Desde a quinta-feira da semana passada, o quartel do Comando Geral da Polícia Militar assistiu à sua rotina ser alterada. Sem carceragem para abrigar os presos da operação Sinal Fechado, os policiais tiveram que desocupar os alojamentos para que os acusados pudessem ser custodiados pelo Estado. O privilégio advém do curso superior dos envolvidos na operação do Ministério Público Estadual e da graduação como advogado, que também prevê regime diferenciado em caso de detenção.
Além da desocupação dos alojamentos do Comando de Policiamento Interiorano (CPI) e do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM), há outros problemas. Mais policiais militares tiveram que deixar o serviço da rua para prestar escolta dos envolvidos.
“Nossa rotina foi alterada, sem dúvidas. Há transtornos administrativos e operacionais em decorrência da custódia dos presos”, declarou ontem o comandante geral da PM, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva. Ele ressalta que é uma situação extraordinária, mas o quartel da PM não é local adequado para a situação.
“Aqui não é presídio, é uma situação extraordinária. Estamos dispostos a colaborar com a Justiça e com o Ministério Público, mas os problemas acabam ocorrendo para a gente”, reiterou o coronel.
Araújo ressaltou, no entanto, que o esforço está sendo feito para que seja destinado o tratamento adequado para os custodiados da operação Sinal Fechado e também da operação Pecado Capital.
Fonte: Tribuna do Norte
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