É destaque no Blog do Dina – por Dinarte Assunção nesta terça-feira(10).
Os agentes rodoviários federais Alberto e Marinho cuidavam da fiscalização no posto de Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, naquele 14 de janeiro de 1998.
Estavam parando os carros que utilizavam película escura demais e ou exigindo que os motoristas a retirassem ou que deixassem o carro no local para ser recolhido ao pátio da autoridade de trânsito.
Pouco antes das 10h, dois carros já estavam parados junto ao posto com seus respectivos motoristas tirando as películas, quando um Pálio cinza, que seguia de Natal para Recife se aproximou, e os agentes federais sinalizaram que parasse.
Repetindo a abordagem em veículos anteriores, os agentes explicaram que o condutor do veículo, acompanhado pela mulher e pela mãe, precisava remover a película de seu carro, escura demais, se quisesse prosseguir com a viagem.
O condutor do veículo exibiu os documentos do carro e explicou que estava tudo regular.
Mas os agentes da PRF se mantiveram irredutíveis e explicaram que a parada não foi por irregularidade na documentação do carro, mas pela película escura, que deveria ser retirada.
Foi então que o condutor do veículo, o então delegado da Polícia Civil do RN Sérgio Fernando Leocádio Teixeira, afirmou:
– Polícia não tem satisfação a dar a terceiros. Somos colegas, deixa isso pra lá e eu vou embora.
– Não, senhor. A coisa não é assim. Ou o senhor retira as películas ou o veículo ficará retido. – Redarguiu o PRF Alberto.
– Retido? Meu carro? Mas não fica mesmo! – Desafiou Leocádio.
O PRF Alberto acenou, então, para o colega, Marinho, lhe pedindo ajuda. Com a esposa e a mãe de Leocádio presenciando a cena, o engodo prosseguiu:
– Não me grite! – Bradou o delegado.
– Não estou gritando. Mas o senhor vai ter que retirar a película.
Leocádio, então, deu nova investida verbal contra os policiais, pedindo que fossem tomar na parte final do sistema digestivo.
– Vá se lascar! Vá tomar no cu! – E voltou-se para o carro para pegar sua pistola contra os agentes da PRF.
O movimento levou o agente Marinho a intervir. O que até então era contato verbal, passou a ser físico. O estopim para uma crise maior era iminente.
Mas um terceiro agente federal chegou para acalmar os ânimos. Inspetor do posto da PFR, o agente Márcio Roberto Montenegro pediu que os dois auxiliares se afastassem.
Ele mesmo retirou a película do carro do delegado Leocádio e comunicou que o levaria para delegacia da Polícia Federal. Mas Leocádio não baixou a guarda.
– Estou com uma pistola com 15 tiros. Eu ia atirar no PRF Marinho. Quinta-feira, vou passar aqui indo pra Flores, pra pegar um preso. Eu venho com policiais e dá vontade de parar e dar um cacete nesse Marinho se este tiver aqui.
O cacete prometido jamais foi dado, mas a ameaça e todo o transtorno causado naquele 14 de janeiro de 1998 levaram a Polícia Federal a indiciar Leocádio por resistência à autoridade policiai, evento depois do qual veio a atuação do Ministério Público Federal com a acusação formal.
O caso já havia sido mencionado em reportagem anterior do Blog do Dina. Mas como não era possível saber exatamente o que tinha acontecido, a reportagem decidiu não contar sobre o processo. E o faz agora após obter os detalhes do caso que tramitou na Justiça Federal da Paraíba.
Leia desfecho aqui em matéria completa no Blog do Dina – por Dinarte Assunção.
Caçador de rolinha , é só olhar as armas.
Então são fora-da-lei…
Com a flexibilização da compra, posse e porte de armas de fogo, esse problema vai se acabar. Com os impostos zerados vai ficar melhor ainda. Vem aí os programas MINHA PISTOLA MINHA VIDA, PISTOLA VERDE E AMARELA e PISTOLA PARA TODOS. Esse nosso país só vai ser seguro quando todos puderem andar com uma pistola na cintura.
É pra contra balançar as armas clandestinas nas mãos dos bandidos por omissão dos “governos” canhotos !