Educação

Eu sou Campeão! O vestibular não é o fim. É o início de uma nova caminhada.

O Blog reproduz texto publicado no Diário de Natal do Professor Carlos André do Overdose Colégio e Curso:

Existe algo mais criticado do que o método de entrada nas Universidades – o Vestibular? Após anos de críticas, surge o Enem e as críticas e problemas se multiplicam. O fim do vestibular parece utopia e, como disse Mário Quintana: “Se as coisas são inatingíveis… ora! Não é motivo para não querê-las… Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas!”. Enquanto sonhamos com a forma justa e eficaz de se decidir quem serão os novos universitários é preciso agir.

Todos os anos adolescentes são obrigados a passar pelo funil do Vestibular. Sonhar, apenas, não os ajudará nesta batalha. Vivemos em uma sociedade cada vez mais competitiva. E, como diz o famoso ditado: “Vestibular é vida. Vida não é Vestibular.”A vida é muito maior que um simples vestibular. Porém, ao longo de nossas vidas, nos depararemos com diversos vestibulares. Este vestibular para a Federal é apenas um deles. Apesar de muitos detalhes injustos, possui hora marcada, edital, fiscais etc. Nos vestibulares da vida real passamos por situações inesperadas e, muitas vezes, desleais. Dessa forma nós, educadores, não podemos fechar nossos olhos à vida real. Não podemos deixar de preparar nossos alunos para o “mundo lá fora”.

Não podemos nos omitir quanto escolas. Como disse Rubem Alves em um de seus textos: “Se nós, professores, já dentro da universidade, não passaríamos nos exames vestibulares, por que é que os jovens que ainda estão fora têm de passar?”. Ainda segundo Rubem Alves: “Você tem de aprender essas coisas que não quer aprender porque a burocracia oficial assim determinou. Mas não se aflija. Passados dois meses, quase tudo terá sido esquecido. Só sobrarão os conhecimentos que fazem sentido…”.

Vestibular não é apenas conhecimento. É muito mais que Física, Química, Matemática etc. Passados os dois meses, há algo maior que deve ficar. O aluno deve aprender a confiar em si mesmo. Deve aprender a controlar seus medos e angústias. Nesses meus dezoito anos de sala de aula, deparei-me com casos interessantíssimos. Como por exemplo, um excelente aluno, primeiro lugar na maioria dos simulados do ano, que cinco anos seguidos tinha dor de barriga na hora da prova. Houve também um caso de uma aluna que após seis tentativas me procurou porque não sabia mais o que fazer. E meu conselho foi que ela entrasse na natação, fizesse yoga etc. A menina se revoltou, mas eu disse: “pelo tempo que a acompanho, tenho certeza que você já sabe praticamente tudo que deveria saber. Você precisa apenas chegar mais relaxada no dia da prova”. Passado o resultado do Vestibular, essa aluna me procura aos prantos dizendo: “Professor, eu passei em Medicina no ano que menos estudei”.

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Opinião dos leitores

  1. O #Overdose é isso! É uma família, é mais do que um time. Temos uma equipe de professores que briga pela nossa aprovação como se fosse a deles. Esse clima é contagiante. Só entende isso quem é #Overdose… Ou você é #Overdose e ama, ou não é, e morre de inveja…

  2. É exatamente sobre esse tipo de comportamento que o texto que o Raphael postou do prof. Tiago Kutuko fala. Os alunos do Overdose tem, devido a forma que a escola trabalha, uma paixão doentia e cega. Quando vi o comentário de Faelle12 achei que já estavam discutindo religião. As pessoas falam de uma escola ou de um curso como se tivessem falando de ideiais, de crença. Elas brigam por aquilo. Tomam as dores dos professores. Isso é ridículo e doentio. E a culpa é a forma como a educação vem sendo tratada por esses falsos educadores. Muito bom o texto do Prof. Kutako. Gostaria de conhecê-lo e conversar mais sobre isso. As pessoas precisam tomar providências rapidamente contra essa loucura!!

  3. Essa é a forma de trabalho do Professor André, os alunos gostam, ninguém tem nada haver com isso, se você está achando ruim crie um cursinho e seja o melhor, por que é isso que o OVERDOSE É, o melhor, os outros são os outros.

  4. Concordo com Rafael. O vídeo me deixou nervosa, e nem vou fazer vestibular, imagine a esses alunos?
     Outra coisa, estudar numa universidade federal não faz do aluno o melhor. O que faz dele o melhor é o seu comprometimento com o ensino. Essa pressão por ser "federal" só vai frustrar um aluno que não conseguir passar. Não significa que ele não consiga se tornar um aluno notável em alguma universidade particular.

  5. Eu gostaria de
    convidar a todos a assistirem ao vídeo no site http://www.eusoucampeao.com.br e peço que se
    faça uma reflexão sobre o que é falado no texto e sobre o que é falado no
    vídeo.  Não sei se é apenas uma impressão
    da minha parte, mas o texto tenta amenizar a política agressiva que o vídeo
    exalta.

    Apesar de
    todos os meus esforços para tentar compreender que o vídeo possui esse tom
    agressivo apenas como uma forma de incentivar os alunos, eu não consigo. Ainda
    não posso acreditar que um educador consiga olhar para seus alunos e fale: “amanhã
    os outros alunos vão olhar para mim e vão ter medo, por que sabem que eu sou
    campeão.” Ter MEDO de mim? É isso que os nossos jovens querem: provocar o medo?
    Também sou professor e não é a imposição do medo que os meus alunos procuram.
    Não é disso que as pessoas precisam.

    Gostaria
    também de convidar a todos que leiam o texto escrito pelo professor
    universitário Tiago Kutako e publicado pelo Jornal Diário de Natal no qual ele
    reflete sobre os caminhos que a educação tem tomado aqui na nossa cidade. Para
    ler o site acesse http://bit.ly/rOyrLY

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