Cultura

Carnaval fora de época em julho é oficializado pelo governo estadual do Rio

Foto: (CARL DE SOUZA / AFP) 

Confetes e serpentinas pelo menos duas vezes ao ano. Agora é oficial. O governador em exercício Cláudio Castro sancionou lei que inclui o carnaval fora de época em todo o estado. Com a medida, o calendário de datas oficiais do Rio de Janeiro será alterado, incluindo o mês de julho em todo ano dentro do projeto intitulado “CarnaRio – Carnaval fora de época”. No entanto, ligas de bloco se manifestaram contra a decisão tomada pelo governo em meio à pandemia de Covid-19.

— É fora de proposta esse decreto, algo inoportuno. Não é hora de pensar em carnaval, não sabemos nem o início da vacinação. Estamos no ápice de uma curva de contágio, temos que respeitar as famílias. O governador não pode falar em nosso nome. Não vemos nenhuma chance de marcar carnaval em 2021, é fora de propósito. Além do mais, carnaval é genuíno, não se decreta ou se impõe — afirma Rita Fernandes, presidente da Sebastiana (Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro).

Novo plano: Paes explica novas medidas de restrição e diz que fiscalização será por amostragem: ‘Não estamos relaxando, estamos fixando regras’

Ainda de acordo com Rita, os organizadores dos blocos de rua foram pegos de surpresa, já que não foram consultados. Ela lembra que a cidade não terá fôlego para se preparar, duas vezes por ano, para se preparar para um carnaval nas dimensões do que acontece no Rio.

— O carnaval acontece naturalmente, parte dos organizadores, porque o povo se envolve e coloca seus blocos na rua. Mesmo a festa das escolas de samba precisam ser espontâneas, não pode ser imposta. O que se cria é um evento para atrair turistas, mas não será carnaval. Não vamos nos planejar para uma festa fora de época.

Segundo o texto publicado no Diário Oficial Extra da última terça-feira, a medida visa a estimular o turismo e aquecer a economia com a criação de postos de empregos e venda de produtos e serviços. A organização deverá contar com a participação das ligas, agremiações e blocos carnavalescos, e ainda da secretaria estadual de Cultura.

— Neste momento, não estamos falando sobre carnaval na rua, sobre aglomeração. Sobre fazer um evento em julho, simplesmente não é o momento de falar a respeito. Há divergências, blocos que concordam e outros que não, e não há clima para conversar sobre o assunto, no auge da segunda onda da pandemia do novo coronavírus — afirma o presidente da Liga Amigos do Zé Pereira, Rodrigo Rezende.

Liesa fará reunião sobre o decreto em ‘data oportuna’

A Liga das Escolas de Samba (Liesa) do Rio, que também é citada na lei como uma das participantes do CarnaRio, explica que, para 2021, os desfiles na Sapucaí poderão ocorrer em julho se houver recursos e condições sanitárias. Já para os anos seguintes, haverá um encontro com as escolas de samba para determinar o que é necessário para a festa. Esse encontro acontecerá em data ainda a ser definida.

Já a RioTur disse que ainda não vai se posicionar sobre o decreto.

Parlamentar destaca que lei visa à chegada de turistas

De acordo com o autor da lei, o deputado estadual Dionísio Lins (PP), a segunda quinzena do mês de julho coincide com férias escolares praticamente em todo o país, o que atrairia o interesse de turistas em desembarcar na folia nas diferentes cidades do estado. Além disso, a festa poderia entrar no calendário nacional, assim como em outros estados que já possuem carnavais fora de época como atração.

O evento ainda não tem data estabelecida para ocorrer, além de detalhes de logística de segurança e medidas sanitárias. Ainda será levantado quanto geraria de retorno em turismo para o Estado.

O novo projeto de lei não tem nada a ver com o carnaval que pode acontecer este ano em julho, devido a pandemia do Covid-19. As datas prévias já foram definidas e a ordem dos desfiles das escolas de samba. Mas o evento só irá ocorrer, como garantiu os organizadores, caso a população esteja vacinada. Ainda precisa também ser votado em Brasília um feriado apenas para o evento de julho de 2021.

Em fevereiro, mês em que habitualmente se celebra o carnaval, já foi definido que a festa não acontecerá nas seguintes cidades: Belo Horizonte, Florianópolis, São Paulo, Salvador, Recife e Rio de Janeiro.

Em nota, o Governo do Estado esclarece que a lei possibilita a realização do evento, mas que, no caso deste ano, irá seguir as recomendações das autoridades sanitárias. “A iniciativa tem como objetivo estimular o turismo no Estado, fortalecendo a economia e a geração de empregos. Além disso, a alteração da lei permite que a Secretaria de Estado de Cultura apoie o maior evento cultural do Rio, em diálogo com representantes de escolas de samba e blocos”.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Kkkkk depois da vacinação vai ter evento com força, e a desculpa é que o povo já foi imunizado

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Diversos

Cúpula da Época pede demissão por reportagem com nora de Bolsonaro

Foto: Reprodução/Instagram

Três membros do alto escalão de revista Época pediram demissão nesta terça-feira (17) após a repercussão negativa de uma matéria sobre a atuação de Heloisa Wolf Bolsonaro, esposa de Eduardo, como coach e psicóloga.

Publicada na última edição da revista, que entrou em circulação nesta segunda-feira (16) e também divulgada na internet, a reportagem “uma Bolsonaro ensina a vencer na vida” foi duramente criticada pela família presidencial e por seus apoiadores.

Após as respostas negativas, a cúpula da revista soltou uma nota afirmando que analisou a reportagem e que ela não extrapolava os limites éticos do jornalismo. Pouco depois o Grupo Globo publicou outra nota em que rebatia o entendimento dos gestores, confirmando que a matéria havia sim extrapolado a ética jornalista.

Assim, diante das divergências, os três membros da cúpula da Época pediram demissão do Grupo Globo. Ainda não há confirmação se os pedidos foram aceitos.

Na matéria, o repórter conta como foi seu mês de sessões com a nora do presidente da República, em que, segundo o relato, foram discutidas questões políticas e até o possível descontentamento do povo paulista com o deputado, eleito com maior número de votos da história, por sua intenção em se tornar embaixador brasileiro em Washington, nos Estados Unidos.

R7

 

Opinião dos leitores

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Jornalismo

LIMITES EXTRAPOLADOS: Grupo Globo diz ter errado em “investigação” da Época e pede desculpas à mulher de Eduardo Bolsonaro: “jornalismo não é imune a erros”

Foto: Reprodução / Instagram

O Conselho Editorial do Grupo Globo, responsável pela publicação da revista Época, divulgou nesta 2ª feira (16.set.2019) nota reconhecendo “erro” e “decisão editorial equivocada” na publicação de uma reportagem sobre a mulher do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Heloísa Bolsonaro.

A reportagem “O coaching on-line de Heloísa Bolsonaro: as lições que podem ajudar Eduardo a ser embaixador”, escrita pelo jornalista João Paulo Saconi, foi publicada pela revista na última 6ª feira (13.set.2019). Saconi narra a experiência de vivenciar 5 sessões de coach com Heloísa via webcam.

Segundo a nota divulgada nesta 2ª, o Conselho Editorial do Grupo Globo avalia que o erro da Época foi “tomar Heloísa Bolsonaro como pessoa pública ao participar de seu coaching on-line“.

A revista ponderou que a mulher de Eduardo Bolsonaro leva uma vida discreta, não participa de atividades públicas, e que por isso, não pode ser considerada uma figura pública. “Foi um erro de interpretação que só com a repercussão negativa da reportagem se tornou evidente para a revista“, desculpou-se o Grupo Globo.

A nota do Conselho Editorial do Grupo Globo contradita totalmente o que a revista Época havia publicado anteriormente, em 13 de setembro de 2019.

Na nota da última 6ª feira, Época sustentou que a reportagem havia sido produzida com “respeito à ética e a retidão dos procedimentos jornalísticos”. Eis a íntegra da nota divulgada anteriormente:

“ÉPOCA reafirma o respeito à ética e a retidão dos procedimentos jornalísticos que sempre pautaram as publicações da revista. A reportagem em questão não recorreu a subterfúgios ou mentiras para relatar de maneira objetiva — a bem do interesse do leitor — um serviço oferecido publicamente, com cobrança de taxas divulgadas nas redes sociais.”

EIS A ÍNTEGRA DA NOVA NOTA DO GRUPO GLOBO:

“Como toda atividade humana, o jornalismo não é imune a erros. Os controles existem, são eficientes na maior parte das vezes, mas há casos em que uma sucessão de eventos na cadeia que vai da pauta à publicação de uma reportagem produz um equívoco.

Foi o que aconteceu com a reportagem “O coaching on-line de Heloisa Bolsonaro: as lições que podem ajudar Eduardo a ser embaixador”, publicada na última sexta-feira. ÉPOCA se norteia pelos Princípios Editoriais do Grupo Globo, de conhecimento dos leitores e de suas fontes desde 2011. Mas, ao decidir publicar a reportagem, a revista errou, sem dolo, na interpretação de uma série deles.

É certo que em sua seção II, item 2, letra “h”, está dito: “A privacidade das pessoas será respeitada, especialmente em seu lar e em seu lugar de trabalho. A menos que esteja agindo contra a lei, ninguém será obrigado a participar de reportagens”. A letra “i” da mesma seção abre a seguinte exceção: “Pessoas públicas – celebridades, artistas, políticos, autoridades religiosas, servidores públicos em cargos de direção, atletas e líderes empresariais, entre outros – por definição abdicam em larga medida de seu direito à privacidade. Além disso, aspectos de suas vidas privadas podem ser relevantes para o julgamento de suas vidas públicas e para a definição de suas personalidades e estilos de vida e, por isso, merecem atenção. Cada caso é um caso, e a decisão a respeito, como sempre, deve ser tomada após reflexão, de preferência que envolva o maior número possível de pessoas”.

“O erro da revista foi tomar Heloisa Bolsonaro como pessoa pública ao participar de seu coaching on-line. Heloisa leva, porém, uma vida discreta, não participa de atividades públicas e desempenha sua profissão de acordo com a lei. Não pode, portanto, ser considerada uma figura pública. Foi um erro de interpretação que só com a repercussão negativa da reportagem se tornou evidente para a revista.

Em sua seção 1, item 1, letra “r”, os Princípios Editoriais do Grupo Globo determinam: “Quando uma decisão editorial provocar questionamentos relevantes, abrangentes e legítimos, os motivos que levaram a tal decisão devem ser esclarecidos”. E o preâmbulo da mesma seção estabelece com clareza: “Não há fórmula, e nem jamais haverá, que torne o jornalismo imune a erros. Quando eles acontecem, é obrigação do veículo corrigi-los de maneira transparente”.

É ao que visa esta Carta aos Leitores. Explicar o que levou à decisão editorial equivocada, reconhecer publicamente o erro e pedir desculpas a Heloisa Bolsonaro e aos leitores de ÉPOCA.”

Com informações do Diário do Poder com Época

Opinião dos leitores

  1. Depois do acontecido, sacaneado a profissional, uma simples desculpa não conserta qualquer maldade. O jornalista fez toda a safadeza em comum acordo com a revista. O propósito era desmoralizar e atingir familiares do Presidente.

  2. Matéria apelativa e sensacionalista…A grande imprensa, na ânsia de contra-atacar a diminuição de verbas públicas, segue perdendo credibilidade…e a ferida da péssima qualidade de nosso jornalismo segue aberta…

  3. Esse grupo manipula as pessoas.
    Muitos fazem e acha normal a programação da emissora, precisa ser fechada, e não abrir nunca mais, em nome dos bons costumes.

  4. Tradicionais jornais estao perdendo leitores pra o novo jornalismo de pequenos jornais. Foice de SP, Estadao, O GLobo, Veja, Epoca etc ja nao convence mais o leitores porque manipulam com textos direcionados aos interesses de grupos politicos. E nao da pra viver apenas de paitrocinio eleitoreiro e dinheiro de estatais. A politica nao é visto pela populacao como algo serio, pq o voto obrigatorio faz com que se eleja de lulas a tiriricas.

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Diversos

Parentes de Bolsonaro devolviam 90% dos salários em ‘rachadinha’, diz ‘Época’, que ouviu “pessoa próxima à família”

FOTO: REUTERS/ADRIANO MACHADO

Na última terça-feira, quando o jornal O Globo divulgou a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro de quebrar os sigilos bancário e fiscal de 95 pessoas e empresas ligadas ao antigo gabinete do primogênito do presidente, Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), uma luz de alerta piscou no Palácio do Planalto. De todos os nomes elencados pelo Ministério Público estadual, nove eram de parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, a segunda mulher de Jair Bolsonaro e mãe do seu quarto filho, Jair Renan.

Ana Cristina, com quem Jair Bolsonaro viveu em união estável por dez anos, entre 1998 e 2008, foi a ponte para que a família Siqueira Valle começasse a integrar a extensa lista de funcionários do clã Bolsonaro há cerca de 20 anos. Uma pessoa próxima à família falou com ÉPOCA sob condição de anonimato e disse que os parentes nomeados nunca fizeram o trabalho de assessoria parlamentar na cidade ou na Alerj. De acordo com essa pessoa, ao menos dois familiares admitiram que repassavam cerca de 90% dos salários de volta para os parlamentares. ÉPOCA também teve acesso a gravações em que dois deles relembram as devoluções, em dinheiro vivo, feitas à Flávio na Alerj.

De quatro em quatro anos, a única coisa que os parentes faziam era distribuir santinhos no período de campanha pela reeleição de Flávio e Jair Bolsonaro. Assim, sequer eram vistos como funcionários. Outros três parentes de Ana Cristina ainda foram lotados pelo próprio Jair Bolsonaro, em seu gabinete, quando era deputado federal em Brasília. Para além da possibilidade de configurarem nepotismo, as nomeações revelam fortes indícios da prática da “rachadinha”, quando assessores são nomeados para repassar parte — ou o total — do salário ao político que o nomeou.

NOTA DE FLÁVIO BOLSONARO:

“O senador Flávio Bolsonaro se recusa a comentar uma suposta gravação a qual não teve acesso. É uma irresponsabilidade divulgar qualquer áudio sem que se saiba quem fala, quem grava e em que contexto a gravação foi feita. Em tempos de Fake News, esse tipo de conteúdo é uma armadilha que pode induzir os leitores ao erro e a julgamentos enganosos”.

Época

Opinião dos leitores

    1. Com moro no MJ, nem a família do presidente deixa de sofrer uma devassa. É um cidadão íntegro esse ex juiz, me enche de orgulho.

  1. Ainda bem q a suspeita era so na assembléia legislativa do rio de janeiro. As demais assembleias pelo pais isso nao acontece.

    1. No PT não acontece …aqui no RN NÃO ACONTECE ???

    2. Onde quer que aconteça há que se investigar, que os culpados sejam exemplarmente punidos e o dinheiro roubado retorne aos cofres públicos. Lugar de corrupto, seja quem for, é na cadeia.

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Política

MPF quer que a Justiça declare bens de Cid Gomes indisponíveis

O procurador Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal no Ceará, pediu à Justiça que torne indisponíveis bens do ex-governador Cid Gomes a fim de ressarcir o Banco do Nordeste por um empréstimo considerado irregular. Uma empresa de Cid Gomes, a Corte Oito Gestão e Empreendimento Ltda., contraiu a dívida de R$ 1,3 milhão para construir um galpão, alugado a uma cervejaria, em sua terra natal: Sobral. A história foi revelada por ÉPOCA em janeiro de 2015.

Procurada por EXPRESSO, a assessoria do ex-governador disse que ele não se manifestaria, pois não havia sido notificado a respeito do pedido do Ministério Público.

ÉPOCA

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Finanças

‘Época’: delator indica propina superior a R$ 30 milhões a Cunha

A delação premiada do executivo Fábio Cleto, ao qual ÉPOCA teve acesso, relata Cunha como chefe de um esquema que recebeu propina do dono da JBS e outras grandes empresas em projetos de R$ 6 bilhões

941-expresso-o-presidente-afastado-da-camara-eduardo-cunha-com-dificuldades-para-contratar-um-advogadoO presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

A Polícia Federal investiga um esquema de desvios de dinheiro do FGTS que pode passar de R$ 30 milhões em propina ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo o delator Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa. Nesta sexta-feira (1), policiais realizam buscas nos endereços de grandes empresas acusadas por Cleto de pagar propina. Entre eles, a gigante JBS. Cleto, segundo sua delação, operava na Caixa a mando de Cunha e do doleiro Lúcio Funaro _ este último preso na operação desta sexta.

No papel, Fábio Cleto, vice-presidente da Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2015, era subordinado à cúpula do banco e, por extensão, à área econômica do governo Dilma Rousseff. Entre suas atribuições, ele participava das reuniões do Fundo de Investimentos do FGTS, o FI-FGTS, que injetou algo como R$ 11,7 bilhões em empresas no país no período. Esses encontros, contudo, não eram sua principal tarefa em Brasília. Toda terça-feira, às 7h30 da manhã, Fábio Cleto tinha um compromisso inadiável e secreto, em um apartamento espaçoso na 311 Sul, em Brasília. O objetivo do encontro era vazar informações das reuniões internas da Caixa e antecipar operações financeiras sigilosas de empresas com fundo. Cleto tinha um chefe, na verdade, o chefe, fora da Caixa: Eduardo Cunha. Primeiro, os encontros ocorriam no apartamento funcional de Cunha. Depois, o parlamentar tornou-se presidente da Câmara e ambos passaram a ser ver na própria residência oficial. Era a ele que Cleto tinha lealdade e recebia ordens para dificultar — ou facilitar — a vida das empresas interessadas nos investimentos do FI-FGTS. Seu papel era dar o verniz técnico às ordens de Eduardo Cunha e repassar uma espécie de mapa do achaque. Agora delator, Fábio Cleto contou aos procuradores que vazava informações com duas semanas de antecedência e, para isso, tinha de ignorar todos os termos de confidencialidade que assinava dentro da Caixa.

Os projetos citados na delação premiada passam de R$ 6 bilhões, com uma propina estimada em mais de R$ 30 milhões para Eduardo Cunha, de acordo com o cálculo explicado por Cleto aos investigadores. Como chefe do esquema e responsável pela indicação de Cleto na Caixa, Cunha tinha direito à maior parte do valor arrecadado: 80%. Cleto relatou que, da propina levantada, ele ficava com a menor parte, 4%. Aos procuradores, ele admitiu que ganhou pelo menos R$ 1,8 milhão com o esquema. Pela distribuição rascunhada por Cleto, Cunha ficaria então com mais de R$ 36 milhões. Os valores, contudo, podem ser maiores, uma vez que Cleto nunca teve acesso aos acertos do deputado com os empreiteiros. Sua função era obedecer e, depois, receber. Segundo a delação, era Cunha quem definia com as empresas o valor da propina. Por isso, na delação, Cleto também não soube dizer aos investigadores quem eram os operadores nas empresas ou qual o total arrecadado pelo esquema. Além de Cunha, o delator afirma que o resto da propina ficava com os responsáveis pela parte financeira do negócio. Entre eles, o corretor Lúcio Funaro, apontado como o braço direito de Eduardo Cunha.

ÉPOCA obteve acesso à delação de Fábio Cleto, no qual ele relata um punhado de projetos que renderam propina ao esquema, incluindo aí o maior grupo privado em receita do Brasil, a J&F, dona JBS, conhecida como Friboi e que operou no FI-FGTS com a Eldorado Celulose. É a primeira vez que um delator coloca Eduardo Cunha como chefe do esquema, no comando direto das operações, arbitrando tarefas e informando aos comparsas do fluxo de propina. O ex-vice relata a articulação do hoje presidente afastado da Câmara com empresários, a definição dos valores arrecadados com a propina e como deveriam ser os votos no FI-FGTS.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. ESTÃO SE APEGANDO A DETALHES, O QUE SÃO R$ 30 MILHÕES DIANTE DOS R$ 100 MILHÕES QUE PAULO BERNARDO LEVOU?
    SE PAULO BERNARDO, EX SUPER MINISTRO DO PT ESTÁ SOLTO, QUAL A RAZÃO DE PRENDER CUNHA? SÓ POR CAUSA DE TER LEVADO 1/3 DO QUE PAULO BERNARDO LEVOU? NÃO É JUSTO.
    A DIFERENÇA É QUE EC NÃO É DO PT COMO PB

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Diversos

EXPOSIÇÃO VIRTUAL: Revista Época e uma excelente reportagem sobre sexo, chantagem e internet

As estudantes Giana Laura, de 16 anos, e Júlia Rebeca, de 17 anos, nunca se conheceram. Separadas pela extensão geográfica do país – Giana em Veranópolis, Rio Grande do Sul, e Júlia em Parnaíba, litoral do Piauí –, suas histórias se cruzaram nas manchetes da imprensa, por causa de um desfecho trágico. Com apenas quatro dias de diferença, as duas jovens se mataram, pela mesmíssima razão. Elas haviam descoberto que imagens íntimas delas, compartilhadas com pessoas em quem confiavam, se multiplicavam pela internet. Envergonhadas e desesperadas, totalmente inexperientes, decidiram fugir de uma situação que lhes parecia intolerável. Ao escolher o suicídio, tornaram-se vítimas, mais um par de vítimas, de um perigo assustadoramente próximo da nova geração: a exposição excessiva na internet, e suas terríveis consequências.

As circunstâncias em que as imagens foram divulgadas ainda estão sob investigação. A polícia de Parnaíba apura como um vídeo de poucos segundos, em que Júlia aparece numa relação sexual com uma jovem e um rapaz, se difundiu num aplicativo de bate-papo usado em celulares, o WhatsApp. “É provável que ela mesma tenha compartilhado com alguns amigos num grupo do aplicativo”, afirma o delegado Rodrigo Moreira Rodrigues, da Delegacia Regional da Polícia Civil de Parnaíba. Em Veranópolis, a polícia suspeita que um amigo de 17 anos de Giana enviou a alguns colegas uma imagem da garota com os seios desnudos, capturada por webcam numa conversa entre eles, há seis meses.

As mortes de Giana e Júlia soam como tragédias repetidas. Casos semelhantes se sucedem em outros países. Nos Estados Unidos, Jesse Logan, de 18 anos, se suicidou, em 2008, depois que seu ex-namorado divulgou fotos nuas feitas por ela. No ano seguinte, Hope Witsell, de apenas 13 anos, tomou a mesma decisão quando fotos dela seminua foram divulgadas em sua escola, e ela virou alvo de bullying. Com o acesso quase universal a celulares e tablets, divulgar flagrantes de momentos privados é uma questão de poucos – e irresistíveis – cliques. Fotos que revelam o corpo e vídeos de momentos a dois são capturados por câmeras cada vez mais poderosas e enviados ao parceiro ou pretendente, como parte do jogo de sedução. Ou como prova de confiança. A prática, comum entre adolescentes no mundo inteiro, ganhou até nome: “sexting”, um neologismo formado pela mistura das palavras sexo e texting (o ato de mandar mensagens de texto pelo celular).

O sexting seria inofensivo não fosse por uma fatalidade estatística: muitas dessas imagens acabam divulgadas publicamente e viram motivo para linchamento moral. Algumas vítimas não suportam a humilhação e fazem o que fizeram Júlia e Giana. Quem resiste à brutal exposição e à torrente de piadas descreve a experiência como devastadora. “Ele tirou minha vida, não tenho mais vida. Não consigo sair, não consigo estudar, trabalhar”, disse ao programa Fantástico, da TV Globo, uma jovem de 19 anos de Goiânia conhecida como Fran. Ela acusa um ex-parceiro (ele nega) de ter divulgado no WhatsApp vídeos e fotos em que ela se expõe nua para ele, fazendo gestos alusivos a sexo. As imagens se espalharam pela internet e começaram a ser imitadas de forma jocosa até por pessoas famosas, sempre associadas ao nome da jovem. Fran disse que teve de deixar o emprego como vendedora de loja, afastou-se da faculdade e mudou de aparência, na tentativa de não ser mais reconhecida nas ruas.

O potencial de que novos casos se repitam é enorme. Parece quase impossível manter imagens íntimas a salvo do olhar público, uma vez que elas sejam feitas. Uma análise da Internet Watch Foundation sugere que, de todo o material feito de forma amadora e encontrado em sites, 88% fora distribuído sem o consentimento de seus autores. O vazamento pode ser até obra de hackers, que invadem arquivos digitais e espalham imagens por sites na internet. As celebridades costumam estar entre as principais vítimas. Em muitos casos, o perigo está onde menos se espera: os responsáveis pela divulgação têm a confiança da própria vítima. É o paquera cuja conquista decide exibir para amigos. Um ex-namorado ou ex-marido magoado, que torna públicas as lembranças de tempos mais felizes – e íntimos. As vítimas quase sempre são mulheres. Além de imagens, costumam ser divulgados o perfil em redes sociais, números de telefone e outras informações que permitem identificar onde a vítima mora. “É um desejo de onipotência do agressor”, diz o psicólogo José Leon Crochík, da Universidade de São Paulo. “Ao divulgar essas imagens, ele quer mostrar que domina o outro, que pode destruí-lo pela ridicularização.”

O vazamento de imagens é proporcional ao tamanho do fenômeno. Um levantamento da consultoria de tecnologia eCGlobal Solutions, com quase 2 mil brasileiros de mais de 18 anos, revela que 32% dos homens já enviaram fotos em que aparecem nus e 17% já mandaram vídeos. Entre as mulheres, 29% compartilharam imagens em que aparecem sem roupa, e 9% vídeos. Em 2012, o Portal Educacional entrevistou quase 4 mil estudantes com idades entre 14 e 17 anos. Entre eles, 6% afirmaram já ter mostrado partes íntimas do corpo para desconhecidos por meio da webcam ou ter aparecido nus ou seminus em fotos na rede. Apesar de a incidência entre jovens ser menor, ela é mais preocupante. “Eles têm mais dificuldades de medir consequências e são mais impulsivos”, afirma o psiquiatra Jairo Bouer, colunista de ÉPOCA. Por isso, há chances maiores de que o conteúdo do que fazem se torne público. Quem fez não teme divulgar, e quem recebe não mede as consequências destrutivas de distribuir. Ao mesmo tempo, as implicações de um escândalo desse tipo podem ser críticas para os jovens. O repertório emocional deles é limitado para lidar com a crueldade pública e a censura social, como as mortes de Júlia e Giana tristemente demonstram.

A popularização do sexting sugere uma mudança de comportamento. Em parte, ela é causada pela onipresença da tecnologia. Os jovens têm nas mãos, em tempo integral, um dispositivo que permite fazer registros e compartilhá-los imediatamente: o celular. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, jovens entre 10 e 17 anos lideram o aumento do uso de celulares no Brasil.  Na faixa entre 15 e 17 anos, 67,5% dos adolescentes têm um aparelho. Esses celulares têm programas (chamados de aplicativos) como o WhatsApp, que permitem transmitir imagens instantaneamente e sem custo para grupos ou pessoas determinadas. A popularidade desses aplicativos cresce entre os adolescentes. Eles fogem das redes sociais, cujo conteúdo fica explícito para centenas de amigos e para os pais. A maior rede social do mundo, o Facebook, já sentiu os efeitos dessa mudança demográfica. No começo do mês, executivos da empresa admitiram estar perdendo usuários jovens. Os aplicativos de bate-papo para onde os jovens migram, porém, dão a eles uma falsa sensação de segurança. De grupo em grupo, as imagens íntimas se espalham pela rede e se tornam dolorosamente públicas. Não é por acaso que os últimos escândalos de sexting começaram pelo WhatsApp. Quando tecnologias como o Google Glass, óculos-computador do Google, chegarem ao mercado, o impacto sobre a privacidade será ainda maior. Esse tipo de aparelho permite capturar imagens sem que quem seja filmado se dê conta da invasão. É muito mais difícil se proteger de um vídeo ou de uma foto indesejada.

Diante de um cenário tão alarmante, é de perguntar por que os jovens ainda se permitem fotografar e filmar em situações de intimidade. A resposta, terrivelmente simples, é que mostrar aspectos da vida cotidiana é parte da rotina diária deles. Em parte, isso é influenciado por celebridades como Pamela Anderson e Paris Hilton, cujos vídeos em cenas de sexo doméstico circularam na internet no início dos anos 2000. Eles glamorizaram uma situação que era, essencialmente, uma brutal exposição de intimidade. Desde então, as fronteiras entre o público e o privado se tornaram ainda mais borradas. “A nova geração entende a privacidade de uma maneira diferente”, diz a psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Hoje você conhece o banheiro da casa deles pelas fotos que tiram no espelho. Seria uma exibição impensável décadas atrás.” Os autorretratos que dominam as redes sociais são conhecidos como “selfies”, palavra de origem inglesa que significa “próprio”. São tão populares que o termo foi incorporado em agosto à versão digital do dicionário Oxford – e, há duas semanas, escolhido pelos editores do dicionário como a palavra do ano.
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O fato de que muitos façam não significa que a sociedade seja compreensiva com quem cai na rede. A paulista G.N., de 28 anos, não pôde contar nem com o apoio da família quando o ex-namorado publicou fotos dela nua num perfil falso no Orkut, em 2006. “Eu passava o dia inteiro procurando minhas fotos e meus perfis falsos na internet”, diz G.N. As imagens haviam sido enviadas por ela durante o relacionamento à distância com um primo que morava na Itália e pedia provas de amor. Terminado o namoro, ele ainda mandou as fotos aos pais de G.N. pelo correio. Ela diz que eles não apoiaram sequer que ela denunciasse a violência e a culparam pelo vazamento das fotos. O problema nunca foi resolvido. Até hoje, G.N. esconde o rosto em redes sociais, para evitar ser identificada. Usa pseudônimo no crachá da empresa.

Vítimas de crimes, as mulheres expostas na internet não conseguem ver seus agressores punidos com rigor. “É difícil conseguir penas severas. Por isso, paira uma sensação de impunidade”, afirma Wanderson Castilho, presidente da E-NetSecurity, empresa de segurança da informação. São poucas as vítimas que aceitam passar por um processo judicial desgastante e levam a denúncia inicial adiante. Quando o fazem, esbarram na dificuldade de provar quem vazou as imagens. Foi o que aconteceu com a carioca M., hoje com 22 anos. Ela tinha 15 anos quando vídeos seus com conteúdo sexual foram parar na internet. M. foi vítima do ciúme da namorada de um ex-parceiro. A garota descobriu os vídeos íntimos que M. mandara a ele durante o relacionamento e a chantageou. M. não cedeu à pressão, e o vídeo foi parar nas mãos dos colegas de escola. Até hoje, sete anos depois, pode ser encontrado na internet, com direito à identificação, com nome e o bairro onde ela morava. M. chegou a registrar queixa na polícia. A denúncia não avançou porque ela não conseguiu provar que a garota era a responsável pelo vazamento. M. teve de se conformar em viver escondida sob um codinome. “Sinto falta de poder falar meu nome. Ele era lindo”, diz.
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Quatro projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados tentam desfazer as ambiguidades das leis atuais que encobrem os agressores. Os projetos de autoria do deputado João Arruda (PMDB/PR) e da deputada Rosane Ferreira (PV/PR) pretendem alterar a Lei Maria da Penha, para incluir explicitamente como violência psicológica a divulgação não autorizada pela internet de imagens, dados, vídeos ou áudios íntimos. Os projetos de lei apresentados pelos deputados Eliene Lima (PSD/MT) e Romário (PSB/RJ) sugerem criar uma nova lei no Código Penal, para tornar crime específico a divulgação desse tipo de material. “Minha proposta prevê detenção e indenização por despesas decorrentes dos problemas causados, como a necessidade de troca de domicílio, escola, faculdade, emprego, tratamentos médicos”, diz Romário. Os projetos de lei aguardam parecer na Comissão de Seguridade Social e Família. Não há previsão de quando serão votados.
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Se, de um lado, é preciso punir com maior rigor os agressores, de outro é preciso aumentar a vigilância sobre o que cai na rede. Quem pode ajudar nessa tarefa são as empresas por trás dos grandes mecanismos de busca, das redes sociais e dos programas de bate-papo. No Brasil, não há uma lei específica sobre a responsabilidade de companhias como Facebook e Google pelos conteúdos criminosos que circulam em suas páginas. Mas elas podem responder na Justiça pelo conteúdo ilícito publicado por seus usuários – desde que sejam informadas desse conteúdo. Basta uma notificação extrajudicial ou um e-mail mandado por um canal de comunicação do site. A partir daí, o prazo para a remoção de imagens e textos é de 24 horas. Se a empresa não o fizer, pode virar ré em processo civil. Um dia, porém, é tempo mais que suficiente para causar um estrago irreversível na vida de gente normal. A velocidade com que as imagens e vídeos são compartilhados garante isso. A situação poderá piorar ainda mais para as vítimas se o Marco Civil da internet, em discussão no Congresso, submeter a retirada dos conteúdos a decisão judicial, como consta da última versão do texto. Isso transformaria a vida da vítima num inferno.

Ela teria de contratar um advogado e ir até um juiz para pedir a retirada. Demoraria ainda mais para que as imagens fossem bloqueadas. O texto também desobriga as empresas de guardar as informações de acesso dos usuários. Elas são fundamentais para localizar aqueles que, protegidos pelo anonimato, publicam fotos e imagens ilícitas. Os provedores conhecem o computador de origem, dia e hora de todas as postagens. Se as informações não forem armazenadas, a identificação dos criminosos e as provas do crime desaparecerão.

As empresas se dizem atentas aos crimes cometidos em suas redes e afirmam ter criado, nos últimos anos, campanhas e recursos técnicos para combater pornografia infantil, crimes de racismo e ameaças de morte. Afora esses casos, elas se recusam a controlar o que pode ou não pode ser publicado. “Lidar com conteúdo controverso é um dos maiores desafios que enfrentamos como empresa. Temos uma proibição clara relacionada à pornografia infantil e em outras áreas, mas determinar o que é ofensivo ou deixa de ser é mais complicado. O Google sempre tenderá a favorecer a liberdade de expressão”, afirma o Google por e-mail. O Facebook diz coisa semelhante: “Temos controles rígidos para remoção de conteúdos que violem nossas políticas, como nudez ou outro conteúdo de sugestão sexual, discurso de ódio, ameaças reais ou ataques diretos a um indivíduo ou grupo. O melhor caminho para que um conteúdo seja analisado e possivelmente removido é a denúncia pelos canais do Facebook. Toda denúncia submetida é analisada por nossa equipe”.

Para uma adolescente desesperada, pode não ser o suficiente. As redes sociais, que parecem aos jovens tão amigáveis, podem se converter, repentinamente, num ambiente hostil e insensível. Quando estranhos começam a marcar suas fotos no Facebook e a divulgá-las com insultos, os mecanismos de reprodução da internet demonstram sua enorme crueldade. Para lidar com uma situação desse tipo, pode-se ligar ou escrever para a empresa, mas provavelmente será tarde demais. Algum dano estará feito. É possível recorrer à lei para identificar e punir os agressores, mas talvez seja demorado, ou mesmo inútil. No fundo, a maneira mais segura de lidar com o risco de exposição na internet é evitar se expor em imagens potencialmente constrangedoras. No mundo ideal, não haveria problema em que um casal de namorados trocasse fotos nus ou se filmasse na intimidade. No mundo real, é possível que essas imagens sejam vistas pelos outros e acabem circulando nas redes, onde se transformarão em piada para estranhos sem escrúpulos. O lado seguro da calçada nem sempre é o mais divertido. Mas nele, com sorte, adolescentes como Giana e Júlia ainda estariam vivas.
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Revista Época (MARCELA BUSCATO E JÚLIA KORTE, COM CAMILA GUIMARÃES E ANA LUIZA CARDOSO)

Opinião dos leitores

  1. Não posso entender,muito menos aceitar ver em todas as páginas da Internet, vídeos e fotos de sexo explícito. Peço ajuda, para que isso seja retirado o mais rápido possível. Além de não querer ver isso,pois é podre,tenho crianças que usam esse computador. Tentei várias vezes excluir essa pouca vergonha,mas não consegui, Mais uma vez,solicito ajuda. Grata.

  2. As mulheres adoram exposição do corpo, querem mostrar as outras que são melhores.
    É da cabeça feminina. Adoram se expor de tudo que é jeito, depois ficam reclamando e morrendo.
    Veja bem ninguem vê fotos de homens nus na Internet, mais de mulheres tem aos milhares. E na natureza o corpo do macho é mais bonito.
    A mulher sabe que o seu grande e unico capital para consguir um parceiro e provedor é um rosto bonito e um corpo escultural que provoque desejo e atenção.

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Política

Micarla nega que vá fundar uma filial da Igreja Batista de Lagoinha e critica jornalista da Época

Pelo twitter, a prefeita Micarla de Sousa negou as informações públicadas na revista Época pelo jornalista Felipe Patury. A líder do executivo municipal de Natal ainda fez críticas ao jornalista.

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Jornalismo

Grupo evangélico ofereceu a Micarla R$ 50 milhões para comprar a TV Ponta Negra

A Época desta semana traz uma revelação milionária sobre os negócios da prefeita Micarla de Sousa.

Segundo a publicação das Organizações Globo, um grupo evangélico ofereceu R$ 50 milhões para comprar a TV Ponta Negra. A revista diz ainda que a prefeita ensaia uma aproximação com a governadora Rosalba Ciarlini. Senão vejamos a íntegra do texto:

A prefeita de Natal, Micarla de Sousa, do PV, sofreu todo tipo de revés nos últimos meses.

Com rejeição alta, enfrentou uma versão potiguar da Primavera Árabe, o movimento Fora Micarla, foi menosprezada por aliados e considerou deixar a política.

Até seus negócios privados foram alvo de ataques. Uma igreja evangélica apareceu para comprar por R$ 50 milhões a TV Ponta Negra, sua retransmissora do SBT.

Outro grupo ofereceu R$ 8,5 milhões por sua 95 FM. Agora, Micarla resolveu reagir.

Defenderá sua gestão numa campanha para a reeleição e ensaia uma reaproximação com a governadora Rosalba Ciarlini, do DEM.

Opinião dos leitores

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