(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, de 66 anos, foi internado no Hospital Santa Helena, hospital particular da Asa Norte, no Distrito Federal, nesta quarta-feira (25).
Adriana Villas Bôas, filha do general, disse ao G1 que o pai está “muito bem de saúde”, mas não afirmou se há previsão de alta. A reportagem aguarda resposta do Exército quanto ao motivo da internação do general. O hospital disse que “não pode comentar o estado de saúde dos pacientes”.
O general está acompanhado por parentes e amigos. Dez pessoas estão autorizadas a visitá-lo no quarto.
No ano passado, Villas Bôas afirmou, em um vídeo publicado no YouTube, que tem uma “doença neuromotora de caráter degenerativo”. Segundo o general, essa doença tem causado a ele dificuldades para caminhar e, por isso, passou a usar bengala.
Villas Bôas está à frente do Exército desde 2015, nomeado pela então presidente Dilma Rousseff. Com a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro – iniciada em fevereiro – e a utilização de homens das Forças Armadas na segurança do estado, o general passou a figurar com mais frequência no noticiário e a ocupar um espaço central no debate sobre segurança pública.
No início de abril, uma manifestação do general em uma rede social causou mal-estar dentro e fora do governo. Sem citar diretamente o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Villas Bôas disse que “o Exército brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição e se mantém atento às suas missões institucionais”.
Na ocasião, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) disse que é preciso respeito às decisões do STF e a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) afirmou que, em estados democráticos de direito, o poder civil dirige os destinos da nação. Já o ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, defendeu que a intenção do do general era “reafirmar sua crença nos princípios constitucionais”.
G1
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