Educação

Alfabetização no Brasil retrocedeu 15 anos durante a pandemia, diz FGV

Foto: Reprodução / Prefeitura de Jundiaí

Durante a pandemia da Covid-19, o país retrocedeu 15 anos na alfabetização de crianças em um cenário que já não era considerado ideal pelos especialistas. O levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que, em 2019, a taxa de crianças fora das escolas era de 1,39%. Em 2020, esse número saltou para 5,5%.

Os motivos que agravaram a situação foram a evasão escolar e pouco tempo em sala de aula, por conta das restrições impostas pelo coronavírus. Além disso, os investimentos considerados essenciais para a recuperação do patamar educacional antes da pandemia foram reduzidos em 93,5% dos municípios brasileiros, de janeiro a agosto de 2021, de acordo com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

Segundo o economista e pesquisador da FGV, Marcelo Neri, há um atraso educacional muito relevante. A grande piora foi observada nos alunos dos cinco aos nove anos de idade, grupo em que os indicadores educacionais estavam em maior melhora nos últimos 40 anos.

“O fato é que essa é uma idade (dos cinco aos nove anos) decisiva em termos de educação, e a gente andou 15 anos para trás. Sem falar no tempo de escola. Essa deterioração foi maior nos segmentos mais pobres. Na região Norte do país, a queda foi muito maior do que no Sul e Sudeste”, compara.

Neri ainda pondera que essas pioras nos índices podem deixar sequelas futuras a longo prazo. “Ele pode até melhorar, mas os investimentos na menor idade são os mais transformadores”, explica.

De acordo com dados divulgados na segunda-feira (18) pela FNP, de janeiro a agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020, os gastos considerados essenciais para a recuperação do patamar educacional, sofreram impacto em quase todas as cidades do Brasil. Segundo a entidade, 2.370 dos 2.912 municípios registrados no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope) ainda não aplicaram a obrigação constitucional de destinar 25% da receita em impostos para a área educacional.

A instituição prevê que mais de 800 prefeituras devem finalizar o ano de 2021 sem cumprir a exigência, prevista na Constituição Federal. Caso a determinação não seja cumprida, os prefeitos dessas cidades podem ficar inelegíveis. Além disso, os próprios municípios também devem ser penalizados. Em 2020, cerca de 300 cidades não aplicaram esse mínimo constitucional.

A Frente avalia que o cenário é dramático, em especial por conta do ensino a distância adotado pela maior parte das escolas como medida de segurança para conter a propagação do coronavírus. Em Salvador, na Bahia, por exemplo, apenas 32% dos alunos voltaram às salas de aula durante o retorno presencial. Já a Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio de Janeiro calcula que ao menos 25 mil estudantes da rede abandonaram as atividades escolares no último bimestre.

Em nota técnica, a FNP diz ser favorável ao texto da PEC 13/2021, aprovado pelo Senado em setembro. O Projeto de Emenda Constitucional isenta os gestores que não cumprirem os gastos mínimos com a educação. A organização alega que, dessa forma, será possível evitar custos “apressados, temerários e de baixa qualidade.”

“Com o prazo estendido para aplicação dos 25% das receitas vinculadas até o final de 2023, municípios poderão planejar mais adequadamente esses investimentos, beneficiando o ensino público”, declara.

CNN Brasil

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Economia

CENÁRIO POSITIVO: Indicador do mercado de trabalho no Brasil da FGV atinge o maior nível desde fevereiro de 2020

Foto: Agência Brasília

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,9 ponto em agosto e chegou a 90,1 pontos. Esse é o maior nível desde fevereiro de 2020 (92 pontos), ou seja, período pré-pandemia no Brasil.

“O IAEmp avança pelo quinto mês consecutivo e se aproxima do nível pré pandemia. Após o impacto da segunda onda de covid, o movimento iniciado de flexibilização desde então parecem ter contribuído para a retomada do mercado de trabalho. O resultado mais tímido do indicador nesse mês sugere que essa recuperação ainda deve ser gradual. O controle da pandemia e a melhora do setor de serviços, setor que mais emprega, são fundamentais para a continuidade desse cenário positivo”, disse o economista da FGV Rodolpho Tobler.

O IAEmp, medido com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e dos serviços, busca antecipar tendências do mercado de trabalho no país. Dos sete componentes do IAEmp, a situação corrente dos serviços foi a que mais contribuiu para a alta do índice, com um avanço de 7,4 pontos.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Vcs querem ver acabar esse apoio ao STF, basta um ministro mandar prender o meliante ou parte dos meliantes que devem a justiça e estão com os processos sob vistas dos ministros, exatamente para não serem julgados ou prescrever.

    1. Imagine se ele assumisse logo o cargo? Imagine se ao invés de brigar por voto impresso e se preocupar com as calças de Dória, ele resolvesse levar a sério o posto a que foi eleito pela população? Um sonho de quem não quer ver o PT ressuscitar.

    2. Seja honesto uma vez ao menos. Primeiro, vc é mais um “cumpanhero”. Depois, as realizações do governo Bolsonaro estão por aí, às vistas de todos. Pergunta à tua governadora porque o RN AINDA não afundou de vez.

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Economia

Indicador de Emprego da FGV atinge maior nível desde fevereiro de 2020

Foto: © Marcello Casal jr/Agência Brasil

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1,6 ponto de junho para julho e atingiu 89,2 pontos. Esse é o maior nível desde fevereiro de 2020 (92 pontos), período anterior às medidas de isolamento adotadas para lidar com a pandemia de covid-19 no país.

O indicador é calculado com base em entrevistas com consumidores e com empresários da indústria e dos serviços e busca antecipar tendências do mercado de trabalho.

“O resultado positivo sugere que a melhora nos números da pandemia e a redução das medidas restritivas podem estar impulsionando a retomada do mercado de trabalho. Além disso, também há uma expectativa mais favorável em serviços, setor que emprega muito, com a maior circulação de pessoas. Mas é importante ressaltar que ainda existe um espaço para recuperação e que até mesmo o nível pré-pandemia ainda retratava um cenário desafiador no mercado de trabalho”, afirma o economista da FGV Rodolpho Tobler.

Dos sete componentes do Iaemp, cinco contribuíram para a alta de junho para julho, com destaque para o que mede a situação corrente dos negócios do setor de serviços, que cresceu 10,2 pontos no período.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Graças ao Véio Duro e impenetrável Bolsonaro, que os índices Econômicos, financeiro e de empregos, vem melhorando a cada dia que passa. A esquerda pira com esses números.

    1. kkkkk. Se vc acha que o indicador de emprego de 2020 é bom, vc não sabe nem somar.

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Geral

FGV confirma tentativa de cola eletrônica no concurso para Polícia civil do RN

A Fundação Getulio Vargas (FGV) comunica ter identificado e imediatamente eliminado tentativa de cola eletrônica de um candidato durante a prova da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, realizada no último domingo, dia 11 de julho. O corpo profissional da FGV é treinado e capacitado para evitar tais iniciativas criminosas. O sistema de prevenção é reforçado por rígidos procedimentos de segurança, que incluem o uso de detectores de metais e detectores de ponto eletrônico, para evitar que os inscritos portem equipamentos eletrônicos suspeitos. Além do uso dessas tecnologias de combate à fraude e da atuação de profissionais experientes nos locais de aplicação, a FGV conta com avançado sistema de inteligência artificial, que realiza cruzamentos de dados, identificando coincidências de acertos e erros das respostas dos candidatos, tanto nas questões objetivas quanto discursivas, além da análise grafotécnica.

“A Fundação Getulio Vargas agradece a todos os colaboradores que integram sua força de trabalho, pela eficiência em detectar a ocorrência e abortar a tentativa de fraude não consumada no certame. Por fim, reitera a lisura do certame e, juntamente com a PCRN, assegura a continuidade das demais etapas do concurso, inclusive a prova objetiva e discursiva para o cargo de Delegado Substituto no próximo domingo, dia 18/07/2021, em Natal-RN, tranquilizando todos os participantes e a sociedade”, diz comunicado.

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Economia

Indicador antecedente de emprego sobe 4,2 pontos em junho ante maio, diz FGV; maior nível desde fevereiro de 2020

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 4,2 pontos na passagem de maio para junho, para 87,6 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador alcançou o maior nível desde fevereiro de 2020, quando estava em 92,0 pontos. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp subiu 3,5 pontos.

“O mercado de trabalho começa a dar sinais de recuperação. O indicador antecedente de emprego fechou o segundo trimestre recuperando as perdas sofridas no início do ano e retornando ao maior patamar desde o início da pandemia. A recuperação econômica, a redução do número de mortes por covid e a flexibilização das medidas restritivas parecem contribuir com a melhora do cenário. A expectativa para os próximos meses é de continuidade dessa recuperação, mas ainda existe muita incerteza. O avanço da vacinação e o controle da pandemia continuam sendo fundamentais para o processo de retomada”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País. Em junho, todos os sete componentes registraram avanços. A contribuição mais positiva foi a do item que mede a tendência dos negócios no setor dos Serviços, com aumento de 8,1 pontos, o que respondeu por 24% da melhora do indicador agregado.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Economia

Economia brasileira cresceu 7,5% no terceiro trimestre, aponta monitor do PIB da FGV

Monitor do PIB — Foto: Reprodução/Ibre

A economia brasileira registrou alta de 7,5% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (19). Frente ao mesmo período de 2019, no entanto, o resultado é uma queda de 4,4%.

Segundo a FGV, em setembro o PIB teve uma alta de 1,1% ante o mês anterior. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado recuou 2,3%.

“O forte crescimento de 7,5% da economia brasileira no 3º trimestre, reverte, em parte, a forte retração de 9,7% registrada no 2º trimestre deste ano, em função da chegada da pandemia de Covid-19 ao Brasil, a partir de março”, diz em nota o coordenador da pesquisa, Claudio Considera.

Ele ressalta, no entanto, que o crescimento não é suficiente para recuperar o nível de atividade econômica, que segue 5% abaixo do observado no 4º trimestre do ano passado.

De acordo com Considera, o setor de serviços ainda tem dificuldades para se recuperar – mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento – por conta da elevada incerteza quanto ao futuro da pandemia.

Principais resultados

O Monitor do PIB apontou que no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2019:

O consumo das famílias caiu 5,1%, com retração de 8,7% no consumo de serviços;

Os investimentos (formação bruta de capital fixo) tiveram queda de 2,2%, com recuo de 8,2% em máquinas e equipamentos;

A exportação teve alta de 1,7%; enquanto a importação encolheu 24,4%.

Perspectivas e projeções para 2020

O indicador da FGV ficou melhor que o apontado pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), do Banco Central (BC), que apontou uma alta de 1,06% no mês.

O mercado financeiro estimou, na segunda-feira (16), uma retração de 4,66% para a economia brasileira neste ano

Na terça (17), o governo brasileiro reduziu para 4,5% a expectativa de queda para o PIB de 2020

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um tombo do PIB de 5,8% em 2020.

G1

Opinião dos leitores

  1. Cresceu 7,5% em relação ao trimestre passado, mas quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado teve queda 4,4%. É óbvio que quando se para a economia e ela retoma, terá crescimento em "V", o que não significa que teremos um PIB positivo neste trimestre. Alerta aos sonhadores, a inflação está de volta e vai levar parte de salário. Para os donos de empresa, não tem coisa melhor do que um trabalhador querendo trabalhar mais achando bom ganhar menos. Todos sonham em ser empresário e acordam com o despertador dizendo que hora de acordar para não chegar atrasado no trabalho.

  2. Que coisa.. parece um "V". Se não me engano um certo economista odiado pelas esquerdas (e foi o que mais infligiu derrotas aos bancos) falou em um recuperação em "V". Deus ajude o Brasil.

  3. Contribui para esse %.
    Casei, comprei uma bicicleta pra o meu MARIDO (pedalamos juntos), viajamos para Tambaba em lua de mel, etc. Ou seja, tenho orgulho em ter participado desses 7,5%

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Economia

Confiança da indústria atinge maior nível em nove anos, diz FGV

Foto: José Paulo Lacerda/CNI/Direitos reservados

O Índice de Confiança da Indústria, da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 4,5 pontos na passagem de setembro para outubro deste ano. Com isso, o indicador, que mede a confiança do empresário da indústria brasileiro, atingiu 111,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o maior nível desde abril de 2011 (111,6 pontos).

Dezesseis dos 19 segmentos industriais pesquisados registraram aumento da confiança. O Índice de Situação Atual, que mede a percepção do empresariado em relação ao presente, subiu 6,4 pontos, para 113,7 pontos, o maior valor desde novembro de 2010 (13,8 pontos).

O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, cresceu 2,7 pontos, para 108,6 pontos, o maior patamar desde maio de 2011 (110,0 pontos).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 1,6 ponto percentual, de 78,2% para 79,8%, maior valor desde novembro de 2014 (70,3%).

“A sondagem de outubro mostra que o setor industrial está mais satisfeito com a situação atual e otimista que esse resultado será mantido nos próximos três meses. Chama a atenção, contudo, o retorno do Nuci a um nível próximo da média anterior à pandemia e o percentual de empresas indicando estoques insuficientes, o maior valor desde o início da série. Entre as categorias de uso, os bens intermediários merecem destaque por alcançarem o maior nível de confiança do setor, influenciado principalmente pela melhora dos indicadores de situação atual”, afirma a pesquisadora da FGV Renata de Mello Franco.

Segundo a pesquisadora, no entanto, há uma demora na recuperação do indicador de tendência dos negócios, o que sinaliza uma certa preocupação dos empresários sobre a sustentação desse nível de otimismo por um período maior considerando o fim dos programas de auxílio emergencial.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Saiu de 11,2 em abril para 11,6
    Parece piada essa agência Brasil (agência governo, na verdade)
    A todo custo tenta passar um ar otimista com o país q só existe na terra plana deles.

    1. Você foi 'alfabetizado' por um desses métodos paulofreireanos, né?

    2. ERRO 1: não são 11,2 e 11,6, são 111,2 e 111,6………………..ERRO 2: A ordem temporal é de 111,6 para 111,2, e não o contrário………………ERRO 3: só que o abril que serve de comaparação não é o de 2020, mas sim de 2011.

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Economia

Confiança do Consumidor cresce 7,7 pontos em julho, diz FGV

Foto: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 7,7 pontos na passagem de junho para julho deste ano. Com essa, que foi a terceira alta consecutiva, o indicador chegou a 78,8 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Ainda assim, o índice continua abaixo do patamar de fevereiro, ou seja, de antes da pandemia da covid-19.

A confiança do consumidor com a situação atual manteve-se praticamente estável de junho para julho, ao subir 0,4 ponto e passar para 71 pontos. Já a expectativa em relação aos próximos meses avançou 12,3 pontos e passou para 85,1 pontos.

“A confiança dos consumidores manteve em julho a tendência de recuperação, motivada principalmente pela melhora das expectativas em relação à economia. Mas, apesar de acreditar numa recuperação da economia no segundo semestre, o consumidor continua insatisfeito com a situação presente e ainda não enxerga a melhora de suas finanças pessoais no horizonte de seis meses. Sem prazo para terminar, a pandemia parece ter um efeito mais acentuado nos consumidores, que ainda se sentem ameaçados com desemprego e perda de renda nas empresas”, afirma a pesquisadora da FGV Viviane Seda Bittencourt.

Agência Brasil

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Economia

Confiança da indústria cresce 15,2 pontos na prévia de junho, diz FGV

Foto: © CHINA DAILY/Reuters/direitos reservados

O Índice de Confiança da Indústria, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve um aumento de 15,2 pontos na prévia de junho deste ano, em comparação com o dado consolidado de maio deste ano. Com o resultado, o indicador atingiu 76,6 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.

Caso a prévia se confirme no resultado consolidado de junho, essa será a maior alta mensal da história da pesquisa.

O avanço da confiança em junho é resultado da melhora da avaliação dos empresários em relação ao presente e, principalmente, da confiança para os próximos três e seis meses.

Segundo a FGV, o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, teve crescimento de 20,6 pontos, para 75,5 pontos, recuperando nos últimos dois meses mais da metade da queda observada em abril.

O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no presente, cresceu 9,2 pontos, para 77,8 pontos, o equivalente a um terço da perda de abril.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) teve crescimento de 5,9 pontos percentuais e chegou a 66,2%.

Agência Brasil

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Economia

Commodities e China dominam exportações do Brasil em maio, indica FGV


Foto: © Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados

O Índice de Comércio Exterior (Icomex) da Fundação Getúlio Vargas, referente a maio, divulgado nesta segunda-feira(15), confirmou tendência já sinalizada nos meses anteriores de aumento das exportações brasileiras pautadas em commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional) e destinadas para o mercado asiático, com redução para outros destinos. Segundo a FGV, o cenário de instabilidade, com desvalorização do real, não favorece as vendas de produtos industriais no exterior, que permanecem em queda.

O saldo da balança comercial foi de US$ 4,5 bilhões em maio, inferior em US$ 1,1 bilhão ao valor de igual mês de 2019. No acumulado do ano até maio, o saldo atingiu US$ 15,5 bilhões, resultado menor em US$ 4,8 bilhões ao de igual período do ano passado. O desempenho inferior na comparação interanual do acumulado até maio é explicado pela queda mais acentuada das exportações (-7,2%) em relação às importações (-2,5%), analisou a FGV.

As commodities somaram 71% das exportações brasileiras em maio e estão associadas ao setor de agropecuária, cujo aumento foi de 44,2% entre os meses de maio de 2019 e 2020, seguido do aumento de 11,3% da indústria extrativa. A indústria de transformação teve nova queda (-13,7%).

O volume exportado pelo Brasil aumentou 4,1% e o importado, 0,9% na comparação de maio de 2020 contra o mesmo mês de 2019. O aumento do volume exportado é explicado pelas commodities, que aumentaram 23,7% na comparação entre os meses de maio e 10,9%, no acumulado até maio deste ano comparativamente com o mesmo período do ano passado. Em termos de valor, as exportações de commodities caíram 1,5% em maio, ante maio de 2019, e aumentaram 4% no acumulado do ano até maio. “Ressalta-se que o aumento no volume tem sido compensado pela retração dos preços em maio (-20,5%) e no período de janeiro/maio (-5,2%), o que explica o comportamento do valor”, salienta o Icomex. As vendas de não commodities caem na comparação dos meses de maio (-27,7%) e no acumulado do ano (-20,3%), com queda de preços em ambos os casos.

Plataformas

A FGV esclareceu que os dados de importações foram afetados pelas plataformas de petróleo em maio deste ano. As importações mostraram variação de 78,7% em maio e de 22,2% no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano. Embora essas plataformas operem no país, elas eram registradas em subsidiárias da Petrobras no exterior para obtenção de isenções fiscais, de acordo com o Icomex. “Com a instituição do regime aduaneiro especial Repetro-Sped, em 2018, as plataformas têm sido nacionalizadas, o que influencia o valor das importações. Sem as plataformas, as importações em maio teriam recuado em 29% e o saldo seria de US$ 7,3 bilhões, o maior saldo desde 2018. O saldo seria maior, mas explicado pela queda das importações puxada pela retração da atividade econômica”, indica o Icomex.

Se excluirmos as plataformas, há uma queda nos bens de capital de 39,9% (maio) e de 3,7% no acumulado até maio, resultado que afeta a indústria de transformação. “Havíamos registrado uma queda de 13,7% na comparação interanual entre maio de 2019 e 2020 e sem as plataformas passa para um recuo maior de 19,5%”, indica o estudo.

De acordo com a FGV, o cenário recessivo da economia explica a queda nas compras de máquinas e equipamentos para o setor de agropecuária e indústria. Para o setor agropecuário, os resultados no nível de atividade são positivos, mas a desvalorização do real encarece a compra de novos equipamentos.

China

O Icomex confirma que a dependência das exportações das commodities, principalmente do setor agropecuário, se traduz na crescente importância da China como destino das exportações nacionais. Em maio, o volume exportado para a China cresceu 64,7% em relação a igual mês de 2019 e caiu para o restante da Ásia. Mesmo assim, China e o restante da Ásia são os únicos mercados com variação positiva na comparação do período de janeiro/maio entre 2019 e 2020, ressalta o estudo.

A China explicou 32,5% das exportações brasileiras e 20,8% das importações, no período de janeiro a maio de 2020. O mercado chinês é considerado essencial para um desempenho favorável das exportações brasileiras. Em maio, 78% das exportações para a China foram compostas de soja em grão (52,8%), minério de ferro (13,4%) e petróleo (12,2%). As carnes bovina, suína e de frango somaram 9,5% das exportações para o país.

As maiores quedas nas exportações brasileiras foram observadas para a Argentina (-55,2%), México (-46,6%), Estados Unidos (-36,8%) e demais países da América do Sul (-30%).

Perspectivas

As perspectivas não são muito otimistas, analisou o Icomex da FGV. As notícias divulgadas no final da segunda semana de junho sobre uma possível nova onda de epidemia do novo coronavírus na China reacendeu o alerta de um cenário ainda incerto, contrariando perspectiva “moderadamente otimista” sobre retomada das atividades nos mercados europeus, asiáticos e nos Estados Unidos. A projeção da Organização Mundial do Comércio (OMC) continua de queda no comércio mundial entre 13% e 32% este ano.

No Brasil, o Icomex avalia que “a queda das importações e um desempenho favorável das commodities no primeiro semestre atenuam pressões sobre o déficit da conta corrente”. Os resultados no segundo semestre vão depender da retomada da atividade econômica no mundo e no mercado brasileiro.

Agência Brasil

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Economia

Índices da FGV revelam melhora no mercado de trabalho no país em fevereiro

Foto: Olimpíada do Conhecimento 2019/Vinicius Magalhaes/Direitos Reservados

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), medido pela Fundação Getulio Vargas, caiu 0,3 ponto em fevereiro, ficando em 92,0 pontos no mês. A ligeira queda ocorre após três meses consecutivos de alta. Já nas médias móveis trimestrais, o indicador mantém trajetória ascendente pelo quarto mês seguido, com alta de 1,2 ponto em relação ao mês anterior.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Varas (FGV-Ibre). De acordo com o economista da instituição Rodolpho Tobler, o resultado mostra que a recuperação do mercado de trabalho não é consistente e exige cautela.

“Apesar da trajetória positiva do mercado de trabalho nos últimos meses, a ligeira queda pode sugerir cautela com a continuidade da recuperação considerando o cenário de alta incerteza econômica”.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 0,6 ponto e ficou em 91,9 pontos em fevereiro, o menor nível desde agosto de 2015, quando o indicador somou 89,5 pontos. Assim como a taxa de desemprego, quanto menor o número do ICD, melhor o resultado.

Foi a segunda queda seguida em médias móveis trimestrais, com recuo de 1,4 ponto, e a terceira mensal. Para Tobler, isso indica continuidade da queda da taxa de desemprego no início de 2020. “O indicador se aproxima dos níveis do início da última recessão, mas se encontra em patamar elevado, mostrando que ainda há um longo caminho de recuperação”, diz ele.

Segundo o FGV-Ibre, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram para o recuo de fevereiro, com destaque para a queda de 4,6 pontos, na margem, do indicador que mede o grau de otimismo em relação ao emprego para consumidores nos próximos seis meses. O indicador de Tendência dos Negócios caiu 2,6 e o do Emprego Previsto no setor de Serviços recuou 2,2 pontos.

No ICD, a maior influência foi da classe familiar com renda superior a R$ 9.600.00, que teve o Emprego Local Atual (invertido) variando 2,6 pontos na margem. Em seguida vem a classe familiar com renda entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00, que teve variação de 1,4 ponto no indicador de emprego (invertido).

O IAEmp combina séries de dados extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, para antecipar os rumos do mercado de trabalho no país. O ICD reúne dados desagregados em quatro classes de renda familiar da Sondagem do Consumidor e capta a percepção do entrevistado sobre as condições atuais do mercado de trabalho.

Agência Brasil

 

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Geral

Confiança do comércio atinge maior nível desde fevereiro de 2019, informa FGV

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 1,3 ponto em janeiro deste ano e chegou a 98,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. É o maior nível desde fevereiro do ano passado, quando atingiu 99,8 pontos.

A confiança dos empresários do comércio subiu em 4 dos 6 segmentos pesquisados pela FGV. O Índice de Expectativas, que mede a confiança em relação ao futuro, subiu 3,8 pontos e atingiu 104,4 pontos, maior nível desde março de 2019 (104,7).

Já o Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos empresários no momento presente, recuou 1,1 ponto e passou para 91,9 pontos.

De acordo com o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, a alta da confiança do empresário do comércio foi influenciada pela melhora das expectativas que voltaram a subir depois de um período de espera dos empresários no final do ano passado.

“Por outro lado, os indicadores de situação atual que vinham apresentando resultados mais positivos no final de 2019, recuaram em janeiro. Essa combinação de resultados mostra que o cenário de recuperação gradual persiste, ainda dependente de sinais mais fortes do mercado de trabalho e da confiança dos consumidores”, disse Tobler.

Agência Brasil

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Economia

Indicadores de mercado de trabalho apresentam melhora em dezembro, informa FGV

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Os dois indicadores do mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram melhora em dezembro de 2019, em relação ao mês anterior. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências do mercado de trabalho com base na opinião de consumidores e de empresários da indústria e dos serviços, cresceu 1,5 ponto.

Com isso, o Iaemp atingiu 89,9 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Esse é o maior patamar do indicador desde abril de 2019 (92,5 pontos).

Segundo o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, as expectativas para o mercado de trabalho se tornaram mais favoráveis no último trimestre, mas seguem em um patamar ainda baixo, o que mostra que “há um longo caminho pela frente”.

Outro índice da FGV é o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que busca mostrar a opinião dos consumidores sobre a situação atual do desemprego. O ICD, que é medido em uma escala invertida de zero a 200 pontos (em que a pontuação maior é mais negativa), caiu 0,8 ponto, para 95,3 pontos. Segundo Tobler, apesar da melhora, o ICD não se recuperou da alta do mês anterior.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Se a governadora tivesse pago o salário de novembro de 2018 como ela garantiu e não cumpriu, as coisas estariam um pouco melhor aqui em casa. Não aguento mais pagar tanto juro!

    1. ue? mas isso ai vem de longe. se robinson tivesse pago. nao votei na governadora, mas o q se vê é querer jofgar tudo na conta dela. o q não é vdd. desde rosalba q atrasa.

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Economia

FGV: consumidores esperam inflação de 7,2% em 12 meses

A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses atingiu 7,2% em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira, 22, que divulgou o Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores. O resultado representa uma estabilidade em relação a julho, quando as famílias também apontavam, em média, alta de 7,2% nos preços no período à frente. “Embora os itens que mais afetam a formação das expectativas tenham desacelerado nos últimos meses, como a alimentação, a incerteza com relação aos aumentos programados de itens administrados para o próximo ano contribuem para a resiliência das expectativas da inflação pelos consumidores”, diz a instituição em nota.

O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor. Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, as informações passaram a ser anunciadas separadamente.

fonte: Estadão Conteúdo

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Economia

Inflação dos namorados medida pela FGV cresceu mais que IPC em 12 meses

O Dia dos Namorados deste ano não será igual ao do ano passado, e a razão é simples: a “inflação dos namorados” está em alta. Segundo explicou hoje (6) à Agência Brasil o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), os preços dos presentes e serviços consumidos para comemorar a data evoluíram 6,84% nos últimos 12 meses.

A “inflação dos namorados” superou a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV entre junho de 2012 e maio de 2013, que alcançou 5,96%. “Isso mostra que boa parte daquilo que é usado como presente ou serviço, que é consumido na ocasião, está avançando muito [nos preços]”, segundo Braz. Ele observou que, desde o ano passado, quando a FGV iniciou esse tipo de sondagem, o item serviços chama a atenção.

No ano passado, hotelaria e motel foi o item que teve destaque. Já este ano, a variação ficou abaixo da inflação (3,71%). “Mas quando você olha show musical, restaurante, excursão, com certeza eles estão acumulando aumento real e estão pesando no bolso de quem preferir comemorar a data com algum desses serviços”, disse Braz. Os aumentos apurados pela FGV atingiram 15,06%, para show musical; 11,52%, para excursão; e 8,61% para restaurantes.

O economista destacou que, entre os presentes, a parte de vestuário se apresenta como uma boa opção, porque as variações de preços são baixas em comparação a 2012. “Mas quem optar em dar uma bijuteria, por exemplo, pode se surpreender, porque os preços subiram mais de 11%”. A inflação apurada em bijuterias em geral foi 11,99%.

André Braz observou, entretanto, que apesar dos aumentos, os namorados podem aproveitar o próximo dia 12, desde que tenham criatividade. “Dá para comemorar a data sem gastar muito dinheiro. Mas o casal vai ter que usar um pouco a criatividade. Mas, pelo menos o jantar, com certeza, vai ser mais caro que o pago em 2012”.

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Economia

Inflação semanal cai em cinco capitais

Cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) tiveram redução do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na segunda apuração do mês. O índice nacional ficou em 0,38%, com queda de 0,07 ponto percentual em relação ao da semana anterior.

A maior queda foi registrada em Salvador, onde a taxa passou de 0,44%, na semana encerrada em 7 de maio, para 0,05% na última medição, de 15 de maio. Os itens transporte e habitação se destacaram na capital baiana como pressões para a redução da inflação.

Em Belo Horizonte, houve queda de 0,70% para 0,54%, com a desaceleração das variações de preço no vestuário e em saúde e cuidados pessoais. Também houve decréscimo no Rio de Janeiro, de 0,51% para 0,39%, no Recife, de 0,55% para 0,47%, e em Porto Alegre, de 0,35% para 0,24%.

Brasília foi na contramão e apresentou alta da inflação, de 0,44% para 0,64%, assim como São Paulo, onde a taxa subiu de 0,36% para 0,42%. Nas duas capitais, os componentes vestuário, habitação, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação e transportes apresentaram aumento das variações de preço.

Da Agência Brasil

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