Economia

VENEZUALIZOU: Um peso argentino só compra uma balinha e está valendo pouco mais de 3 centavos de real

Uma pessoa passa em frente a uma casa de câmbio em Buenos Aires.JUAN IGNACIO RONCORONI / EFE

O grupo alimentar Arcor, o maior da Argentina, envolve suas balas Mini com uma frase: “Ideais para o troco”. Já é muito frequente que, em vez de moedas quase sem valor nem circulação, o consumidor receba o troco em notas e balas. Um peso, a divisa do país, vale pela cotação das ruas pouco mais de 3 centavos de real. Quase nada. Com uma inflação que subiu para 3,3% em maio e acumula 21,5% desde janeiro, o peso continua se desvalorizando.

O Ministério da Economia e o Banco Central fazem todos os esforços possíveis para “achatar” o dólar, ou seja, conter sua alta frente ao peso. O plano consiste em evitar novas desvalorizações bruscas da moeda argentina pelo menos até novembro, quando estão previstas as eleições gerais. A partir daí se abre um cenário desconhecido: será preciso finalmente negociar seriamente a dívida com o Fundo Monetário Internacional, aplicar algum tipo de ajuste orçamentário e, muito provavelmente, permitir que o peso deslize para a sua enésima desvalorização, refletindo a inflação acumulada.

Enquanto isso, o governo do presidente Alberto Fernández e da vice-presidenta Cristina Fernández de Kirchner (cada vez mais a segunda, cada vez menos o primeiro) quer evitar desastres que prejudiquem suas perspectivas eleitorais.

A inflação é uma constante na economia argentina há décadas. A alta contínua dos preços corrói a moeda e o poder aquisitivo dos cidadãos, mas também evita que o Estado caia na bancarrota, ao liquefazer as dívidas emitidas em pesos. A falta de crédito internacional, apesar da discutida reestruturação da dívida pactuada com os credores privados, obriga o Banco Central a imprimir pesos de forma incessante para financiar internamente o déficit orçamentário no contexto da pandemia. E o empenho em manter a cotação da moeda norte-americana sob controle contribuiu para elevar a 341 bilhões de dólares (1,72 bilhões de reais) a dívida das administrações públicas. Esses dois fatores fomentam a inflação.

A alta dos preços é uma realidade impossível de ocultar. O Governo, entretanto, se nega a reconhecê-la criando cédulas de valor mais elevado. A unidade de pagamento mais alta continua sendo a nota de mil pesos, que pelo câmbio paralelo equivale a 32 reais. Isso dá uma ideia da quantidade de papel que o consumidor argentino precisa usar para fazer pagamentos em espécie.

A inflação de maio seria alarmante em quase qualquer país do mundo. Para a Argentina, depois de uma série de altas fortíssimas (4,8% em março, 4,1% em abril), esses 3,3% do mês passado foram quase uma boa notícia, matizada pelo fato de a inflação inercial permanecer estável em torno de 3,5%. Desde o começo do ano, os preços subiram 21,5%. Nos últimos doze meses, 48,8%. A previsão estabelecida no orçamento para 2021, de 29%, já não faz sentido.

O Governo agora deposita suas esperanças anti-inflacionárias nos mecanismos de controle de preços, apoiados em acordos com as grandes empresas (especialmente as alimentícias) e nas inspeções em pontos de venda para detectar reajustes “injustificados”. Os controles cambiais (o chamado “cepo”) são um instrumento adicional. A receita monetária clássica, a de aumentar os juros, está completamente descartada, pelo menos até as eleições, porque teria um efeito recessivo em uma economia já em situação crítica.

Por enquanto, um peso vale uma balinha Mini. No ritmo atual, dentro de um ano valerá meia bala.

El País

Opinião dos leitores

  1. Herança maldita dos peronistas.
    Lamentável vê no que se transformou a economia da Argentina!

  2. Fdp de esquerda que defendem esses merdas deveriam ser mandados pra lá. Hipocritas, imbecis úteis. Jumentos batizados.

  3. É isso que nos aguardaria numa hipotética volta da esquerda ao poder. Creio no povo brasileiro para que não caiamos nesse caos.

  4. BOM MESMO AGORA É paulo guedes CRIAR A NOTA DE 500 E 1000 REAIS. QUE A DE 200 NÃO ENCHE MAIS NEM UM TANGUE DE COMBUSTIVEL.

  5. PRESTEM ATENÇÃO a quem, por aqui, se soliariza com esses tipos de governo. Não será por falta de AVISO.

  6. Bg, faça uma publicação do projeto de lei que afroxa mais as leis anti corrupção que está sendo votada no congresso, com seus idealizadores e os que estão votando favoráveis., Esclarecendo seus seus mecanismos que impedem dos corruptos serem presos nos seus atos criminosos contra o povo brasileiro. Isso está sendo feito com o silêncio ensurdecedor da mídia e das lideranças políticos

    1. Estive em Buenos Aires no mês de novembro de 2015 e lá não recebiam o real, só peso e dólar. Quando tentava pagar com real, todos fechavam a cara e diziam nô, nô, nô…

  7. O povo argentino pagando um preço alto por ter insistido no enorme erro de eleger a esquerda socialista que tenta dominar a América do Sul.
    Estão provando o amargo sabor de trazer de volta o retrocesso político e econômico que se vende como solução, mas a única coisa que tem a oferecer é mentira, promessa irrealizável e miséria, deixando todos iguais na falta de emprego, falta de produtividade, falta de condição de vida, tudo em nome da democracia. Esse é o discurso enganador usado pela esquerda que levou a falência da Venezuela e está dizimando a economia na Argentina. Os fatos então postos. Que venham as desculpas para enrolar os bestas. A mídia tem mostrado a decadência na Argentina?

    1. Muito bem abordado Valter,mas a ideologia política e o ódio que os esquerdopatas tem pelo Bolsonaro não os deixam enxergar esta tragédia.

  8. Por trás desta inflação estão, a fuga de capitais na transferência de riquezas para países mais estáveis, a fuga de grandes empresas, o fim dos investimentos nacional e estrangeiros, a diminuição do poder de compra, gerando mais miseráveis e o caos no país.
    Este é o país que os esquerdopatas comunistas adoradores do quanto pior melhor mais gostam, o luladrão com certeza vai trazer o caos que vocês tanto desejam.

  9. Esse é o futuro que nos aguarda se a esquerda voltar ao comando do nosso país !!! Lula vive dizendo que a solução é imprimir mais dinheiro!!! PTnuncamais

    1. É mesmo, Chicó? E por que não fizeram isso quando estavam no poder? Que eu me lembre, nunca a situação econômica e política esteve tão bem naquela época. Quem está querendo Venezualizar o Brasil é o doido que está na cadeira presidencial. Abre o olho, Chicó. Narrativa de grupinho do whatsapp é tão consistente quanto caldo de cuscuz.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Real se destaca entre as moedas que mais ganharam valor em relação ao dólar em 2021

Foto: Ilustrativa

O real foi a 15ª moeda que mais ganhou valor em relação ao dólar em 2021, segundo levantamento da Austin Rating. Subiu 3,5% no ano em comparação com o câmbio norte-americano.

A moeda brasileira reverteu parte do cenário de desvalorização que estava sendo registrado desde o início da pandemia de covid-19. Em 2020, o real foi o 6º que mais perdeu valor. Já neste ano, chegou a ser a 4ª pior divisa.

A maior valorização foi da rúpia de Seychelles, que cresceu 43,50%. Os piores desempenhos foram do Sudão (-87,3%), Líbia (-70,1%) e Venezuela (-65%).

Foto: Reprodução/Poder 360

A trajetória do real se descolou das moedas emergentes desde o início da pandemia, em março. Caiu 10,5% desde março de 2020, enquanto as divisas dessas nações subiram 1,6%. Apesar disso, a distância diminuiu em 2021: o real subiu 3,5% neste ano, enquanto as moedas emergentes caíram 1%.

Foto: Reprodução/Poder 360

Para fazer a comparação, o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, utilizou dados de 16 países emergentes que representam 76,7% do PIB (Produto Interno Bruto) do grupo de países. Ao todo, são 151 países classificados nestas condições, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Eis a lista de países:

China; Índia; Rússia; Indonésia; México; Arábia Saudita; Polônia; Tailândia; Filipinas; Malásia; Bangladesh; África do Sul; Colômbia; Romênia; Chile; Peru.

O dólar fechou aos R$ 5,06 nesta 4ª feira (16.jun.2021), com alta de 0,34%. Chegou a ficar abaixo de R$ 5 na manhã de ontem.

Com Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Os esquerdopatas antipatriotas, tem sempre uma narrativa para tentar diminuir algo que vem favorecendo o crescimento do pais.
    Só ficarão felizes quando o país cair na mão do luladrão, aí sim não vai faltar dinheiro para cuba, Argentina, Venezuela…

  2. Em 2020 o real foi uma das moedas que mais perdeu valor frente ao dólar então fica fácil ser uma das que mais valorizou em 2021 …

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Guedes admite que governo pode emitir moeda para financiar a dívida

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu, nesta quinta-feira, pela primeira vez, que o Banco Central pode emitir moeda e comprar dívida interna para financiar a dívida pública. Ao comentar o assunto, em audiência pública do Congresso Nacional, afirmou que um bom economista não tem dogmas.

— É possível emitir moeda? Sim — disse Guedes.

O ministro desenhou um cenário de inflação zerada e juro baixo para justificar a eventual emissão. A consequência mais clássica da emissão de moeda é o descontrole da inflação ou mesmo uma crise hiperinflacionária.

“Imprimir dinheiro” para financiar o governo é defendido, por exemplo, pelo ex-ministro da Fazenda e ex-presidene do BC Henrique Meirelles.

— Se cair numa situação que a inflação vai praticamente para zero, os juros colapsam, e existe o que a gente chama da armadilha da liquidez, o Banco Central pode sim emitir moeda e pode sim comprar dívida interna — disse Guedes.

Por conta do coronavírus e das medidas tomadas para combater o vírus, a dívida pública deve disparar nos próximos meses, o que levantou questionamentos dos senadores sobre a capacidade do país em financiar as ações.

Guedes disse que o BC pode até mesmo comprar a dívida interna.

— Ele (o BC) pode recomprar dívida interna. Se a taxa de juros for muito baixa ninguém quer comprar título muito longo e aí pode monetizar a dívida sem que haja impacto inflacionário — disse o ministro.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já se manifestou contrário à emissão de moeda para financiar os gastos do governo no combate à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Guedes afirmou que é preciso prosseguir com as reformas.

— Mas nós sabemos que o mundo espera que as reformas prossigam e que a gente tenha austeridade do ponto de vista de entender que numa crise de saúde não falta dinheiro para a saúde, mas isso não pode virar uma farra eleitoral — completou.

Guedes também afirmou que o BC está usando as reservas internacionais, o que tem reduzido a dívida pública.

O ministro afirmou depois que uma solução para não ser necessário emitir moeda seria o Congresso aprovar uma propsota de emenda à Constituição (PEC) que acaba com boa parte dos fundos públicos e transfere R$ 250 bilhões para reduzir a dívida.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Quando o Presidente Lula falou em imprimir moeda, o gado ficou mugindo alto… Agora é um silêncio….

    1. As hienas não se conformam com nada. Lula queria pra quê mesmo??

    2. Esse Lula aí não é nem pra falar mais. Tem que voltar pra cadeia e terminar de pagar sua pena.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Dólar tem primeira queda depois de 12 dias de alta

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Pela primeira vez depois de 12 sessões seguidas de alta, o dólar caiu com a ajuda do Banco Central (BC), que interveio no câmbio. Influenciada pelo exterior, a bolsa de valores teve mais uma forte queda e fechou abaixo de 100 mil pontos pela primeira vez desde o fim de agosto.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (6) vendido a R$ 4,634, com queda de R$ 0,017 (-0,36%). De manhã, a divisa alternou momentos de alta e de baixa. Na máxima do dia, por volta das 9h30, encostou em R$ 4,67, mas inverteu o movimento e passou a operar em queda ao longo de toda a tarde.

Desde o começo do ano, o dólar acumula valorização de 15,47%. O real tornou-se a moeda que mais se desvalorizou em todo o planeta em 2020. O euro comercial não teve o mesmo comportamento do dólar e continuou a subir. A moeda voltou a bater recorde nominal e fechou vendido a R$ 5,245, com alta de 1,32%.

O Banco Central leiloou US$ 2 bilhões em novos contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. O BC promoveu dois leilões de manhã. Até o início da noite, a autoridade monetária não tinha anunciado novos leilões de swap na segunda-feira (9).

O mercado de ações teve mais um dia marcado pelo nervosismo. O índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou a sexta-feira aos 97.977 pontos, com recuo de 4,14%. Ontem (5), o índice tinha caído 4,65%. O Ibovespa seguiu as principais bolsas mundiais, que também registraram fortes quedas.

Nas últimas semanas, o mercado financeiro em todo o mundo tem atravessado turbulências em meio ao receio do impacto do coronavírus sobre a economia global. Recentemente, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu, de 2,9% para 2,4%, a previsão de crescimento econômico mundial para 2020.

A decisão do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, de reduzir os juros básicos dos Estados Unidos em caráter emergencial pode forçar o Banco Central brasileiro a reduzir a taxa Selic (juros básicos da economia) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos próximos dias 17 e 18.

Com as principais cadeias internacionais de produção afetadas por causa da interrupção da atividade industrial na China, indústrias de diversos países, inclusive do Brasil, sofrem com a falta de matéria-prima para fabricar e montar produtos.

A desaceleração da China, segunda maior economia do planeta, também pode fazer o país asiático consumir menos insumos, minérios e produtos agropecuários brasileiros. Uma eventual redução das exportações para o principal parceiro comercial do Brasil reduz a entrada de dólares, pressionando a cotação.

Entre os fatores domésticos que têm provocado a valorização do dólar, está a decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic – juros básicos – para 4,25% ao ano, o menor nível da história. Juros mais baixos desestimulam a entrada de capitais estrangeiros no Brasil, também puxando a cotação para cima. Ontem (5), o ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu a desvalorização do real à desaceleração da economia global, aos efeitos do coronavírus e à queda dos juros.

AGÊNCIA BRASIL

Opinião dos leitores

  1. Pedro falsificado, rude, petralha, imbecil, capacho de ladrão e pinguço, miolo mole, deixa de ser idiota. Vc está sujando um nome que tem história, veja se usa outro X9. Quando nove dedos era o cara de Obama vcs achavam bonito, quando ele babava Fidel, Chaves, Maduro, aquele jegue da Bolívia, os terroristas do Irã e outros canalhas a sua turma ficava calada. Idiotice mata jumento.

  2. Não se preocupem…nosso mito tá indo visitar Trump e, após uma bela sessão de rastejamento e humilhação, o dólar vai baixar, o PIBinho vai subir e todos poderemos ir pra Disney…
    Muuuuuuuu

    1. E o Luladrão, que só apoia ditaduras e porcarias? Respeita o seu presidente, pedroca!

    2. Esse tonto pensa que a Disney é tudo. Não fala merda otário. Daqui a pouco ele imita um animal igual a ele, quando não externa saudade de dilma. Ah babaca! kkkkKkkk

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Espirro salva menino em GO que esperava cirurgia para retirar moeda

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Um menino de 9 anos ficou dois dias com uma moeda presa dentro do nariz, em Itumbiara. Ele estava aguardando uma vaga para fazer uma cirurgia e retirar a moeda, de R$ 0,50, mas, graças a um espirro, ela se moveu e foi possível fazer a remoção do objeto.

Deivid Henrique Moraes Silva estava brincando com a moeda no domingo (22) quando ela entrou no nariz e ficou presa. “Quando eu pus, isso daqui [narina] abriu. Aí quando abriu, eu fui tentar tirar e enfiou mais”, disse.

O menino ficou tão assustado que não sabia como contar para o pai o que havia acontecido. “Ele ficou ali me rodeando, ai falei para ele me contar o que aconteceu. Com muita luta ele contou que tinha colocado a moeda”, disse o pai, Regiano Pires.

Assustado, o pai levou a criança para o hospital municipal. O menino deu entrada na mesma noite e ficou aguardando uma transferência para Goiânia para poder fazer uma cirurgia e retirar a moeda.

O garoto ficou esperando a vaga por dois dias. Porém, o alívio para Deivid e a família veio com um espirro. A moeda se mexeu e o médico conseguiu retirá-la.

“Quando ele espirrou, disse: ‘Pai, pai, a moeda está bem aqui. O doutor chegou na mesma hora, olhou, pegou uma pinça, puxou e tirou a moeda’”, contou Regiano.

G1-GO

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Desvalorização da moeda se deve a fatores externos, diz Bolsonaro, que não vê “retaliação” dos EUA

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira(2), não ver como retaliação ao Brasil a decisão do governo dos Estados Unidos de aumentar as tarifas para importação de aço e alumínio brasileiros. Segundo o presidente dos EUA, Donald Trump, Brasil e Argentina estariam forçando uma desvalorização de suas moedas, o que tem prejudicado os agricultores daquele país.

“Não vejo isso como retaliação”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Itatiaia na manhã desta segunda-feira (2). Na avaliação do presidente, a correlação não procede porque a desvalorização das moedas locais são em consequência de fatores externos. “O mundo está conectado. A própria briga comercial entre Estados Unidos e China influenciam o dólar aqui, assim como coisas que acontecem no Chile, nas eleições na Argentina e no Uruguai. Tudo está conectado”, argumentou o presidente.

Bolsonaro disse que o assunto será conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda hoje. “Se for o caso, vou ligar para o Trump. A economia deles é dezenas de vezes maior do que a nossa”, disse.

A retomada das tarifas foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos (EUA) em sua conta no Twitter. Segundo ele, “Brasil e Argentina têm presidido uma desvalorização maciça de suas moedas, o que não é bom para os agricultores norte-americanos. Portanto, com efeito imediato, restaurarei as tarifas de todos os aços e alumínio enviados para os EUA a partir desses países”, disse Trump na rede social.

“As reservas também devem agir para que os países, dos quais existem muitos, não aproveitem mais nosso dólar forte, desvalorizando ainda mais suas moedas. Isso torna muito difícil para nossos fabricantes e agricultores exportar seus produtos de maneira justa”, acrescentou o presidente norte-americano.

Reformas

Bolsonaro reiterou que as reformas política e tributária terão seu formato final decidido no Congresso Nacional, e não pelo Executivo. “O povo pede muito uma reforma política. Não tenho poder para isso. Ela vai de acordo com o entendimento dos parlamentares”, disse, acrescentando que “uma simplificação tributária é muito bem-vinda. Não adianta mandar para lá [Congresso Nacional] o que é ideal, mas o que é possível de ser aprovado. Se os governos anteriores tivessem desburocratizado, desregulamentado e simplificado muita coisa, o Brasil estaria muito melhor do que está no momento”.

Imposto de renda

Bolsonaro comentou também da limitação que tem para cumprir sua promessa de campanha, de aumentar para R$ 5 mil a faixa de isenção para imposto de renda pessoa física. Segundo ele, esse é um exemplo das “diferenças entre o que queria fazer e o do que pode ser feito”.

“Gostaria de entregar meu governo tornando isento quem ganha até R$ 5 mil por mês. Estamos trabalhando para, este ano, chegarmos a R$ 2 mil. Espero cumprir [a promessa de] R$ 5mil até o final do mandato”.

Nas conversas com a equipe econômica, Bolsonaro disse que tem argumentado que o aumento da margem se justifica pelo fato de que quase todo imposto acaba retornando ao contribuinte, quando esse faz sua declaração. Portanto, segundo o presidente, esse aumento na margem acabaria por “poupar trabalho” para a própria Receita Federal.

“Tem reação por parte da equipe econômica ou da Receita, quando digo isso? Tem. Em parte forço um pouco a barra, mas não vou constranger a equipe econômica nem a Receita Federal. Acredito que meus argumentos sejam ouvidos por eles, apesar de eu não entender de economia”, completou.

Juros

Mais cedo, ao participar do evento onde a Caixa Econômica Federal apresentou as ações realizadas pelo banco em prol das pessoas com deficiência, Bolsonaro disse que a atuação do banco, no sentido de baixar juros, está influenciando positivamente os bancos privados a fazerem o mesmo.

“A Caixa, sem qualquer interferência por parte do presidente da República, está obrigando outros bancos a seguirem seu exemplo de administração, sob o risco de perder mais do que clientes, lucro. Ao tomar a decisão de diminuir taxas, ela ganha cada vez mais clientes, além de diminuir a inadimplência e, obviamente, aumentar o lucro”.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Boa foi a política externa do PT que se rastejava aos pés dos ditadores de Cuba, Venezuela, Bolívia e catervas…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Dólar volta a ficar abaixo de R$ 4, em seu menor valor no ano

DólarO dólar caiu nesta quarta-feira e fechou em sua menor cotação em 2016, acompanhando o recuo da moeda americana nos mercados globais, puxado pela alta dos preços do petróleo e por dados fracos sobre a economia dos Estados Unidos.
A divisa recuou 1,70%, a 3,91 reais na venda, influenciada também por rumores sobre grandes operações envolvendo títulos cambiais. Esse é o menor nível de fechamento do dólar desde 29 de dezembro do ano passado, quando ficou em 3,87 reais.
Os preços do petróleo voltaram a subir nesta quarta-feira, apesar de dados mostrando um aumento nos estoques americanos. A queda recente da commodity, que vem se mantendo perto das mínimas dos últimos doze anos, tem reduzido o apetite por risco em todo o mundo.
Publicidade

“O petróleo ensaia uma recuperação, o que traz uma ajuda marginal para moedas de emergentes”, disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
Dados mais fracos que o esperado sobre a economia dos EUA também contribuíram para o recuo do dólar em relação ao real ao alimentar expectativas de que o Federal Reserve, banco central americano, não eleve os juros tão cedo. A elevação anterior ocorreu em dezembro.

Fonte: Veja

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Dólar volta a subir e se aproxima de R$ 4, mesmo com intervenção do BC

dólarApesar da intervenção do Banco Central, a moeda norte-americana voltou a fechar em alta hoje (21), aproximando-se de R$ 4. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 3,981, com alta de R$ 0,023 (0,57%). A moeda fechou no segundo maior nível desde a criação do real, perdendo apenas para o valor do fechamento de 10 de outubro de 2003 (R$ 3,99).

A cotação oscilou fortemente ao longo do dia. No início da sessão, o dólar chegou a cair, chegando a atingir R$ 3,947 na mínima do dia, por volta das 9h30. Nas horas seguintes, a moeda subiu fortemente. Por volta das 16h, voltou a ficar próximo da estabilidade, mas subiu perto do fim da sessão. A divisa acumula alta de 9,75% em setembro e de 49,73% em 2015.

O dólar não caiu apesar das intervenções do Banco Central. Além de vender dólares no mercado futuro, por meio da rolagem (renovação) dos leilões de swap cambial, a autoridade monetária vendeu US$ 3 bilhões por meio de um leilão com compromisso de recompra. Nessa modalidade, o BC vende dólares das reservas internacionais, mas adquire a divisa de volta algum tempo depois.

A cotação da moeda não tem caído nos últimos dias, apesar de o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, ter adiado o aumento da taxa básica de juros da maior economia do planeta na reunião da última quinta-feira (17).

Desde o fim de 2008, os juros nos Estados Unidos estão entre 0% e 0,25% ao ano. Na época, o Fed cortou a taxa para estimular a economia americana em meio à crise no crédito imobiliário. A última elevação de juros nos EUA ocorreu em 2006.

Juros mais altos atraem capital para os títulos públicos americanos, considerados a aplicação mais segura do mundo. Os investidores retiram recursos de países emergentes, como o Brasil, pressionando a cotação do dólar.

Fonte: Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Começam a circular as moedas comemorativas de R$ 1 e R$ 5 em homenagem às Olímpiadas

Começam a circular nesta segunda-feira (13) as moedas comemorativas de R$ 1 e R$ 5 em homenagem à entrega da bandeira olímpica ao Brasil, e aos jogos olímpicos e paraolímpicos que acontecerão no país em 2016.

Moedas comemorativas de R$ 5, que serão feitas em prata e destinadas a colecionadores

As moedas de R$ 1 são bimetálicas, como as atuais, com a inscrição 2012 na face principal e a ilustração da bandeira olímpica no verso, entre as inscrições “Entrega da bandeira olímpica” e “Londres 2012 – Rio 2016”, bem como a logomarca oficial dos Jogos no Rio.

Serão cunhadas 2.016.000 unidades, a circular normalmente por meio da rede bancária, além de um lote em embalagens especiais para colecionadores, cujo preço será R$ 9,5.

As moedas de R$ 5 serão apenas comemorativas, feitas em prata, e com tiragem inicial de 5.000 peças, podendo chegar no máximo a 20 mil. Também terão a ilustração da bandeira e do logotipo carioca de um dos lados. No outro lado, uma ilustração faz alusão à Tower Bridge, ponte símbolo de Londres, e ao corcovado, no Rio.

As moedas de R$ 5 serão vendidas por R$ 195, para colecionadores, em guichês e representantes regionais do Banco Central.

Divulgação
Moedas de R$ 1, que serão cunhadas com o símbolo da bandeira olímpica e a logomarca brasileira

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Governo "prende" dinheiro de investimento externo no Brasil por mais tempo para evitar valorização excessiva do real frente ao dólar

Decreto publicado nesta segunda-feira (12) no Diário Oficial da União eleva de três para cinco anos a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir dessa data, para ingresso de recursos no país (empréstimos externos).

No dia 1º, o governo já tinha elevado de dois para três anos o prazo para a incidência do imposto nos empréstimos externos.

Na prática, isso significa que o dinheiro terá de ficar mais tempo no país para evitar a taxação.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já tinha avisado que o governo iria adotar medidas para defender o real e que a equipe econômica não ficará assistindo à guerra cambial de forma impassível.

De acordo com o decreto, a medida vale “nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de 12 de março de 2012, para ingresso de recursos no país, inclusive por meio de operações simultâneas, referentes a empréstimo externo sujeito a registro no Banco Central, contratado de forma direta ou mediante emissão de títulos no mercado internacional com prazo médio mínimo até 1.800 dias: 6%”.

No ano passado, o governo já havia anunciado a cobrança de IOF nessas operações de empréstimos de empresas e bancos no exterior. Inicialmente, ficou estabelecido que empréstimos com menos de 360 dias pagariam IOF. Depois, o prazo foi estendido para 720 dias (dois anos). Na época, a ideia do governo era não só conter a queda da moeda, mas também a excessiva oferta de crédito na economia brasileira.

A valorização excessiva do real prejudica as exportações pois os produtos brasileiros ficam mais caros no exterior, dificultando a venda nos mercados estrangeiros que, diante da crise, têm desvalorizado muitas vezes superficialmente suas moedas. Por outro lado, afeta a indústria nacional que tem dificuldade de concorrer com produtos estrangeiros cada vez mais baratos diante da desvalorização do dólar.

* Fonte: Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *