Política

Editorial: entra-e-sai no governo mostra que há algo errado na escalação da equipe

Tem algo estranho ocorrendo no trabalho de convocação da equipe de trabalho da nova administração estadual. São vários casos de pessoas anunciadas e desconsideradas e até mesmo nomeadas e exoneradas.

É como se houvesse pressa para anunciar sem a devida checagem da trajetória do convidado ou mesmo a garantia de que tem condições profissionais, legais e políticas de exercer a função.

O paraibano Eurípedes Balsanufo Sousa de Melo foi anunciado como secretário de Planejamento. E desconvidado no mesmo dia em que se divulgou que ele teve prestação de contas rejeitada pelo Tribunal de Contas da Paraíba e responde a processo sob acusação de prática de improbidade administrativa.

Renato Fernandes foi convidado a assumir a Secretaria de Justiça e Cidadania e depois desconvidado depois que o governador descobriu que o nome dele foi vetado pelo deputado Betinho Rosado, do PP.

Em seguida, o novo indicado para a Sejuc, Zaidem Heronildes da Silva Filho, por muito pouco não foi exonerado no mesmo dia em que foi publicada a portaria com sua nomeação.

Na Secretaria de Desenvolvimento Econômico outro problema. O economista que seria pessoa de confiança de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, e que se anunciou como sua grande contribuição ao novo governo estadual, não veio e a pasta está sendo comanda pelo secretário adjunto Orlando Gadelha Simas Neto na condição de interino.

Por último, no Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, mais uma mudança de última hora. Eduardo Pagnoncelli foi nomeado para diretor geral do órgão e em seguida exonerado, a pedido.

Tem algo estranho acontecendo. E até para o novo governo não transmitir insegurança ao cidadão, é melhor corrigir os problemas. Senão vira um entra-e-sai.

Opinião dos leitores

  1. As oligarquias estão sentindo na pele as ausências dos empregos milionários. Por favor, deixem o homem trabalhar!

  2. Sem contar que a advogada Iraguacy de Monte Alegre ia ser nomeada na sejuc, e o governador foi impedido pela ex prefeita Graça de nomeá-la.

  3. Os desdobramentos e trapalhadas do início do governo do Sr. Robinson já fornecem material farto para se ter uma ideia do que ainda poderá vir nos próximos meses. Os fatos até agora já poderiam servir para uma boa peça de teatro, misto de comédia e drama.
    Pobre RN. Azarado torrão potiguar. Pelo andar da peça, parece que só nos resta tomar assentos e assistir a mais uma espetáculo que só se sabe como começa e nunca como termina. Vamos pelo meno torcer para este espetáculo ser menos apavorante e assustador do que a performance da trupe oestana. Tomara…

  4. O primeiro erro de Robinson foi querer importar alguns secretários. Está mais do que provado que profissionais de fora vem para nossa terra sem conhecer as peculiaridades da vida norte riograndense. Ademais, essa exoneração do DER está com cara de pressão política. Desde que foi anunciado alguns secretários já sofrem a pressão dos partidos da base aliada do governo estadual para poder indicar cargos de chefia e assessoramento. Se fosse comigo, também jogaria tudo para o alto. Afinal, você sem convidado para comandar sem poder confiar na equipe não dá.

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