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PRESSA: Governo vai recuperar as unidades prisionais no Estado a partir de sábado

19 03 2015  Coletiva do sistema penitenciário fot Vivian Galvão_-2Foto: Vivian Galvão

O Governo do Estado pretende iniciar as obras de recuperação das unidades prisionais, depredadas pelos presidiários nos motins, a partir do próximo sábado. Essa medida será possível graças ao Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), assinado ontem entre Governo do Estado, Ministério Público de Contas, com a presença e anuência de todos os membros do Gabinete de Gestão Integrado (GGI) instalado para o gerenciamento das ações a serem tomadas para debelar a crise no sistema penitenciário. O detalhamento do TAG foi feito hoje, 19, no Ciosp, em entrevista coletiva que contou com a presença do procurador Geral de Contas, Luciano Ramos, o secretário adjunto de Defesa Social (Sesed), Caio Marques e o secretário de Infraestrutura do Estado (SIN), Jader Torres. Já saiu no Diário Oficial do Estado a chamada pública para que as empresas interessadas na obra apresentem suas propostas. E, amanhã, 20, às 10h, serão abertos os envelopes na SIN para que seja feita a escolha da empresa. O critério de julgamento das propostas será feito a partir do maior desconto, tendo como base inicial a tabela do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). A recuperação será feita com recursos do Estado.

Em situações normais, o prazo para medidas emergenciais, com licença de licitação, é de 20 dias. Entretanto, o Governo não pode esperar. Dessa forma ficou estabelecido através do TAG o critério de Regime Diferenciado de Contratação que dá mais celeridade aos tramites e prazos. “Não estamos em condições de temperatura e pressão normal. Estamos num estado de necessidade”, disse o procurador geral de Contas, Luciano Moura, fazendo uma analogia com um termo químico para explicar a situação emergencial, complementando: “O TAG foi assinado pelo Gabinete Civil, Secretarias de Infraestrutura, Planejamento, Defesa Social, Justiça e Cidadania, com a interveniência do Poder Judiciário Estadual, Federal e o Ministério Público de Contas, além da secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, que também estava presente.

Segundo o titular da SIN, Jader Torres, a expectativa para que os reparos nas unidades prisionais sejam feitos é a mais rápida possível. “Com a abertura dos envelopes amanhã (sexta-feira) já queremos assinar a Ordem de Serviço para que a empresa contratada inicie as obras de recuperação no sábado”. Jader Torres explicou também que como as condições não permitem um projeto detalhado, o que já existe é o levantamento dos serviços (como por exemplo, recuperação de banheiros, fechaduras, paredes, etc), a quantidade será medida concomitante à execução. “O que não significa que não temos planejamento, mas era impossível que entrássemos nas unidades para fazermos medições. E vale ressaltar que vamos trabalhar juntamente com a Sesed para garantir a integridade dos trabalhadores”, enfatizou Torres. Em último caso, se não aparecer empresas interessadas na obra, o Governo do Estado recorrerá ao Exército.

Foi dito também durante a coletiva que as obras emergenciais dizem respeito à recuperação imediata das unidades prisionais depredadas pelos apenados. A necessidade de construir novas unidades prisionais no Estado, para suprir o déficit de vagas será discutida num prazo maior de 180 dias e, provavelmente, necessitará de recursos do Governo Federal que poderão vir do Programa Brasil Mais Seguro, do Ministério da Justiça. Luciano Ramos adiantou que nas conversas com Regina Miki, ontem, existe a possibilidade de se repactuar valores advindos desse programa na ordem de R$ 12 milhões, os quais retornaram ao Ministério da Justiça ano passado por entraves burocráticos e ausência de contrapartida do Governo do Estado.

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POR ECONOMIA DE US$ 1 BI: Governo quer mais álcool na gasolina 'o mais rápido possível'

O governo quer aumentar a mistura de etanol (álcool anidro) na gasolina, de 25% para 27,5%, “o mais rápido possível”, segundo informou ao GLOBO o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O ministério encomendou estudos técnicos ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras sobre o impacto da mudança na mistura nos equipamentos, na potência e na emissão de gases nocivos pelos motores. O objetivo é contrapor estudos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que é contra o aumento, por considerar que os motores dos veículos não estão preparados para a mudança.

O governo tem pressa porque precisa reduzir as importações de combustíveis, que pressionam os preços dos derivados de petróleo e prejudicam a balança comercial. A medida poderá aliviar o caixa da Petrobras e, ao mesmo tempo, evitar um novo reajuste da gasolina a curto prazo, que seria mais um componente para pressionar a inflação. Com mais álcool na gasolina, o governo espera até uma eventual redução no preço dos combustíveis nas bombas.

A Petrobras passaria a ter de importar menos gasolina para suprir a demanda do mercado nacional. No ano passado, a companhia importou, em média, 212 milhões de litros de gasolina por mês. Além disso, existe uma forte pressão de parte da indústria canavieira, que vê no aumento da mistura do etanol na gasolina uma saída para a crise no setor.

— Temos todo o interesse em aumentar a mistura do etanol, seja porque com isso estaremos prestigiando a indústria canavieira, a indústria do etanol; estaremos reduzindo a poluição, que é também nosso objetivo; estaremos reduzindo a importação de gasolina. E, ao mesmo tempo, gerando mais emprego — disse Lobão. — Sucede que só podemos fazer isto depois dos estudos que estão sendo realizados pelo Cenpes, o centro de pesquisa da Petrobras, e pelo próprio ministério. Precisamos da concordância da Anfavea, que são os produtores (de veículos). Isto posto, estaremos em condições de aumentar.

A Anfavea não recomenda o aumento da mistura e estima que ela poderá levar a um aumento das emissões de poluentes em cerca de 75%, e das de aldeídos (gases), em 20%. Já o consumo de veículos movidos somente a gasolina subiria 3%.

O presidente da Anfavea, Luiz Moan, foi convidado pelo governo a debater os impactos da mudança na produtividade dos motores dos veículos e se declarou contra. A indústria teme problemas de corrosão e menor durabilidade das peças, o que causaria insatisfação maior dos compradores de veículos.

Já Henry Joseph Junior, vice-presidente da Anfavea, ressaltou que pode haver consequências para os carros mais antigos, movidos somente a gasolina, e para os importados. Segundo ele, o Brasil hoje importa entre 300 mil e 500 mil veículos por ano e ainda tem uma frota significativa de carros antigos:

— Há problemas de desempenho, partida e consumo, além de desgaste maior do motor.

ESTATAL TERIA ECONOMIA DE US$ 1 BI

A elevação do percentual do etanol na gasolina não trará qualquer benefício para os consumidores, uma vez que não levará à redução do preço final da gasolina nas bombas. Segundo uma fonte do setor, isso ocorre porque hoje os preços do etanol nas usinas estão quase iguais aos da gasolina nas refinarias. Para essa fonte, a medida do governo visa exclusivamente a melhorar o caixa da Petrobras — sem reajustar os preços dos combustíveis —, pois resultará em uma economia de US$ 1 bilhão graças aos gastos menores com as importações de gasolina.

Outra medida recentemente tomada pelo governo, o aumento do biodiesel no diesel de 5% para até 7%, também permitirá uma redução nas importações da Petrobras da ordem de 20 mil barris diários de óleo diesel.

Segundo cálculos feitos pelo Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE) a pedido do GLOBO, o maior percentual de etanol resultará em uma redução no consumo de gasolina de 16,6 mil barris diários, considerando a média da demanda entre abril de 2013 e março de 2014. Com isso, a redução nos gastos com importação de gasolina seria de US$ 915,7 milhões em um ano.

Os defensores do aumento da mistura argumentam que a matriz energética brasileira ficará mais renovável e serão novamente impulsionadas as usinas de cana-de-açúcar, que foram à lona com a crise de 2008 e a consequente queda do preço do petróleo no mercado internacional.

Desde 2011, o governo vem promovendo pacotes de incentivo aos produtores de etanol. Com a crise, a mistura caiu a 20% acompanhando a menor produção, sendo retomada ao nível de 25% apenas no ano passado. Mas outro fator que alimenta a crise do setor é a defasagem dos preços da gasolina, que faz com que abastecer com etanol deixe de ser vantajoso para o consumidor.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Esta é a gasolina mais embriagada do mundo, aumentam o ter de álcool na gasolina, mas não se responsabilizam pelos danos causados no motor do veiculo. Este é o Brasil.

  2. Pobre brasileiro assim como eu que fui mais uma vez enganado ao comprar um carro flex ( movido a álcool e gasolina). O álcool em Natal é inviável (será por conta de algum cartel?) e a gasolina daqui há pouco terá uma mistura ainda maior de álcool ( e aí não se entende o porque do produto ser tão caro nas bombas) e quando o seu carro tiver um problema de motor preparem-se: as oficinas principalmente as ligadas as concessionárias tranquilamente irão por a culpa na mistura do combustível….muita dor de cabeça. Mas fica uma diga para os PETRALHAS: sugiram a criação da bolsa oficina e tudo ficará resolvido.

  3. Para quem não sabe, o governo aumentou o preço do Diesel em R$,006 centavos e a gasolina R$ 0,03 centavos agora no mês de maio, como é ano eleitoral foi na SURDINA, pode perguntar a qualquer dono de posto que ele confirma.

  4. O governo do PT detona a Petrobrás e "por economia" quer vender gasolina impura para o consumidor brasileiro.
    Será que essa mistura não seria tão prejudicial ao motor do veículo quanto a utilização de gasolina adulterada?

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