Política

Flávio Bolsonaro se filia ao Patriota e diz que seu pai também deve ir para a legenda

Foto: Twitter/ Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro se filiou nesta segunda-feira ao Patriota, revelou o colunista Lauro Jardim. Ele participou virtualmente da convenção nacional convocada às pressas pelo presidente da legenda, Adilson Barroso. Após o evento, o senador disse ao GLOBO que o presidente Jair Bolsonaro deve seguir o mesmo caminho e também se filiar ao partido.

— Adilson vai fazer convite oficial de filiação ao Bolsonaro. Talvez esta semana. A tendência natural é que ele venha. Agora vamos trabalhar por uma grande coalizão em 2022 com partidos como PP, PL, Republicanos, PSL e outras siglas que deverão fazer parte dessa nova etapa do Brasil — declarou.

Bolsonaro trabalha com a possibilidade de mudanças no estatuto do partido, promovida hoje, ser contestada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela ala do Patriota contrária às alterações. E, por isso, pretende aguardar a homologação do estatuto antes de anunciar a filiação. Uma das principais mudanças é a ampliação do poder de voto, em questões nacionais, dos 27 presidentes estaduais da legenda.

Por meio de um telão posto na reunião da executiva nacional, o senador fez elogios à nova sigla e projetou ao Patriota cenário similar ao ocorrido com o PSL, o então partido nanico que elegeu a maior bancada da Câmara em 2018 após filiar a família Bolsonaro.

— É um partido maravilhoso. Tenho certeza que vamos caminhar juntos em 2022. Nós temos tudo nas mãos, tudo. Temos o povo do nosso lado para fazer do Patriota o maior partido do Brasil. Se Deus quiser, a gente passa de nove deputados hoje para bancada de 50, 60 — declarou Flávio no evento.

Flávio publicou uma foto em seu Twitter com a ficha de filiação ao novo partido, assinada em 26 de maio. “Participei diretamente de sua refundação, em 2018, desde a elaboração de seu estatuto, com a previsão inédita de ser o primeiro partido de direita do Brasil, até a escolha do nome Patriota. Que Deus nos abençoe nessa nova jornada”, escreveu.

Briga interna

A convocação da convenção desagradou uma parte da legenda, que resiste ao desembarque de Bolsonaro. O vice-presidente, Ovasco Resende, e o deputado federal Fred Costa se puseram contra a realização do evento presencial. Filmado e transmitido pelo Facebook, o encontro teve bate-boca quando a filiação do presidente começou a ser debatida.

Ovasco Resende era presidente do PRP, que se fundiu ao Patriota em 2019 para sobreviver à cláusula de barreira e manter acesso ao fundo partidário. O acordo de fusão levou Resende à vice-presidência e Barroso, ao comando da nova sigla, que manteve o nome.

Resende e Costa se queixaram do que consideraram “falta de transparência” na suposta negociação entre Barroso e Bolsonaro. Ovasco Resende cobrou do dirigente esclarecimentos dos termos que podem resultar na filiação do presidente ao partido, chamou Adilson Barroso de “autoritário” e disse temer que seu grupo seja destituído para acomodar aliados de Jair Bolsonaro.

— Nós não temos nada contra o Bolsonaro. A questão é a forma. Como é que ele (Bolsonaro) vai vir? O que ele quer? Para mim isso é uma cilada. Como é que a gente, nessa insegurança toda que o senhor criou, vai ser responsável de colocar um presidente da República numa situação dessa? Amanhã os presidentes municipais aqui podem estar todos fora — declarou Ovasco Resende.

Fred Costa insinuou que Barroso dá um “golpe” ao tentar filiar Bolsonaro, segundo ele, sem “passar por uma decisão coletiva”. Ele se queixou de membros do diretório nacional terem sido excluídos do órgão por uma decisão individual de Barroso.

— Aqui a discussão nossa não é contra ou a favor do Bolsonaro. É sobre a condução e a forma errônea, ao excluir membros do diretório sem o devido aparato legal e sem previsão no regimento interno. Eu quero a vinda do Bolsonaro, mas com a garantia de que vocês serão mantidos (em seus cargos). Ou será que serão retirados?

Adilson Barroso, por sua vez, disse ter um “projeto de nação”:

— Eu não aceito trocar o partido por qualquer coisa que faça o partido não progredir — disse.

Passagem-relâmpago

Se Jair Bolsonaro se filiar ao Patriota, será sua segunda passagem pela legenda. Em 2017, enquanto negociava a candidatura do então deputado federal, o Partido Ecológico Nacional (PEN) foi rebatizado de Patriota, numa tentativa de seduzir Bolsonaro.

A família Bolsonaro participou da transformação da legenda, mas acabou migrando para o PSL numa negociação envolvendo seu então braço direito, Gustavo Bebianno, e o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar. Jair Bolsonaro disputou a presidência pelo PSL, venceu o pleito e ajudou a eleger uma bancada 53 deputados federais — feito inédito para um partido que havia eleito somente um parlamentar na eleição anterior.

Em novembro de 2019, Bolsonaro rompe com Luciano Bivar e se desfilia do PSL. O racha divide a bancada entre “bivaristas” e bolsonaristas, que se lançam numa empreitada para fundar o próprio partido de Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil.

Um ano e meio após ser lançado, o Aliança amarga uma baixa coleta de assinaturas necessárias para a obtenção oficial do registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com o projeto naufragando, Bolsonaro começou a negociar com outras legendas, como PP, PTB, Republicanos, PMB (agora Brasil 35) e o próprio PSL.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Ainda tem gente que vota num pilantra desse.O nosso país estão precisando de políticos sérios .Mas onde encontrá-los.?

    1. No PT? Kkkkkkk. O presidente é homem honesto, família, patriota, trabalhador, competente (veja a qualidade da equipe que montou), sincero, espontâneo, verdadeiro e boa praça. No momento, não há político mais sério do que ele no Brasil. Mas, vc pode procurar em Marte, quando voltar prá lá.

    2. Kkkkkkkk. Esse direita honesta eh um piadista mesmo! Não sei qual a piada maior: dizer que o MINTOmaníaco das rachadinhas eh honesto , dizer que o presidente inepto eh competente, ou chamar o cara que foi expulso das forças armadas por planejar atos terroristas contra o próprio exército de patriota!

  2. Se o atual presidente do Brasil acabar com desmantelo absurdo dentro do poder judiciario do Brasil,porque quando se da um aumento/reajuste para ministros do STF e STJ e membros dos tribunais federais e do ministerio público federal na esfera pública federal ocorre um efeito cascata na esfera publica estadual:no poder judiciario e no ministerio público dos estados,se ele conseguir desvincular definitivamente os aumentos/reajustes entre a esfera federal e a esfera estadual,ele tera o meu voto e de toda uma Legião.

    1. Não se preocupe, o MINTOmaníaco já aumentou o salário dele e dos militares que ocupam cargos no governo…

    2. Uma medida provisoria presidencial seria perfeita para solucionar essa questão problemática.

  3. Não estou entendendo: por que o MINTO não criou um partido para chamar de seu já que tem “tamanho” apoio popular? Afinal, são necessárias SOMENTE 500 mil assinaturas e podem inclusive ser assinaturas digitais nos termos da Lei… Estranho, muito estranho…

    1. Deixa de ser jumento, mané! Você não entende nada de política. O cara vai deixar de ir pra um partido que já tá formado, já tem vários parlamentares, pra criar um só pra ele?

    2. Kkkkkk. Jorge, sério que vc acha que sou analfabeto? Pq? Só pq falei coisas que vc nem sabia? Tadinho! Volta pra narrativa de seu grupin de Zap que só tem “entendido” como vc lá…

    3. Carlos, se entender de política eh seguir cegamente o MINTOmaníaco, prefiro não ser “entendido” nessa sua política!kkkk. Outra coisa, não fui eu que disse que era melhor criar um partido pra chamar de seu, foi o presidente inepto das rachadinhas q quis mover o gado pra colher assinaturas pra criar o aliança Brasil! Ou sua memória eh tão limitada q vc já esqueceu dessa lorota que seu MINTO inventou? Oô gado véi “entendido” kkkk

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Jornalismo

Caso Patriota: TJ confirma que prefeito de Ielmo Marinho poderá recorrer em liberdade

O Pleno do Tribunal de Justiça do RN aprovou nesta quarta-feira (11) o adendo feito pela desembargadora Zeneide Bezerra em relação processo do prefeito de Ielmo Marinho Germano Patriota. A relatora acrescentou ao voto – proferido na última segunda-feira (09) – que o acusado terá o direito de recorrer em liberdade. A decisão será publicada na íntegra no Diário da Justiça de hoje.

Os desembargadores entenderam desnecessário ter explicitado na decisão que o prefeito teria direito de recorrer em liberdade, entretanto, acolheram a propositura da desembargadora Zeneide. O adendo não prejudica o réu. Além disso, é pacificado entendimento no STF e STJ o direito de recorrer em liberdade conforme súmula 347 do STJ.

Caso

O Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, na sessão extraordinária do dia 09, condenou o prefeito de Ielmo Marinho a oito anos e dois meses de reclusão, pela morte da assistente social Regina Coelli de Albuquerque Costa, em um acidente de carro, ocorrido em outubro de 2004.

A relatora do processo, desembargadora Zeneide Bezerra, votou pela condenação do prefeito, com base no artigo 121 do Código Penal, homicídio simples, e considerou atenuantes, antecedentes e agravantes para a dosimetria da pena, baseada no artigo 68 do código penal.

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Jornalismo

Prefeito de Ielmo Marinho é condenado a oito anos de prisão, mas responde em liberdade

O Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, na sessão extraordinária desta segunda-feira, 9, condenou o prefeito de Ielmo Marinho a 8 anos e dois meses de reclusão, pela morte da assistente social Regina Coelli de Albuquerque Costa, em um acidente de carro, ocorrido em outubro de 2004.

O fato aconteceu no cruzamento da rua Ceará-Mirim com a Afonso Pena logo, após o resultado da primeira eleição de Germano Patriota e o veículo pilotado por ele, uma Pajero Full, colidiu com o Corsa sedan da vítima, que morreu no local, após quebrar o pescoço devido ao choque.

A defesa assumiu a tribuna e, desde o início, levantou a tese de que o caso, por si só, “não traria notoriedade”, se não fosse pelos envolvidos, como a participação de um chefe do poder executivo de um município.

Os advogados levantaram o argumento de que Germano Patriota poderia ser vítima da ‘pressão da imprensa’, antes do julgamento propriamente dito e citou casos emblemáticos, como o da Escola Base, em São Paulo, quando os donos foram acusados de pedofilia e depois inocentados.

Quanto ao fato em demanda, a defesa contestou, entre outros pontos, o laudo pericial que apontou a velocidade de 77 km/h, na Pajero. “Ora, os air bags não foram acionados e os testes de impacto que avaliam isso são feitos numa velocidade entre 50 e 64 km/h. Se a 77 km/h não abriram, então deduzimos que a velocidade de Germano era abaixo da utilizada nos testes”, argumentou o advogado Flaviano Gama.

Ele também destacou que a defesa não teve tempo para contrariar o laudo.

Argumento esse que não foi acatado pela Corte, a qual através da relatoria – seguida a unanimidade dos votos – ressaltou que o laudo foi exposto à defesa por cerca de 4 meses e que não foi feita nenhuma oposição.

A Corte seguiu o argumento do Ministério Público, representado pelo Procurador Geral de Justiça, Dr. Manoel Onofre Neto, e pelo promotor José Hidemburgo, que trouxeram estatísticas como a de que, em 75% dos casos, os acidentes são resultantes de falha humana.

A promotoria destacou o depoimento de testemunhas, as quais relataram que o motorista do prefeito, o segurança Luis Alberto Serejo, é quem teria assumido a culpa e que Germano deixou o local logo após o acidente, em estado de embriaguez.

Entre outros pontos, o promotor José Hindemburgo de Castro Nogueiratambém trouxe ao Pleno provas de que uma garrafa de uísque foi quebrada próximo ao local da colisão, como forma de eliminar provas, mas foram encontradas digitais do prefeito no vidro quebrado.

“Estou plenamente consciente da minha inocência e creio que, no momento certo, tudo será esclarecido”, disse Germano Patriota à reportagem da Secretaria de Comunicação, enquanto os advogados diziam que estudariam a melhor forma para um recurso, que será um recurso especial, dirigido aos tribunais superiores, como o STJ.

O prefeito não perderá a função política, nem será detido, até que se concretize o transito em julgado do processo, que se dará após o julgamento do recurso.

A relatora do processo, desembargadora Maria Zeneide Bezerra, votou pela condenação do prefeito, com base no artigo 121 do Código Penal, homicídio simples, e considerou atenuantes, antecedentes e agravantes para a dosimetria da pena, baseada no artigo 68 do código penal.

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