Judiciário

Quem é o empresário ‘fantasma’ suspeito de desviar milhões da Saúde que delatou Witzel

A imagem que ilustra a nota foi capturada pelos investigadores, em um dos momentos em que o empresário “fantasma” se deixou filmar por uma câmera de segurança. Foto: Divulgação

O empresário Daniel Gomes da Silva é apontado por investigações do Ministério Público do Rio, da Paraíba e de outros estados como chefe de uma rede de corrupção que desviava recursos da saúde a partir do pagamento de propina e de repasses de caixa dois a políticos de diferentes regiões do país.

Apenas no Rio, ele teria desviado cerca de 15 milhões de reais da Saúde. Jovem para os padrões da corrução nacional, Daniel Gomes, 42 anos, gostava de passar o tempo em Portugal, distante dos holofotes do Rio, tanto que não havia, ainda hoje, imagens dele na internet.

O empresário fazia parte da “República da Barra”, onde ainda hoje tem endereço na Praça Telê Santana. A imagem que ilustra a nota foi capturada pelos investigadores, em um dos momentos em que o empresário “fantasma” se deixou filmar por uma câmera de segurança.

A origem da investigação contra ele foi a filial da Cruz Vermelha no Rio Grande do Sul. O empresário, preso no fim de 2018 na Operação Calvário, montou um esquema de corrupção a partir de organizações de saúde que assumiam contratos milionários para gerenciar unidades hospitalares nos estados.

O esquema abasteceu os bolsos de políticos e financiou o caixa dois de campanhas em diferentes estados. Desde 2010, como revelam as investigações da PF na Paraíba, Daniel operava não apenas no setor de saúde, mas também em alguns contratos da educação paraibana.

A delação de Daniel Gomes, já homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, além de comprometer autoridades com foro privilegiado, como Wilson Witzel, apresenta um cenário devastador para alguns figurões que já ocuparam o poder, como o ex-governador Ricardo Coutinho e o ex-senador Ney Suassuna.

Como o Radar mostrou, Daniel detalhou em longa delação o pagamento de propinas a Suassuna e repasses de caixa dois para quitar dívidas de campanha do PSB na Paraíba.

Radar – Veja

Opinião dos leitores

  1. Empresário fajuto sem prova alguma a mando do Bolsonaro. Quando o trabalho bom do governador começa a incomodar, dá nisso.

  2. Enquanto isso quantas pessoas morrem esperando atendimento nos corredores dos hospitais?
    Todos os envolvidos diretamente ou mesmo indiretamente deverão carregar a culpa milhares de vidas ceifadas de forma tão cruel.

    Parabéns ao sistema politico brasileiro… vocês matam mais que qualquer outra praga conhecida na história da humanidade.

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Diversos

Suposto fantasma de Elvis Presley é flagrado em foto de celular; confira

13_46_24_663_fileUma moradora de Cleveland, no Estado norte-americano de Ohio, acabou flagrando o fantasma de Elvis Presley quando ia tirar uma foto de seu sobrinho com seu aparelho celular.

A foto foi tirada no dia 15/04, por volta das 16h00 (horário de Cleveland) em frente à Cleveland High School.

Marcella Davis, autora do disparo que flagrou o fantasma do Rei do Rock, diz que não ficou nem um pouco assustada com o caso.

— Para mim, é espetacular! Pra mim, não é assustador. Eu ia tirar uma foto do meu sobrinho, mas ele se virou e eu só peguei a parte de trás da cabeça dele. Nem tentei mais porque ele não deixou.

Marcella diz que não sabe mexer muito bem com o celular que usou para tirar a foto e, por isso, nem reparou o fantasma na foto até a hora em que, já em casa, sua filha começou a mostrar para ela como dar zoom nas imagens do celular.

Foi então que ela reparou que, além da cabeça do seu sobrinho, havia algo mais na foto. Algo fantasmagórico e inexplicável.

— Minha filha começou a falar “Mãe, olha ISSO!” e me mostrou a imagem do fantasma.

Site elege as piores falsificações do mundo

Marcella, que mora há bastante tempo na área de Cleveland, diz que jamais havia visto fantasma — nem de Elvis nem de mais ninguém — , mas acha que isso não é tão inacreditável assim.

— Para mim, isso não é algo assim tão anormal. Pessoas morrem o tempo todo e, a não ser que seja você o morto, ninguém sabe dizer o que acontece.

Do R7

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Denúncia

Empresa que ganhou licitação na CMN por R$ 564 mil para gerenciar Softwares tem endereço fantasma

A TRIBUNA DO NORTE procurou a sede da empresa CSL Comércio e Serviços Ltda, que receberá R$ 564 mil para prestar o serviço de locação e manutenção de nove programas de computador à Câmara Municipal de Natal. O valor é referente ao contrato de uso por um ano. Pelo registro disponível no site da Receita Federal, a CSL funciona no centro de Natal, em um edifício instalado na rua João Pessoa. No entanto, a sala 404, do prédio Sisal, está desocupada há um ano.

Segundo informações de funcionários que trabalham no edifício, a sala foi comprada há um ano por uma pessoa chamada Dionísio Dias Aires de Carvalho. É no nome dele que está o registro na administração do condomínio. No entanto, segundo os funcionários, Dionísio comprou a sala como “investimento”. As correspondências de despesas de manutenção, como energia e condomínio, são remetidas para a residência do proprietário da sala, em Nova Parnamirim.

Pessoas que trabalham no mesmo andar do prédio onde deveria funcionar a CSL atestam que há meses não veem qualquer pessoa na sala 404 do edifício Sisal.

A TRIBUNA DO NORTE também buscou o funcionamento da CSL Comércio e Serviços em um endereço de Nova Parnamirim, onde a empresa está registrada em sites de busca na Internet. No entanto, na rua Aníbal Brandão, no número identificado que seria o funcionamento da CSL, não há qualquer placa com informação sobre a empresa. Ontem à tarde, a TN esteve na residência e um homem, que não quis se identificar, se restringiu a dizer que a CSL havia mudado de endereço há três meses e estava funcionando em um sala do prédio Sisal, o que também foi desmentido pela visita feita pela reportagem.

A TN telefonou para o número identificado em um site de uma operadora de telefone fixo como sendo da CSL. A resposta foi que o telefone havia sido mudado. Uma hora depois, a reportagem fez um novo contato e dessa vez procurou pela pessoa chamada Liduína Maria Dantas Pessoa, que assinou o contrato com a Câmara Municipal.

Em um primeiro momento, quem atendeu ao chamado disse que Liduína “não estava” e, após um silêncio, emendou “essa pessoa não é daqui”.

Contrato é no valor de R$ 564 mil

Em menos de um ano a Câmara de Natal firmou três contratos com a CSL Comércio e Serviços Ltda, empresa que não funciona no endereço registrado na Receita Federal. A negociação fechada mais recente foi no valor de R$ 564 mil. Por esse contrato, a empresa seria responsável por local e prestar manutenção de nove programas de computador voltados para  folha de pagamento, recursos humanos, gestão de atividades legislativas e do plenário, gestão de processos, gestão de verba de gabinete, consulta e tramitação de projetos e leis, gestão da Escola do Legislativo, contabilidade e patrimônio.

O prazo para prestação do serviço é de um ano, no período de  19 de março de 2012 a 19 de março de 2013. Mas esse não foi o primeiro contrato firmado pela Câmara com a CSL. No dia 27 de abril de 2011, o Legislativo da capital potiguar publicou contrato no valor de R$ 25 mil com a mesma empresa. Na época, o extrato da negociação informou que houve dispensa de licitação. O contrato tinha como prazo de execução 90 dias. O objeto do contrato era o mesmo aplicado na nova negociação: “licença para uso de software”.

A diferença é que ano passado, o custo mensal desse software (que não é especificado no extrato do contrato) foi de R$ 8.500. Na nova negociação, com o valor anual, o gasto mensal com o programa de computador será 47 mil. Após ter realizado o contrato com dispensa de licitação, em abril do ano passado, a CSL voltou a ser contratada pela Câmara.

No dia 21 de dezembro de 2011, foi assinado contrato no valor de R$ 39 mil com a empresa. O objeto da negociação foi “serviço de consultoria em tecnologia da informação”. Na época o extrato do contrato não especificou o período do trabalho da empresa.

Além disso, contabilizando os R$ 57.600, firmados com a empresa de Dionísio Dias Aires de Carvalho, que tem o mesmo sobrenome de um dos sócios da CSL.

Contratos sugerem parentesco

O contrato firmado pela Câmara Municipal de Natal com a CSL Comércio e Serviços Ltda no valor de R$ 564 mil expõe também a negociação do Legislativo com  pessoas que têm os mesmos sobrenomes: “Dias Aires de Carvalho”. A empresa contratada por quase R$ 600 mil é de propriedade de José Everaldo Lopes, que detém 3,33% das ações; Liduína Maria Dantas Pessoa, sócia com 56,77% e Raimundo José Dias Aires de Carvalho, que possui 40%, segundo registro na Junta Comercial do Rio Grande do Norte.

Com o mesmo sobrenome “Aires Dias de Carvalho” consta um contrato firmado pela Câmara Municipal com a empresa Dionísio D A de Carvalho ME, que recebeu R$ 57.600 para o serviço de “atualização e manutenção do portal da internet da Câmara” pelo período de maio a dezembro de 2011.

A “coincidência” é que o proprietário da sala comercial onde deveria funcionar a CSL, instalada no prédio Sisal, é exatamente o proprietário da empresa que recebeu os R$ 57.600 para manter o portal da Câmara. Além disso, outro integrante da família Dias Aires de Carvalho” atua na Câmara Municipal. Francisco Gilson Dias Aires de Carvalho é chefe da Divisão de Recursos Humanos da Câmara Municipal. Ele foi nomeado através de ato assinado pelo presidente do Legislativo, vereador Edivan Martins, e publicado no Diário Oficial do dia 4 de janeiro de 2011.

Fonte: Tribuna do Norte

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Jornalismo

Carlos Lupi liberou 7 sindicatos fantasmas

Nem só de ONGs é feito o descalabro do Ministério do Trabalho. Há também sindicatos-fantasmas.

Carlos Lupi autorizou a criação de sete inusitados sindicatos patronais no Amapá. As entidades têm duas coisas em comum:

1. Representam setores industriais que o próprio governo amapaense declara inexistentes no Estado.

2. Os pedidos de registro foram liberados por Lupi a pedido de um deputado federal do PDT, partido do ministro.

O nome do parlamentar não poderia ser mais adequado: Bala Rocha (PDT-AP).

Na semana passada, Lupi dissera que só deixaria a Esplanada se fosse “abatido a bala”. Dilma Rousseff, segundo ele, não o substituiria nem na reforma ministerial.

Deve-se o novo disparo contra Lupi aos repórteres Andreza Matais e Jose Ernesto Credencio.

A dupla informa que as arapucas sindicais ganharam vida entre os meses de abril e agosto de 2009.

Antes, em fevereiro do mesmo ano, a Federação das Indústrias do Amapá informara ao ministério, por escrito, sobre a fraude.

Em resposta, a pasta de Lupi alegara: “Não cabe ao ministério apurar se os integrantes da entidade possuem indústria no ramo ao qual pretendem representar.”

Os certificados de criação dos sindicatos de fancaria carregam duas assinaturas: a de Lupi e a do então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio Medeiros.

Ao lado do jamegão do ministro, uma inscrição: “certifico e dou fé.” Certificou sindicatos que, por inexistentes, não mereciam a minima fé.

Um deles diz representar, por exemplo, indústrias de Construção Naval. O Amapá não fabrica um mísero navio.

Os outros alegam defender os interesses dos setores de: Papel e Celulose, Material Plástico, Bebidas não Alcoólicas, Joalheria e Ourivesaria, Mármores e Pesca.

Pela lei, os presidentes de sindicatos patronais precisam ser donos de indústrias. Os pseudo-empresários do Amapá são, em sua maioria, motoristas.

Servem a uma cooperativa de automóveis controlada por político do PTB, aliado no Amapá ao PDT do deputado Bala e do ministro Lupi.

Esconde-se sob a tramóia a disputa por uma arca de mais de R$ 10 milhões. Verbas do ‘Sistema S’, geridas pela Federação das Indústrias do Amapá.

Cabe aos sindicatos patronais eleger os dirigentes da federação, hoje sob jugo do PR. Graças à autorização de Lupi, os sem-indústria do PDT ganharam direito a voto.

O ministério diz que procedeu conforme a lei. O deputado Bala confirma que patrocinou os pedidos.

Instado a comentar o fato de os sindicatos representarem indústrias inexistentes, Bala disparou: “A organização sindical é livre.”

A bandalheira sindical, como se vê, também é livre. Lupi certifica e dá fé. Dilma, por ora, finge-se de morta. Até quando?

Josias de Souza

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Denúncia

Ministro manda R$ 1 milhão em emenda a firma-fantasma

Josias de Souza

Sempre que instado a comentar o escândalo de sua pasta, o ministro Pedro Novais (Turismo) sapeca: a encrenca é de 2009, antes de eu virar ministro. Como poderia saber?

As explicações de Novais ainda nem sedimentaram e já surge ao redor do ministro um escândalo seminovo.

É muito parecido com o antigo. Envolve emenda de parlamentar, convênio e verba pública desviada. A diferença é que, dessa vez, Novais terá mais dificuldades para dizer que n!ão sabia.

O autor da emenda que nutre o malfeito é ninguém menos que o deputado Pedro Novais (PMDB-MA).

O caso vem à luz graças ao trabalho de uma tróica de repórtres: Dimmi Amora, Andreza Matais, Felipe Seligman.

Informam, na Folha: antes de virar ministro, Novaes mandou aos cofres do Turismo emendas orçamentárias.

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