Política

ACARAJÉ QUENTE: Santana deve tentar usar ‘saída Duda’

duda e joaoEntre todos os paralelos possíveis entre o mensalão e o petrolão, os dois maiores escândalos da era petista, poucos são tão eloquentes quanto os capítulos destinados aos marqueteiros do PT.

Dez anos depois de Duda Mendonça chocar o país com o depoimento em que admitiu, em rede nacional diante da CPI dos Correios, ter recebido no exterior pela campanha de Lula, é a vez de João Santana que o substituiu no marketing petista, colocar a presidente Dilma Rousseff em xeque.

A ironia fica por conta de que, ex-sócios, Duda e Santana hoje são desafetos.

Ainda assim, defesa de Santana deverá seguir o roteiro adotado por Duda, que lhe rendeu uma rara absolvição no festival de condenações do mensalão em 2012.

Deve admitir ter recebido recursos no exterior, mas negar sua relação com as campanhas de Lula, Dilma e outros petistas. Vai se dispor a pagar o que eventualmente seja devido à Receita e tentará escapar da imputação de crimes mais graves, como lavagem, evasão de divisas e corrupção passiva.

O caroço no angu é que, agora, a Lava-Jato tem um raio-X muito mais detalhado da complexa rede de off-shores e pagamentos a Santana no exterior. Mais: a força-tarefa sustenta ter evidências de que dinheiro desviado da Petrobras irrigou essa rede.

Caso isso seja provado, o caso Duda terá sido o que foi o mensalão diante do petrolão: apenas um prelúdio pueril, quase modesto.

Fonte: Radar Online / Veja

Opinião dos leitores

  1. BG
    Este mal caráter é mesmo um mister M (ilusionista e SAFADO), como disse ontem um senador no congresso.

  2. O pai da mentira é o diabo. Depois das mentiras deslavadas para ajudar a eleger sua Cliente será que este capeta tem créditos para fazer sua defesa junto a PF.

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Jornalismo

NO VENTILADOR: Cerveró cita US$ 100 milhões de propina ao governo de FHC

16/04/2014. Credito: Bruno Peres/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Ex-diretor financeiro da Petrobras Nestor Ceveró, durante audiência da Comisão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, no Congresso Nacional.
Foto: Bruno Peres/CB/D.A Press

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, disse à Procuradoria-Geral da República (PGR), antes de fechar o acordo de delação premiada, que a venda da petrolífera Pérez Companc envolveu pagamento de propina no valor de US$ 100 milhões ao governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).

O documento em que consta a informação foi obtido pela RPC. Cerveró está preso pela Lava Jato desde janeiro do ano passado.

A compra da empresa argentina pela Petrobras ocorreu em 2002. Ainda de acordo com o depoimento, Cerveró disse que quem repassou essa informação a ele foram os diretores da Pérez Companc e Oscar Vicente, ligado ao ex-presidente argentino Carlos Menem.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou que afirmações vagas, sem especificar pessoas envolvidas, e servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação.

“Não tenho a menor ideia da matéria. Na época o presidente da Petrobrás era Francisco Gros, pessoa de reputação ilibada e sem qualquer ligação politico partidária. Afirmações vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras já falecido, sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”.

Fonte: G1

Opinião dos leitores

  1. Maracujina e Brasil meu país vocês são ótimos. Qualquer nova notícia serve para justificar a PaTifaria e corrupção dos que hoje estão no poder. Façamos um trato, nós da sociedade civil organizada, vamos acabar com essa corrupção desmantelada que nos assola.

  2. Sim, não e da classe não né moço??? E acredita-se em bicho papão, papai noel e etc…..!!!

  3. Bilú, bilú , bilú .. Bilú tetéia … Agora está tudo dominado :
    FHC O INTELECTUAL TAMPA DE CRUSH , está na sacanagem .
    O DEPUTADO COPA DO MUNDO , OLIMPÍADAS E COISAS AFINS , TÁ QUE NÃO PASSA NEM UM ABACAXI .
    AECINHO , O NETINHO DE TANCREDO TÁ TODO ENROLADO
    JOSÉ AGRIPINO "o probo "" , caladinho , caladinho .
    O danado é :
    Não existe nada contra Dilma e essas autarquias querem derrubá-la .
    Derruba não menino .

    1. A Você deve receber alguma propina pra defender aquela escoria humana

  4. Alguém se lembra do Brindeiro, engavetador geral da República? E a PF da era Tucana, existia?
    Quem bom q a podridão dessa época tb está aparecendo, pena q muito se perderá na história pois o judiciário era aparelhado e a PF era desmantelada.
    Com a palavra os hipócritas coxinhas.

  5. E agora ? Vai ser coxinha estragada por todo canto . Vamos logo marcar uma passeata lá no midway .

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Política

MPF volta atrás e cancela, por WhatsApp, acordo de delação com réu da Lava-Jato

A Procuradoria Geral da República (PGR) cancelou o acordo de delação premiada do ex-assessor parlamentar do deputado federal Pedro Corrêa (PP), Ivan Vernon Gomes Torres Júnior. A informação foi repassada pelo procurador Bruno Calabrich à defesa de Vernon, por WhatsApp, a menos de 24 horas da assinatura de um termo de confidencialidade ser encaminhado à Justiça do Paraná informando sobre a colaboração. Vernon é acusado pelo Ministério Público Federal de usar uma funcionária fantasma lotada no gabinete de Corrêa para desviar mais de R$ 600 mil para o esquema de corrupção.

A reviravolta no acordo pegou de surpresa Vernon e sua defesa. O GLOBO apurou que, desde abril, o ex-assessor do PP encontrava regularmente com membros do MPF para tratar da delação. Na segunda-feira, os defensores anexaram o termo de confidencialidade para tentar adiar o depoimento de Vernon à Justiça, marcado para a tarde desta quarta-feira. Minutos antes de entrar no depoimento, Calabrich encaminhou uma mensagem a um dos advogados de Vernon informando: “Não haverá acordo”. Surpresa, a defesa questionou: “Como assim?”. Em seguida, o procurador respondeu: “Não haverá acordo. Sem chance”.

A PGR informou que não vai comentar o ocorrido. Através de dua assessoria, o procurador informou que “não confirma e nem desmente” a informação. Nas últimas semanas, o ex-assessor chegou a entregar documentos a PGR que comprovariam as irregularidades delatadas por ele.

Vernon é um dos réus na ação proposta pelo MPF contra Pedro Corrêa. Ao lado do ex-deputado, ele responde pelo crime de peculato. Eles teriam nomeado a empregada doméstica Reinasci Cambuí de Souza como servidora da Câmara dos Deputados com objetivo de ficar com o pagamento destinado a ela.

Em depoimento ao juiz no dia 30 de junho, Reinasci disse que nunca recebeu salário da Câmara:

— Seu Ivan pegou meus documentos uma vez e levou para a Câmara. Só que eu nunca trabalhei na Câmara, não, e nunca recebi salário da Câmara. Eu trabalhava na casa do Ivan Vernon — declarou a empregada.

Reinasci foi nomeada para o cargo de Secretária Parlamentar para os ex-parlamentares Pedro Corrêa, entre 2003 e 2006, e para Aline Corrêa, entre 2007 e 2012.

Fonte: O Globo

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Política

Para advogado, prisão de Dirceu foi ato político, e ex-ministro virou prêmio

O advogado Roberto Podval, que defende José Dirceu, disse nesta segunda-feira que a prisão do ex-ministro tem “justificativa política” e que o juiz Sergio Moro cedeu à pressão popular, ao prendê-lo preventivamente. Para Podval, Dirceu teria se tornado uma espécie de “prêmio”.

“Zé Dirceu hoje é bode expiatório do processo. Se termina uma fase do processo com a prisão do Zé Dirceu como um grande prêmio que se encontrou ali. É injusta a prisão”, classificou Podval. “Não vou culpar Moro, mas obviamente que ele, como qualquer ser humano, reage à pressão popular”, alfinetou.

O advogado disse que a prisão é injustificada por não ter os requisitos previstos na lei, como risco de fuga ou tentativa de obstrução das investigações. Ele sustenta não ter havido qualquer fato novo que justificasse a prisão e ressaltou que todas as informações constantes do processo, inclusive os pagamentos suspeitos, foram prestados pelo próprio Dirceu. “Então a única justificativa que foi dada foi ordem pública, o clamor que o caso teve, diria quase que uma antecipação de uma eventual punição. Essa antecipação não tem justificativa jurídica plausível”, disse.

Podval afirmou que a prisão de hoje, no âmbito da Lava-Jato, não tem efeitos na situação processual de Dirceu em relação à condenação no mensalão, como uma eventual perda do direito de cumprir a pena em domicílio. Por se tratar de uma prisão temporária, disse o advogado, ela pode ser considerada até injustificada, no caso de absolvição, por exemplo.

O advogado defendeu que todos os serviços de consultoria de Dirceu foram prestados e que ele teria recebido recursos enquanto estava preso de contratos já cumpridos, antes de ser encarcerado. Podval afirmou que todos os documentos e recebimentos foram apresentados. Ele destacou ainda que a empresa de Dirceu foi desativada no ano passado e, portanto, não haveria como usar a consultoria como justificativa da prisão.

“O ex-ministro sempre teve profundo reconhecimento internacional e desenvolveu importantes laços de relacionamento com destacadas figuras públicas ao longo de toda sua trajetória e militância política. Esse era o ativo e o valor de José Dirceu como consultor, sem que nunca fosse exigido dele, por parte dos clientes, o envio de relatórios ou qualquer outro tipo de comprovação dos serviços prestados”, diz o advogado em nota.

Amigos dizem que Dirceu não se surpreendeu com prisão

Depois de tentar por duas vezes garantir um habeas corpus que impedisse sua prisão, o ex-ministro José Dirceu sabia que era uma questão de tempo até ser preso pela força-tarefa que comanda a operação Lava-Jato. Pessoas que tiveram contato com ele recentemente disseram que o ex-ministro estava tranquilo. Entre os amigos do petista, persiste a tese de que a operação tem como foco o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Publicamente, o escritor Fernando Morais chegou a externar a opinião em rede social. “A (Polícia) Federal prendeu o Zé Dirceu hoje de manhã. Ele, o irmão e o secretário. Mas não é o Dirceu que essa gente quer. Nem ele, nem a Dilma (Rousseff, presidente). Eles estão rodeando para chegar nesse rapaz sem o dedo mindinho aí da foto. Eles querem ganhar as eleições de 2018 com três anos de antecedência”, escreveu, publicando uma foto do ex-presidente Lula.

Amigos de Dirceu se queixam ainda da data da prisão, uma vez que na quinta-feira haverá o programa político do PT na televisão. “Sempre é às vésperas do programa do PT essa operação (policial). Foi assim com o Vaccari (ex-tesoureiro do partido preso em abril passado) — disse um petista próximo a Dirceu, para quem “a lógica (da operação) é arrebentar Lula”, disse.

O mesmo petista disse que estaria fora de cogitação Dirceu fazer qualquer acordo de delação: “Na escala de valores de nossa família, o mais grave é sempre a delação — disse ele, apontando ainda que as pessoas próximas do ex-ministro “sabem que não existe isso de mágoa nem de amor com o Zé. Ele é um míssil gélido” e que não haveria “nada a ser delatado”.

Fonte: O Globo

Opinião dos leitores

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Quem tem esses aliados não precisa de advogado muito menos da justiça, o que José Dirceu faz é bem feito, e todos devem aplaudir e endeusar suas, digamos, atos falhos. O inocente milionário José Dirceu sempre estará certo, segundo os petralhas de primeira linha e hora.
    Por falar em milionário. José Dirceu fez fortuna trabalhando em quê? Qual a empresa dele?
    Tem escritório de representação do quê?
    Sabemos que dava consultoria as empresas envolvidas no mensalão e petrolão, mas como isso não existiu, de onde vem mesmo os milhões de José Dirceu?

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Política

Em nota, PT ignora nova prisão de Dirceu

A nota pública divulgada pelo Diretório Nacional do PT nesta segunda-feira ignora a nova prisão do mensaleiro José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil no governo Lula e ex-presidente do partido. Mais uma vez, o PT repete a mensagem lacônica que começou a divulgar quando surgiram na Operação Lava Jato os primeiros indícios de que o partido foi abastecido por dinheiro desviado no escândalo do petrolão: “O Partido dos Trabalhadores refuta as acusações de que teria realizado operações financeiras ilegais ou participado de qualquer esquema de corrupção. Todas as doações feitas ao PT ocorreram estritamente dentro da legalidade, por intermédio de transferências bancárias, e foram posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral”. O texto assinado pelo presidente do partido, Rui Falcão, não traz nenhuma menção à detenção de Dirceu. O site do PT também não. A página exibe neste momento, em destaque, uma foto dos ministros das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e da Defesa, Jaques Wagner (PT).

Fonte: Veja

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Política

MP diz que Dirceu instituiu o ‘petrolão’ e não descarta investigar Lula

Ao prender nesta segunda-feira o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, a Operação Lava Jato chegou nesta segunda-feira a um dos “instituidores do petrolão”, segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa que investiga o megaesquema de corrupção que sangrou os cofres da estatal. De acordo com o Ministério Público, o mensaleiro foi um dos principais líderes na instituição do petrolão, ainda quando era ministro da Casa Civil, no primeiro mandato do governo Lula. Questionado se a Lava Jato mira também o ex-presidente Lula, o procurador afirmou que “ninguém está isento de investigações”. Ele lembrou, contudo, que parte das apurações segue em sigilo. Sobre os demais artífices do petrolão, o procurador afirmou que “estão sendo investigados” – e que esta etapa da Lava Jato mira os núcleos empresarial e político.

Segundo o MPF, o ex-ministro deu continuidade ao esquema durante o mensalão e se beneficiou dele mesmo após o julgamento do Supremo Tribunal Federal que o mandou para a cadeia. “Chegamos a um dos líderes principais, que instituiu o esquema na Petrobras e, durante o período de ministro da Casa Civil, aceitou e se beneficiou desse esquema”, afirmou o procurador. “Temos uma operação que vai além do Dirceu recebedor, mas sim como instituidor do esquema Petrobras, ainda no tempo da Casa Civil”, continuou. “Dirceu era aquele que tinha a responsabilidade de definir os cargos na administração Lula. No momento em que ele aceitou a nomeação de Renato Duque para a Petrobras, teve início o trabalho de captação das empreiteiras”. O MPF afirma, também, que o ex-ministro recebeu dinheiro do esquema criminoso mesmo preso. De acordo com o procurador, a investigação e a prisão não inibiram a atuação de Dirceu. Segundo o procurador, o ex-ministro agiu com a ajuda do irmão, Luis Eduardo de Oliveira e Silva, que pediu de doações a empresas para a consultoria JD. “Dirceu vai ter que explicar porque o irmão foi a empresas pedir dinheiro, já que estava preso”, disse.

Ainda segundo Santos Lima, Dirceu “repetiu o esquema do mensalão” – desta vez, contudo, com uma diferença crucial: o ex-ministro não se utilizou do dinheiro para compra de apoio de parlamentares, mas em benefício pessoal. “A responsabilidade do Dirceu é evidentemente, aqui, como beneficiário, de maneira pessoal, não mais de maneira partidária, enriquecendo pessoalmente”, afirmou o procurador.

Segundo os investigadores, a principal prova contra o ex-ministro é a conexão entre os pagamentos feitos por duas empresas terceirizadas da Petrobras, investigadas nessa nova fase da Lava Jato, à JD Consultoria, empresa do ex-ministro, sem a prestação de serviços. “Apesar dos documentos que foram entregues, não há, até hoje, uma comprovação sequer do serviço prestado pela JD Consultoria”. Além disso, há pagamentos em espécie, mensalmente, a Dirceu e a pessoas próximas a eles. “Há uma série de outros pagamentos, como reforma e compra de imóveis de terceiros, que são decorrentes de outras operações entre os envolvidos nos esquema de corrupção”.

Fonte: Veja

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Polícia

Petrolão: delator Paulo Roberto Costa recebeu alerta sobre risco de incriminar Dilma e Lula

lula_dilma-300x178Em janeiro, dois meses antes de a Polícia Federal deflagrar a Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. recebeu um alerta, via e-mail, de que os “desmandos” na estatal – especialmente nos negócios ligados às refinarias de Abreu e Lima, em Pernambuco, e de Pasadena, nos EUA – poderiam comprometer o Palácio do Planalto e transformar a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, em alvo de ações judiciais.

“As notórias fragilidades e má administração da Petrobras, sempre abafada pelo governo federal, colocam (em risco) diretamente a atual presidente da República e ex-presidente do C.A. (Conselho de Administração) da petroleira Dilma Rousseff (…) e o ex-presidente Lula e seu protegido Sérgio Gabrielli”, informa o texto do e-mail de 13 de janeiro enviado a Costa, suspeito de comandar um esquema de desvios da estatal que abastecia o caixa de partidos da base aliada. O e-mail mira, basicamente, a gestão de José Sergio Gabrielli no comando da Petrobras. O petista presidiu a estatal de 2005 a 2012, período em que Costa foi diretor de Abastecimento.

O documento em duas folhas menciona ainda prejuízos à “blindagem financeira que hoje existe nas finanças da petroleira” e fraude contábil nos balanços anuais da estatal. “Ou seja existe um risco, muito grande, de a presidente da República do Brasil ser acionada judicialmente por vários desmandos que causaram, vem causando e ainda poderão causar no futuro enormes e significativos prejuízos aos investidores da Petrobras”.

O e-mail foi identificado na quebra do sigilo telemático da empresa Costa Global, aberta pelo ex-diretor de Abastecimento em 2012 e que era usada para receber propina para partidos e políticos. O texto, em forma de relatório informal, partiu de alguém que se identifica como “jiconceicao”. Os investigadores ainda não conseguiram identificar o autor, que, segundo informações preliminares, escreveu o relatório a pedido de Costa.

O conteúdo do e-mail cita três obras da Petrobras que são alvo de investigações: além das refinarias de Abreu e Lima e Pasadena menciona o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). No texto, o autor diz que “a possibilidade de denúncias no âmbito internacional, sobre as condições de segurança e boas ao meio ambiente das unidades operacionais” da Petrobras poderão colocar em risco não só a imagem da estatal no mercado como “toda a blindagem financeira existente”.

O e-mail foi enviado para o ex-diretor da Petrobras, via sua secretária, na Costa Global. “Mestre, conforme seu pedido preparei rapidamente o texto abaixo”. No documento, o remetente escreve: “Investidores da Petrobras, principalmente os internacionais, acreditam que as administrações Gabrielli não resistem às várias ações que deverão ser propostas nas câmaras de arbitragem internacionais (principalmente Paris e Londres).”

“Também estão em risco as empresas de auditorias que, durante este período de administração do senhor Gabrielli, forneceram pareceres sem as ressalvas necessárias nos balanços patrimoniais anuais por eles auditados”, conclui o texto do e-mail. Gabrielli não respondeu aos pedidos de entrevista. Ele já negou, em outra ocasião, envolvimento com ilícitos. A Petrobras também não quis comentar o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. "A oposição sabe que perdeu? Reconhece? Será que há alguém responsável na oposição que tenha outra opinião? Quem é a favor da regra do jogo?"

  2. SÓ TEM MUITO FALATORIO NÃO DA EM NADAAA…..
    DENUNCIAS TEM MUITO
    QUERO VER UM JUIZ ARROCHADO DAR SENTENÇA DE VERGONHA
    SÓ BLÁ, BLÁ, BLÁ……

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