Política

Palocci: o gênio e a sorte

Por Josias de Souza

Suponha que você se chama Antonio Palocci. Nasceu no Brasil, em Ribeirão Preto. Cresceu numa família de classe média. Foi aluno regular. Formou-se médico.

Suponha que você preferiu trocar o trabalho como sanitarista pela política. Filiou-se ao PT. Venceu a invisibilidade. Tornou-se prefeito de sua cidade.

Suponha que, em 2002, caminhando por uma rua de Ribeirão, você tropeçou numa lâmpada mágica. Dela saltou um gênio. Disse-lhe que poderia pedir qualquer coisa.

Suponha que você pediu para ser ministro. Queria ajudar a transformar o país. O gênio ajeitou as coisas. Deu-lhe a coordenação da campanha de Lula.

Suponha que Lula virou presidente. Nomeou-o para a pasta da Fazenda. Mais do que você podeira sonhar.

Suponha que você estragou tudo. Levou a Brasília os amigo$ de Ribeirão. Frequentou a mansão brasiliense onde trançanvam-se pernas e negócios.

Suponha que, por um desses azares do destino, um caseiro pilhou-o na mansão. Contou a uma CPI o que viu.

Suponha que você, alvejado por denúncias que misturavam propinas e lixo, quebrou o sigilo bancário da conta que o caseiro mantinha em casa bancária oficial.

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