Diversos

Extrema pobreza se manteve estável em 2019, enquanto a pobreza teve ligeira queda no Brasil, aponta IBGE

Regiões Norte e Nordeste têm mais de 40% da população vivendo abaixo da linha da pobreza — Foto: Economia/G1

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Brasil não conseguiu amenizar a extrema pobreza no último ano. Todavia, o trabalho informal pode ter contribuído para reduzir o contingente de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.

Os dados são de 2019 e fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais. Naquele ano, 6,5% de toda a população brasileira se encontrava em situação de extrema pobreza – a mesma proporção observada em 2018.

Em números absolutos, considerando o aumento populacional no país, somavam 13,6 milhões o total de pessoas extremamente pobres, cerca de 100 mil a mais que no ano anterior, o que é considerado estatisticamente como uma estabilidade. Na comparação com 2014, quando o país vivia sob os patamares mais baixos de desemprego, esse contingente aumentou em quase 4,7 milhões de pessoas.

Já a proporção de pobres caiu de 25,3% para 24,7% no mesmo período. Em 2019, eram cerca de 51,7 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, cerca de 800 mil a menos que no ano anterior.

Segundo o IBGE, é considerado em situação de extrema pobreza quem dispõe de menos de US$ 1,90 por dia, o que equivalia a aproximadamente R$ 151 por mês em 2019. Já os considerados pobres são aqueles que vivem com menos de US$ 5,50, equivalente a R$ 436 no ano de análise.

Estas linhas foram estabelecidas pelo Banco Mundial para acompanhar a evolução da pobreza global. Elas não consideram o câmbio oficial, mas o chamado Poder de Paridade de Compra (PPC). Segundo o IBGE, essa medida permite comparar o valor real das moedas em determinado ponto do tempo por meio de uma pesquisa de preços de bens e serviços em diversos lugares do mundo.

Considerando apenas a linha de pobreza, o Brasil apresenta a 21ª taxa mais elevada entre 43 países com informação disponível no Banco Mundial, ficando atrás de países como Paraguai, Azerbaijão e Cazaquistão.

Já o contingente de extremamente pobres no Brasil é maior que a população total de países como Bélgica, Portugal e Grécia, entre outros.

Extrema pobreza no Brasil

O contingente de extremamente pobres no país é formado, majoritariamente, por pretos e pardos, mulheres em sua maioria, sem instrução ou com ensino fundamental incompleto e desempregados.

O IBGE destacou que 56,8% das pessoas abaixo da linha da extrema pobreza viviam no Nordeste, região que respondia por 27,2% da população total do país.

Entre os estados, a situação mais precária foi observada no Maranhão, onde um em cada cinco moradores viviam em condição de miséria financeira em 2019.

Já a região Sudeste, a mais populosa do país, tinha o segundo maior contingente de extremamente pobres, mas respondia por apenas 15,2% desse grupo.

Apenas 13,8% das pessoas consideradas extremamente pobres estava ocupada no mercado de trabalho em 2019. A dificuldade em conseguir trabalho remunerado, segundo o IBGE, pode explicar a estabilidade dessa população.

O rendimento do trabalho é o que tem mais peso na composição do rendimento médio domiciliar per capita, segundo o IBGE. Ele representava, em 2019, 72,5% do rendimento familiar.

O IBGE destacou que, dentre as pessoas ocupadas que viviam em situação de extrema pobreza, os trabalhadores familiares auxiliares, geralmente sem qualquer remuneração, eram a posição na ocupação com maior incidência (12,2%) neste grupo.

1 em cada 4 brasileiros vivia com menos de R$ 436 por mês

Embora o contingente de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza tenha se reduzido na passagem de 2018 para 2019, o país registrava um batalhão de mais de 51,7 milhões de pessoas nesta condição.

Isso equivale a dizer que um em cada quatro brasileiros viveu com menos de R$ 436 por mês em 2019.

O coordenador da pesquisa, João Hallak Neto, apontou que o mercado de trabalho pode estar por trás da redução do contingente de pobres. Isso porque a informalidade bateu recorde no país em 2019, o que pode ter impactado diretamente na renda dos brasileiros mais pobres.

Quase metade da população abaixo da linha da pobreza (47,1%) vivia no Nordeste. O Sudeste respondia por cerca de 27% do contingente de pobres.

O IBGE destacou que o Maranhão era o estado com a maior proporção de pobres em relação à população total – quase metade dos maranhenses vivia abaixo da linha da pobreza. Outros 12 estados apresentavam incidência de pobreza superior a 40% da população.

G1

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Economia

IBGE: Desemprego diante da pandemia bate recorde e atinge mais de 14 milhões de brasileiros; nordeste tem maior alta

Entre maio e setembro, aumentou em cerca de 4 milhões o número de desempregados no Brasil, diz IBGE — Foto: Economia/G1

O desemprego diante da pandemia causada pelo novo coronavírus bateu recorde na penúltima semana de setembro, atingindo mais de 14 milhões de brasileiros. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, entre maio e setembro, mais de 4,1 milhões de brasileiros entraram para a fila do desemprego, o que corresponde a uma alta de 43% do número de desempregados no país em cinco meses.

Com isso, a taxa de desemprego passou de 10,5% para 14,4%, a maior de todo o período pesquisado.

A pesquisa mostrou também que:

Entre as regiões, o Nordeste apresentou a maior alta no número de desempregados, de 69%.

O Sudeste, região mais populosa, concentra cerca de 45% dos desempregados no país.

A população ocupada ficou estável na maior parte do período pesquisado.

O nível de ocupação também ficou estável ao longo da pandemia.

A flexibilização do isolamento social foi responsável por pressionar o mercado de trabalho.

A informalidade teve queda no país, indicando estagnação do mercado de trabalho.

O número de trabalhadores afastados por causa do isolamento social caiu em 83,9% em 5 meses.

O levantamento foi feito entre os dias 20 e 26 de setembro por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil. Esta foi a última edição da pesquisa semanal.

Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.

Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes a julho, quando o país atingiu taxa de desemprego recorde, de 13,8%, com mais de 13,1 milhões de brasileiros em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.

Nordeste teve maior alta no desemprego entre as regiões

A maior parte dos 14 milhões de desempregados na penúltima semana de setembro estava concentrada na Região Sudeste (6,3 milhões), que é a mais populosa do país.

No entanto, foi na Região Nordeste que se observou a maior alta no número de desempregados ao longo dos cinco meses de pandemia – passou de 2,3 milhões na primeira semana de maio para 3,9 milhões na penúltima de setembro, o que corresponde a uma alta de 69% no período.

A segunda maior alta foi observada na Região Norte, onde o número de desempregados passou de 890 mil para 1,3 milhão – um aumento de 46,9%.

O Sudeste, por sua vez, registrou alta de 39,2% no número de desempregados, passando de 4,3 milhões para 6,3 milhões.

No Centro-Oeste, região com o menor número de desempregados, o número de pessoas buscando emprego aumentou de 819 mil para 1 milhão, o que corresponde a um aumento de 25%.

Já a Região Sul viu o contingente de desempregados passar de 1,3 milhão para 1,5 milhão, uma alta de 16,5%.

Flexibilização do isolamento pressiona o desemprego

Na comparação com a terceira semana de setembro, aumentou em cerca de 700 mil o número de desempregados, fazendo a taxa de desemprego passar de 13,7% para 14,4% em uma semana. Essa alta, no entanto, é considerada como uma estabilidade estatística pelo IBGE.

A gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, avaliou que o avanço da flexibilização do isolamento social por todo o Brasil tem relação direta com o aumento do desemprego ao longo de todo o período do levantamento.

“Embora as informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”, apontou.

A pesquisadora ressaltou que a população ocupada no mercado de trabalho se manteve estável durante a maior parte do levantamento, o que sugere que o desemprego foi pressionado por um maior número de pessoas buscando emprego, ou seja, não houve corte expressivo de postos de trabalho no país.

“Vínhamos observando, nas últimas quatro semanas, variações positivas, embora não significativas da população ocupada. Na quarta semana de setembro a variação foi negativa, mas sem qualquer efeito na taxa de desocupação”, destacou Maria Lúcia.

Na penúltima semana de setembro, a população ocupada foi estimada em cerca de 83 milhões de pessoas. Na primeira semana de maio, esse contingente era de cerca de 83,9 milhões. O menor contingente de ocupados havia sido registrado na primeira semana de julho, com 81,1 milhões de trabalhadores ativos no mercado.

O nível de ocupação ficou em 48,7% na última semana do levantamento, estável na comparação com o registrado na primeira semana de maio, que foi de 49,4%.

Também se manteve estável o número de pessoas que não estava trabalhando nem procurava por trabalho no país – eram cerca de 73,4 milhões de pessoas na penúltima semana de setembro contra 76,2 milhões na primeira de maio.

O IBGE destacou, no entanto, que caiu de 27,1 milhões na primeira semana do levantamento para 25,6 milhões o número de pessoas fora da força de trabalho que disseram que gostariam de trabalhar, embora não procurassem por uma ocupação.

Informalidade tem queda

O levantamento mostrou que o número de trabalhadores informais teve queda de, aproximadamente, 1,6 milhão entre o começo e o fim da pesquisa. Na primeira semana de maio, o país tinha cerca de 30 milhões de pessoas trabalhando na informalidade, número que caiu para 28,4 milhões na penúltima semana de setembro.

Com isso, a taxa de de informalidade no país caiu de 35,7% para 34,2% no período.

O IBGE considera como trabalhadores informais aqueles profissionais sem carteira assinada (empregados do setor privado e trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e sem remuneração.

O órgão enfatiza que a informalidade é a via de mais fácil acesso ao mercado de trabalho e que, por isso, tende a ser o primeiro meio de ocupação a reagir diante de uma crise financeira como a estabelecida pela pandemia do coronavírus. Ou seja, a evolução da informalidade ao longo da pandemia indica que há certa estagnação do mercado de trabalho no país.

Afastamentos do trabalho tiveram queda de 83,4%

Desde o início do levantamento, o número de trabalhadores afastados do trabalho em função do distanciamento social teve queda semanalmente.

Na primeira semana de maio, eram 16,6 milhões de pessoas nessa condição, número que chegou a 2,7 milhões na penúltima semana de setembro, uma queda de 83,4% no período.

Essa queda, segundo o IBGE, está diretamente relacionada com o avanço gradual da flexibilização das medidas de distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus.

O IBGE destacou que, somente entre a terceira e quarta semana de setembro, caiu em cerca de 2,2 milhões o número de pessoas que dizia manter isolamento social rigoroso. No mesmo período, aumentou em cerca de 937 mil o número pessoas que disse não ter tomado nenhuma medida de restrição para evitar o contágio pelo novo coronavírus.

A maior parte da população afirmou, na penúltima semana de setembro, ter reduzido o contato com outras pessoas, mas continuou saindo de casa ou recebendo visitas.

G1

Opinião dos leitores

  1. A orientação de todo mundo civilizado: fique em casa e preserve sua saúde, de sua vida e de sua familia
    A orientação das terraplanistas bolsonaristas: vá pra rua trabalhar, se contaminar, depois sua família e depois morra.
    O que essa turma come?

    1. Pois é. Como se não se pudesse trabalhar às duas coisas juntas. Essa conta é dos governadores e prefeitos.

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Economia

Alimentos puxam alta de preços em setembro, aponta o IBGE

Foto: © Antonio Cruz/ABr

O grupo de despesas com alimentação e bebidas teve uma alta de preços de 2,28% em setembro, e foi o principal responsável pela inflação oficial no mês, de 0,64%. A alta dos alimentos foi maior do que a observada em agosto, de 0,78%.

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta dos alimentos ocorreu principalmente por causa da refeição dentro do domicílio, que subiu 2,89%. Entre os produtos com maiores aumentos de preço estão o óleo de soja (27,54%) e o arroz (17,98%). O tomate teve alta de 11,72%; o leite longa vida, 6,01%, e as carnes, 4,53%.

“O câmbio num patamar mais elevado estimula as exportações. Quando se exporta mais, reduz os produtos para o mercado doméstico e, com isso, temos uma alta nos preços. Outro fator é a demanda interna elevada, que por conta dos programas de auxílio do governo, como o auxílio emergencial, tem ajudado a manter os preços num patamar elevado. No caso do grão de soja, temos ainda forte demanda da indústria de biodiesel”, explicou o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov.

Outro grupo de despesas com impacto importante na inflação em setembro foi o de transportes (0,70%), cuja alta de preços foi puxada pela gasolina (1,95%), óleo diesel (2,47%), etanol (2,21%) e passagens aéreas (6,39%).

Também tiveram altas de preços os grupos artigos de residência (1%), habitação (0,37%), vestuário (0,37%), comunicação (0,15%) e despesas pessoais (0,09%).

Por outro lado, saúde e cuidados pessoais teve deflação (queda de preços) de 0,64%, principalmente devido ao item plano de saúde, cujos preços recuaram 2,31% devido a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender até o fim do ano os reajustes dos planos. Educação também teve deflação de 0,09%.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Manoel! A Dilmanta mantinha os preços artificialmente. A energia era subsidiada, os combustíveis com preços mantidos pela "caneta", contribuiram para enormes prejuízos na Petrobras e o consumo mantido com renúncia de tributos na linha branca, automóveis, etc…
    Atualmente são preços de mercado que podem ter variações, para cima ou para baixo, com as cotações internacionais.
    PS: a matéria tela não cita inflação de 17% nesse ano. Vc viu esse índice aonde?

  2. Eu como bom PATRIOTA ñ estou preocupado nem com o preço do feijão muito menos com o do arroz. Tenho histórico de atleta e cultivo bons hábitos. Agora se preço do CAPIM estivesse aumentado, ai realmente eu estaria preocupado. Rumen vazio ñ para em pé.

    1. Nem capim tem mais pro gado e jumentos comerem. O Fogo acabou com tudo!

    2. Vc não reclamou da inflação de 11% de Dilma mais quer fazer drama da inflação de 2,5% de Bolsonaro, isso após meses de deflação na pandemia, seja honesto e pare de fake news.

    3. Pois é Luciano Gado
      Era 11% com o povo consumindo. Hoje temos a maior inflação para um mêsem 17% sem ninguém com dinheiro pra nada.
      Sópra te recordar. Com Dilma o dólar era 2,70, a gasolina 2,90, o kg de arroz 2 reais, feijao 3 reais e o capim sobrava.

    4. Mané voltou, junto com entregador de pizza e cabeça cheia de chifre, dava um trio certinho, defendendo a quadrilha dos PTralhas e de LULADRAO. Kkkk

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Diversos

Governo autoriza concurso do IBGE para até 6.500 vagas temporárias

Foto: Reprodução / FAEPE

O governo federal autorizou a abertura de processo seletivo no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para até 6.500 vagas temporárias, segundo portaria publicada nesta sexta-feira (11) no Diário Oficial da União.

Os profissionais poderão ser contratados a partir de 2021 “para operacionalização das pesquisas permanentes de natureza estatística e geocientífica do IBGE”. As vagas serão para agentes de pesquisa e para supervisores.

O prazo de duração dos contratos deverá ser de até 1 ano, com possibilidade de prorrogação.

De acordo com a portaria do Ministério da Economia, o edital de abertura de inscrições para o processo seletivo será publicado em até 6 meses.

“As despesas com as contratações correrão à conta de dotações orçamentárias do IBGE”, informa a portaria.

O valor das remunerações ainda não foi divulgado.

Vagas previstas:

Agente de Pesquisas e Mapeamento: 5.623
Supervisor de Coleta e Qualidade: 552
Agente de Pesquisas por Telefone: 300
Supervisor de Pesquisas: 25

G1

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Diversos

Auxílio emergencial beneficiou quase 50% da população, diz IBGE

Auxílio Emergencial chegou a quase metade dos domicílios brasileiros, segundo levantamento do IBGE — Foto: Reprodução/IBGE

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que, em junho, cerca de 21 milhões de brasileiros tiveram renda domiciliar per capita média de apenas R$ 7,15 e máxima de R$ 50,34. Esse contingente representa 10% da população com os menores rendimentos. A pesquisa mostrou, também, que quase metade da população do país foi beneficiada pelos auxílios emergenciais do governo.

O IBGE destacou que, deste grupo, cerca de 17,7 milhões foram beneficiados, direta ou indiretamente, por benefícios de transferência de renda do governo federal, como o Auxílio Emergencial ou o Benefício Emergencial (BEm). Com o valor do benefício, a renda domiciliar per capita saltou da média de R$ 7,15 para R$ 271,92 – uma alta de 3.705%.

O Auxílio Emergencial do governo federal é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, com renda domiciliar per capita que não deve ultrapassar R$ 522,50 ou a renda total do domicílio que não ultrapasse a três salários mínimos (R$ 3.135). Já o BEm é pago a quem teve suspensão de contrato ou redução de jornada e salário.

No grupo com a segunda menor faixa de rendimento, o IBGE identificou outros 21,1 milhões de brasileiros que viviam em lares com renda domiciliar per capita média de R$ 150,88 e máxima de R$ 242,15. Destes, 18,2 milhões foram beneficiados pelos programas de transferência de renda emergenciais. Com o benefício, a renda média desse grupo passou para R$ 377,22 – uma alta de 150%.

“O auxílio emergencial atingiu cerca de 80% dos domicílios duas primeiras faixas de renda e cerca de três quartos dos domicílios da terceira faixa. Isso demonstra a importância do programa na renda domiciliar per capita dos domicílios dos estratos de renda mais baixos”, avaliou o diretor adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.

Na terceira faixa dos menores rendimentos, a renda per capita média foi de R$ 303,42 e a máxima de R$ 354,18. Com o pagamento dos benefícios, a renda média aumentou em 59,9%. Segundo o IBGE, isso evidencia o quanto os programas impactam de forma mais expressiva os dois primeiros grupos.

Auxílio beneficiou quase metade da população

A pesquisa mostrou que os auxílios emergenciais chegaram, em junho, a 29,4 milhões de domicílios brasileiros, onde residem 49,5% da população do país.

“Direta ou indiretamente, esse contingente pode ter sido beneficiado com auxílio”, apontou o diretor adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.

Segundo a pesquisa, nos estados das regiões Norte e Nordeste, o percentual de domicílios beneficiados com auxílio emergencial ultrapassou os 45%. No Amapá e no Maranhão, por exemplo, a proporção de beneficiados foi superior a 65%. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a cobertura do programa não alcançou 30% dos domicílios.

Azeredo destacou que foram distribuídos R$ 27,3 bilhões pelo programa do governo federal, sendo que metade da população brasileira, formada pelos estratos mais baixos de renda, recebeu 75,2% das transferências.

O IBGE destacou que, em junho, o benefício chegou a 3,1 milhões de domicílios a mais do que havia alcançado em maio.

O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.

Desemprego tem alta de 16,6%

A pesquisa mostrou que o país encerrou junho com 11,8 milhões de desempregados, 1,7 milhão a mais que o registrado em maio – uma alta de 16,6% no período. Com esse aumentou, a taxa de desocupação passou de 10,7% para 12,4%

De acordo com o diretor adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, esse aumento do desemprego tem relação direta com a flexibilização do distanciamento social.

“Isso implicou no aumento da população na força trabalho, já que o número de pessoas que não buscavam trabalho por causa da pandemia reduziu frente a maio. Elas voltaram a pressionar o mercado”, apontou.

Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.

Na última divulgação, a Pnad Contínua mostrou que, entre abril e maio, cerca de 7,8 milhões de postos de trabalho foram fechados no Brasil, chegando 12,7 milhões o número de desempregados no país. Os dados de junho serão divulgados pelo IBGE no dia 27 de julho.

G1

 

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Educação

RN tem maior taxa de escolarização entre jovens de 15 e 17 anos do Nordeste, com 93,3%, proporção superior, inclusive, a média nacional, informa IBGE

Foto: Divulgação

O Rio Grande do Norte tem uma taxa de escolarização entre adolescentes de 15 a 17 anos de idade de 93,3% – a maior proporção do Nordeste e a quinta maior do Brasil. O dado está no módulo Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que foi divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Segundo o IBGE, isso significa que 135 mil adolescentes potiguares dessa faixa de idade estão na escola. A proporção é superior, inclusive, à média do Brasil, que é de 89,2%.

Com acréscimo do G1

Opinião dos leitores

  1. Sou professor da rede pública e todos os anos nos debatemos no Conselho Escolar diante do índice de reprovação. Infelizmente acontece e a culpa não pode ser direcionada exclusivamente ao professor porque o referido conselho tem representantes de todos os segmentos (professores, alunos, coordenadores, gestores, servidores e pais) e tem poder de decisão na comunidade escolar. Quando isso acontece por culpa do professor, ele é convocado para rever sua prática e resolver o problema. No entanto, outras questões são observadas anos a fio: descaso dos governantes com educação, investimentos que não chegam à escola, secretários estaduais, municipais e até ministros que nada conhecem de educação e ocupam a pasta (isso aconteceu e continua acontecendo Brasil à fora); desvalorização do trabalho do professor e falta de participação da família no processo de aprendizagem.
    Em média, por turma, 20% tem acompanhamento devido por parte dos pais e não vale aquela máxima de que o meu filho está na escola e tem que aprender. É fundamental a participação das famílias no acompanhamento dos filhos e nas reuniões para cobrar melhorias no processo. Não adianta pai, mãe, avós outros parentes aparecerem apenas no final do ano letivo após inúmeras convocações. A escola não é um deposito de filhos. Essa visão precisa ser superada urgentemente, principalmente pelos gestores municipais que veem nas creches ou centros municipais de educação infantil esse deposito para possibilitar a vida laboral dos pais. Quantas crianças chegam aos cmeis ou creches com a mesma frauda colocada no dia anterior? Não sabiam, mas acontece. Depois, no Ensino Fundamental, a coisa se repete porque os pais não aparecem na escola e quando dão sinal de vida é pra dizer que não sabem o que fazer com a criatura! Diante da realidade que permeia uma sociedade extremamente conservadora, concentradora de renda, com grande abismo social, a peneira da reprovação vai se estendendo ao longo dos anos. Com tudo isso, a maioria dos que chegam ao Ensino Médio conseguem concuí-lo, mesmo interrompendo os estudos temporariamente por conta de uma vaga de emprego que surge e não pode ser desprezada. Os que chegam à faculdade serão bons profissionais, caso estudem e se esforcem bastante para concluirem seu ensino superior. Nao se pode negar a baixa qualidade de alguns profissionais, mas esses certamente e, predominantemente, não são frutos das instituições públicas de ensino superior nem tampouco frutos da massa humilde ou honesta. A educação aos trancos e barrancos funciona, mas precisamos de homens e mulheres melhores para construirmos um mundo melhor.

  2. a duvida é porque entao nosso estado é tao atrasado economicamente, quando a educacao deveria refletir diretamente nisso.. e porque se ha tanta escolarizacao, porque ainda usam a cota como mecanismo?

    1. Veja o curral eleitoral e o voto de cabresto no RN que você compreende rapidinho.

  3. Escolarização significa estar matriculado , estar matriculado em uma escola , portanto, significa mais recursos do Governo Federal, não significa estudar, apenas , aluno matriculado . . Em absoluto , não significa aprendizado, frequência , ser realmente estudante . Nem existe reprovação , desde que criaram os métodos da esquerda Pátria Educadora – o sujeito pode chegar na universidade sem precisar conhecer nem a Historia do Brasil, quiçá, geografia , História geral, Fazer contas básicas de matemática , dissertação, nem pensar . Portanto, sempre estatísticas mascaradas para enganar a massa de manobra . Se não for por maquiagem , muita gente políticos até donos de universidades , ganhando dinheiro do FIES /MEC ou cotas para enganar que o” coitado, a vítima da sociedade” agora tem vez – Jamais chegará com a educação decadente desde a assunção do PT ao poder, por méritos próprios como antigamente . E o maior Aue as mídias hipocritas dando manchete que o filho de uma faxineira conseguiu chegar na universidade . E os médicos , engenheiros, físicos, administradores , todos formados em vários. Segmentos, filhos de gente humilde, que entraram nas universidades federais , vindos de Escolas Públicas de ensino de qualidade como antigamente , e aí estou incluída , Isso era normal , quando a realidade era outra. Isso ninguém lembra, não divulga, coitada dessas gerações , não sabe nem que era assim que as coisas funcionavam . A verdade , se depender dessa turma, jamais saberão .
    Qualquer um passe próximo a uma escola estadual em pleno horário de funcionamento – e tire suas conclusoes- o que se ver e assustador – jovens nas calçadas próximas , namorando, conversando , pq o mais importante para
    Esses governantes e “educadores militantes” são apenas a inscrição como aluno- não interessa o “estudante”. Os pais , pobres coitados , tentando sobreviver , imaginando que os filhos estão realmente em sala de aula participando de atividades escolares . Esse país cada vez mais descendo ladeira abaixo , pq a esquerda brasileira e a corrupção. Destruindo toda a possibilidade de progresso e desenvolvimento do país . Mas quando se tem os representantes da Suprema Corte, advogados de corruptos e até do PCC serem indicados por aqueles e partidos políticos que deveriam Ser investigados pelos atos de corrupção e crimes , que jamais passaram nem tem capacidade para serem aprovados em concurso da magistratura , de reputação ilibada , pré requisito para o cargo , que aqueles que chegaram la, só conseguiram por esse tipo de QIndica – na política – verdadeiros puxa sacos dos chefes que os nomearam para darem continuidade ao trabalho sujo de quem os nomeou – Triste destino desse país. Depois o mesmo povo reclama dos leitos lotados nos hospitais , das cidades sem
    Asfaltos , dos buracos nas ruas , depreciando até os veículos, muitos são os siustentos de vários país de famílias e jovens , não reclamem , porque todos são responsáveis quando elegem a velha turma conhecida por corrupção,.

  4. Por alfabetizado neste caso, entenda-se percentual q "cinsegue desenhar" o próprio nome. Triste realidade.

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Educação

IBGE: Onze milhões de brasileiros com mais de 15 anos não sabiam ler e escrever em 2019

Escolas estão fechadas por conta do coronavírus Foto: BRENNO CARVALHO / Agência O Globo

Onze milhões de brasileiros com mais de 15 anos não sabiam ler e escrever em 2019. O número corresponde a 6,6% dessa população, apenas 0,17 pontos percentuais menor do que o ano anterior. Os dados são da Pnad Contínua Educação 2019, divulgadas nesta quarta-feira pelo IBGE.

É considerado alfabetizado quem consegue ler e escrever um bilhete simples. O Brasil estipulou como meta do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014, que a taxa de analfabetismo de brasileiros com mais de 15 anos teria que ser de 6,5% em 2015.

Ou seja, mantendo o ritmo de queda (de 0,2 pontos percentuais ao ano), o país só deve atingir em 2020 a meta estabelecida para cinco anos antes. Além disso, levaria 33 anos para zerar o analfabetismo de brasileiros com mais de 15 anos — o PNE estabelece essa meta para 2024, o último ano de vigência do plano.

— É importante destacar que, dessas 11 milhões de pessoas analfabetas, 6,2 milhões estão no Nordeste — salienta Adriana Beringuy, analista da pesquisa.

Na região, 13,9% das pessoas com mais de 15 anos não sabem ler ou escrever. Essa taxa é quatro vezes maior do que no Sul e Sudeste. Além disso, de 2018 para 2019, a sequência de quedas foi interrompida com um leve acréscimo. No ano anterior, era de 13,87%.

Ainda segundo a Pnad Contínua 2019, cerca de um a cada quatro (27%) negros com mais de 60 anos é analfabeto. O índice entre idosos brancos é de um a cada dez (9,5%). Considerando a população de mais de 15 anos, a diferença entre brancos e negros cai um pouco, mas segue alta: 8,9% contra 3,6%.

“Para a erradicação até 2024, os desafios são diversos entre as regiões, seja devido à tendência de estabilização das taxas no Centro-Sul do País, seja pelo nível mais elevado das taxas no Norte e no Nordeste”, informa o texto da pesquisa.

Como O GLOBO revelou em dezembro, o Ministério da Educação (MEC) fez, em 2019, o menor gasto da década com a educação de jovens e adultos, principal estratégia para aumentar a escolarização da população que abandonou os estudos na idade escolar. Os dados são do Sistema Integrado de Operações (Siop).

A pasta só gastou R$ 16,6 milhões na área neste ano, o que corresponde a 22% do previsto (R$ 74 milhões). Para se ter uma ideia, em 2012 o montante chegou a R$ 1,6 bilhões (em valores corrigidos) — 115 vezes maior do que neste ano.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. E muitos concluem um curso universitário sem saber interpretar um parágrafo. Faz parte da lógica Gramsciana: queremos formar militantes de esquerda, e não engenheiros, físicos, psicólogos, médicos, etc. Quem perde é o país, que continua patinando no atraso.

  2. Pelos comentários anteriores percebe-se o conhecimento sobre o tema. Sabe-se que esse é um problema crônico que vai além da sala de aula e envolve, principalmente, questões sociais.
    Não podemos negar os problemas existentes no sistema educacional brasileiro, mas há uma luta pela sobrevivência sem precedentes no cotidianos de milhões de pessoas que não estudam porque precisam trabalhar de qualquer modo e em qualquer coisa para sobreviver. Muitos que frequentam a escola, ali estão porque essa lhes garante a única refeição do dia e o ensino é relevado a segundo plano, pois não há horizonte ou esperança no seio familiar. Se não se valoriza o trabalho do professor, a escola acaba por ser um depósito em que as famílias deixam os filhos, mas não cobram resultados, basta apenas saber que estão em lugar seguro. Por outro lado há uma briga eterna para que migalhas cheguem até as escolas para que tenham condições mínimas de funcionamento. Contratar professores e pessoal de apoio, assim como remunerá-los corretamente, equipar as escolas com internet de qualidade, climatizá-las, implantar bibliotecas e laboratórios são apenas promessas que se renovam a cada quatro anos. Lembrando bem, SEGURANÇA, SAÚDE E EDUCAÇÃO sempre são os temas das campanhas políticas, mas esse não é o caso de Natal. Na capital potiguar, os gestores e legisladores lambem os beiços para aprovarem e executarem projetos para diminuírem as despesas com serviços essenciais. Desse modo, sobram recursos para a realização de grandes eventos festivos que favorecem artistas nacionais, embora os artistas locais fiquem com as migalhas jogadas ao vento. Garantir avanços na educação básica pública é algo a ser discutido seriamente e que envolva todos os setores da sociedade, emtodas as instâncias e esferas.

  3. Esses adolescentes são produto da era PT
    Cadê o produto de investimento de educação do PT? Só firula e enganação de LULA LADRÃO e DILMA POSTE!
    ISSO também se repete no governo FATÃO BOKU'S..

    1. Claro. Antes dele asssumir os filhos de pedreiros estavam fazendo PhD em Física Nuclear.
      Foi Dilma sair que eles desaprenderam tudo.

    2. Quando Bolsonaro vai sair ????? Quero voltar a roubar !!!!!!

    3. É culpa de Haddad que ficou em segundo lugar nas eleições.

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Diversos

IBGE: Vitória(ES), Florianópolis(SC) e Campinas(SP) ganham condição de metrópole

Foto: © Ricardo Wolffenbüttel/SECOM/Santa Catarina

Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Campinas (SP) passaram à condição de metrópole, segundo a pesquisa Regiões de Influência das Cidades (Regic), com base em dados de 2018, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (25).

As três cidades passaram a figurar entre as atuais 15 metrópoles brasileiras. Com a ascensão de Campinas, único município que não é uma capital estadual, São Paulo se tornou a primeira unidade da federação a ter duas metrópoles.

Segundo o IBGE, Vitória, Florianópolis e Campinas atingiram o nível de metrópole por terem elevado o número de empresas e instituições públicas, atraindo contingentes populacionais muito significativos de outras cidades para acessarem bens e serviços.

O gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE, Bruno Hidalgo, destacou as atividades econômicas que impulsionaram o alto número de empresas nas novas metrópoles. Ele lembrou que Campinas é um polo tecnológico e logístico relevante, cortada por rodovias importantes, com uma das principais universidades brasileiras – a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Já a capital do Espírito Santo abriga o Porto de Tubarão, um dos mais importantes do país, com exportação de minério de ferro. O estado tem produção de petróleo, siderurgia e celulose. No caso de Florianópolis, diz o pesquisador, não só o turismo é importante para a economia, mas o estado abriga agroindústria, produção naval e empresas de tecnologia.

São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Salvador e Manaus completam o grupo das metrópoles.

Entre as capitais regionais, são 32 novas cidades nessa categoria, totalizando 97. O estado de São Paulo apresentou o maior aumento absoluto, passando de 12 para 20 capitais regionais. Mato Grosso e Rondônia, que tinham apenas Cuiabá e Porto Velho como capitais regionais, passaram a ter mais duas cidades nesse nível, respectivamente, Sinop e Rondonópolis; e Cacoal e Ji-Paraná. Goiás, que não tinha nenhuma, passou a ter Anápolis como capital regional.

Bruno Hidalgo chamou a atenção para o fato de que as capitais regionais de Goiás, Mato Grosso e Rondônia estão ligadas às frentes do agronegócio.

Deslocamentos populacionais

A pesquisa mostrou também a distância a ser percorrida pela população de um determinado local para adquirir produtos e serviços em outras cidades. Para cursar ensino superior, a média de deslocamento foi de 92 quilômetros (km) enquanto para atividades culturais, o estudo mostra que a média foi de 66 km. Para atividades esportivas, a média é de 73 km.

De acordo com o levantamento, há grande difusão da procura por cursos de nível superior pelo território, com cidades médias atraindo estudantes além das capitais estaduais. “É um tema que depende do estado e da região, mas em geral, tem uma presença de centros intermediários importantes em relação a outros temas da pesquisa”, disse Hidalgo.

A ida a aeroportos proporciona a maior distância média de deslocamento, com 174 km – considerando medidas em linha reta das ligações entre cidades. Segundo o IBGE, como os aeroportos estão presentes em um pequeno número de centros urbanos, os brasileiros necessitam se deslocar mais para acessar esse serviço.

O estado que registrou o maior deslocamento médio foi Mato Grosso, com 284 km na média, seguido pelo Amazonas, com 273 km. No outro extremo, os estados que proporcionaram os menores deslocamentos são os de pequena área territorial, como Sergipe (74 km) e Alagoas (114 km).

As ligações rodoviárias e hidroviárias apresentam elevada capilaridade. Por esse motivo, a média nacional de deslocamento para transporte rodoviário e hidroviário foi de 75 km, considerando as medidas das ligações entre as cidades em linha reta.

Para serviços de saúde de alta complexidade, o deslocamento da população entre cidades foi de 155 km, enquanto para serviços de saúde de média e baixa complexidade foi de 72 km.

O deslocamento médio da população para comprar eletroeletrônicos e móveis foi de 73 km. Já o deslocamento médio para a aquisição de vestuário e calçados foi de 78km.

Segundo o IBGE, os dados relativos aos serviços de saúde e de compras de vestuário e eletroeletrônicos foram antecipados em abril e maio, respectivamente, para auxiliar no combate à pandemia de covid-19.

A pesquisa, feita a cada dez anos pelo IBGE, identifica e analisa a rede urbana brasileira, estabelecendo a hierarquia dos centros urbanos e as regiões de influência das cidades. O resultado mostra a forma pela qual as cidades se relacionam entre si, por meio do deslocamento de pessoas em busca de bens e serviços, bem como pelas ligações entre sedes e filiais de empresas e instituições públicas multilocalizadas.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Se Natal não é oficialmente reconhecida como uma metrópole, por que se fala tanto em Regão Metropolitana de Natal? Puro ufanismo tolo de querer ser o que não é?

    1. Esse negócio de lei criando região metropolitana virou esculambação.
      A Paraíba tem DOZE RMs: de Ararura, de Barra de Sta Rosa, de Cajazeiras, de Campina Grande, de Esperança, de Guarabira, de Itabaiana, de João Pessoa, de Patos, de Sousa, do Vale do Mananguape e do Vale do Piancó.

  2. O problema ainda é o severo processo de concentração de capitais e serviços, que ainda sinaliza uma redistribuição lenta. O ideal seria que polos regionais ganhassem mais importância, promovendo maior espacialização dos serviços, atraindo mais empresas e, assim, evitando concentrações populacionais maiores em áreas já metropolizadas. Se cidades de pequeno e médio porte passam a oferecer bens e serviços em determinadas microrregiões, a concentração populacional em grandes cidades diminui e a qualidade de vida aumenta. Melhor termos um número significativo de pequenas e médias cidades que grandes regiões metropolitanas, embora o surgimento de megalópoles não dependa apenas dos arranjos internos, mas dos interesses do capital que vão além das fronteiras políticas dos Estados.

  3. Coitada de Natal! Sempre o feijão com arroz de ALVES e MAIA… Estamos descendo a ladeira.

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Diversos

Oito em cada 10 brasileiros realizam afazeres domésticos, aponta IBGE

Foto: Pixnio

Mais de 146 milhões de brasileiros realizaram afazeres domésticos no próprio domicílio ou na casa de parentes ao longo de 2019. O número corresponde a 85,7% da população nacional com mais de 14 anos.

De acordo com a pesquisa sobre outras formas de trabalho, divulgada nesta quinta-feira (4), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de brasileiros que fazem atividades domésticas segue estável em relação a 2018.

As estimativas apontam que 92,1% das mulheres e 78,6% dos homens realizaram alguma atividade doméstica ao longo do ano passado. Entre os respondentes do sexo masculino, a participação cresceu 0,4 ponto percentual na comparação com 2018.

A taxa de realização de afazeres domésticos também varia significativamente de acordo com a idade. Enquanto 76,9% dos jovens de 14 a 24 anos tiveram alguma participação nos afazeres domésticos, o percentual sobe para 89,2 entre adultos entre 25 e 49 anos e para 91% entre os maiores de 50 anos.

Segundo o estudo, a menor taxa de participação nas tarefas domésticas ocorreu entre homens com idade entre 14 a 24 anos (67,8%) e a maior entre mulheres de 25 a 49 anos (95,5%). Apesar de corresponder ao grupo menos ativo, os homens mais jovens representaram o maior crescimento nas atividades na passagem de 2018 e 2019, de 1,4 ponto percentual.

O levantamento aponta ainda que filhos ou enteados apresentavam as menores taxas de realização de afazeres, com diferença significativa entre homens (66,5%) e mulheres (84,8%).

Horas

Ao analisar a realização de afazeres domésticos por hora, a pesquisa revela que a média de tempo dedicado a afazeres e/ou cuidados foi estimada em 16,8 horas semanais no ano passado, quantidade similar à apurada em 2018.

De acordo com os dados, as mulheres fora do mercado de trabalho dedicaram o dobro de tempo com os afazeres (24 horas) do que os homens em igual condição (12,1 horas).

A diferença diminui para 8 horas ao analisar apenas a população inserida no mercado de trabalho, com 18,5 horas dedicadas às atividades domésticas pelas mulheres e de 10,4 horas pelos homens.

É também possível observar com o levantamento que os afazeres domésticos diminuem a carga de trabalho das mulheres em cerca de uma hora semanal. “Como as mulheres dedicam muito mais tempo às tarefas domésticas e de cuidados que os homens, é esperado, portanto, que isto afete o tempo disponível para o trabalho fora de casa”, avalia o IBGE.

Realizado com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o estudo enquadra como afazeres domésticos as atividades como o preparo de alimentos, limpeza da casa, lavagem de roupa, manutenção de utensílios, pagamento de contas, cuidado com animais de estimação e realização de compras.

R7

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Finanças

IBGE: Rendimento médio mensal do 1% mais rico no país é 33,7 vezes o que recebe metade dos pobres

Foto: © WILSON DIAS-ABR

Em 2019, o rendimento médio mensal do 1% mais rico da população, que recebia R$ 28.659, correspondia a 33,7 vezes o rendimento da metade da população mais pobre do Brasil, que ganhava R$ 850. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) – Rendimento de Todas as Fontes 2019, divulgada nesta quarta-feira (6), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita alcançou R$ 294,4 bilhões em 2019. A parcela dos 10% da população com os menores rendimentos detinha 0,8% dessa massa, enquanto que os 10% com os maiores rendimentos concentravam 42,9% em 2019.

A desigualdade fica evidente também no índice de Gini de rendimento médio mensal de todos os trabalhos, que mede a concentração de uma distribuição e que varia de zero (perfeita igualdade) a 1 (desigualdade máxima). O Índice de Gini é um instrumento matemático utilizado para medir a desigualdade social.

O índice de Gini do rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos foi de 0,509 em 2019. Entre 2012 e 2015, houve uma tendência de redução deste indicador, passando de 0,508 para 0,494. Segundo o IBGE, a partir de 2016, entretanto, o indicador voltou a aumentar para 0,501, valor no qual se manteve em 2017, chegando a 0,509 nos dois últimos anos da série.

“O Brasil é historicamente conhecido como um país de grande desigualdade social e econômica. A desigualdade continua elevada e o movimento de redução é um processo que leva tempo”, disse a analista do IBGE responsável pela pesquisa, Alessandra Brito.

Rendimentos

Do total de pessoas residentes no Brasil em 2019, 131,2 milhões (62,6%) tinham algum tipo de rendimento. O rendimento médio real de todas as fontes, após subir 2,8% em 2018 (para R$ 2.247), manteve-se praticamente inalterado em 2019 (R$ 2.244). O Sudeste registrou o maior valor (R$ 2.645), seguido pelo Sul (R$ 2.499) e pelo Centro-Oeste (R$ 2.498), enquanto os menores valores estavam no Nordeste (R$ 1.510) e no Norte (R$ 1.601).

O número de pessoas com rendimento de todos os trabalhos subiu de 43,4% da população (90,1 milhões) em 2018 para 44,1% (92,5 milhões) em 2019. Já a aposentadoria ou pensão era recebida por 14,7% da população no ano passado, mantendo estabilidade em relação a 2018 (14,6%) e subindo 1,6 ponto percentual em relação a 2012 (13,1%).

O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos foi de R$ 2.308 no ano passado. O valor manteve-se praticamente estável em relação a 2018, quando ficou em R$ 2.317. O maior valor da série ocorreu em 2014, quando alcançou R$ 2.364. Após queda de 4,1% em 2015 frente a 2014, o rendimento de todos os trabalhos ficou praticamente estável nos anos de 2016 e 2017 e registrou expansão de 2,3% em 2018.

Alessandra destaca que três quartos da renda do domicílio vêm da renda do mercado de trabalho. “A gente vem observando que, a partir de 2015, 2016, o mercado de trabalho começou a ter uma mudança de característica, de redução do trabalho com carteira assinada, do aumento da informalidade, de inserções mais precárias e isso reflete no rendimento das famílias”, acentuou.

Desigualdade

Segundo o IBGE, em 2019, permanecem as grandes discrepâncias entre o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas brancas (R$ 2.999), pardas (R$ 1.719) e pretas (R$ 1.673). Também continuam as diferenças de gênero: o rendimento de todos os trabalhos dos homens (R$ 2.555) é 28,7% mais alto que o das mulheres (R$ 1.985).

A analista do IBGE destacou que a desigualdade entre homens, mulheres, pessoas brancas, pardas e negras é um fenômeno estrutural do país. “O mercado de trabalho ainda precifica de forma diferente de acordo com as características das pessoas”, afirmou.

De acordo com a pesquisa, o rendimento médio dos trabalhadores com ensino superior completo (R$ 5.108) era, aproximadamente, três vezes maior que o daqueles com somente o ensino médio completo (R$ 1.788) e cerca de seis vezes o daqueles sem instrução (R$ 918).

“Em 2019, o rendimento de todos os trabalhos compunha 72,5% do rendimento médio mensal real domiciliar per capita. Os 27,5% provenientes de outras fontes se dividiam em rendimentos de aposentadoria ou pensão (20,5%) em sua maioria, mas também em aluguel e arrendamento (2,5%), pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador (1,1%) e outros rendimentos (3,4%)”, informou o IBGE.

O percentual de domicílios atendidos pelo Bolsa Família caiu de 13,7% em 2018 para 13,5% em 2019. Em 2012, 15,9% dos domicílios do país recebiam o Bolsa Família. Já o Benefício de Prestação Continuada (BPC) era recebido em 3,7% dos domicílios do país em 2019, percentual praticamente igual ao de 2018 (3,6%) e 1,1 ponto percentual acima do de 2012 (2,6%).

Agência Brasil

Opinião dos leitores

    1. Pra você ver o estrago que um ano de governo Temer e um e meio de Bolsonaro pode fazer!

  1. Esse mesmo estudo pode ser aplicado ao estado do RN, onde a elite do funcionalismo recebe 35.000 reais enquanto a maioria dos trabalhadores do estado recebe um salário mínimo de 1.045 reais

    1. Só a do RN?! É bom lembrar em que poder essa elite está mais presente não é: O Judiciário!

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Diversos

SE LIGA, RN: IBGE telefona para casas e empresas para manter pesquisas durante pandemia

Com o objetivo de fazer um raio-x da situação socioeconômica do Rio Grande do Norte, mesmo durante a pandemia de Covid-19, o IBGE agora liga para os entrevistados de suas pesquisas em vez de ir de casa em casa. Um desses levantamentos é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que mede o nível de trabalho formal, informal, renda, educação e outros assuntos no Brasil.

Antes de entrar em contato por telefone, o IBGE enviará uma carta com o número de telefone e outros dados do entrevistador que ligará.

O Instituto também está em contato com as empresas. Para ter um retrato fiel da nova realidade econômica em meio a pandemia, as empresas precisam responder a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e Pesquisa Mensal de Serviços (PMS)

Além da carta, para verificar se realmente quem está ligando é um entrevistador do IBGE basta entrar nesses canais de atendimento:0800 721 8181 e www.respondendo.ibge.gov.br

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Diversos

Em virtude da pandemia, IBGE realiza pesquisas por telefone

Opinião dos leitores

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Saúde

Governo edita MP para que operadoras de telefonia compartilhem dados dos usuários com IBGE

Foto: reprodução

O governo federal quer que as empresas de telecomunicação prestadoras de serviço de telefonia fixa e móvel compartilhem dados com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para fins de suporte à produção estatística oficial durante a situação de emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus.

A decisão consta da Medida Provisória 954, publicada em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta sexta-feira, 17. Segundo o texto, as empresas deverão disponibilizar à Fundação IBGE, em meio eletrônico, a relação dos nomes, dos números de telefone e dos endereços de seus consumidores, pessoas físicas ou jurídicas.

Os dados, diz a MP, “serão utilizados direta e exclusivamente pela Fundação IBGE para a produção estatística oficial, com o objetivo de realizar entrevistas em caráter não presencial no âmbito de pesquisas domiciliares”.

Os dados devem ser disponibilizados no prazo de sete dias, após ato do presidente da Fundação IBGE, que ainda deve ser expedido, esclarecendo sobre o procedimento para disponibilização dos dados. Para as solicitações subsequentes, o prazo será de 14 dias.

A MP diz que os dados compartilhados terão caráter sigiloso e serão utilizados “exclusivamente” para os fins descritos, não podendo ser utilizados “como objeto de certidão ou meio de prova em processo administrativo, fiscal ou judicial”.

A medida veda ainda ao IBGE disponibilizar esses dados a quaisquer empresas públicas ou privadas ou órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta de quaisquer entes federativos.

Quando a situação de emergência decorrente da covid-19 for superada, as informações compartilhadas deverão ser eliminadas das bases de dados do IBGE. “Na hipótese de necessidade de conclusão de produção estatística oficial, a Fundação IBGE poderá utilizar os dados pelo prazo de trinta dias, contado do fim da situação de emergência de saúde pública de importância internacional”, diz a MP.

Estadão Conteúdo

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Diversos

IBGE abre inscrições com 248 vagas para Censo 2020 em Parnamirim

Com 248 vagas para Parnamirim, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está com inscrições abertas até o dia 24 de março para processos seletivos simplificados para as funções de recenseador, agente censitário municipal e agente censitário supervisor. Os selecionados trabalharão de forma temporária na operacionalização do Censo Demográfico 2020.

De acordo com o IBGE, a remuneração para os agentes censitários municipais é de R$ 2.100. Essa função é responsável pelo posto de coleta, a base das equipes do Censo. Para a função de agente censitário supervisor é remuneração é de R$ 1.700. Para a função de recenseador, a remuneração será por produção.

A duração prevista para do contrato dos agentes censitários é de cinco meses. Já para os recenseadores, o contrato tem previsão para três meses.

O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe, antigo Cespe) aplicará a prova para agente censitário no dia 17 de maio. No domingo seguinte, 24 de maio, haverá a prova para recenseador. Todas as provas serão de múltipla escolha.

Para os futuros agentes censitários, as disciplinas cobradas são: língua portuguesa, raciocínio lógico, ética no serviço público, noções de administração/situações gerenciais e conhecimentos técnicos do IBGE. Os candidatos a recenseador responderão provas com os conteúdos: língua portuguesa, matemática, ética no serviço público e conhecimentos técnicos do IBGE.

Os candidatos membros de família de baixa renda, inscritos no CadÚnico ou doadores de médula óssea podem solicitar a isenção da taxa, durante todo o período de inscrição, no site da banca. Link para a banca: https://www.cebraspe.org.br/concursos/

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Diversos

IBGE abre concursos para mais de 208 mil vagas para o Censo 2020

 Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu o aguardado processo seletivo para mais de 208 mil vagas temporárias para a realização do Censo Demográfico 2020, com salários de até R$ 2.100. Os editais foram publicados nesta quinta-feira (5) no Diário Oficial da União.

Foram publicados dois editais. O primeiro oferece 180.557 vagas para a função de recenseador. Os candidatos precisam ter apenas o ensino fundamental completo. Para esta função, a remuneração será por produção, calculada por setor censitário. Veja aqui o edital.

A previsão de duração do contrato é de até três meses, podendo ser prorrogado mediante necessidades de conclusão das atividades do Censo e de disponibilidade orçamentária.

O segundo edital prevê o preenchimento de 5.462 vagas para a função de agente censitário municipal e 22.676 vagas para a função de agente censitário supervisorVeja aqui o edital.

Para estas vagas, é exigido ensino médio completo. Os salários são de R$ 2.100 e R$ 1.700, respectivamente. A previsão de duração do contrato é de até 5 meses, podendo também ser prorrogado.

As inscrições podem ser feitas a partir desta quinta-feira (5), e vão até 24 de março, somente pela internet, no site da Cebraspe (https://www.cebraspe.org.br/). As taxas são de R$ 23,61 para o primeiro edital e de R$ 35,80 para o segundo.

Concurso para Censo de 2010 teve mais de 1 milhão de inscritos

No Censo 2010, 191.972 vagas foram abertas para recenseador, atraindo mais de 1 milhão de inscritos. Outras 33.012 vagas foram abertas para agente censitário administrativo, agente censitário de informática, agente censitário municipal, agente censitário regional e agente censitário supervisor.

G1

 

Opinião dos leitores

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Economia

IBGE: Desemprego é de 11,2% e atinge 11,9 milhões de pessoas; informalidade cai e cresce emprego com carteira assinada

Foto: Getty Images

A taxa de desemprego no Brasil fechou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro. A população desocupada foi de 11,9 milhões de pessoas. Ainda no mesmo período, houve queda na informalidade cai e aumento do emprego com carteira assinada.

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).

A taxa de desocupação caiu para 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, uma queda de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (de agosto a outubro de 2019), quando ficou em 11,6%. Em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2019, quando a taxa foi de 12,0%, houve queda de 0,8 ponto percentual.

O contingente de pessoas ocupadas (94,2 milhões) apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior. Porém, comparado ao mesmo período de um ano atrás, houve crescimento da ocupação, um adicional de 1.860 mil pessoas.

“O nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, manteve-se estável (54,8%) em relação ao trimestre antecedente, mas subiu em relação ao mesmo período do ano anterior, quando era estimado em 54,2%”, comenta a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy.

Informalidade cai e cresce emprego com carteira assinada

A taxa de informalidade recuou de 41,2% no trimestre de agosto a outubro de 2019 para 40,7% no trimestre encerrado em janeiro de 2020.

Por outro lado, o número de empregados com carteira assinada subiu 1,5% em relação ao trimestre anterior, um acréscimo de 540 mil pessoas, e 2,6% frente ao mesmo período do ano anterior, um acréscimo de 845 mil pessoas.

Com UOL

Opinião dos leitores

  1. Quando até mesmo a Folha/UOL reconhece, é porque a coisa tem melhorado E MUITO. Imaginem se esse Congresso chantagista deixasse o homem trabalhar, fazer aquilo para que foi eleito. Estaríamos no paraíso. Com coronavírus e tudo.

  2. Claro que aumenta! E num foi feito pra isso mesmo.
    Vc assina a carteira do camarada pra trabalhar 2 dias ou qdo precisar. Aí o trabalhador não vai ficar esperando neh, e assina outro contrato intermitente e assim um mesmo trabalhador tem 2 ou 3 assinaturas pra ao final do mês fechar 1 salário mínimo ou mais um pouco. Assim é óbvio que aumenta o número de carteiras assinadas, já a quantidade de empregos fica camuflada.
    Ná prárica nada mudou, quiçá melhorar!

    1. Secou o peitinho da turma que saiu, mas ele continua bem "cheinho" para a turma que entrou. E quem sustenta essa patifaria somos nós…

  3. A esquerda acabou com o país, para colocar nos trilhos outra vez é difícil…o homem de nove dedos tá praticando um terrorismo danado junto com sua quadrilha!!!!!

  4. Impeachment já!
    Como esse capitão sem condições para o cargo está tendo a irresponsabilidade de acabar com tudo que o governo na esquerda fez, diminuindo a taxa de desemprego de 13 milhões em 2016 para 11 milhões em 2020? Onde esse país vai? Que rumo estamos tomando? Não seremos mais a imagem da Venezuela? Não seremos uma nova Cuba? Quem esse capitãozinho do mato pensa que é?

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