabem a programação todinha!

  3. Será que a tv dela veio travada na globo? Eu só assisto a Globo desde de 1974 e aí mudo a hora que quero ver outras programações.

    1. Desde de que me entendo de gente que eu e os que criticam, preferem ficar ligados na telinha esperando o "PLIM…PLIM". É O NOVO!KKKK.

  4. Até onde eu assistia a cerca de 04 meses atrás, realmente era um canal que só tocava o terrorismo, inclusive, fizeram questão de mostrar um por um, no fantástico, os primeiros 100 óbitos. Drama puro! Em nenhum momento eles divulgam o número de recuperados, ou pelo menos não divulgavam, quando eu assistia. É muito mais light assistir o canal da Record, ou Band. Ambas, que não fazem parte do tal consórcio, divulgam sempre todos os dados, incluindo o número de curados, que já ultrapassou a marca de um milhão e meio!

  5. Tem que divulgar sim, não pode ficar escondendo o estrago que o coronavírus tá fazendo no Brasil. Mesmo divulgando os extremistas dizem que é fake, imagine se não divulgassem. Deve ser uma negacionista de plantão.

  6. Como diz nosso grande BG, é simples, basta trocar o canal. É interessante como os que mais criticam de Globo Lixo são os que mais elevam a audiência da emissora. Faço sempre uma pesquisa anônima com alguns deles ligando na hora do Jornal Nacional e consigo ouvir o som da TV ligadinha na campeã de audiência.

  7. Tem um amigo meu qu desenvolveu uma crise de ansiedade muito grande por causa dessa emissora.
    Um grande estrago psicológico na sociedade brasileira.

    1. Absurdo. Assiste quem quer. A verdade é que o que passa no jornal nacional pauta todos os outros meios de comunicação, aí todo mundo acaba assistindo mesmo o jornal, para saber as maiores notícias. Quem não quiser assista o do sbt ou record, só que ninguém resiste e acaba indo para Globo aí depois reclama. Vai prá lá!!!!

  8. O gado que fala tanto das ditaduras da Venezuela e Cuba…..(esquecem sempre dos aliados dos americanos: Arabia Saudita, Bahrain, Qatar, Emirados Arabes, Jordânia…) querem o mesmo aqui. Hipócritas.

  9. Pode sofrer é uma sucumbência.
    Esta aí é outra negacionista.
    Coitada,vive num mundo irreal.
    As coisas estão melhorando,mas o vírus ainda está vivo.Com as vacinas,quase tudo voltara ao normal.

  10. Pessoal da Terra plana consegue se superar ……minha nossa!!! Toma cloroquina que melhora o pânico!!

  11. Judiciário caríssimo, e essa adoida me ajuiza uma ação, ainda deve ter pedido justiça gratuita! Piada pronta.

  12. A Globo vai mudar tudo com medo dessa ação. Fala sério, se não quer ver a Globo vai assistir o canal da igreja Universal logo.

  13. A Globo , só fala em mortes! Já deixei de assistir os jornais dela ! Ela causa pânico na população!

  14. É muito simples resolver esta questão. Não assistir os telejornais da Globolixo, simples assim! Temos tantas opções de outros telejornais.

  15. E o que a Justiça tem a ver com isso? O telespectador incomodado que faça o uso que julgar adequado do seu controle remoto.

    1. Né isso! Se dentro de casa as pessoas não sabem como usar seus objetos, ter ciência de como pode mudar as coisas, imagina essa criatura nas ruas, nas urnas !!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *