Polícia

Operação Spoofing: PF prende mais 2 suspeitos de hackear autoridades

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 19, a segunda fase da Operação Spoofing, que investiga os responsáveis por hackear celulares de autoridades, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, parlamentares, procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e até o presidente Jair Bolsonaro.

Cerca de 30 agentes da PF cumpriram dois mandados de prisão temporária, com prazo de cinco dias, e fizeram buscas e apreensões em quatro imóveis ligados aos suspeitos em São Paulo, Ribeirão Preto (SP) e Brasília.

Na primeira fase da Spoofing, deflagrada em julho, a PF prendeu o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho, que admitiu ter invadido os celulares de procuradores da Lava Jato, e outras quatro pessoas próximas a ele: o ex-DJ Gustavo Henrique Elias Santos, a mulher de Santos, Suelen Priscilla de Oliveira, e Danilo Cristiano Marques. Os quatro estão presos preventivamente em Brasília. As investigações correm sob a 10ª Vara Federal do Distrito Federal e têm à frente o juiz Vallisney de Souza Oliveira.

Em depoimento à PF, Delgatti confessou ter invadido os celulares das autoridades a partir do hackeamento da conta no Telegram de um promotor que o investigava em Araraquara (SP), sua cidade natal.

Na lista de contatos do promotor Marcel Zanin Bombardi, Delgatti encontrou o número de telefone de um integrante do “Valoriza MPF”, grupo de Telegram criado pelo procurador regional da República José Robalinho Cavalcanti. Um dos membros do grupo, cujo nome o hacker disse não se recorda, tinha o contato do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP). Através do celular do parlamentar, “Vermelho” chegou ao número do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A invasão ao aparelho de Moraes forneceu ao hacker o telefone do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Por meio da agenda de Janot, ele contou ter obtido o número de membros da força-tarefa da Lava Jato, como os procuradores Deltan Dallagnol, Orlando Martello Júnior e Januário Paludo.

Segundo Delgatti Neto, o acesso aos telefones das autoridades ocorreu entre março e maio de 2019, e que somente armazenou o conteúdo das conversas dos membros do Ministério Público do Paraná, porque, em sua avaliação, constatou “atos ilícitos” dos procuradores. Ele admitiu ter repassado mensagens obtidas em grupos do Telegram dos procuradores da Lava Jato ao site The Intercept Brasil, do jornalista Glenn Greenwald, a quem contatou por meio da ex-deputada federal Manuela D’Ávila.

Veja

 

Opinião dos leitores

  1. Poderia ter produzido bons frutos se esses criminosos tivessem raqueado a quadrilha petralha, aí sim, traria um benefício enorme para o país, pois desmascarava de vez toda a falácia dessa quadrilha que saquearam os cofres públicos brasileiros, mas como são parceiros em cometer crimes, preferiram tentar desconstruir os atos das pessoas de bem, que travam uma luta perversa contra os que optam por agir contra a sociedade.

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Polícia

PF prende grupo que atuava sem a autorização do Banco Central em empresa de criptomoedas

Polícia Federal cumpriu mandados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. — Foto: Bernardo Bortolotto/RBS TV

Agentes da Polícia Federal e da Receita Federal, com apoio de policiais civis, prenderam preventivamente 10 pessoas durante uma operação, na manhã desta terça-feira (21). O grupo captava recursos de terceiros, sem a autorização do Banco Central, e investia no mercado de criptomoedas, uma delas a bitcoin. Entenda abaixo como funciona a moeda.

O inquérito policial foi instaurado em janeiro de 2019. De acordo com a Polícia Federal, a empresa, com sede em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, tinha 55 mil clientes em 26 estados do Brasil. Cerca de 80% deles teriam investido até R$ 20 mil. O grupo prometia retorno de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação.

A empresa não usava o dinheiro para a compra de criptomoedas, mas, sim, para investimentos convencionais, como de renda fixa, que rendiam menos de 1%.

Conforme a Receita Federal, uma das contas da empresa teria recebido créditos de mais de R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019. Destes, R$ 500 milhões estavam investidos em renda fixa.

Foram cumpridos ainda 25 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Esteio, Estância Velha e Campo Bom, além de Laguna e Florianópolis, em Santa Catarina, e em São Paulo.

Foram feitos também os bloqueios de ativos financeiros em nome de pessoas físicas e jurídicas, além de mais de 50 imóveis, um deles deles no valor de R$ 6 milhões cada.

Foram apreendidos 33 veículos de luxo, com valores entre R$ 100 e R$ 500 mil. Os carros ocupam uma quadra inteira da sede da PF, em Porto Alegre.

Os policiais descobriram ainda que os sócios da instituição financeira tinham alto ganho patrimonial, passando de menos de R$ 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano.

Além dos crimes de operação de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o inquérito apura o envolvimento de pessoas que teriam tentado obter informações sigilosas da investigação e que foram identificadas.

Infográfico: Como funciona o bitcoin — Foto: Igor Estrella/G1

G1

 

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Polícia

PF prende Anthony e Rosinha Garotinho

A Polícia Federal (PF) de Campos de Goytacazes, no norte do Rio, prendeu os ex-governadores do Estado Anthony Garotinho (PR) e sua esposa, Rosinha Garotinho (PR), em operação deflagrada na manhã desta quarta-feira, 22.

Os pedidos de prisão foram feito pelo Ministério Público Eleitoral, que apura a arrecadação de dinheiro ilícito para o financiamento da campanha dos dois.

A investigação é um desdobramento da “Operação Chequinho”, que apura fraude com fins eleitorais no programa Cheque Cidadão por Garotinho. A defesa do ex-govenador informou que só se pronunciará sobre o caso quando tiver acesso aos documentos que embasaram o mandado de prisão do ex-governador, o que ainda não havia acontecido até a publicação desta matéria.

Isto É, com Estadão

Opinião dos leitores

  1. A prisão só dura até chegar o harbeas corpus nas mãos de Gilmar Mendes, logo serão soltos. O Brasil continua sendo o país onde rico e influente não fica preso, salvo se estiver em plena decadência política.

  2. Deveriam capá-los, pelo bem da saúde pública. Se deixarem o casal na mesma cela eles vão procriar e mais garotinhos virão pela frente.

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