Clima

Natal apresenta redução nos índices vetoriais mesmo no período chuvoso

O período chuvoso sempre traz preocupação no que diz respeito ao aumento na cidade do número de vetores (pernilongos, mosquitos, etc), que são responsáveis pela transmissão de diversas doenças, como a dengue, chikungunya e zika. Apesar disso, o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), conseguiu manter os índices baixos em Natal.

Para fazer esse cálculo, o CCZ utiliza o Índice de Densidade de Ovos (IDO). Esse método analisa a densidade dos ovos depositados pelos vetores nas 426 ovitrampas (espécie de armadilhas) espalhadas pela cidade. Os valores de IDO apresentaram queda de 16,2% entre os anos, passando de 57,8 em 2016 para 48,4 este ano. Em 2016 foram coletados 437.574 ovos, já em 2017 este número caiu para 356.973, uma diminuição de 18,1% ou 80.601 ovos a menos.

“Com esse monitoramento, hoje podemos identificar exatamente onde o local de maior risco de transmissão para arboviroses de forma rápida e de baixo custo. Atualmente a nova metodologia nos garantiu uma maior agilidade e podemos promover ações de forma oportuna e de forma integrada com os Distritos Sanitários e demais secretarias”, destacou Alessandre Medeiros, chefe do CCZ.

Durante todo o primeiro semestre, Natal ainda notificou um total de 2.403 casos para arboviroses, sendo 194 para chikungunya (redução de 97%), 2.061 de dengue (redução de 83%) e 148 para zika (redução de 88%). Quando esses números são comparados ao mesmo período de 2016 (janeiro a junho), observa-se uma redução geral de 88%.

Natal tem todo um trabalho específico para o combate ao Aedes aegypti. O Vigiadengue, por exemplo, é um projeto que é referência no Brasil e já foi apresentado internacionalmente. Ele funciona como um sistema de monitoramento com base na vigilância epidemiológica e entomológica das arboviroses. O principal diferencial é o monitoramento contínuo que consegue identificar as áreas de maior risco para ocorrência de surtos e epidemias, além de estabelecer categorias de intervenção ou estágio de resposta para cada nível.

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