Judiciário

AGU afirma que importação de vacinas por juízes é privilégio e que coloca em risco saúde de milhões de brasileiros

Foto: Guito Moreto / Agência O Globo

A AGU (Advocacia-Geral da União) recorreu à Presidência do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) contra a decisão judicial que autorizou a importação de vacinas contra a Covid-19 pela Anamages (Associação Nacional dos Magistrados Estaduais).

A Justiça do Distrito Federal autorizou nesta semana que os juízes comprassem vacinas no exterior sem a participação do governo federal.

A AGU argumenta pela necessidade de um aval anterior da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A compra, no entender da AGU, coloca os interesses particulares dos compradores em “detrimento do interesse público e da comunidade nacional”, viola o princípio da isonomia ao facilitar a compra pelo esfera privada e pode resultar em “riscos imensuráveis” aos que vão tomar as vacinas.

“Permitir que uma determinada categoria profissional se imunize antes das pessoas que integram os grupos mais vulneráveis, representa um privilégio que desconsidera os principais valores que orientam o Sistema Único de Saúde”, diz a AGU.

Para contestar a decisão do juiz da 1ª instância, os advogados da união argumentam que a compra vai comprometer o PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação), violar a equidade e universalidade do acesso ao imunizante, prejudicar a coordenação do PNO e comprometer a credibilidade do plano de vacinação do Ministério da Saúde.

A AGU afirma ainda que ao driblar as normas da Anvisa e comprometer o PNO, a compra coloca em risco “a saúde de milhões de brasileiros”.

A Anamages se manifestou no processo sobre o pedido da AGU. Para os juízes, a União não deveria proibir a compra das vacinas, mas sim impor as mesmas obrigações ao setor público e ao privado.

“Deve-se criar mecanismos para salvar vidas pelo setor privado, sem concentrar a importação apenas ao Governo Federal”, diz a entidade.

Painel – Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Quando arranjam um câncer ficam todos caladinhos. A doença não só surge em pobre. Tem muita gente se achando e com as doenças graves e contagiosas. A vantagem deles é que não se divulga .
    Vão para o mesmo lugar . E não levam nada, não deixam nem SAUDADES.

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Diversos

Prioridade da TAM a atores da Globo gera revolta no Ceará

Uma confusão tomou conta da sala de embarque do aeroporto de Fortaleza na tarde do último domingo (24). Alguns passageiros se revoltaram com o tratamento diferenciado dado aos atores Juliana Paes, 34, e Márcio Garcia, 43, no voo 3537 com destino ao Rio de Janeiro.

Ao anunciar o começo do embarque, um funcionário da TAM saiu do portão e foi buscar a atriz, que estava sentada e com um bebê de colo, passando ela na frente das demais prioridades, que faziam fila.

Enquanto isso, o ator entrou com a família por outra porta. A mulher dele, Andréa Santa Rosa, está grávida.

As pessoas da fila de prioridade ainda tiveram de esperar os atores “se acomodarem” antes de serem liberados para entrar no avião.

Passageiros reclamaram e houve gritaria no local. Em redes sociais, alguns desabafaram e disseram que outro funcionário pediu desculpas, mas ironizou ao questionar se queriam que a atriz fosse retirada da aeronave para eles entrarem.

Juliana Paes e Márcio Garcia, assim como outros famosos, estavam no Ceará para participar do festival zen Love & Peace Rocks.

Consultada sobre o caso, a assessoria de imprensa da TAM diz que agiu “em acordo com as regras de acessibilidade da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)”.

“A TAM Linhas Aéreas esclarece que, em acordo com as regras de acessibilidade da Anac, realizou o embarque prioritário da passageira Juliana Paes porque a mesma portava uma criança de colo”, informou a empresa. “Já o ator Márcio Garcia foi direcionado para um portão separado para evitar o assédio dos demais clientes, que poderiam prejudicar o embarque.”

“A TAM ressalta ainda que a presença dos atores não prejudicou a pontualidade do voo”, diz a companhia em nota.

Folha

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Jornalismo

Secretário de Comunicação nega privilégios a TV Ponta Negra e 95 FM

Um dos pontos investigados pela CEI dos Contratos da Câmara Municipal de Natal são os contratos firmados pela Secretaria de Comunicação (Secom) com as agências de publicidade e com os veículos de comunicação. Pelos levantamentos iniciais da CEI, existem indícios de que a TV Ponta Negra e a 95 FM – veículos ligados a prefeita Micarla de Sousa – foram privilegiados, mas Jean Valério, titular da Secom, negou a informação.

“Não existe, categoricamente, essa história de privilégio à TV Ponta Negra e à radio 95 FM. Quem decide isso são as cinco agências que prestam serviços à Prefeitura, que foram vencedoras de um processo licitatório em que 11 agências concorreram”.

As empresas de publicidade em questão são a Base Propaganda, Art&C, Executiva Propaganda, Dois.A e a Marca Publicidade.

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