Política

Os riscos da arrogância do império americano

Por Leonardo Boff para o Congresso em Foco:

Conto-me entre os que se entusiasmaram com a eleição de Barack Obama para Presidente dos EUA, especialmente vindo depois de G. Bush Jr, presidente belicoso, fundamentalsta e de pouqíssimas luzes. Este acreditava da iminência do Armagedon bíblico e seguia à risca a ideologia do Destino Manifesto, um texto inventado pela vontade imperial norteamericana, para justificar a guerra contra o México, segundo o qual os EUA seriam o novo povo escolhido por Deus para levar ao mundo os direitos humanos, a liberdade e a democracia. Esta excepcionalidade se traduziu numa histórica arrogância que fazia os EUA se arrogarem o  direito de levar ao mudo inteiro, pela política ou pelas armas,  o seu estilo de vida e sua visão do mundo.

Esperava que o novo presidente não fosse mais refém desta nefasta e forjada eleição divina, pois anunciava em seu programa o multilateralismo e a não hegemonia. Mas tinha lá minhas desconfianças, pois atrás do Yes, we can (Sim, nós podemos”) podia se esconder a velha arrogância. Face à crise econômico-financeira, apregoava que os EUA mostrou em sua história que podia tudo e que ia superar a atual situação. Agora por ocasião do assassinato de Osama bin Laden ordenada por ele (num Estado de Direito que separa os poderes, tem o Executivo  o poder de mandar matar ou não cabe isso ao Judiciário que manda prender, julgar e punir?), caiu a máscara. Não teve como escondera arrogância atávica.

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